Imagine ChaMel - Capítulo 42: Chay e Mel entre tapas e beijos


Mel corre para cozinha antes de Alana sair do quarto.
   — Hérica, finge que eu não estou aqui! — pede com urgência.
   — Por quê? — indaga Hérica confusa.
   — Depois eu falo!
   — Ok, se esconde na dispensa.
Mel corre para dispensa. Alana sai do quarto de Chay e do apartamento também.
Chay sai do quarto e vai até a cozinha.
   — Droga! — Ele distribui vários socos na mesa. — Droga! Droga!
   — Dar socos na mesa não vai adiantar passar a raiva.
   — Foi mal! — ele para de socar a mesa e senta em uma das cadeiras.
   — Me conta o que aconteceu! — pede Hérica sentando na cadeira ao lado dele.
   — A Alana, mãe. Você acredita que ela tentou me beijar?
   — Sério? E aí, o que aconteceu?
   — Eu mandei ela embora, é claro.
   — E a Mel?
   — Nem te conto!
   — Conta!
   — Eu fiquei com a Mel!
Hérica olha para dispensa, depois volta a olhar para Chay.
   — Mas vocês voltaram? Como foi?
   — A gente ainda não voltou. Mas a senhora não pode imaginar como foi bom ouvir ela me chamar de amor e dizer que me ama de novo.
   — Ela disse isso?
   — Disse. — Ele levanta e vai até a geladeira. — Não tem leite gelado?
Hérica se esquece que Mel está na dispensa ao responder:
   — Acho que não. Pega lá na dispensa e coloca pra gelar.
Chay fecha a geladeira.
   — Vou pegar!
Nessa instante, Hérica lembra de Mel e levanta, exclamando:
   — Não!
   — O que foi, mãe?
Hérica fala indo até a porta da dispensa:
   — Deixa que eu pego pra você.
   — Não precisa, mãe. Eu pego!
   — Não Chay, eu pego. Senta aí!
Chay volta a sentar na cadeira.
   — Ok, já que a senhora insiste!
Hérica entra na dispensa, olha pra Mel que agradece, pega o leite e sai.
   — Aqui!
   — Deixa gelando, depois eu volto.
   — Ok! — Ela coloca o leite na geladeira.
Chay vai para o quarto dele.
   Mel sai da dispensa e agradece:
   — Valeu, Hérica!
   — Imagina, mas depois eu quero saber o porquê de tudo isso, ok?
   — Ok! Agora deixa eu ir antes que o Chay volte.
   — Tá bom!
Mel vai com cuidado para sala e sai.

Em seu quarto, Chay deita na cama. O celular de Mel toca, uma mensagem.
   — Ei, é o celular da Mel! — ele levanta e pega o celular. — Mensagem da operadora! Não acredito que ela nem reparou que esqueceu o celular.

No apartamento de Mel.
   — Luíza! Luíza!
   — O que foi, Mel?
   — Preciso de um favor seu!
   — O que é?
   — Vai lá no Chay e pede o meu celular de volta.
   — Ele pegou o seu celular?
   — Não, eu esqueci lá.
   — E por que não vai você mesma? — questiona Luíza.
   — É porque eu fiquei com ele agora.
   — Sério? E isso é ruim?
   — Não, é que eu não estou pronta ver ele agora. Quebra essa pra mim, por favor!
   — Eu acho é que você está com medo de não resistir.
   — Também! — ri Mel.
   — Ok! Eu vou lá.
   — Valeu, Lu!
Luíza sai do apartamento da família Fronckowiak e vai até o do Chay.
   — Oi, Luíza— fala Chay abrindo a porta. — O que foi?
   — A Mel me pediu pra vir pegar o celular dela — informa Luíza.
   — Por que ela não veio?
   — Sei lá!
   — Foi mal, Lu, mas eu só devolvo o celular se for na mão da Mel.
   — Por quê? Você acha que eu não vou entregar pra ela?
   — Claro que eu não acho isso. Sabe o que é? É que assim eu vejo ela.
Luíza ri.
   — Ok, mas o que eu digo pra ela?
   — Diz que eu só devolvo se ela vir pegar.
   — Tá bom! Daqui a pouco ela está ai, ela precisa ler as mensagens que vocês trocavam pra dormir. — Ela para. — Não acredito que eu disse isso!
   — Isso que você falou, é verdade? — indaga Chay em choque.
   — É, mas não conta pra ninguém que eu te contei, por favor.
   — Ok, eu juro.
   — Valeu!
   — Agora vai lá dar o meu recado.
   — Tá! — Luzía sai e entra no elevador.

Depois de alguns minutos, Luíza chega ao seu apartamento. Mel levanta do sofá.
   — E aí, cadê o meu celular?
   — Ele não quis me dar — conta Luíza segurando o riso.
   — Como assim ele não quis te dar?
    Ele falou que só te devolve se você for lá buscar.
   — Não acredito que ele fez isso!
André palpita:
   — Eu acho que isso é desculpa pra te ver, hein.
   — Será? — indaga Mel e Berenice concorda:
    Eu também acho!
Mel dá um sorrisinho.
   — É bem a cara do Chay mesmo fazer isso!
   — Então, vai lá pegar — fala Luíza.
   — Ok, eu vou!
Mel sai de seu apartamento.

   — Sabia que você vinha! — sorri Chay abrindo a porta
   — Jogar com o meu celular é jogo baixo — ri Mel.
   — Eu queria te ver mais uma vez!
   — Chay, para.
   — De te amar? Impossível!
   — Chay, me dá meu celular?
   — Ok! — Ele tira o celular de Mel do bolso e dá para ela.
   — Obrigada!
   — Só obrigada? — Chay pergunta e Mel ri.
   — Vê isso está bom? — Ela dá um selinho nele.
   — Só isso?
   — Já está de bom tamanho por hoje — Ela sai paro elevador.
A noite cai e eles dormem.

No dia seguinte, Chay e Mel se encontram lá em baixo com Sophia e Arthur.
   — Bom dia, gente! — fala Mel e todos a respondem.
   — Gente, hoje a tarde a gente podia ir em uma sorveteria que tal? — propõe Sophia.
   — Hoje? — indagam Chay e Mel simultaneamente.
   — Por que, algum problema?
   — É que eu vou buscar o Guilherme no aeroporto — conta Mel.
   — Sério? — pergunta Chay. — Não acredito que você vai mesmo.
   — Vou, ele é meu amigo.
   — Amigo, sei — ironiza Chay.
   — Meu amigo, sim. Mas e você, o que vai fazer hoje a tarde? — Chay não responde e ela incentiva: — Fala, Chay!
   — Eu vou buscar a Jhulie no hospital, ela vai receber alta hoje.
   — Mais uma vez a Jhulie.
   — Ela é minha amiga.
   — Amiga? Ô depois do que a gente ouviu lá no hospital, né?
   — Amiga sim!
   — Então vai buscar ela, vai!
   — E vai você buscar o Guilherme.
   — Vou mesmo!
   — E eu também!
   — Chega! — interrompe Sophia. — Parem os dois. Poxa, depois de tudo que rolou ontem entre vocês.
   — O que rolou? — indaga Arthur.
   — Eles ficaram!
   — Sério?
   — É — confirma Mel.  É impressionante como eu sempre erro.
   — Digo o mesmo! — retorque Chay.
   — Nem vem que vocês não vão começar, não! — logo corta Sophia.
   — É, vamos pra escola — chama Arthur.
   — Vamos, que eu cansei de brigar com gente insignificante — diz Mel.
    Insignificante? — repete Chay segurando Mel pelo braço. — Não foi o que você disse ontem.
   — Que foi, vai me beijar agora?
   — Sei que é isso que você quer.
   — Não sabe mesmo!
Chay solta ela.
   — Vamos, gente!

Eles vão para escola, Chay e Mel nem se olham. Eles passam a aula inteira trocando indiretas. Os alunos são liberados. Na porta da escola, Juliana chama:
   — Chay! Chay!
   — O que foi, Juliana?
    Você vai hoje lá no hospital buscar a Jhulie?
   — É claro que ele vai buscar a amiguinha dele — fala Mel.
   — Não se mete, Mel! — pede Chay.
   — Também não precisa ser grosso com ela né, Chay? — se mete Arthur.
   — Deixa Arthur, é normal cavalo dar patadas.
Chay chega mais perto de Mel.
   — Você está me chamando de cavalo?
Mel chega ainda mais perto ainda de Chay.
   — Estou!
   — Você é louca!
   — Sou louca por você — ela fala tão baixo que somente Chay escuta.
Chay dá um passo para trás.
   — Por que você me deixa tão confuso?
   — Se você não sabe, eu vou saber?
    O que ela disse pra ele? — Sophia pergunta para Lua.
   — Também não ouvi.
Eles vão pra casa.

As horas passam, Chay desce primeiro, ele fica na porta do prédio esperando um táxi passar. Mel desce, mas eles não se veem.
   Um táxi passa e os dois chamam ele ao mesmo tempo.
   — Chay! — exclama Mel.
   — Mel! — espanta-se Chay.
   — Pode ir você, eu espero outro.
   — Não, vai você.
   — Ok! — Mel entra no carro.
   — Peraí!
   — O que foi?
   — Eu estou atrasado, posso ir com você?
   — Pode, entra.
Chay também entra no carro. Os dois vão no banco de trás.
   — Pra onde? — questiona o motorista.
   — Pro aeroporto — fala Mel e Chay acrescenta:
   — Depois pro hospital Santa Clara.
    Ok! — Eles saem.

No caminho, o motorista fala:
   — Menina!
   — Oi — responde Mel.
   — Eu não te conheço? Não foi você que entrou chorando? Você tava no hospital.
   — Ah! — Ela olha pra Chay de relance. — Era eu sim!
   — E aí, melhorou?
   — Não, ainda sinto falta daquele menino.
   — Mas não tem chances de vocês voltarem?
   — Não sei!
   — Boa sorte pra você.
   — Obrigada! — Chay e Mel se olham.
Eles chegam no aeroporto e Mel tira um dinheiro da bolsa.
   — Isso aqui é pra ajudar a pagar o táxi.
   — Não precisa, Mel.
   — Chay, aceita! Tchau.
   — Tchau! — Ela sai do carro.
   — Te amo!
Mel coloca a cabeça para dentro do carro.
   — Oi?
   — Nada não!
   — Ok! — Ela sai.
Chay vai para o hospital.

Mel entra no aeroporto e fica esperando Guilherme. Chay chega ao hospital, se encontra com os pais de Jhulie e Juliana.
   As horas passam e o avião de Guilherme chega, os passageiros começam a desembarcar. No hospital, Juliana sorri:
   — Já já a Jhulie aparece!
Guilherme desembarca. Jhulie sai de seu quarto.
   No aeroporto:
   — Guilherme! — exclama Mel.
   — Mel! — responde Guilherme.
   No hospital, Chay sorri.
   — Jhulie!
   — Chay!
Chay abraça Jhulie e Mel abraça Guilherme. Chay pensa em Mel e Mel pensa em Chay.


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