Imagine ChaMel - Capítulo 77: Mel troca mensagens com Vinícius
— É aí que está o problema Mel, são muitas pessoas que querem ver a gente separados.
— Isso é verdade, é a Jhulie, Alana...
— E o Guilherme — diz Chay.
— O Guilherme nunca disse que quer separar a gente.
— Mas depois da minha briga com ele é lógico que ele não quer ver eu e você juntos.
— O Guilherme não foi, eu coloco a minha mão no fogo.
— Cuidado que ela pode queimar.
Chay e Mel se encaram. Ela pergunta:
— A gente não vai discutir por causa dele, vai?
— Não, já temos muitos problemas.
— Então foi a Jhulie ou a Alana.
— Isso está com cara de armação da Alana.
— Está querendo livrar a cara da Jhulie?
— Eu não estou querendo livrar a cara de ninguém — fala Chay —, só acho que tem mais chance de ser a Alana. — Ele senta na cama.
— Mas pode muito bem ser a Jhulie, ela não gosta de mim e gosta de você.
— Mel! Como a gente podê ser tão idiotas?
— Do que você está falando? Eu não sou idiota.
— A voz é de um cara, não foi a Jhulie nem a Alana.
— Acorda Chay, elas podem muito bem ter mandado algum amigo delas ligar.
— Ou pode ser um garoto que quer separar a gente — Chay joga uma possibilidade para ver se Mel pega.
— De novo o Guilherme, Chay? — indaga Mel ficando irritada.
— Não, pensa em outro cara que quer separar a gente.
— Não consigo pensar em nenhum, me fala logo. — Ela para, a ideia veio na mente. — Meu Deus! Será? Será que foi o Murilo?
— Só pode!
Mel senta na cama, chocada.
— Ah mas eu vou tirar essa história a limpo agora. — Ela pega seu celular.
— O que você vai fazer? — indaga Chay.
— Eu vou ligar para o Murilo, é claro.
— Não faz isso!
— Por que não?
— Se foi mesmo ele é óbvio que vai negar.
— É verdade! E agora, amor? O que a gente faz?
— Vamos dormir, deixa pra pensar nisso amanhã.
— Ok!
Chay pega na mão de Mel.
— Desculpa, eu não devia ter dito o que eu disse.
— Deixa isso pra lá.
— Ok, vamos dormir. — Os dois trocam de roupa e deitam na cama. Cada um vira para um lado da cama. "Como ele pôde pensar que eu traí ele?" ela pensa e deixa um lágrima escorrer pelo rosto, mas enxuga rápido para que Chay não perceba. "Será que eu tô exagerando? E se fosse eu no lugar dele? É, eu faria a mesma coisa" conclui.
Chay nota que Mel está distante. Ele senta na cama.
— Mel!
— O que foi?
— No que você está pensando?
— Nada.
Ela senta do lado de Chay.
— Vamos fazer uma troca? — ele fala.
— Que tipo de troca?
— Um beijo pelo o que você tá pensando.
— Ok!
Chay dá um selinho em Mel.
— Só isso? Não acho uma troca muito justa — ela ri.
Chay dá um beijo em Mel.
— E agora?
— Agora sim!
— Então, me conta no que você tava pensando?
— Eu tava pensando como descobrir quem ligou — ela mente.
— Ah, a gente descobre.
— Mas ó, finge que nada aconteceu amanhã na escola.
— Por quê?
— Porque o autor do trote não pode ver que a gente se abalou.
— E a gente se abalou? — Mel fica quieta e ele insiste: — Abalou?
— Vamos dormir, né? Já está tarde.
— Pelo visto sim.
— É que ouvir você me acusando de traição me dói.
— Por um momento eu pensei que fosse verdade o lance da traição.
— Ouvir isso que eu acabei de ouvir dói muito mais. — Ela olha no fundo dos olhos de Chay. — Você não acredita no meu amor por você?
— É claro que eu acredito. É que sei lá, na hora da raiva a gente não se controla.
— Seguindo o seu raciocínio, se na hora da raiva, depois de uma discussão nossa a Jhulie aparecesse na sua frente, você ficaria com ela?
— Não, é claro que não.
— Então Chay, a mesma coisa comigo. Eu não iria te trair nem que eu tivesse com a maior raiva do mundo.
— Então vamos deixar essa história no passado.
Eles deitam e dormem de conchinha.
No dia seguinte, quando Mel acorda, Chay não está mais na cama.
— Chay? — Ele não responde. Mel levanta, vai ao banheiro, lava o rosto e escova os dentes. — Nem sinal dele! — Ela vai para a cozinha, quando chega lá vê Chay sentado na mesa.
Mel fica chocada ao ver a mesa cheia de frutas, pão, queijo e leite.
— É pra você! — Chay sorri.
— Não acredito. Você fez tudo isso sozinho? Pra mim?
Chay levanta e pega na mão de Mel.
— Fiz, foi pra me desculpar pelo o que eu disse ontem.
— Ai meu Deus, que fofo! — Mel abraça e beija Chay.
Eles tomam café, se arrumam e descem.
Arthur e Sophia conversam no térreo.
— Bom dia! — eles falam e Chay e Mel respondem.
— Vamos? — diz Arthur. Eles passam nas casas de Lua e Micael e vão para a escola.
Chay e Mel contam sobre o telefonema para os outros rebeldes.
— Eu acho que foi a Jhulie — opina Lua e Sophia concorda.
— Eu também.
— Pra mim foi a Alana — aponta Micael.
— Eu acho que foi o Murilo — diz Arthur.
— A gente vai ter que descobrir que foi — Mel fala cheia de decisão.
Os seis vão para a biblioteca. Jhulie está mexendo no celular, ao seu lado Alana conversa com Vinícius que está sentado em sua frente e Júlia beija Rodrigo atrás de uma prateleira.
— Dá licença, aí é o meu lugar — Mel fala para Vinícius.
— Ok, foi mal! — ele diz, levanta e se agacha ao lado de Alana. Os rebeldes sentam.
Vinícius conversa com Alana, as vezes olha para Mel, mas a morena nem repara. Simone aparece, manda Rodrigo e Vinícius embora e entrega os exercícios).
Quando está indo embora, Vinícius olha para Chay e Mel.
— Não gosto desse garoto — diz Chay.
— Por quê? — Mel pergunta.
— Não sei, não vou com a cara dele.
Mel está fazendo a atividade quando recebe uma mensagem: "Mel, eu preciso muito falar com vc, mas ñ pode ser aqui na escola. É mto sério! Me responde por favor, Vinícius."
Ela guarda o celular do bolso, pensando como Vinícius sabe o número dela e o que ele quer falar com ela.
— Será que é mais uma armação da Alana? — se pergunta. Ela olha para Alana que faz os exercícios normalmente. "O que de tão sério você tem pra falar comigo?" ela digita e manda para Vinícius. Depois de três minutos ela recebe outra mensagem de Vinícius: "Ñ posso contar por mensagem, tem q ser pessoalmente. E é mto sério para contar aqui na escola, a Alana ñ pode saber."
Mel manda a sua resposta final para ele: "Ok, eu topo. Me encontra na sorveteria que fica 3 quadras daqui, hj a tarde, 6 horas". Vinícius responde: "Ok!"
A morena decide não contar para Chay porque ele não gosta de Vinícius e pode não querer que ela vá.
Eles vão para o recreio. Mel e Vinícius se olham, mas nenhum dos dois demonstram nada. Todos voltam para a biblioteca, as horas passam. Os rebeldes vão para a casa, Chay e Mel namoram a tarde no quarto dele.
— Eu tenho que ir — ela diz.
— Aonde você vai?
— Você confia em mim?
— É claro que eu confio — responde Chay.
— Então não me pergunte aonde eu vou.
— Mel, eu não estou entendo.
— Eu vou resolver uma coisa, mas eu não posso contar agora.
— Eu não posso saber?
— Chay, não complica. Deixa eu ir!
— Envolve outra pessoa?
— Sim!
— E eu posso saber quem é?
— Não!
— Eu não posso deixar você ir em um lugar com uma pessoa que eu não sei quem é.
— É do nosso interesse, amor.
— E por que eu não posso ir?
— Não posso contar!
— Você não vai, Mel!
— É claro que vou, você não manda em mim. — Mel passa por Chay e sai do quarto. Ela sai correndo do prédio e Chay não consegue alcançá-la.
Mel chega na sorveteria e se encontra com Vinícius.
— Desculpa pela demora — pede sentando na mesa.
— Ok, eu acabei de chegar — ele responde.
— Então, o que você tem de tão importante pra me contar?
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