Imagine ChaMel - Capítulo 79: Chay no hospital


   — Você não pode está falando sério — diz Mel em choque.
Berenice, André e Luíza chegam na sala.
   — O que foi, filha? — indaga Berenice. — João Paulo, o que você está fazendo aqui?
   — Mãe, o Chay sofreu um acidente de carro — conta Mel perplexa.
   — Ai meu Deus!
   — Em que hospital ele está? — A garota pergunta para João Paulo.
   — No Santa Clara.
    Eu vou pra lá.
   — Essa hora, filha? Deixa pra ir amanhã quando você estiver mais calma — sugere André.
   — Não! Não! Eu quero ir agora.
   — Eu estou indo pra lá — fala João Paulo , se vocês deixarem eu posso levar ela.
    A gente deixa — responde André.
   — Eu vou só trocar de roupa. — Mel vai para o quarto, fecha a porta e agacha ali mesmo. — Ai meu Deus! Por que, por que o Chay? — Ela não consegue mais segurar o choro e desaba.
   Mel troca de roupa, pega a sua bolsa e vai para o hospital com João Paulo. Eles pegam o táxi, João Paulo vai na frente com o motorista e Mel atrás.
   Mel pega a sua agenda na bolsa e começa a escrever.
   "Não sei o que eu estou fazendo, mas eu preciso desabafar. Estou indo para o hospital, o Chay sofreu um acidente de carro. — Ela deixa uma lágrima cair na folha.  Eu não sei o que pensar, ele me mandou uma mensagem umas horas atrás, dizendo que me ama. Ai, eu quero chegar logo lá, ver ele, saber como ele está. Eu preciso dele comigo, não consigo viver sem ele. E essa falta de informação está acabando comigo. Chegamos no hospital, depois eu escrevo aqui... ou não."
Ela guarda a agenda na bolsa. João Paulo paga o táxi e os dois descem.
   — Fica calma, Mel — ele pede Vai dar tudo certo!
Eles entram no hospital e vão para a emergência. Hérica levanta do sofá ao vê-los se aproximar.
   — Ainda bem que vocês chegaram. — Ela abraça Mel.
   — Como ele está? — indaga Mel preocupada.
   — Ele está bem, graças a Deus não foi nada sério.
   — Ai que bom!
   — Como isso foi acontecer? — questiona João Paulo.
   — Parece que o taxista furou o sinal vermelho, por causa do horário e um outro carro atingiu o táxi.
Mel sente um arrepio na alma e João Paulo pergunta:
   — O taxista não viu o carro?
   — Não, sabe por quê? — fala Hérica. — O carro que acertou o táxi estava fazendo racha.
   — Não acredito! E o motorista, foi preso?
   — Ele foi detido, não sei se vai ficar preso.
Mel está sentada no sofá, escrevendo na agenda: "Não estou prestando a mínima atenção no que a Hérica está dizendo, só penso no Chay. Quero muito ver ele, preciso ver ele!"
Hérica, João Paulo e Mel ficam um tempo na sala de espera.
   O médico aparece. Os três levantam, imediatamente.
   — Vocês são a família do Robertchay? — pergunta o doutor.
   — Sim! — responde Hérica. — Como ele está?
   — Ele está bem. No momento está dormindo com ajuda de medicamentos.
    E o estado dele é grave? — Mel indaga.
   — Não, só sofreu arranhões pelo corpo.
   — E quando a gente vai poder ver ele? — pergunta Hérica.
   — Se vocês quiserem pode ser agora. Evitem falar, ok? E é um por vez.
Hérica olha para Mel, que diz:
   — Vai a senhora primeiro, você que é a mãe dele. Eu vou depois!
   — Ok!
Hérica vai com o médico. Mel senta de novo no sofá, depois de dez minutos Hérica volta, chorando:
   — Como dói ver ele deitado naquela cama.
Mel fica assustada com o comentário dela. Ela segue o médico e vai até o quarto de Chay.
   — Dez minutos, tá? — diz o médico abrindo a porta.
   — Tá! — Ela entra. Ao vê naquele estado tão frágil, Mel desaba. Ela se aproxima de Chay, chorando. Ele está dormindo e Mel pega na mão dele.
   — Volta logo — sussurra , eu não consigo ficar sem você. Preciso de você ao meu lado — Ela respira fundo. — Você vai ficar bem, isso não vai passar de uma lembrança. Te amo!
Mel enxuga as lágrimas e passa o resto do tempo olhando para Chay.
    Mel? — chama o médico entrando no quarto. — Acabou o seu tempo.
   — Já?
   — Já!
   — Ok. — Ela olha para Chay. — Beijo amor, te amo!
Mel sai do quarto, mais leve por ter visto que Chay está bem. Ela volta pra sala e liga para Sophia, pra contar tudo o que aconteceu.
   — Oi Mel, o que aconteceu? — pergunta Sophia bastante sonolenta. — São quatro e meia da madrugada, não dorme mais?
   — Ai desculpa por te acordar, tinha esquecido da hora.
   — Hum, o que aconteceu?
   — O Chay sofreu um acidente de carro. — Sophia quase cai da cama e Mel se assusta: — Sophia? Está tudo bem?
   — Está, é que eu quase caí da cama. Mas me conta, como assim o Chay sofreu um acidente?
   — Foi, eu tô aqui no hospital, vim ver ele.
   — E como ele está?
   — Tá bem, não foi nada grave. Ele está em observação! — Ela começa a chorar. — Ai amiga, eu estou com medo, medo de que ele piore.
   — Fica calma — pede Sophia , como você disse, ele está bem. Como isso aconteceu? — Mel conta tudo o que aconteceu para ela. — Nossa, que barra.
   — Pois é, eu liguei pra você porque eu queria desabafar, e também te pedir pra contar isso pro outros, porque eu não vou na escola, não tem condições.
   — É claro, você não dormiu e também não tem cabeça pra isso.
   — Exatamente! Daí você repassa pra eles, tá? E evita espalhar isso, só conta pro Arthur, Micael e Lua, só.
   — Pode deixar!
Hérica chama:
   — Mel, vamos?
   — Tá! — Ela pega a bolsa, levanta e segue Hérica e João Paulo. — Amiga, estou indo pra casa agora, vou tentar dormir um pouco.
   — Ok, tenta descansar, ele está bem.
   — Ok, beijo, tchau!
   — Beijo, tchau. — Elas desligam.
Mel, Hérica e João Paulo entram no carro. A jovem tenta segurar o choro para não abalar mais ainda Hérica.

Os três chegam ao prédio. Mel e Hérica descem entre os blocos quatro e cinco.
   — Obrigada por me levar — agradece Mel.
Hérica pega na mão de Mel.
   — Imagina, eu gosto muito de você e sei que o Chay gosta ainda mais.
Elas se abraçam. As duas vão para os seus apartamentos.

Mel entra em casa e Berenice pergunta:
   — E aí, como ele está?
   — Tá bem, não foi nada grave, graças à Deus.
   — Ainda bem, nós estávamos preocupados.
    Pois é, agora eu vou dormir, tentar dormir. — Ela vai para o quarto, deita na cama e dorme.

Na manhã seguinte, Mel continua dormindo, os outros rebeldes já estão na escola. Sophia já contou o que aconteceu para os outros.
   — O que será que aconteceu com o casalzinho? — Alana pergunta. — Por que eles não vieram hoje?
   — Não te interessa — responde Lua.
    Nossa, eu só queria saber por quê os meus colegas de suspensão não vieram hoje.
   — Se fosse pra você saber a gente já tinha te contado — Sophia retorque.
   — Ok, não está mais aqui quem perguntou.
Luzia entra na biblioteca.
   — Onde estão o Robertchay e a Melanie?
    No meu bolso não tá — brinca Micael.
   — Sem gracinhas, por favor.
Sophia levanta.
    Luzia, vem cá que eu te conto o que houve.
Luzia e Sophia vão para fora da biblioteca e a loira conta sobre o acidente para a inspetora.
   — E por que os pais deles não entraram em contato com a escola? — pergunta Luzia.
   — É que eles estão muito ocupados, talvez não tiveram tempo pra avisar.
   — Sei, a gente vai entrar em contato com eles pra saber se essa história é verdade.
    É claro que é, você acha que eu ia inventar isso? Fala sério!
   — Tá bom, volta pra biblioteca.
Sophia entra de novo na biblioteca.

No apartamento de Mel.
   — Mãe, estou indo lá pro hospital — diz Mel aparecendo na sala toda atrapalhada.
   — Eu vou com você — diz Berenice.
   — Tá, vamos!
As duas vão para o hospital. Mel e Berenice se encontram com Hérica no hospital.
   — Como ele está? — indaga Mel.
   — Ele acordou! — Hérica conta sorridente.
   — Sério? — Mel não esconde a empolgação.
   — É, eu estou esperando o horário de visita.
   — Eu quero muito ver ele. Posso ficar?
   — Claro, né Mel.
Mel senta no sofá e liga para Arthur.
   — Oi, Melzinha. — Ele atende, levanta da mesa e vai para trás de uma prateleira, os outros rebeldes vão atrás dele.
   — Oi!
   — Como você está? — Arthur pergunta.  Já tem notícias do Chay?
   — Tenho, tenho uma maravilhosa.
Lua puxa o celular da mão de Arthur.
   — Fala!
    Lua?
   — É.
    Então, o Chay já acordou.
   — Sério? Você já viu ele? Como ele está?
Jhulie levanta e fica perto da prateleira em que os quatro rebeldes estão, ouvindo a conversa.
   — Eu ainda não pude ver ele — Mel conta , estou esperando o horário de visita.
   — Manda um beijo pra ele.
   — Tá! Agora me conta, como está tudo aí?
   — Ah, a Alana está curiosa pra saber o que aconteceu, né? Mas está tudo ok.
   — Vocês contaram pra ela?
   — Claro que não — responde Lua. — Era só o que faltava ela ficar sabendo que o Chay sofreu um acidente.
   — Ah tá e nem conta, vai que ela aparece aqui. Nem pensar!
   — Relaxa, a gente está de bico fechado.
Mel fica conversando mais um tempo com eles, depois desliga.
   — Então é isso? — Jhulie conclui. — O Chay sofreu um acidente. — Ela fica chocada e assustada.

   — Mel — chama Hérica , acabei de voltar do quarto do Chay.
   — Sério? Eu nem tinha percebido que você não estava aqui.
   — Percebi — ela ri.
   — E como ele está? — questiona Mel.
    Ele quer te ver.
O olho de Mel brilha.
   — Vou lá. — Uma enfermeira leva Mel até o quarto de Chay. — Chay?
   — Que bom que você está aqui — ele fala.
   — Eu não te deixaria sozinho.
   — Que bom!
    Como você está se sentindo?
   — Eu tô bem.
   — Que bom ouvir isso, você não imagina como eu estava com medo.
   — Medo? Medo do quê?
   — De te perder. — Ela senta na cama.
   — Só não te peço um beijo porque meu maxilar dói. — Chay dá um leve sorriso e Mel sorri com ele. — Só de ver esse sorriso lindo já fico bem melhor.
   — Que bom.
Ele faz um esforço para passar a mão no rosto da Mel e consegue.
   — Você está com uma carinha cansada, não queria te ver assim, ainda mais a culpa sendo minha.
   — Não repete isso! A culpa não é sua, você não pediu pra acontecer esse acidente.
   — Isso é verdade. Já conversou com o pessoal?
   — Já, eles estão na escola.
   — Nem me fala na escola, porque você faltou hoje e eu vou faltar o resto da semana, você sabe o que vai acontecer, né?
   — Pior que sei.
   — Vamos ter que recuperar os dias que faltamos da suspensão.
   — Você não, porque tem atestado, agora eu...
   — Será que eles contaram para a Alana ou pra Jhulie o que aconteceu?
   — Não, eu pedi pra não contarem.
    É, vai que elas aparecem aqui — ele ri.
   — Eu vou no banheiro, depois eu volto pra gente conversar.
   — Ok, não demora, porque aparece a enfermeira, me dá um remédio e eu durmo.
   — Coisa que você não gosta né? — Mel brinca.
    Gosto, mas na minha cama, de preferência com você.
Mel sorri e sai do quarto. Chay fecha os olhos, ele sente que tem alguém ali e logo deduz que é a Mel. Ele escuta: "Vim te ver meu príncipe", reconhece a voz de Jhulie e abre os olhos.
   O que você tá fazendo aqui? — pergunta assustado.
   — Vim te ver — responde Jhulie.


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