IMAGINE

— Nada — responde Victor com a voz ainda mais grave. — Nada!? — rebate Marina. — Nada, Victor? A Yasmin se declarou pra você! — Ela estava bêbada com certeza. — Ainda mais significativo, não? — Marina insiste. — Quando ela está bêbada é em você que ela pensa. — Não importa — devolve Victor, levantando do sofá. — Quer saber de uma coisa? — Ele mexe no celular por alguns segundos. — O que você fez? — indaga sua irmã. — Bloqueei a Yasmin. — Você o quê? — Marina pula do sofá, indignada. — Assim não corre mais o risco dela me mandar alguma coisa. E eu não fico sabendo da vida dela. — Victor — fala Marina em tom de lamentação. Ela caminha até o irmão e coloca as mãos nos ombros dele. — Por que você tá fazendo isso? Eu sei que significa muito pra você esse áudio. Por que não dar mais uma chance? — Como, Marina? — É só você responder de volta o que ainda sente por ela. — Que eu também penso nela todos os dias e que nada do que eu sentia mudou, tirando o fato de que eu não me imagino mais com e