Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 259: Vinícius e Isabela têm sensações diante de conversa dos pais

Embora o local esteja aquecido, nada parece tornar os dedos de Graziele cálidos. Ela vagueia calmamente, observando o espaço, olhando para as pessoas e cumprimentando os conhecidos de sua família. Em determinado momento, cruza com os seus ex-sogros, com quem troca meia dúzias de palavras. Encontra, instantes depois, o filho de Fernanda e Mateus, seu melhor amigo desde a infância e seu ex-namorado.
   — Boa noite — deseja Thiago com a voz grave, mas o olhar terno e um sorriso engraçado no rosto. 

   — Boa noite! — responde a ruiva olhando atentamente para o visual dele, não deixando de contemplar sua beleza por mais que sua pele pareça pálida e fina demais — o que ela atribui aos medicamentos que ele tem tomado para inibir o vício por nicotina. 
   — Está tudo tão chique por aqui, né? — comenta o rapaz com as mãos nos bolsos.
   — Sim. Gosto de eventos assim, é uma razão para tirar as roupas de gala do armário. 
Os dois riem e engatam uma conversa leve sobre a festa, a temperatura baixa e os aperitivos. Em momento algum, qualquer um dos dois leva o papo para áreas mais densas como o relacionamento deles ou o tratamento de Thiago.

Os fotógrafos e jornalistas que fazem plantão na porta do espaço escolhido por Chay para o lançamento de seu documentário vão à loucura quando Mel surge com o casal de filhos. Os flashes chegam a cegar Vinícius momentaneamente e o ruído dos cliques das câmeras fotográficas incomodam os ouvidos de Isabela. No entanto, nada é mais alto do que o bombardeio de perguntas que irrompe sobre Mel.
   A empresária, de queixo erguido, caminha juntamente com seus herdeiros pelo caminho, escoltado por seguranças, até a porta. Algumas perguntas sobre a campanha Do Jeito Que Eu Sou dirigidas à Isabela são perceptíveis em meio ao burburinho, mas a adolescente segue o exemplo da mãe e passa pelos profissionais sem dizer uma sequer palavra. 

Malu deixa a roda de jovens em que conversava ao avistar Samuel chegando.
   — Você veio — diz ela. 
   — Não, sou uma miragem. — Samuel sorri e dá um beijo nela. 

   — Se você não viesse — ela diz saindo do beijo —, perderia uma baita boca livre.
Os dois riem.
   — Eu sei, vi o banquete pelo caminho até você. — O sorriso dele desaparece enquanto os seus olhos percorrem o espaço luxuoso.
Malu dá um cheiro no pescoço dele, que provoca um arrepio em seu corpo, mas não suaviza o seu rosto tenso. 
   — O que foi? — ela indaga acariciando despreocupadamente o pulso dele. 
   — O Elias não foi convidado, né? 
   — Acho que não — responde a morena. — Não que eu saiba. 
   — Hum. 
Constatando que nenhuma de suas carícias ou beijos poderá atenuar o estado de espírito de Samuel, Malu resolve arrastá-lo para o lugar em que ela se sentiria melhor. As mesas com o banquete. 

O clã Abrahão-Borges é um prato cheio para os cliques dos fotógrafos e as sedentas indagações dos jornalistas. Os quatro param no tapete vinho que foi colocado na entrada e sorriem para os profissionais. 
   — Yasmin! Yasmin! — chamam alguns repórteres. — Como é ser garota propaganda da MelPhia? Você pretender ser modelo? Como você lida com as críticas? Yasmin!
   — Acho que a Yasmin é a estrela da família — brinca Micael com a esposa. 
A loirinha, assim como os pais e o irmão, não responde a nenhum questionamento, apenas sorri e acena. 
   — Vamos entrar — chama Micael com suavidade. 

Após se avistarem, Vinícius e Marina caminham um em direção ao outro. Assim que se junta à namorada, ele passa os braços pela cintura dela.
   — Você está linda — elogia após beijá-la.
   — Você também. 
Vinícius sorri e afaga a bochecha dela.
   — Aposto que os fotógrafos ficaram loucos por você. 
   — Não sei — responde a jovem dando de ombros. — Nem olhei para eles. 
O rapaz adquire uma postura mais séria, mas quando abre a boca sua voz ainda é gentil e doce:
   — Você sabe que hoje eu, como filho do anfitrião da noite, serei abordado por alguns jornalistas convidados, né? 
   — Tem jornalistas aqui dentro? — questiona Marina sobressaltada. 
   — Claro. Meu pai é muito querido pela mídia e convidou pessoalmente os seus amigos jornalistas. 
Ela fica visivelmente incomodada e não fala nada. Vinícius aperta a cintura dela e dá mais um beijo em seus lábios. 
   — Então, mocinha, se você quiser evitar os terríveis jornalistas, terá que fica longe de mim — comenta Vinícius. 
Marina pondera por um instante e chega à conclusão:
   — Eu prefiro enfrentar os terríveis jornalistas e ficar com você. 
A surpresa atinge os olhos de Vinícius.
   — Sério?
   — Por que o espanto? 
   — Não sei. — Ele dá de ombros, sorrindo. — Você tem uma aversão à entrevistas.
   — Tenho mesmo, mas eu não vou passar a noite sem o meu namorado gato por causa delas. 
Vinícius sorri e dá um outro beijo nela.

Os ponteiros do relógio avançam e Mel, Chay, Isabela e Felipe, Vinícius e Marina encontram-se. A filha do casal fica atenta para ver qualquer indício que demonstre que seus pais sentem falta um do outro, todavia o ex-casal cumprimenta-se com muito carinho e respeito, mas não atinge às expectativas dela.
   — Está tudo incrível, Chay! — elogia Mel sorridente. 
   — O pessoal da produção caprichou bastante, né? — comenta ele.
   — Muito! — O olhar dela desce pelo corpo dele sem disfarce. — E olha para você — diz voltando a encará-lo —, está todo bonitão. 
Os olhos de Isabela brilham, a esperança aflorando dentro dela.
   — Tinha que caprichar também. — Eles riem com uma cumplicidade que beira a irmandade, o que faz com que até a mais resistente esperança de Isabela vire pó. 
   O outro filho do casal atenta-se não somente aos pais, mas também à irmã. Ele se esforça para permanecer impassível igual Victor fica, mas Marina sente que algo o está incomodando. 
   — Você trouxe lencinho? — indaga Chay para Mel, que estranha a pergunta.
   — Não, por quê? 
   — Porque o meu documentário vai te fazer chorar. — Assim que termina de falar, Chay gargalha e Mel acompanha ele. 
O cantor olha para os filhos, fixando-se em Isabela, mais especificadamente na mão de Felipe na cintura dela.
   — Tira a mão do meu bebê, rapaz — ordena dando um tapa na mão de Felipe, que ri e obedece.
Isabela empurra para o interior de seu coração toda a confusão que se instaurou em sua mente diante do comportamento dos pais e se joga nos braços de Chay.
   — Estou tão orgulhosa do senhor, pai! 
Ele aperta a adolescente em seu abraço e passa a mão pelo cabelo dela.
   — Eu também estou orgulho de mim. — Os dois riem.

Os olhos azuis escuros de Yasmin navegam por todo o espaço, absorvendo e contemplando cada detalhe. As paredes são revestidas por algo preto muito semelhante à veludo, o escuro piso brilha e reflete as luzes dos lustres de cristais, as pequeninas mesas circulares douradas destacam-se das paredes enegrecidas e as grandes colunas espelhadas que vão até o teto passam a sensação de que o ambiente é ainda maior. 
   Ela fita as pessoas por meio dos espelhos, elogiando e criticando suas roupas em pensamento. Após visualizar diversos convidados, seu olhar encontra Victor. A pele dele se destaca no fundo negro, suas mãos estão nos bolsos da calça, pés cruzados e o rosto extremamente concentrado em um ponto em sua frente. Tudo nele desperta fascínio nela, o ângulo de seu queixo, a curva de seus lábios sempre corados, o nariz um pouco avantajado, principalmente os olhos. Estes que conseguem esconder qualquer indício de emoção, mas também dizer declarações mudas. 
   E neste exato momento, os olhos dele estão tão fixos em algo, tão centrados e intensos. Mesmo à distância, ela vê que as pupilas dele estão dilatadas e que de seu olhar emana um calor febril. Em seu íntimo, começa a sentir ciúmes do que quer que esteja recebendo o olhar dele, pois há um desejo que ele nem se preocupa em ocultar. 
   A admiração dá lugar à raiva e ela para de observá-lo pelo espelho e começa a procurá-lo em primeiro plano. A raiva dissipa-se quando o acha. Os olhos de Victor estão pregados nela como prego em madeira. 


   — Ah, não! — exclama Bernardo vendo o exorbitante número de jornalistas e fotógrafos ao chegar no local com a esposa. 
   — Sem drama, Bê — pede Anelise descendo de mãos dadas com ele do carro. 
Todas as câmeras são apontadas para eles e as vozes elevadas dos profissionais invadem a área novamente. Anelise sorri e acena para eles, sussurrando para o esposo:
   — Dá um tchauzinho pelo menos. 
Bernardo abre o seu sorriso mais simpático e acena para as pessoas ao redor, porém nem  cogita a ideia de parar. Os dois, finalmente, entram no salão e o médico pisca com rapidez.
   — Nossa, fiquei cego. 
Anelise sorri e dá um beijo na bochecha dele.
   — Você realmente não está acostumado com essa vida. 
   — Não mesmo, nem quero me acostumar. 
Ela permanece sorrindo quando o beija.

Aos risos e conversando, Nathália e Lucas aproximam-se das mesas que acomodam o banquete, onde Malu e Samuel ainda estão.
   — Oi! — eles dizem ao mesmo tempo.
Malu e Samuel, que mastigam uma massa doce, olham para os dois.
   — Oi, gente — responde a morena engolindo. 
Lucas olha para Samuel e em seguida para a filha, questionando:
   — Não vai me apresentar? 
Malu dá um leve sorriso e com uma mão nas costas de Samuel, diz:
   — Esse é o Samuel Haddad, pai.
   — Hamid — corrige Samuel e Malu quase se engasta em sua própria gargalhada.
   — Samuel Hamid — repete enquanto Nathália ri igual à filha. 
   — Eu conheço o seu pai — Lucas informa olhando para o jovem, que apenas assente. Então ele olha para a filha, indagando: — Esse é o seu ficante? 
   — É — ela responde rindo e Samuel, um pouco constrangido com a situação, diz:
   — Eu gosto muito mais da Malu do que um ficante. 
   — É? — questiona Lucas. — Então por que você não pede ela em namoro? 
   — Porque ainda não é o momento certo.
A resposta do rapaz faz com que Malu recorde-se de uma situação semelhante que ocorreu entre ela, Ben e sua mãe:
   "— Malu? — fala Nathália surgindo na porta. A garota se solta de Ben e vira para encarar a mãe. — Quem é esse, filha? — a empresária indaga com o seu olhar fixo nas mãos de Ben, que permanecem firmes na cintura da filha. — É seu namorado? 
Malu sente um calor subir pelo seu pescoço, caracterizando um raríssimo surto de constrangimento. Mesmo com a boca seca, esforças-se para responder à pergunta de sua mãe, porém é Ben quem fala primeiro.
   — Não — ele sorri. — Nós ainda não estamos namorando. 
Malu tem a sensação de que pedras de gelo escorregam por suas costas e se controla para não arregalar os olhos. Nathália, por sua vez, sorri e diz:
   — Ah, entendi. Bom, vou deixar vocês sozinhos. — Ela dá meia volta e mergulha no interior da mansão. Malu olha para Ben com o queixo caído. 
   — Ainda não estamos namorando?"

Apoiados em uma das mesinhas douradas, Felipe e Isabela conversam.
   — Sua mão está fria — ele observa tocando nos dedos dela por sobre a mesa.
   — É que eu estou ansiosa — responde a adolescente sorrindo.
   — Ansiosa com o quê?
   — Com o documentário. Eu não sei o que esperar dele, o meu pai não quis dizer nada. 
Eles riem e Felipe aperta a mão dela.
   — Eu sei que vai ser incrível, como tudo o que o Chay faz. 
Isabela começa a gargalhar, entendendo o sentido por trás das palavras dele.
   — Tudo, né?
Felipe rodeia a mesinha até ficar ao lado dela.
   — Exatamente tudo — responde olhando intensamente para ela. Eles riem e dão um beijo, que logo é interrompido pela voz fininha de Nícolas.
   — Oi, Bela! Oi, Lipe!
O casal afasta-se rapidamente e olha para o único filho de Luíza e Daniel.
   — Oi, Nícolas! — respondem os dois com empolgação. Felipe agacha-se e pega o garoto no colo.
   — Nossa, como você está ficando pesado! — brinca.
   — Eu já sou um hominho. 
   — É? — indaga Isabela. — Por isso que você feio sozinho para a festa?
Nícolas ri e nega com a cabeça.
   — Não, eu vim com os meus pais.
   — Sério? — A ausência de ironia na voz de Isabela faz Felipe rir.
   — Sério — confirma Nícolas com as pernas balançando no ar.
   — Você está muito bonito, sabia?
   — Estou? Mais do que o Lipe?
Isabela sorri e olha para o namorado.
   — Sem dúvida alguma. 
   — Você vai fazer sucesso com as meninas quando crescer, sabia? — comenta Felipe. 
   — Eu já estou grande! — exclama Nícolas e Isabela ri.
   — É, daqui a pouco você passa a Isabela. Mas isso não é grande coisa — ele ri e completa, rindo ainda mais: — Literalmente. 
Isabela dá uma risada irônica.
   — Nossa, como você está engraçado. 
   — Está mesmo — Nícolas concorda sem entender o sarcasmo dela, o que causa mais risos em Felipe.
   — Viu? O Nícolas concorda comigo.
Isabela sacode a cabeça e ri com os dois. 
   — Bobos. 

Próximos a uma pilastra de espelhos, Mel e Chay conversam tomando champanhe. 
   — Tem muita gente importante aqui — ela comenta olhando ao redor. 
   — Um evento importante como esse reuniria pessoas importantes. É meio óbvio! 
Mel olha com deboche para ele.
   — Mesmo com todos esses anos você ainda acha que continua engraçado? 
   — Eu não acho, tenho certeza. 
Os dois olham-se e caem na gargalhada.
   — É muito bobo mesmo — diz ela tomando um gole em sua taça de cristal.
   — Tem quem goste — retorque Chay, dando uma piscadela para ela.
   — Ah, tem! — diz Mel com sinceridade. 
   — Tem mesmo — confirma Chay. — Você acredita que depois que a gente se separou eu passei a ser bem mais assediado do que antes? 
   — Posso imaginar. — Mel sorri e brinca em tom sério: — Você está ficando um velhote bem apessoado. 
Chay ri ironicamente.
   — Assim como você está ficando uma gagá bem interessante. 
Mel passa a mão pelo rosto.
   — Sempre jovem e bela.
Chay ri.
   — Faz tempo que você não é jovem nem bela. 
   — Se olha no espelho, querido. 
Ele chega ainda mais perto da coluna espelhada e se olha.
   — Sempre jovem e belo — ele repete as palavras dela e novamente eles riem.

Em uma mesinha cor de ouro equidistante da coluna espelhada de Chay e Mel e da outra mesinha de Isabela e Felipe reúne Vinícius e Marina, que também tomam tomam champanhe. 
   — Naquela hora — ela diz —, que a gente se encontrou com os seus pais, você estava estranho.
Vinícius toma mais um pouco de sua bebida e assente.
   — É que uma coisa passou pela minha cabeça.
   — Que coisa?
   — O pensamento de que talvez os meus pais realmente tenham se separado. 
   — Você ainda tinha dúvidas? — indaga com estranhamento Marina.
   — O que eu quis dizer é que no fundo eu ainda tinha esperanças de que eles poderiam voltar. Só que... só que olhando bem para os dois hoje eu tomei consciência de que eles não passam de amigos. 
   — Pelo menos sobrou a amizade — Marina tenta analisar pelo lado mais otimista.
   — Sim, claro. É que foi estranho vê-los daquele modo. Isso sem contar aquela cena que a gente presenciou da minha mãe com o Reinaldo.
   — Quem? 
   — O cara que ela apresentou pra gente na gravação da campanha — lembra Vinícius.
   — Ah! O que é que tem?
   — O que eu senti entre eles foi algo muito forte — relembra Vinícius. — Não chega nem perto do que eu senti hoje com os meus pais.
   — Vinícius, você está vendo coisas onde não tem. 
   — Onde a gente acha que não tem — corrige Vinícius. — A minha mãe veio com um papo de que aconteceu alguma coisa e que em breve ela contará para a gente. 
Marina fica mais perto do namorado, fazendo carinho no braço dele.
   — Você está usando esse seu sexto sentido pra coisas que não tem nada a ver, Vini — diz suavemente. 
   — Eu não tenho sexto sentido e eu só estou juntando os pontos — ele retorque.
Marina suspira e beija carinhosamente o pescoço dele.
   — Hoje é um dia especial, lembra? Você quer mesmo ficar aí cogitando se o seu pai está com alguém, se a sua mãe está com alguém, se eles vão ou não voltar? 
Vinícius pensa por um momento e apoia a testa na dela.
   — Não, não quero — responde baixinho.
   — Foi o que eu pensei — diz Marina pegando sua taça de champanhe. — Vamos dar uma volta. 

   — Quer dizer que ainda não é o momento certo de me pedir em namoro? — pergunta Malu ao ficar sozinha novamente com Samuel. Os pais dela sorriram com a resposta de Samuel, pegaram alguns salgados e deixaram os dois a sós, de modo que Malu saiu de seu devaneio com Ben.
   — Sim — responde Samuel com simplicidade.
   — Então você pretende?
   — Quem sabe quando você aprender o meu sobrenome? — ele brinca.
   — Quem manda ter sobrenome esquisito?
   — Hamid não é esquisito. 
Malu sorri e reflete:
   — Sabe o que é isso? Deve ser algum bloqueio que eu tenho com o Elias, por isso nem o sobrenome dele eu consigo aturar. 
Samuel pondera.
   — É uma possibilidade.
Eles sorriem um para o outro. 

Após algumas taças de champanhe, Yasmin caminha até o namorado, que permanece no mesmo lugar.
   — Finalmente você veio falar comigo — ele diz dando um leve sorriso.
   — Tardo, mas não falho — ela brinca. 
Os olhos dele escorregam pelo corpo dela e o elogia escapa sem querer de seus lábios.
   — Você está linda.
Yasmin sorri enquanto Victor toma consciência do que disse e passa a fitar os olhos dela.
   — Obrigada. Pude perceber que você gostou, sabe? Já que você não tirou os olhos de mim.
Victor sorri e responde:
   — Coisas inevitáveis da vida. 
Tão inevitável quanto você voltar aos Estados Unidos? ela pensa automaticamente e o seu coração fica apertado.
   — Me dá um gole — diz puxando a taça de champanhe da mão dele.
   — Claro — Victor responde apenas por dizer já que a taça já está com ela. Ele observa ela entornar a taça e diz: — A gente precisa ter aquela conversa, né?
   — Sim — concorda Yasmin devolvendo a taça vazia para ele. — Só que agora não é o momento para isso.
   — Eu sei que não — Victor apoia. Não há tempo para eles iniciarem um novo assunto ou dá a conversa por encerrada, pois Chay pisa no palco que foi montado na extremidade oposta à porta, chamando a atenção de todos os presentes. 

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