Imagine ChaMel - Capítulo 81: Chay tem febre alta
Mel levanta, questionando:
— Saiu coragem de onde?— Talvez do selinho que eu dei ontem no Chay — responde Jhulie.
Mel levanta a mão para dar um tapa em Jhulie, mas Arthur a segura.
— Não vou deixar você cair na provocação dela.
— Solta a minha mão, Arthur.
— Não, eu não vou deixar que você se prejudique por causa dessa... dessa daí.
— Olha como fala comigo — alerta Jhulie.
— Eu fui até educado.
— Você tem razão, Arthur — fala Mel. — E você — ela olha para Jhulie —, eu só tenho um recado, o que é seu está guardado.
— Você está me ameaçando?
— Não, eu não preciso disso.
Mel senta de novo na cadeira e abaixa a cabeça.
— Arthur, vem aqui comigo? — chama em seguida.
— Claro — ele responde e os dois saem da biblioteca.
— Eu queria agradecer pelo que você fez lá dentro — fala Mel.
— Imagina, eu sou seu amigo, não iria deixar você bater na Jhulie aqui dentro.
Mel começa a chorar.
— Ei, que foi?
— Eu queria que o Chay tivesse aqui.
Arthur abraça Mel.
— Ele vai estar aqui enchendo o nosso saco mais rápido do que parece.
— Eu espero.
— Agora enxuga essas lágrimas, porque se você voltar assim pra biblioteca a Jhulie vai ter certeza que você estava chorando por causa dela.
— Eu chorando por causa da Jhulie? Jamais! — Ela enxuga as lágrimas.
— Agora sim é a Melanie que eu conheço, e gosto diga-se de passagem. — Eles riem.
— Só você pra me fazer rir hoje. — Ela abraça Arthur. — Obrigada por ser meu melhor amigo.
— Ai para, se não quem vai chorar sou eu — ele ri.
— Bobo! — Eles voltam para a biblioteca, abraçados.
— Olha, Lua — comenta Alana olhando para eles —, se eu fosse você eu tomava cuidado com quem se diz ser sua amiga.
— É, mas eu não sou você — corta Lua.
— Ok, o chifre é seu — ela ri.
— Cala a boca, Alana — diz Arthur. — Vai viver sua vida e deixa a nossa em paz.
— Eu não vivo a vida de ninguém.
— Imagina se vivesse.
Simone se aproxima da mesa.
— Ei, calma pessoal! Hoje é o último dia de suspensão, vamos acalmar os ânimos.
— Não vejo a hora desse inferno acabar — comenta Júlia.
— Eu nunca mais vou reclamar da minha carteira, nem das fofocas daquela sala — fala Sophia.
— Pena que a gente não pode se livrar de algumas pedras — diz Mel olhando para Alana e Jhulie.
— Se está incomodada com as pedras, é simples, vai embora da escola — aconselha Jhulie.
— Eu não, e deixar as pedras ganharem? Nunca.
— Pedra quebra tesoura, tá?
Mel amassa uma folha de papel, dizendo:
— E papel embrulha pedra. — Ela joga a bolinha de papel em Jhulie.
— Gente, chega! — intervém Simone e entrega as atividades.
Todos fazem as atividades diárias e pouco antes do meio dia vão embora.
Mel vai para casa.
— E aí mãe, mandou meu beijo para o Chay? Ele mandou algum recado pra mim?
— Não, eu não vi ele — responde Berenice.
— Por quê? Não deu pra senhora ir?
— Eu fui, mas não teve visitas de manhã.
— Como assim? As visitas ocorrem de manhã.
— Eu vou te que contar, mas não precisa se preocupar.
Mel senta na cadeira.
— O que aconteceu, mãe? Ele... ele piorou?
— Mais ou menos.
— Dá pra ser mais objetiva?
— Ele estava com muita febre, parece que ele tomou um remédio que deu alguma reação.
Mel abaixa a cabeça e começa a chorar. Berenice vai até ela e passa a mão em suas costas.
— Fica calma, ele vai ficar bem.
— Quem garante?
— Os médicos! Ele vai receber alta na segunda, vai vir pra casa e tudo vai acabar bem.
— Eu sinto falta dele, mãe. Tá doendo muito! — Ela chora.
— Eu vou ligar pra Hérica, ela ficou lá. Vou perguntar como ele está.
Berenice liga para Hérica. Após a ligação, Mel indaga:
— E aí?
— A febre abaixou, ele já está melhor.
— Ai, graças a Deus!
— A tarde vai ter visita.
Mel levanta.
— Eu vou! Por favor, não tenta me impedir.
— Fica tranquila, eu vou deixar você ir e vou junto.
Mel tenta sorrir, mas não consegue.
— Eu vou pro meu quarto — fala saindo da cozinha.
— Já já vou servir o almoço.
— Tô sem fome! — Ela entra no quarto.
A tarde Mel e Berenice vão para o hospital.
— Chegaram na hora — fala Hérica.
— Já viu ele? — pergunta Mel.
— Já!
— E como ele está?
— Bem, na medida do possível.
— Ele está acordado?
— Sim!
— Posso ver ele?
— Claro!
Mel fala com uma enfermeira que a leva até o quarto de Chay.
— Que bom que você veio — diz Chay vendo Mel entrar.
— Eu não podia deixar de vir. — Ela se aproxima da cama e pega na mão de Chay. — Como está se sentindo?
— Agora eu estou bem, mas de manhã eu não estava me aguentando.
— Estava tão mal assim?
— Sim, parecia que eu estava queimando, eu tive muita febre.
— Tô contando os dias pra chegar segunda.
— Eu também, é um saco ficar aqui.
— E é um saco ficar sem você — fala Mel.
— Queria poder te abraçar e te beijar.
— Eu também.
— Foi pra escola hoje? — ele pergunta.
— Fui e foi horrível, mas eu não quero falar sobre isso.
— Ok, vamos falar de coisas boas.
— Tipo?
— Tipo eu já sei que fantasia eu quero usar na festa de LuAr — diz Chay.
— Sério? E qual é?
Chay conta qual é a fantasia para Mel e pergunta:
— O que acha?
— Acho que você vai ficar lindo assim.
— Isso se eu conseguir ir.
— Ah vai sim, porque nós adiamos a festa.
— Por minha causa? Não acredito que vocês fizeram isso, não precisava.
— Quem falou que é por sua causa?
— E não foi?
— Claro que não — Mel mente —, é porque nós não conseguimos arranjar a decoração a tempo, por isso.
— Sei — responde Chay com desconfiança.
Eles ficam conversando mais um tempo, depois Mel vai embora.
Mel e Chay ficam pensando um no outro o final de semana inteiro. Na noite de domingo, ela fala para Berenice:
— Mãe, a Hérica me disse que o Chay sai do hospital amanhã de manhã. Eu posso faltar a aula para ir buscar o meu namorado?
— Pode, a suspensão já acabou mesmo — responde Berenice e Mel sorri.
Todos dormem.
No dia seguinte, Mel levanta e se olha no espelho:
— É hoje!
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