Imagine ChaMel - capítulo 75: Preparativos para a festa de aniversário de Lua e Arthur

Mel se espanta.
   — Simone?
   — Eu mando vocês pegarem um livro e os dois ficam se agarrando? — questiona Simone. —E agora, o que eu faço com vocês?
   — Sinceramente? Nada! — Chay responde.
   — Simone, não conta pra ninguém — pede Mel —, é que eu e o Chay estávamos brigados e agora a gente fez as pazes.
   — Sério? Mas por que vocês estavam separados? — pergunta Simone parecendo menos chateada.
   — Muito olho gordo de algumas pessoas.
   — Acho que eu sei de quem vocês estão falando.
   — Se você pensou na Jhulie e na Alana está corretíssima — Chay ri.
   — Vocês fazem um casal muito bonito, não deixem ninguém abalar vocês.
   — Pode deixar — responde Mel.
   — Mas então — fala Simone —, eu não vou contar pra ninguém, dessa vez. Posso só pedir uma coisa pra vocês?
   — Pode, o que é?
   — Finjam que ainda estão brigados.
   — Hã? — Mel franze a testa.
   — É que se vocês voltarem pra lá de mãos dadas os outros vão perceber que vocês voltaram e é só juntar dois mais dois pra saberem que se beijaram aqui. Agora imagina comigo, se a Jhulie ou Alana conta para o diretor que eu permito que alunos se beijem aqui dentro.
   — Ok, a gente te entende — fala a garota.
   — Pode ficar de boa, a gente vai fingir que estamos brigados — fala Chay.
   — Muito obrigado!
Chay e Mel pegam os livros e voltam para a mesa.
   — Demoraram, hein? — comenta Alana. — Estavam se pegando, né? — Ela ri.
   — Não — responde Chay —, e mesmo que tivesse isso não é da sua conta.
   — O que é que tem contar pra gente? Todos nós sabemos que esses livros já presenciaram muitos beijos de vocês.
   — Ai, quer saber de uma coisa? Eu vou contar. — Ela olha pra Chay, que pede:
   — Mel, não faz isso. 
   — Eu e o Chay terminamos, vocês estão satisfeitas? 
   — É sério? — indaga Jhulie. — Caramba, por essa eu não esperava. 
   — O olho gordo de vocês funcionou.
Chay e Mel sentam na mesa. Por baixo da mesa, ela passa a mão na perna dele. Eles fingem que estão brigados até a hora da saída.
   — Cara, você pirou? — pergunta Sophia.
   — O que foi que eu fiz? — Mel franze a testa.
   — Falou que você terminou com o Chay pra elas. Meu, isso é a mesma coisa que dar a cara pra elas baterem.
   — Você não sabe de nada que aconteceu, da verdade — ri Mel.
   — Então me conta! — Mel conta tudo o que aconteceu para Sophia, que fica chocada: — Menina, tô besta. Vocês arrasaram, olha, se a banda não der certo você e o Chay podem virar atores — ela ri.
   — Imagina a novela Rebelde — brinca Mel.
   — Um fenômeno teen! — As duas gargalham.
Chay abraça Mel por trás.
   — Quem é um fenômeno teen? 
   — Palhaçada minha e da Sophia. — Ela sorri. — Agora me solta que a gente ainda está na porta da escola. 
   — Ah é! — Ele larga Mel e fica do lado da Sophia. Jhulie sai do colégio e passa por eles.
   — Cobra! — Mel fala vendo ela se afastar.
   — Cadê o Micael que não volta, hein? — comenta Sophia.
   — Eu vi ele, a Lua e o Arthur indo pra sala do diretor — conta Chay.
   — O que eles foram fazer lá? — Mel indaga.
   — Eles foram tentar negociar o fim da suspensão — diz Sophia.
   — E por que não chamaram a gente? — questiona Chay.
   — Simples, a gente pensou que vocês tivessem terminado de verdade, daí não tinha clima pra vocês irem, então eu sai pra ficar com a Mel.
Chay e Mel riem. Depois de uns dez minutos Micael, Lua e Arthur estão de volta.
   — E aí, como foi? — pergunta Sophia.
   — Conseguimos diminuir a suspensão um dia — fala Micael.
   — É, acaba na sexta — conta Arthur.
   — Melhor do que nada — Mel sorri e eles vão para o prédio. Sophia arma e fica só ela, Micael, Chay e Mel.
   — É o seguinte — fala —, nós temos que fazer a lista de convidados para a festa de aniversário da Lua e do Arthur.
   — É verdade, quando? — pergunta Mel.
   — Hoje a tarde, pode ser? 
   — Claro! — responde Chay.
   — Então fechou — diz Micael.
Sophia e Micael se despedem e fica só Chay e Mel.
   — Tô tão feliz! — ela exclama.
   — Eu também, hoje a noite todo mundo lá de casa vai jantar na casa da minha tia, e vão dormir lá. Quer passar a noite lá em casa comigo? 
   — Sério? Mas você não vai? 
   — Não, não quero ir, eu não gosto dessa tia minha.
   — Sendo assim eu topo. 
   — Adorei! — Ele ri.
   — Eu vou subir. 
Chay puxa Mel e eles dão mais um beijo. Mel vai para casa.

À tarde, Chay passa na casa de Mel.
   — Boa tarde, príncipe! 
   — Boa tarde, princesa. — Eles riem e Mel fala:
   — Hoje tem cineFronckowiak.
   — O que é isso? 
   — Cinema dos Fronckowiak, uai. 
   — Sério? E que filme é hoje? 
   — A saga Crepúsculo: Lua Nova. Vem, entra! 
Chay entra. Na sala está Berenice, André e Luíza).
   — Chegou quem estava faltando, vamos começar? — fala Mel.
   — Vamos! — responde Luíza. — Sentem aí. 
Berenice e André sentam em um sofá e Luíza na poltrona.
   — Sentem aí no outro sofá — Berenice fala para Chay e Mel.
   — A gente vai sentar no chão, né amor? — diz Mel.
   — É pra ficar mais a vontade. 
Chay e Mel puxam o tapete mais para perto do sofá e sentam. Luíza pega as pipocas e senta na poltrona.
   O filme começa e Chay e Mel comem a pipoca e dão vários beijinhos.

Momento em que Bella vai visitar a mãe dela e a Renee diz: "É intenso! Ele age você segue, parece ímãs" 
   — Será que a gente é assim? — pergunta Mel. — O Guilherme disse isso ontem, lembra? — Ela fala sussurrando para não atrapalhar o filme.
   — Eu acho que sim — responde Chay. — Mas eu não quero falar sobre esse guri.
   — Ok, foi mal por ter tocado no nome dele. O inchaço da sua boca diminuiu!
   — Foi os beijos que eu recebi de você. — Ele ri.
Luíza joga uma almofada neles.
   — Calem as bocas, estão atrapalhando o filme. 
   — Ok, foi mal — responde Mel. Ela coloca a cabeça no ombro de Chay e ele coloca o braço em volta dela. Eles assistem Lua Nova.
   — Adorei o CineFronckowiak — fala Chay ao final do filme.
   — Tem todo mês, está convidado para os próximos — fala André.
   — Valeu, eu vou vir sim!
Mel olha para o relógio.
   — Caramba, nós estamos atrasados para a reunião com a Sophia e o Micael.
   — Putz, verdade!
   — Beijinhos! Ah, eu vou vir pegar as minhas coisas pra dormir lá na casa do Chay, ok? 
   — Você vai dormir lá, Mel? — pergunta Mel.
   — Vou, a mãe deixou.
   — Ok. — Os dois saem.

Chay e Mel se encontram com Micael e Sophia lá embaixo.
   — Demoraram, hein? — reclama Sophia.
   — A gente pensou que vocês não iam vir — comenta Micael.
   — É que a gente tava no CineFronckowiak — conta Chay sorrindo.
   — O que é isso? 
   — Teve hoje? — Sophia ri. — Nossa, conta pra eles quem foi uma das fundadoras do CineFronckowiak, Mel.
   — Desenterrou essa lá do passado, hein — Mel ri. — Foi a Sosso, eu e a Luíza que criamos o CineFronckowiak.
   — E eu continuo sem entender o que é isso — ri Micael.
   — É uma sessão de cinema na minha casa, Mica — explica Mel. — Todo mês a gente faz, sacou?
   — Saquei!
   — No próximo vou convidar nada mais nada menos do que os Rebeldes — ri Mel.
   — Nossa, que honra — responde Sophia.
   — Ok — diz Micael — mas honra vai ser a gente dar uma mega festa de aniversário para a Lua e o Arthur, vamos lá? 
   — É, vamos logo — responde Mel.
   — Vamos lá pra casa, né? — chama Sophia e todos concordam. Eles vão para o apartamento de Sophia. — Ok, a gente vai mandar por e-mail os convites?
   — É, sai mais barato pra gente — ri Mel.
   — E quem serão os convidados? — indaga Micael.
   — Não, primeiro a gente tem que ver onde vai ser a festa — fala Chay. — Vai ser um festão ou reservado? 
   — Eu quero fazer um festão — responde Mel —, porque é o primeiro aniversário do grupo, né? E é dos dois juntos, então tem que ser A festa. 
   — Eu tô com a Mel — apoia Micael.
   — Eu também — Sophia concorda.
   — Então vai ser um festão! — aponta Chay.
   — Já que resolvemos a primeira parte. — Mel ri. — Onde vai ser? 
   — Eu tava pensando nisso — diz Micael —, a gente pode fazer ali no salão de festas do prédio.
   — Boa, e vai ser baratinho, porque a gente é morador — fala Chay.
   — Ok, vai ser lá — Sophia fala. — Vamos pra lista? 
   — Vamos! — Mel responde.
Sophia pega o notebook para anotar os nomes dos convidados.
   — Lua e Arthur, óbvio — fala Sophia e eles riem.
   — Ah não me diga! — exclama Mel.

   — Besta! Micael, Sophia, Chay e Mel. 
   — Carlinha, Rafaela, Rayana, Mary, Pérola... — fala Chay.
   — Marcos, Thiago, Ully, Giovanna, Rodrigo, a Júlia? — pergunta Micael.
Todos olham para Mel.
   — Por que vocês olharam pra mim? — Ela ri.
   — Porque a gente sabe que você não gosta da Júlia — responde Chay.
   — Não gosto mesmo, mas quem tem que gostar é a Lua e o Arthur, e eles gostam, então...
   — Ok — responde Sophia —, Júlia, Bernardo, Michel, Pedro...
Eles colocam todos os alunos da sala, menos Alana, Jhulie e Vinícius.
   — E aí, vamos colocar Jhulie, Alana e Vinícius? — pergunta Micael.
   — Claro que sim — responde Mel e todos olham para ela, espantados. — O que foi, gente? Eles tem que babar na nossa festa — ela ri e dá um beijo em cada ombro.
   — É isso aí — apoia Chay.
   — Ok — fala Sophia —, agora eu vou mandar o convite pra todo mundo e depois é só falar com o carinha que cuida do salão.
   — Não é melhor fala com o carinha do salão antes? — pergunta Mel e Micael fala:
   — É, porque a gente nem tem certeza se vai ser lá.
   — Ok, vamos falar com o carinha, depois a gente manda os convites — diz Sophia.
Mel levanta e faz uma dancinha:
   — Festinha de aniversário! Ahã, ahã, ahã, ahã. Festa de niver de LuAr. Ahã, ahã, ahã, ahã. — Ela ri.
   — Que dança estranha é essa, amor? — Chay ri.
   — Dança de quem está muito feliz! 
   — Vamos lá falar com o síndico? — pergunta Sophia.
   — Pra quê? — Chay indaga.
   — Dãr, ele é responsável pelo salão de festas.
   — Ah, então vamos lá.
Eles vão até o apartamento do síndico, conversam com ele e acertam tudo para a festa.
   — Tudo certo? — pergunta Mel.
   — Sim — Sophia responde —, agora é só eu mandar os convites.
   — Então a gente já pode ir, né? — chama Chay.
   — Já, mas pra que a pressa? — ri Sophia.
   — É que eu vou dormir na casa do Chay hoje e vou preparar um jantar pra gente — conta Mel.
   — Opa, eu não sabia que ia rolar jantar — sorri Chay. — Se bem que o último jantar que a gente fez não deu muito certo — ele ri.
   — Mas agora eu já tô treinando!
   — Ok, podem ir — libera Sophia. — Eu fico com o Mica, faço esse sacrifício de ter que ficar sozinha com ele. — Ela ri e dá um selinho em Micael.

Mel e Chay passam no apartamento dela. Mel pega a suas duas mochilas e Chay se surpreende:
   — Duas?
   — É claro, uma pra minhas coisas da escola e outra pra minhas roupas e acessórios.
   — Ai meu Deus! — Mel ri. Os dois se despedem dos pais de Mel e vão para o apartamento dele.

Chay e Mel entram e ele fala:
   — Acho que a minha mãe ainda está aqui.
Os dois vão para o quarto dele e Mel pergunta:
   — Que horas são? 
   — Cinco.
   — Ah, está cedo ainda. — Ela abraça Chay. — Vai dar pra gente aproveitar muito a noite ainda.
   — Que tal começar agora? — Chay beija Mel. Eles vão se beijando até a cama e deitam.
O clima vai esquentando e Mel fala:
   — Chay, agora não. Sua família ainda está aqui.
Chay continua beijando Mel, ela o empurra.
   — Para, Chay! — Ela se arruma na cama.
   — Ok! Vamos conversar então — Chay fala sorrindo.
   — A minha testa ainda está roxa? 
   — Tá!
   — Que saco! Eu passei corretivo, base, mas não disfarça.
   — Tá uma coisa linda, você com a testa roxa e eu com o canto da boca inchado — Eles riem.
   — ChaMel, o casal dos hematomas.
Eles dão mais um beijo e o clima esquenta novamente.
   — Chega, amor — Mel fala, mas continua beijando Chay. Ele passa a mão na perna de Mel, que puxa a camisa dele.
   Hérica entra no quarto, fazendo Chay e Mel se assustarem.
   — Ai foi mal!
   — Mãe, não bate mais na porta, não? — pergunta Chay.
   — Desculpa, é que eu não sabia que vocês já tinham voltado.
   — Ok, Hérica, sem problemas — sorri Mel.
   — Até porque era só um beijo — completa Chay.
   — Eu percebi! — ri Hérica. Mel fica sem graça. — Eu vim só pegar a minha blusa que eu deixei aqui.
   — Eu já coloquei no seu guarda-roupa — fala Chay.
   — Ah é? Vou procurar então, desculpa gente. — Ela sai do quarto.
   — Nossa, que vergonha — Mel diz.
   — Né! — Eles ficam namorando mais um tempo, depois eles vão para sala.

   — A gente já vai, se cuidem — fala Hérica.
   — Usem camisinha — ri João Paulo.
Anelise aparece na sala e indaga:
   — O que é camisinha?
Os quatro se olham e Mel diz:
   — Ãh, camisinha é...
   — Uma camisa pequena, sacou? — fala Chay.
   — E por que vocês vão usar camisinha? 
   — Porque está muito calor, daí com a camisa soa muito — enrola Mel.
   — Entendi! 
   — Vamos embora? — chama Hérica.
   — Vamos! — responde João Paulo. Os três saem.
   Chay fecha a porta:
   — Enfim, sós!

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