Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 391: Marina e Victor recebem resposta do MIT


Após almoçarem, Yasmin, Victor, Iago e sua mãe, Elizabeth, descansam no sofá da sala. A atenção de Iago está toda em um jogo em seu celular, Victor e Elizabeth assistem ao telejornal e Yasmin observa cada detalhe da sala.
— Essa tanto de caixa não está incomodando vocês? — pergunta a loirinha repentinamente, rompendo o silêncio entre eles.
— Oi? — Elizabeth olha para ela.
— Vamos começar a guardar as coisas das caixas? — propõe a garota.
— Agora? — indaga Victor. — Nós acabamos de almoçar.
— É que está me dando agonia ver tudo bagunçado desse jeito.
— Por mim pode ser — responde Elizabeth antes de cutucar a barriga do filho. — Vamos arrumar as coisas das caixas, Iago?
O garoto pausa seu jogo, analisa a quantidade de caixas de papelão espalhadas pela sala de estar e jantar e responde:
— Vamos.
— Então vamos! — anima-se Yasmin ficando de pé. Iago guarda o celular no bolso de sua bermuda xadrez e caminha em direção a uma caixa que está com o seu nome escrito na lateral.
— São as suas HQs — fala Elizabeth espiando o interior da caixa.
— Mãe? Eu falei que era para identificar como conteúdo frágil.
— Era? Eu esqueci — sorri a artista plástica ajeitando seus óculos no rosto.
— Percebi. Espero que não tenha amassado nada — resmunga o garoto.
— Para de reclamar e me ajuda a levar isso aqui lá para o seu quarto.
Yasmin ri da situação e se vira para Victor quando mãe e filho começam a empurrar a caixa pelo corredor.
— A Beth ajuda o Iago e você me ajuda — fala para o namorado.
— A Beth não está passando mal por ter comido demais, eu estou — devolve o loiro.
— Larga de ser preguiçoso, Victor — ri a loirinha pegando no pulso dele. — Vem, levanta.
— Precisa ser agora?
— Precisa, tem muita coisa para guardar. Sabe-se lá Deus quando a gente vai conseguir deixar o apartamento organizado.
Victor suspira e fica de pé.
— Você está abusando da minha presença.
— Foi exatamente para isso que eu te chamei — brinca a jovem. Victor ri e leva a maioria das caixas com etiqueta com o nome da namorada para o quarto dela. Lá, eles começam a desempacotar as coisas e guardar nos armários e na escrivaninha.
— Troca de lugar comigo — pede Yasmin horas depois. Victor tira uma agenda de uma caixa e coloca na escrivaninha, olhando para ela. O Sol já está se pondo e os dois continuam tirando e guardando pertences de caixas que parecem não ter fim. Yasmin refaz o coque em seu cabelo mais uma vez e se afasta da cama, que está transbordando de roupas.
— Você quer mesmo que eu comece a guardar suas roupas? — questiona Victor com desconfiança. — E se eu pendurar de um jeito que você não gosta?
— É só você pendurar um vestido por cabide e colocar naquele espaço ali — ela indica. — Eu não aguento mais ver roupa na minha frente.
Victor olha para o armário e constata que Yasmin já guardou todas as calças, jaquetas e saias que trouxe para São Paulo.
— Engraçado você dizer isso — fala levantando do tapete — já que veio para cá justamente para fazer design de moda.
Yasmin ri.
— Ironias da vida.
Ele começa a pendurar os vestidos dela e ela a organizar sua mesa de estudos.
— Uau, que vestido é esse? — questiona Victor exibindo um vestido prateado com um decote bem profundo nas costas.
— O que é que tem? — retruca Yasmin analisando a peça.
— Ousado, não?
— Sim, qual é o problema? Não vai me dizer que você quer começar a regular minhas roupas agora.
— Pelo ao contrário, queria saber por que você nunca usou ele — sorri o rapaz.
— Eu guardo para ocasiões especiais — Yasmin pisca para ele. — Chega! — exclama a garota quando o céu já está totalmente enegrecido duas horas depois. — Eu não aguento mais — ela se joga na pilha de roupas sobre sua cama. Mesmo com Victor tendo guardado todos seus vestidos mais outras peças, ainda restam blusas, casacos e shorts. — Vamos tomar um banho e jantar.
— E como a gente vai dormir na cama neste estado? — questiona o rapaz.
— A gente joga tudo de volta nas caixas e termina de guardar amanhã. Eu estou cansada, vai dizer que você não está?
— Claro que eu estou — ele responde sentando na poltrona.
— Então é isso, amanhã a gente termina. — Yasmin abre uma gaveta de seu armário e tira duas toalhas de banho que ela mesmo guardou ali horas antes. — Toma, você pode usar o banheiro lá do corredor se estiver com muita pressa para tomar banho.
— Eu espero você sair. — O rapaz recebe a toalha da namorada e permanece na poltrona durante todo o banho de Yasmin. Quando ela sai, ele ocupa o banheiro e deixa todo o cansaço e suor escorrer pelo ralo.
O casal aparece na sala minutos depois e se encontra com Elizabeth e Iago, que também já estão de banho tomado.
— Nós vamos jantar naquele restaurante ali da esquina — diz Yasmin. — Vamos com a gente?
Iago olha para a mãe, que diz:
— Nós estávamos pensando em pedir pizza. Podem ir.
— Ok, até mais tarde. Beijos! — ela acena para os dois.
— Até mais tarde — despede-se Victor e sai de mãos dadas com Yasmin.
— Isso é tão estranho! — exclama a garota no elevador quando eles sobem de volta para o apartamento após o jantar.
— O que é estranho? — indaga Victor acariciando a cintura dela.
— Passei o dia inteiro no meu apartamento, sem os meus pais e o Felipe, agora saí para jantar com você, estamos voltando para o apartamento. É estranho não ter a minha família por perto.
— Posso imaginar, mas pelo menos você tem a mim. É melhor do que nada — ele ri.
— Você é muito melhor do que nada — sorri Yasmin dando um beijo nele. Eles chegam ao andar do apartamento de Yasmin e Iago e a loirinha destrava a porta. — Voltamos — cumprimenta Elizabeth e Iago que conversam no sofá.
— Oi — diz Victor atrás dela.
— Já voltaram? — surpreende-se Elizabeth.
— Quando eu disse que ia jantar fora, meus pais pediram para eu voltar cedo — conta Yasmin rindo.
— Eles devem estar muito preocupados com você aqui sozinha.
— Com certeza. E nós queríamos dormir também — fala a loirinha abraçando Victor pela cintura —, estamos cansados.
— O dia foi longo, né? — comenta Elizabeth.
— Demais — concorda Victor envolvendo o corpo da namorada com os braços.
— Nós já vamos dormir, tá? — fala Yasmin.
— Claro, fiquem à vontade. Boa noite, meus queridos!
— Boa noite — deseja Iago. Yasmin e Victor respondem e vão abraçados para o quarto dela.
— Nossa, eu estou cansado mesmo — fala Victor tirando o sapato e a camisa.
— Eu também. — Yasmin senta em sua poltrona e retira as sandálias. — Só que eu tenho energia para mais uma coisinha.
Victor olha para ela enquanto deita na cama e ri de seu olhar malicioso.
— Seria hoje o dia em que vamos inaugurar esses lençóis?
— O combinado era esse, não? — devolve Yasmin sentando sobre o quadril dele. O loiro apenas ri e puxa o tronco da namorada para o seu, beijando intensamente seus lábios. Yasmin sorri entre o beijo e ajuda Victor a retirar sua saia e blusa.
— Tem algo que eu fiz questão de guardar na sua mesinha de cama?
— O quê? — Yasmin finge que não sabe do que ele está falando. Victor alcança um preservativo e o queixo dela cai. — Uau, que surpresa! — Eles gargalham e voltam a se beijar com volúpia.
Certo tempo depois, já de madrugada, Yasmin desperta ao sentir uma leve pressão em seu quadril, descendo lentamente por sua coxa. Ela se arrepia com o toque da mão de Victor e solta um suspiro abafado quando os dedos dele escorregam para baixo de sua camisola. Ela se vira de barriga para cima e olha para o namorado. Victor beija lentamente seus lábios enquanto faz carícias bem íntimas em seu corpo. A respiração de Yasmin vai ficando cada vez mais acelerada e ela se contorce sob o cobertor.
— Eu nunca vou deixar de te desejar — Victor fala em seu ouvido.
— Por favor — sussurra Yasmin soltando um gemido baixo. Eles continuam trocando declarações e carícias até pouco antes do amanhecer. — Obrigada por ter estado ao meu lado durante essa mudança — agradece a loirinha na manhã de segunda-feira.
— Não precisa me agradecer — responde Victor. — Agora é melhor você se levantar, senão vai chegar atrasada no seu primeiro dia de aula.
— Ai! — exclama Yasmin se revirando na cama. — Estou com borboletas no estômago.
— Isso é bom, não é?
— Sim, eu espero — ri a garota jogando as cobertas para o lado. Ela respira fundo e corre para o banheiro.
— Bom dia — sorri Iago quando Yasmin chega na cozinha.
— Bom dia, Iago. Preparado?
— Não sei — ele responde e mesmo estando conhecendo ele melhor Yasmin é capaz de identificar um tom de medo em sua voz.
— Relaxa, nós vamos conseguir — diz pegando uma cesta com pães. Para ela é tão normal encontrar pães quentinhos assim que acorda que demora para perguntar: — Quem foi comprar pão?
— Eu — responde Elizabeth surgindo na cozinha. — A ideia era arrumar a mesa do café da manhã antes que vocês acordassem, mas vocês acordaram mais cedo do que eu previa — ri.
— Não queremos nos atrasar — responde Yasmin. — Obrigada pelos pães.
— Isso por que você ainda não provou meu cafézinho. — Elas riem e terminam de montar a mesa com Iago.
— O Victor não vai se juntar a nós? — indaga Iago passando patê de ricota no pão.
— Ele vai dormir mais um pouco — responde Yasmin. — Nossa, seu café é uma delícia mesmo — ela elogia Elizabeth quando beberica a bebida.
Quando eles terminam de comer, os adolescentes pegam seus pertences e partem para a faculdade.
— Boa sorte — deseja Elizabeth vendo-os sair do apartamento.
— Obrigado — eles agradecem.


Em seu estúdio, Chay conta para Micael detalhes de seu próximo álbum. O pai de Felipe e Yasmin, no entanto, está disperso mexendo em seu celular.
— Desculpa, o que você falou sobre a harmonia da música mesmo? — questiona Micael ao erguer a cabeça.
— Que eu ainda tenho que conferir uns detalhes — responde Chay com a voz monótona. — O que você tanto vê nesse celular, hein?
— Eu estava mandando mensagem de boa sorte para a Yasmin — Micael explica. — Hoje é o primeiro dia de aula dela na faculdade.
— Ah é? Que legal! — exclama Chay entusiasmado. — Como foi o primeiro final de semana dela em São Paulo?
— Ela ficou quase o tempo todo no apartamento arrumando as coisas com o Victor.
— O Victor foi com ela, né? Tinha esquecido disso.
— Sim. Eu não queria, não — conta Micael —, mas achei que seria menos doloroso para ela se mudar se alguém daqui fosse com ela, nem que fosse para passar alguns dias.
— Você tem razão. Eu já me programei para ficar uma semana com o Vinícius lá em Paris para ele se acostumar um pouco com a cidade.
— Então ele vai mesmo estudar na França?
— Vai! — confirma Chay com os olhos brilhantes. — A Marina não passou nas faculdades que ela queria aqui no Brasil, então ela vai voltar para os Estados Unidos para estudar lá mesmo, sendo assim o Vinícius vai para Paris também.
— Nossa, vai ser uma mudança e tanto para ele, hein?
— Sim, mas tenho certeza que ele vai tirar de letra. Ele é muito apaixonado por gastronomia, assim que começar o curso vai se esquecer um pouco dos perrengues.
— E vocês já sabem onde ele vai morar?
— Nós alugamos um apartamento em um prédio que um amigo da Mel morou um tempo atrás. Infelizmente não deu para a gente ir visitar pessoalmente, mas foi muito bem recomendado.
— Ai, que bom! Mas o Vinícius sabe falar francês?
— Não. Ele está fazendo umas aulas online aí, mas a gente já escolheu um cursinho para ele aprender lá na França também. No começo vai ser puxado pra caramba, mas eu sei que ele vai conseguir.
— Eu não tenho dúvidas disso. O Vinícius é muito esforçado.
— Puxou o pai, né? — brinca Chay e eles riem.
— Me conta mais sobre o seu disco, senhor esforçado — pede Micael sorrindo.


Yasmin e Iago vão boa parte do caminho até a Anhembi Morumbi em silêncio, cada um pensando em como será o seu primeiro dia de aula na faculdade. Eles se despedem logo na entrada:
— Boa sorte — deseja Yasmin.
— Obrigado, pra você também — responde Iago um pouco pálido. Cada um vai para um lado, misturando-se aos diversos estudantes que transitam agitadamente de um lado para o outro. Guiada por setas Yasmin chega ao departamento de moda.
— Ei! Você é caloura?
A loirinha vira e se depara com uma garota de cabelos na altura dos ombros.
— Sou — confirma.
— Eu sou sua veterana — informa a garota sorrindo. — Vem, vou te levar até o lugar que vai ser a apresentação.
Yasmin segue ela por alguns corredores dentro do departamento, que está bastante movimentado. Ela vai lendo as plaquinhas nas portas, identificando diversos ateliês, estúdios e outras salas.
— Vai ser aqui — diz a garota apontando para a porta de um pequeno auditório.
— Ok, obrigada — sorri Yasmin entrando no espaço. Ela vê outros calouros sentados nas poltronas e se acomoda ao lado de um garoto em uma das fileiras do meio. — Oi, tudo bem? — diz olhando para ele.
— Tudo bem e você?
— Também. Eles já falaram alguma coisa? — pergunta indicando as pessoas na mesa do auditório.
— Só pediram para a gente esperar um pouco, que já já vai começar a apresentação.
— Ah sim.
— Qual é o seu nome?
— Yasmin e o seu?
— João.
— Prazer — ela sorri.
— Você não é daqui de São Paulo, né?
Yasmin passa a mão no cabelo e responde:
— Não, sou carioca.
— Percebi pelo sotaque — ri João. Eles conversam por mais alguns minutos, mas se calam quando uma das pessoas da mesa levanta, falando ao microfone.
— Bom dia. — Todos os olhares estão pregados na mulher que aparenta ter cinquenta anos. — Meu nome é Márcia, eu sou coordenadora do curso de design de moda e junto de alguns professores — ela aponta para o restante da mesa — apresentarei o curso para vocês. Antes de mais nada, quero desejar boas vindas para todos e tenho certeza que vocês traçarão uma linda trajetória conosco.
Cerca de quarenta estudantes escutam atentamente o que Márcia e os demais professores falam a respeito do curso. Assim que as falas terminam e eles saem do auditório são rodeados por um grupo de veteranos.
— É o seguinte, calouros — fala a mesma garota que levou Yasmin até o auditório. — Quero que vocês façam uma fila aqui na minha frente para a gente pintar vocês. Quem não quiser ser pintado, pode ficar tranquilo que a gente não vai obrigar ninguém a fazer o que não quer. Beleza?
Yasmin fica entre outras duas garotas na fila e repara que alguns estudantes olham demais em sua direção. Dois alunos do segundo ano vão pintando os recém-chegados ao longo da fila.
— E aí, caloura — fala a garota parando na frente da irmã de Felipe. — Posso te pintar, né?
— Pode — responde Yasmin jogando o cabelo para trás. Ela sente o dedo de sua veterana deslizar por suas bochechas, fazendo duas linhas com tinta guache.
— Eu te conheço de algum lugar — comenta a garota fazendo uma bolinha na ponta do nariz de Yasmin.
— Você me levou até o auditório.
— Eu sei — ela ri. — Estou falando de outro lugar.
— Anda, Ana! — apressa um veterano passando por ela para pintar a menina atrás de Yasmin.
— Desculpa, querido — ri a garota que conversava com Yasmin. Ela lança um olhar na direção da loirinha antes de se afastar.
A herdeira de Sophia e Micael olha para o chão e respira fundo. Ela tem certeza que muitos ali já viram seu rosto, já que ele esteve presente em campanhas da MelPhia nas maiores revistas de moda do país, em publicidades na internet e outdoors pelas cidades. Seu coração fica apreensivo ao imaginar como eles irão reagir quando se derem conta de que ela é filha de uma das donas da marca mais prestigiada atualmente no cenário nacional.
Quando todos são pintados, eles seguem para uma grande sala onde há uma passarela e diversas cadeiras nas laterais.
— Vocês podem se sentar — indica um dos veteranos. O grupo de calouros se divide nos dois lados da passarela e os veteranos ficam no centro em pé. — Vocês têm alguma ideia do porquê nós trouxemos vocês aqui?
— Nós vamos assistir a um desfile de moda? — tenta adivinhar uma garota perto de Yasmin.
— Exatamente. E vocês conseguem imaginar quem serão os modelos?
— Nós? — Yasmin olha para João do outro lado da sala quando ele palpita.
— Isso mesmo! E aí, quem será o primeiro? — pergunta o veterano sorrindo. Yasmin sente seu estômago se agitar e passa a mão no cabelo, tentando controlar seu nervosismo. Pelo silêncio de seus futuros colegas de classe deduz que eles sentem o mesmo que ela.
— Vamos lá, calouros! — exclama a veterana chamada Ana. — Vocês não vão querer que a gente escolha quem vai começar, né?
— Eu começo! — Todas as cabeças giram na direção de uma garota que ergue a mão.
— Isso aí, caloura! — exclama Ana com entusiasmo. — Vem pra cá. — Eles observam a garota ruiva caminhar até o começo da passarela, onde Ana está. Os outros veteranos se posicionaram no fim do percurso. — É só você desfilar até o final e lá dizer seu nome, idade e de onde veio, beleza? Aí você vai receber um cabide com uma plaquinha pra você. Pode ir!
A ruiva joga o cabelo para um lado e começa a caminhar pela passarela. Yasmin, que recebeu diversas aulas de desfile, identifica vários errinhos, mas ainda assim fica impressionada com a desenvoltura da garota.
— Meu nome é Jade Murray — diz a ruiva —, tenho dezessete anos e sou de Santos. — Ela é aplaudida e recebe um cabide com uma plaquinha pendurada escrita “Marina Ruy Barbosa”. Rindo, retorna com o cabide para o seu lugar.
— Próximo! — exclama Ana. João levanta e anda até o início da passarela. Ele respira fundo e começa a desfilar quando a veterana dá o sinal.
— Me chamo João Müller, tenho dezoito anos, sou de Santa Catarina, mas moro aqui em São Paulo faz cinco anos. — Entre os aplausos, ele ganha o cabide escrito “Galãzinho”.
— Mais um — diz Ana. Aos poucos os calouros vão um por um cruzando a passarela e recebendo um cabide com um adjetivo divertido escrito na hora pelos veteranos.
Quando mais da metade já foi e o clima está bem mais descontraído entre eles, Yasmin ergue a mão. Ela vai até o começo da passarela, sentindo os olhares intensos sobre si. Ao começar a desfilar, percebe alguns burburinhos na sala, mas se mantém firme e faz exatamente o que lhe foi ensinado para os desfiles da MelPhia.
— Meu nome é Yasmin Borges — mesmo com as diversos ruídos ela prossegue —, tenho dezesseis anos e sou do Rio de Janeiro.
— Você é filha da Sophia Abrahão! — Ana fala a constatação que muitos também chegaram.
— Em carne e osso — sorri Yasmin bem menos nervosa do que imaginou que estaria.
— Você famosa, por que está aqui? — ri um de seus veteranos.
— Porque eu quero ser designer de moda — a loirinha responde com obviedade.
— Igual a sua mãe — fala Jade e Yasmin apenas assente. Ela tinha certeza que a partir do momento que todos soubessem quem ela realmente é as comparações com Sophia surgiriam. Ainda assim não sabe como reagir a isso, pois não quer ficar na sombra de sua mãe, mas também tem muito orgulho de ser filha de quem é.
Uma veterana entrega a ela seu cabide e ela fica surpresa com adjetivo na placa.
— Peixinha? — lê Yasmin.
— Ué, filho de peixe, peixinho é.
Yasmin sorri, se divertindo com a placa.
— Faz sentido — diz e volta para a cadeira onde estava.
— Eu sabia que você era você desde o começo — fala uma garota ao seu lado. Yasmin faz um esforço e se recorda que o nome dela é Camila.
— E por que você não comentou isso antes comigo?
— Porque eu queria ter certeza. Se bem que eu tinha certeza — ri Camila. — Eu estava no desfile da MelPhia que você participou, estava no jantar de inauguração da campanha com a Isabela também.
— Nossa! — exclama Yasmin.
— Meu pai é fotógrafo e conhece a sua mãe faz um tempo — explica Camila.
— Ah, que bacana! Você deveria ter conversado comigo antes, eu ia me sentir um pouco menos aflita por me revelar pra todo mundo.
— Por que você ficou aflita? Você é praticamente uma digital influencer, Yasmin.
A loirinha gargalha.
— Não, não sou. Ah, sei lá, é a primeira vez que eu tenho que me apresentar para pessoas que eu tenho certeza que conhecem muito bem o trabalho da minha mãe e vão estudar comigo.
— Entendi — ri Camila.
Depois do desfile e apresentação de todos, eles fazem mais algumas atividades de descontração. Yasmin vai se soltando cada vez mais e conhecendo melhor vários de seus colegas. Quando eles são dispensados, ela caminha até a saída do departamento do curso. Ao se misturar aos estudantes dos outros cursos, repara que há bastantes deles pintados assim como ela.
— Você está indo para casa? — Ela olha por sobre o ombro e enxerga Camila se aproximando com João.
— Estou — responde acima do falatório do corredor.
— Onde você está morando?
— Em um condomínio a umas três quadras daqui.
— Quer uma carona? — oferece Camila sacudindo as chaves do carro. — Eu vou deixar o João na casa dele também. Nós três moramos aqui perto.
— Ah, eu aceito — sorri Yasmin. Eles caminham juntos até o estacionamento da faculdade e entram no Jeep Renegade branco de Camila.
— O que vocês gostam de ouvir? — pergunta a jovem ligando o carro.
— Eu ouço quase tudo — responde Yasmin no banco da frente.
— Eu gosto de rock, pagode, pop. Sou bem eclético  — diz João atrás.
— Também gosto de pop — diz Camila. Ela coloca para tocar Beyoncé e os três saem da faculdade.
— Vocês são daqui? — pergunta Yasmin no caminho.
— Eu sou — responde Camila.
— Eu não — João diz. — Sou de Joinville.
Camila confere no GPS a localização do condomínio de Yasmin e pergunta:
— Você está morando sozinha?
— Não, estou dividindo apartamento com um colega.
— Ah, que legal! Ele é universitário também?
— Sim, está entrando esse ano também.
— O que ele vai cursar? — pergunta João.
— Design de games, lá na faculdade mesmo — conta Yasmin.
— Que bacana!
— Você já morou longe dos seus pais? — Camila pergunta parando em um sinal vermelho.
— Não, essa é a primeira vez.
— É complicado, né? Eu lembro de quando fiz um intercâmbio para Londres… Nossa senhora, sofri sem eles, hein? — ela ri.
— É, faz pouco tempo que a gente se mudou, mas eu já estou sentindo falta deles.
— Com o tempo você vai se acostumando — João tenta tranquilizá-la. — Não sei o que eu estou falando, nunca morei longe dos meus pais — conta e eles riem.
— Está entregue — diz Camila parando em frente a um condomínio de luxo. Yasmin observa a fachada enquanto João desafivela o cinto.
— Obrigado. Até amanhã!
— Até amanhã — respondem as duas garotas.
— Nossa aula começa às oito, né? — pergunta o rapaz colocando um pé para fora do carro.
— Sim, eles enviaram os horários por e-mail — diz Yasmin.
— É verdade, eu esqueci. Tchau, meninas!
— Tchau!
João desce e Camila dá partida no veículo.
— Próxima parada, casa da Yasmin.
A loirinha sorri e pergunta:
— Vocês já se conheciam?
— Quem?
— Você e o João?
— Não! — responde a garota de cabelos castanhos. — A gente se conheceu hoje. Ele viu eu tirando minha chave da bolsa e perguntou se eu podia dar carona para ele.
— Ah, sim.
Camila aperta as mãos no volante, falando:
— Estou tão empolgada!
— Eu também — diz Yasmin sorridente. — Você viu eles falando do curso? Estou louca para que as aulas comecem.
— Sim! — A conversa dura pouco, pois logo Camila estaciona em frente ao condomínio de Yasmin.
— Obrigada pela carona — agradece a loirinha.
— Imagina. A gente se vê amanhã!
— Tchau! — Yasmin desce do carro carregando sua bolsa e o cabide com a plaquinha e entra no prédio. O porteiro sorri ao vê-la com o rosto pintado e ela retribui.
— Como foi? — pergunta Victor assim que a namorada passa pela porta.
— Foi incrível! — exclama Yasmin indo até o sofá onde ele está. — Sério, Victor, foi demais. Todo mundo é legal e simpático, sabe? Eu vim até de carona para casa!
— Jura?
— Sim, uma garota da minha sala deu carona para mim e para mais um calouro.
— E o que vocês fizeram quando chegaram lá?
— Teve uma apresentação do curso feita pela coordenadora e uns professores, depois uns veteranos nossos levou a gente para uma espaço que tinha uma passarela. Cada um de nós tinha que desfilar e se apresentar para todo mundo, depois recebia esse cabide com uma característica que os veteranos davam na hora.
— Peixinha? — Victor estranha. — O que é isso?
— Diminutivo de peixe — explica Yasmin. — É que tem um ditado aqui no Brasil que fala que “filho de peixe, peixinho é”. É tipo quando você segue a mesma profissão que seus pais. Todo mundo me reconheceu quando eu disse o meu nome.
— Ui, que famosinha.
— Eu estou em um curso de moda, né? Era de se esperar que eles me conhecessem mesmo.
— E depois?
— Depois nós fizemos umas brincadeiras e fomos liberados. Amanhã começam as aulas de verdade.
— Parece que foi bem divertido.
— Sim, eu gostei da vibe de todo mundo.
— Você está lindinha com a cara pintada, sabia?
— Ah é, tenho que tirar isso — ri Yasmin levantando do sofá. — Cadê o Iago e a Beth?
— A Beth saiu e o Iago está no quarto dele falando com o Lorenzo e a Aline.
— Ele chegou faz tempo?
— Um pouco antes de você.
— Ah sim! Vou só lavar o rosto e já volto — diz caminhando para o corredor. Ela passa pelo quarto de Iago e escuta ele contando como foi seu primeiro dia de aula para o amigo e a namorada. — Oi — diz colocando a cabeça para dentro do quarto.
— Oi, Yasmin! — responde o garoto olhando para ela. — Pintaram você também?
— Sim — ela ri.
— Você está pintada? — Yasmin escuta a voz de Aline saindo do notebook no colo de Iago. Ela entra no quarto e senta ao lado dele na cama, visualizando Aline e Lorenzo pela webcam. Os dois parecem estar juntos em um café no Rio de Janeiro.
— Oi, gente — ela acena sorridente e mesmo pela tela nota que Lorenzo ruboriza.
— Oi — respondem os dois. — Que fofa você está com a cara pintada, Yasmin — comenta Aline rindo.
— Coisa dos meus veteranos — responde a loirinha e fita Iago. — Como foi?
— Foi muito legal! E o que você achou do seu?
— Perfeito! — sorri a loirinha. — Eu só vim dar um oi mesmo — fala para Aline e Lorenzo. — Quando começam as aulas de vocês?
— No começo do mês que vem — conta Aline.
— Vocês vão estudar na federal também, né?
— Sim — respondem os dois.
— Que legal! Vou lavar meu rosto. Tchau, gente!
— Tchau! — despedem-se Aline e Lorenzo e Yasmin sai do quarto. Ela vai até o banheiro do corredor e começa a esfregar as bochechas para retirar a tinta.


Durante a tarde, Malu vai com Samuel até o apartamento da avó dele para comprarem os móveis para a casa dele em Porto Alegre.
— Por onde começamos? — questiona Samuel sentando no sofá com o notebook no colo.
— Pela sala de estar — sua avó responde acomodando-se ao lado dele.
— Você ainda não comprou nada? — Malu indaga do outro lado da sala, em uma poltrona.
— Ainda não, o apartamento está vazio. — Ele vai para a área de móveis para sala de estar do site que visita.
— Vamos escolher primeiro o sofá — aponta Carmem, sua avó.
— Vocês vão escolher tudo sozinhos? — pergunta a morena. — Não seria melhor contratar um decorador?
— Eu não quero pagar ninguém para escolher as coisas do meu apartamento — Samuel responde. — Eu tenho a minha avó — ri olhando para a senhora. Malu observa as risadas dos dois e não entende o motivo para tanta graça.
— Sua avó tem um ótimo gosto mesmo — diz gesticulando para o restante da sala, que possui uma decoração que mistura móveis modernos a outros mais antigos.
— Eu sou designer de interiores — esclarece Carmem com um sorriso que aumenta as rugas ao redor de seus olhos e ilumina seu rosto.
— Ah! — exclama Malu. — Agora tudo faz sentido.
— Vem cá ajudar a gente a escolher.
— Com a senhora por perto nem vou precisar dar minha opinião — ri a jovem.
— Mas a sua opinião importa muito para o meu apartamento — fala Samuel erguendo o olhar da tela do notebook.
— Ah é?
— Claro, afinal de contas você vai me visitar com frequência, não vai?
Malu gargalha e olha para Carmem.
— A senhora está vendo essa intimação?
— Ele está certíssimo. Assim como ele tem que vir visitar bastante a gente aqui no Rio também.
— Vou vir — promete Samuel. — Vem logo aqui, Malu — chama dando tapinhas no espaço ao seu lado no sofá, que Malu rapidamente ocupa.
— Podemos começar — sorri a garota.
— Tem que ser um sofá confortável tanto para eu assistir televisão quanto para estudar — comenta Samuel e depois de analisar várias opções, coloca no carrinho virtual um sofá retrátil preto de dois lugares.
— Agora vamos escolher um rack — diz Carmem. — Você tem alguma coisa em mente, Samuel?
— Não, só sei que quero a televisão na parede. Pode ser algo bem simples, só para eu guardar alguns CDs e livros.
— O que você acha desse? — questiona a senhora apontando para um com duas gavetas e uma prateleira embaixo.
— Eu prefiro algo só com gavetas ou só com prateleiras — ele responde.
— E esse aqui? — Malu indica uma estante de nichos com um painel para televisão no centro na cor preta.
— Adorei! — exclama o rapaz adicionando o móvel ao seu carrinho. Eles continuam escolhendo itens para o apartamento de Samuel.


Ao decorrer da semana, Victor ajuda Yasmin e Iago a organizarem o apartamento durante a tarde e conhece a cidade de São Paulo pela manhã quando eles estão na faculdade. Na sexta-feira à noite, ele coloca sua mala de mão ao lado da porta principal do apartamento.
— Tchau, Victor — despede-se Iago dando um abraço nele.
— Tchau, Iago. Sucesso no seu curso!
— Obrigado. Sucesso nos seus novos projetos.
— Valeu! Tchau, Beth.
— Tchau, meu querido! — A artista plástica o abraça com carinho. — Adorei te conhecer.
— Eu também. — Ele olha para Yasmin, que está apoiada na parede de braços cruzados. Eles sorriem um para o outro e ela anda descalça até ele enquanto Elizabeth arrasta Iago para a cozinha.
— Tem certeza que você tem que ir? — indaga Yasmin parando na frente de Victor.
— O meu pai pediu para eu voltar.
— Não quero que você vá.
— Eu também não quero ir. — Ela se lança nos braços dele e Victor envolve sua cintura no mesmo instante.
— Quando a gente vai se ver de novo? — questiona a loirinha olhando no rosto dele.
— Eu não sei. Acredito que no começo do mês que vem chegue as respostas das universidades, a partir disso a gente vai decidir o que vamos fazer.
— Então eu não preciso me preocupar em esta ser a última vez que a gente vai se ver?
Victor ri.
— Claro que não. Independente do que a gente for fazer, eu vou vir te visitar mais uma vez.
— E aí será a última vez — sussurra Yasmin.
— Para de falar em última vez. A gente sempre vai se ver, está me entendendo? Sempre.
Yasmin assente.
— Tudo bem. Assim que você receber a resposta da universidade me avisa, tá?
— Pode deixar. Você também vai me contando como está sendo seus dias na faculdade.
— Claro. — Eles se beijam por um longo tempo. — Vou sentir saudades de te ver todos os dias.
— Nem consigo imaginar como será não te ver todos os dias — admite Victor. — Mas o mais importante é que a gente vai se falar todos os dias. Não vamos?
— Claro que vamos. Só se você começar a encher muito o meu saco — ri Yasmin e eles se beijam mais uma vez.
— Tenho que ir, senão vou perder meu voo.
— Tem certeza que não quer que eu te leve no aeroporto?
— Tenho — ele responde. — Não gosto de me despedir em aeroportos. É triste demais.
— Você tem razão. — Yasmin dá um selinho nele. — Te amo.
— Eu te amo muito. — Eles se abraçam mais uma vez e Yasmin aperta o controle que abre a porta. — Tchau, minha coisa.
— Tchau, coisa linda! — Eles sorriem e Victor sai com sua mala.
Yasmin fecha os olhos e apoia a testa na porta. Ela tem a sensação que uma mão comprime o seu coração. Segundos depois, sai correndo e se tranca em seu quarto, onde passa um bom tempo chorando sob o cobertor.


No Rio de Janeiro, Marina e Vinícius se divertem cozinhando na mansão dos pais dela. Ele tenta preparar um jantar para a chegada de Victor com o auxílio da namorada, mas ela mais atrapalha do que ajuda.
— Só fica mexendo — diz entregando uma colher de pau para ela. — Eu vou cortar os legumes aqui rapidão.
— Ok — diz Marina indo em direção ao fogão. Vinícius fica em uma bancada ao lado e começa a cortar cebolinha. — Queria ver como a Yasmin está se virando lá em São Paulo para cozinhar.
— A Yas não está cozinhando — ri Vinícius. — Ela me disse que está comprando comida caseira congelada.
— Jura?
— Uhum. O Iago e a Beth, mãe dele, que de vez em quando fazem algumas coisas. A Yasmin mesmo não sabe cozinhar nada.
— Na vida eu sou a Yasmin — ri Marina.
— Nem deu para perceber — ironiza Vinícius.
— Ei? O que você quer dizer com isso? — Eles gargalham.
— Ai, droga! — exclama o rapaz segundos depois.
— O que foi? — Marina estica o pescoço para visualizar a mão dele quando ele corre para a pia.
— A faca escapou e foi no meu dedo — conta Vinícius com o rosto contorcido de dor. A água vai lavando sua mão e levando consigo o sangue que não para de escorrer do dedo dele.
— Deixa eu dar uma olhada — diz Marina soltando a colher de pau na panela.
— Não! — Ele olha para ela. — Não pode parar de mexer, senão empelota.
— Senão o quê?
— Só fica mexendo, amor. — Ele fecha a torneira. — Onde fica a caixa de primeiros socorros?
— Acho que ali na despensa — aponta Marina e Vinícius corre até lá. — Tem certeza que não quer ajuda? — indaga quando ele volta.
— Tenho, eu estou acostumado. Vira e mexe eu me corto, me queimo — ele sorri começando a fazer um curativo no dedo cortado.
— Dá pra notar olhando as suas mãos.
— Como assim?
— Você é lindo, mas as suas mãos são um caso à parte — ri Marina.
— Ah é?
— Sim, cheias de cicatrizes, calos do violão.
— É meu charme — Vinícius sorri.
— Um de vários — ela observa e eles trocam um olhar apaixonado.
Minutos depois eles ouvem barulhos vindos da sala de visitas. O rosto de Marina ilumina-se quando ela fala:
— Acho que o Victor chegou! — Ela deixa os guardanapos sobre a mesa que organizava com Vinícius e sai correndo da sala de jantar. O rapaz ri e termina de arrumar a mesa antes de ir atrás dela. Quando chega na sala principal da mansão, encontra Victor rodeado pelos pais e pela irmã.
— Essa aqui morreu de saudades de você — entrega Arthur apontando para Marina.
— Claro que não — ela ri abraçada no irmão.
— Eu senti a sua falta, você acredita? — diz o loiro para ela.
— Não sei porque o espanto, você não vive sem mim.
— Convencida. — Eles riem e se abraçam. — Oi, Vinícius! — cumprimenta quando percebe a presença do cunhado.
— E aí, curtiu São Paulo?
— Demais. Estaria lá curtindo ainda, mas esse aqui — ele aponta para Arthur — me obrigou a voltar. Falando nisso — diz se virando para o pai —, qual é o assunto que o senhor tinha para tratar comigo?
Vinícius repara que Lua fica apreensiva, mas Arthur sorri ao dizer para o filho:
— Isso é coisa para depois do jantar. A Marina e o Vinícius cozinharam especialmente para você, sabia?
— Nossa, eu deveria passar mais semanas longe do Rio só para ser recebido assim — ri Victor e eles partem para a sala de jantar.
Após se deliciarem com a refeição feita por Vinícius e Marina, a família reúne-se na sala de televisão.
— Aproveitando que todos estão aqui — diz Arthur levantando do sofá —, tenho uma coisa para mostrar para vocês.
— Que coisa? — questiona Marina.
— Já volto. — Arthur deixa a sala e sua filha olha confusa para a mãe.
— Do que ele está falando?
— Foi por isso que ele falou para eu voltar — indaga Victor.
— Já já vocês saberão — Lua sorri com animação.
Marina e Victor se encaram com ar de curiosidade.
— Voltei! — exclama Arthur minutos depois. Ele entrega duas caixas idênticas aos gêmeos.
— O que é isso? — questiona Marina observando que a parte do remetente foi arrancada.
— Abram — estimula seu pai. Os dois rasgam a caixa sob os olhares de Arthur, Lua e Vinícius. Acima de uma outra caixa está um envelope com a marca do Instituto Tecnológico de Massachusetts.
Victor prende a respiração enquanto Marina sussurra:
— Meu Deus. — Cada um abre o seu envelope e lê a carta que veio dentro. As expressões de Victor desaparecem completamente e o queixo de Marina despenca.
— Eu não estou acreditando nisso — diz o loiro ainda fitando o papel em suas mãos.
Com o rosto pálido, Marina busca o olhar de Vinícius e conta:
— Nós fomos aceitos no MIT.


Comentários

  1. Faz o Chay, chamar a Mel, pra um jantar ou fazer uma participação no cd dele

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  2. AAAAAAH MEU DEUS DO CÉU! COMO É QUE NÃO SURTA? AH VAMOS POR PARTES; AMEI AS CENAS DE YasVi JUNTOS NO APARTAMENTO PENSEI QUE ELES PODIAM MORAR JUNTOS,UM DIA! AMEI OS COLEGAS DE FACULDADE DA YAS, MAS NÃO QUERO QUE ELA SEJA TAXADA DE " FILHA DA SOPHIA " MEU CORAÇÃO PARTIU COM A DESPEDIDA DE YASVI.
    O CHAY PODIA MESMO CONVIDAR A MEL PRA UMA PARTICIPAÇÃO NO CD DELE, SE NÃO ME ENGANO ELA JÁ DISSE QUE ACEITARIA.
    EU TÔ CHORANDO DE AFLIÇÃO PQ A MARINA E O VICTOR FORAM ACEITOS NAS UNIVERSIDADES!
    PS: SE RU VAI TIRAR MEU YASVI DE MIM, DEVOLVE CHAMEL PRIMEIRO

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