Imagine ChaMel - Capítulo 69: Os seis tocam juntos pela primeira vez
— Você adorou a Júlia, né? Muito bom ouvir isso — ironiza Mel.
— Você não deixou eu terminar de falar.
— Desculpa, então. Vai, termina de falar que eu não vou mais te interromper.
—Eu adorei a Júlia em relação a discussão dela com a Alana e com a Jhulie, só isso.
— Só mesmo?
— Claro, Melzinha.
— Ah tá, fiquei com ciúmes.
Chay abraça Mel, falando:
— Você está muito ciumenta atualmente, minha princesa.
— Eu sei, é que todas essas garotas dando em cima de você, ai...eu não consigo controlar!
Ele passa a mão no rosto dela.
— Ok, mas saiba que eu só tenho olhos pra você, dane-se se elas dão em cima de mim. O que eu posso fazer se eu sou tão doce? — Eles riem.
— E convencido.
Eles se beijam.
— Vamos lá sentar com eles na grama? — chama Vinícius.
— Vamos! A gente tem que aproveitar muito esse recreio, porque depois vamos voltar pra guerra. — Ela ri.
— Mas a gente está ganhando a batalha, não está?
— Acho que sim.
Eles vão de mãos dadas para a grama.
— E aí, casalzinho? — fala Sophia. — Já está tudo ok?
— Sempre — sorri Mel sentando na grama com Chay.
— Cara, a Júlia está sendo muito gente boa, né?
— Eu acho — responde Arthur.
— Júlia, Júlia, ai gente que saco — Mel não esconde a irritação e Lua provoca:
— Está com ciúmes, amiga?
— Da Júlia? Nem um pouco.
— Não parece — Micael comenta.
— Sabe o que é? É que eu não gosto da Júlia, gente. É legal que ela mudou e está do nosso lado, mas não dá pra esquecer tudo o que ela me fez. O dia da festa da Sophia não vai sair da minha cabeça!
— É, a Mel tem razão — apoia Chay.
— A gente entende, Mel — Sophia diz.
— Que bom gente, que bom! — responde a morena. Eles ficam conversando, o sinal toca novamente.
— Ai, eu não quero voltar pra biblioteca — resmunga Micael.
— Nem eu — Mel concorda —, o clima está muito pesado.
— Deixa que eu te protejo, minha linda — diz Chay e Mel sorri.
— Obrigada, amor.
Eles voltam para a biblioteca. O clima continua tenso entre eles.
— Soph, me empresta a caneta cor de rosa? — pede Mel. — Esqueci a minha.
— Toma! — Sophia entrega a caneta para Mel.
— Que meigo, ela vai escrever de rosa — atiça Alana.
Mel nem responde, mas Chay não resiste a provocação:
— Ela escreve da cor que ela quiser. — Ele fica realmente bravo, estressado com a situação. Mel percebe e o chama:
— Amor, vem comigo aqui pegar uns livros?
Chay não entender, mas assente.
— Tá!
Os dois levantam e vão para trás de uma das prateleiras.
— Tenta resistir as provocações delas, tá? — pede Mel.
— Eu tento, mas está difícil — Chay responde. — Eu estou muito pilhado, qualquer coisa que elas digam ou façam me estressa.
— E você acha que eu não estou assim? — Mel sorri. — Mas a gente tem que resistir, a minha vontade é voar nas duas, mas eu não quero prejudicar nós seis.
— Eu sei, eu vou tentar seguir você — Chay ri.
Mel olha para os lados.
— Nem um sinal de Simone, quer um beijinho?
— Quero muito, só um beijinho seu pra me acalmar.
Mel dá dois selinhos em Chay, depois um beijo de tirar o fôlego.
— Vamos voltar lá pra mesa antes que a Simone dê por nossa falta — ela fala.
— Vem, vamos lá! — Ele pega na mão de Mel e os dois voltam para mesa.
— Tavam namorando, né? — indaga Alana somente para provocar.
— Não é da sua conta — retorque Mel. Ela e Chay sentam e fazem a atividade juntos. Eles não se beijam, mas ficam cheios de chamegoo, o que causa muita raiva em Alana.
Os últimos tempos são tranquilos perto dos dois primeiros, não há nenhum discussão séria, só algumas respostas atravessadas. O sino toca e eles levantam.
Alana fala com cinco livros na mão:
— Enfim, liberdade.
Lua não resiste a uma provocação e coloca o pé na frente de Alana, que cai com os livros no chão, causando muito riso nos outros. Um garoto ajuda Alana se levantar.
— Uau, quem é ele? — indaga Sophia.
— Eu nunca vi aqui na escola — diz Lua.
— Prazer, eu sou Vinícius — o garoto fala para Alana.
— O prazer é todo meu — ela sorri.
— Seu nome é?
— Alana.
— Você estuda aqui?
— Estudo, você é aluno novo?
— Sou — responde Vinícius —, sou aluno novo do segundo ano.
— Então você vai ser da minha sala, também sou do segundo.
— Legal!
Vinícius olha para Mel, Chay, Sophia, Micael, Arthur, Lua e Jhulie que estão um pouco atrás de Alana.
— Oi!
— Oi! — eles respondem.
— Meu nome é Jhulie, prazer — ela diz dando uns passos a frente.
— Prazer, Vinícius.
Jhulie dá dois beijinhos nas bochechas de Vinícius.
— Que atirada! — ri Mel.
— Eu tenho que ir, amanhã a gente se vê — despede-se Vinícius.
— Com certeza — responde Jhulie. Vinícius sai. — Que aluno novo, meu Deus.
— Não perdeu tempo, né Jhulie? — Mel fala.
— Não se mete, garota. — Jhulie sai.
— E você, Alana? — indaga Sophia. — Tem que partir logo pra cima, que a Jhulie está de olho nele também.
— Eu tenho outros planos. — Ela olha diretamente para Chay e sai.
— E eu pensando que esse tal de Vinícius ia ser a solução dos nossos problemas — ri Mel.
— Pois é! — responde Chay.
— Vamos embora, gente — chama Micael.
— Vamos! — responde Arthur e eles vão andando para a saída.
Na frente da escola, eles veem Vinícius beijando Alana e ficam todos chocados.
— Caraca, isso é porque ela tinha outros planos — comenta Sophia.
— Bom, Jhulie com Diego — observa Mel —, Alana com Vinícius e Estela com o Guilherme, será que você está livre amor?
Chay ri.
— Eu espero. — Eles vão pra casa.
A tarde Chay vai para o ensaio da banda no restaurante. Chegando lá ele percebe que Gabriel não chegou.
— Ué, o Gabriel não veio? — pergunta para os outros.
— Então, Chay, o Gabriel está doente — responde Luan.
— Sério? Ele está bem?
— Está medicado — fala Tom —, mas ele não vai poder vir ao ensaio e... — ele não continua.
— E o que Tom?
— Ele também não vai poder tocar nesse final de semana.
— Ai meu pai, e agora? — questiona Chay.
— Não sei! — responde Luan.
— E se a gente colocasse outro no lugar dele? — sugere Tom.
— Substituir o Gabriel? Nem pensar! — nega Chay.
— Não, não substituir pra sempre, mas enquanto ele estiver de atestado — explica Tom.
— É uma boa ideia. Vocês conhecem outro baterista?
Tom e Luan se olham e respondem:
— Não!
— Ok, grande avanço. — Chay. — Eu conheço alguns bateristas!
— Então, vamos conversar com eles — fala Luan.
— Mas nenhum deles está disponível agora.
— Não entendi — diz Tom.
— Nem eu! — Luan fala.
— Tipo assim, eu conheço a Fernanda, mas ela já toca em uma banda, o Érick, mas ele toca muito mal. — Chay sorri. — Se bem que tem o... não, ele não.
— Ele quem, Chay? — questiona Luan. — A gente não pode excluir opções.
— Tem um outro Gabriel baterista da banda da Mel, mas eu não gosto dele.
— Não acredito que é por causa disso — diz Tom.
— E olha, ele também toca no final de semana.
— No sábado, que eu sei — fala Luan.
— Mas ele não vai topar.
— Você nem falou com ele! — exclama Tom.
— Não gente, o Gabriel não! — sentencia Chay.
— Arranja outro então! É isso, se você não arrumar outro vai ser esse Gabriel mesmo.
— Ok, eu posso pensar?
— Cinco minutos — fala Tom.
Chay busca na mente outros baterista e exclama:
— Achei! Claro, como eu não pensei nele antes.
— Em quem, criatura? — indaga Tom.
— No Mica!
— Quem? — perguntam Tom e Luan.
— O Mica, Micael — diz Chay.
— Ah, o Micael, aquele seu amigo? — pergunta Luan.
— Ele toca bateria? — questiona Tom.
— Toca — Chay responde.
— Então vai, liga pra ele.
— Ok, ok! — Chay liga para Micael: — Oi, Mica!
— Fala, Chay! — responde Micael.
— Então, eu preciso de um favor seu.
— Diz que tem cache, diz que tem cache! — repete Tom.
— Que favor? — Micael pergunta.
— Tem cache! — diz Chay aleatoriamente.
— O quê? Do que você tá falando Chay?
Chay explica a situação para Micael.
— Ah, entendi! — responde Micael. — Ah, eu topo.
— Sério?
— É, eu gosto de tocar bateria e ganhando então.
— Ok, dá pra você vir aqui para o restaurante do Edgar?
— Quando?
— Tipo, agora — Chay responde.
— Agora?
— É!
— Ok, estou indo.
Eles desligam e Chay fala para Tom e Luan:
— Ele está vindo! — Depois de uns quinze minutos Micael chega:
— Cheguei!
— A gente pensou que você não viria mais — ri Chay.
— Estou aqui! — Chay apresenta Tom e Luan para Micael e eles começam contar como que funcionam as coisa para ele. — Ok, se eu ensaiar bem eu toco de boa.
— Então vamos lá! — diz Luan sorrindo e eles começam a ensaiar.
No apartamento de Mel, ela fala para Berenice:
— Mãe, eu vou lá na casa da Sophia ok?
— Ok.
Mel vai até o apartamento de Sophia.
— Ai amiga, ainda bem que você apareceu — diz Sophia abrindo a porta.
— O que foi? — indaga Mel.
— O Micael não atende aos meus telefonemas.
— Ah, é isso?
Sophia puxa Mel para dentro do apartamento.
— É, eu estou preocupada.
— Relaxa, vai ver o celular dele está no silencioso — diz Mel.
— Impossível, a gente marcou de se falar agora a tarde.
Mel para e pensa.
— Vai ver ele está tomando banho.
— Durante uma hora?
— Você está ligando para o garoto faz uma hora?
— É! Imagina você, e se fosse o Chay?
— Eu já estaria arrancando os cabelos. — Ela ri. — Brincadeira, e ó não arranca os cabelos, não vale a pena.
— Jura? Acho que eu poderia ter chegado a essa conclusão sozinha.
— Ok, eu só quis ajudar. Relaxa, menina!
Mel muda de assunto e Sophia acaba esquecendo de Micael. Depois de uma hora, Chay liga para Mel)
— Oi, amor! — ela atende.
— Oi, adivinha a nova notícia.
— Que notícia?
— O Micael é o meu baterista substituto — conta Chay com entusiasmo.
— O Micael? — repete Mel e Sophia olha para ela.
— O Mica, o que tem o Mica?
— Peraí, Sosso. Fala, Chay! — Ele conta para Mel o que aconteceu. — Uh, sério? — ela repassa a notícia para Sophia.
— Sério? — pergunta Sophia.
Sophia, Mel, Arthur e Lua vão para o restaurante de Edgar. Os seis sentam em uma mesa e Sophia fala:
— Estou tão feliz, amor!
— Ei, fica calma aí, que é só enquanto o Gabriel não fica melhor — lembra Micael.
— Até que você pegou rapidinho, Micael — elogia Chay.
— Eu sei, sou muito inteligente — ri o rapaz.
— Vocês já repararam uma coisa? — comenta Lua.
— O quê? — Os outros perguntam.
— Nós seis estamos envolvidos na música.
— Verdade — concorda Mel —, as meninas e o Arthur tocando comigo e o Micael com o Chay. Que massa!
— O Luan e o Tom já foram? — indaga Arthur.
— Já — Chay responde.
— A gente está sozinhos aqui? — Lua questiona.
— Não, né? — Chay sorri. — O Edgar está lá no escritório dele.
— Tem certeza? É que está o maior silêncio.
— Tem isolamento acústico, né!
— Então vamos tocar? — sugere Lua. — Nós seis!
— Nós seis? — Mel repete. — A gente nunca tocou junto.
— Mas até que é uma boa ideia. Olha, o Mica toca bateria, o Arthur guitarra, o Chay baixo e a gente no vocal.
— Vamos lá, amor! — chama Mel.
— Ai gente, não sei — pondera Chay. — A ideia é boa, mas e se o Edgar ver? Já passou o horário de ensaio.
— Mas ele não saiu de lá enquanto a gente ensaiava — comenta Micael.
— Se ele sai agora vai ser muito azar nosso — Arthur ri.
Mel passa a mão na coxa de Chay.
— Vai amor, por favor. — Ela dá um selinho em Chay. — Vamos lá!
— Ok, vamos!
— O que o amor não faz, né? — brinca Sophia.
— Besta! — Chay fala.
Os seis sobem no mini palco e ficam em suas posições.
— O que a gente vai tocar? — pergunta Mel.
— Vamos tocar uma música do Chay, dai eu já treino mais — ri Micael.
— É, boa! — apoia Sophia.
Todos topam e eles começam a tocar Grita sem ter medo. No meio da música Edgar sai do seu escritório e os vê tocando.
— O que é isso?
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