Imagine ChaMel - Capítulo 41: Não há Alana que impeça ChaMel


Chay vai atrás de Mel. Sophia chega ao banheiro.
   — Amiga, o que aconteceu?
    O Chay — responde Mel , ele disse que ainda não ficou com a Alana. Ainda.
   — Você acha que ele vai ficar com ela?
Mel enxuga as lágrimas.
   — Não sei, nem quero saber mais. Cansei, amanhã o Guilherme chega e eu vou começar uma nova fase da minha vida, sem o Chay.
   — Você quem sabe.
   — Agora vamos sair desse banheiro, que eu não estou afim de causar.
   — Causar?
   — É, uma menina chorando no banheiro, daí outras veem, e a fofoca corre solta.
   — É verdade!
   — Então vamos!
Elas saem do banheiro.

Chay levanta de um banco na frente do banheiro das meninas ao vê-las sair.
   
— Mel.
   — Agora não, Chay! — Ela dá alguns passos, para e vira pra ele.  Agora nem depois!
   — Ok, você quem decide! — Chay passa por elas.
Sophia e Mel se olham, mas não dizem nada.

Os três voltam para grama, Lua e Arthur tentam mudar de assunto, mas o clima fica pesado entre eles. O sino toca e eles voltam para sala.
   Eles têm aula de Português, às vezes Chay faz comentários com Alana, deixando Mel com ciúmes. 


Eles são liberados e na porta da escola, Chay que está na companhia de Alana chama Mel.
   
— O que é? — indaga Mel.
   — A gente — Chay gesticula para ele e a Alana — marcou de terminar o trabalho lá em casa hoje, ás seis horas, tá?
   — E eu tenho outra opção? — Ela puxa Sophia e sai.
   — Depois a gente se fala, Alana. Tchau!
   — Até mais, tchau! — Chay sai com Arthur, Lua e Micael.
Eles vão para suas casas. 

Mel almoça e liga para Guilherme.
   
— Oi, Gui.
   — Oi Melzinha! — responde Guilherme.
   — Então, você chega amanhã né?
   — Claro!
   — É que eu preciso saber que horas que o seu avião chega pra eu ir te buscar.
   — Sério que você vai me buscar?
   — Claro, eu não disse que ia?
   — Disse, é que eu pensei que o seu namorado não fosse deixar.
   — Eu não tenho mais namorado, e mesmo que tivesse, ele não manda em mim.
   — É assim que tem que ser mesmo. Mas por que vocês terminaram?
   — É uma longa história, amanhã eu te conto,
   — Ok!
    E aí, a família já tá de malas prontas? — pergunta Mel.
    Não, só eu.
   — Nossa, eles vão deixar tudo pra cima da hora?
   — Não, é que só quem vai voltar pro Brasil sou eu.
   — Sério, mas por quê?
   — Meus pais acharam melhor me mandar de volta.
   — Nossa, mas o que você aprontou pra eles tomarem essa decisão?
   — Eles acham que a Bianca é uma má influencia pra mim.
   — Bianca?
   — Minha namorada.
   — Namorada? Sério, mas eles tem razão?
   — Claro que não. Você sabe que eu não me envolvo com qualquer uma.
   — Opa, isso é um elogio? — ri Mel.
   — É — Guilherme também ri.  Mas falando sério, a Bianca não é uma má influencia. Mas você conhece os meus pais, né?
   — Ô se conheço. Eles são osso duro de roer.
   — Então, eu não consegui conversar com eles. Agora eu estou voltando pro Brasil pra morar com a minha tia chata.
   — E ainda por cima vai ficar longe da sua namorada.
   — É mais uma vez. Eu tenho o azar de nunca continuar morando no mesmo país da minha namorada — ele ri.
   — É, mas eu torço que dessa vez você continue com ela — ri Mel.
   — É Mel, dessa vez nem a distância vai atrapalhar o meu namoro. 
   — É assim que se fala.
   — Então a gente se fala amanhã?
   — Sim!
   — Ok, beijos.
   — Beijos, peraí peraí!
   — O que foi?
   — Você não me disse o horário do voo — lembra Mel.
   — Ah é, né? — Guilherme ri.  O motivo da sua ligação. 
   — É!
   — O meu avião está previsto pra chegar aí no Rio três e quinza da tarde.
   — Ok, vou estar lá te esperando.
   — Tá, vou te procurar.
   — Então tá, beijos. 
   — Beijos, tchau! — Eles desligam e Mel deita em sua cama. — É, o Gui está de namorada nova. Espero que esse namoro dure.

As horas passam. O relógio marca cinco minutos para as seis horas.
   Mel levanta da cama, tirando o fone de ouvido.
   
— Ok, vamos pra sessão de tortura. — Ela vai até a sala. — Mãe, estou indo lá na casa do Chay, tá?
   — Sério? — surpreende-se Berenice. — Vocês se acertaram?
   — Claro que não, né mãe. Eu estou indo lá pra fazer um trabalho de geografia, com a Alana.
   — Sério que essa garota vai estar lá?
   — Pois é, pior impossível!
   — Acho que o melhor que eu tenho pra te dizer é, boa sorte.
   — Obrigada — Mel sorri —, vou precisar. — Ela vai até a porta.  Ah, eu o Gui volta amanhã.
   — Sério?
   — Sério! Quando eu voltar, te conto.
   — Ok!
Mel sai.

Mel encontra com Alana no elevador.
   
— Oi, Mel!
   Oi.
   — Como será que o Chay está vestido? — provoca Alana.
   — Não sei — responde Mel controlando a raiva.
   — Não importa, ele deve estar lindo de qualquer jeito.
   — Bom pra ele.
   — E pra mim! — O elevador chega até o andar do Chay.
Mel toca a campainha e Chay abre.
   
— Oi, Alana! — Ele dá um abraço e um beijo na bochecha dela.
   — Oi, você está lindo — elogia Alana.
   — Obrigado, entra. — Alana entra. Oi, Mel!
   — Oi!
   — Entra! — Mel entra.
   — Oi, Mel! — exclama Hérica chegando à sala.
   — Oi, Dona Hérica! — Elas dão um abraço e um beijo.
A mãe de Chay finge que não conhece Alana e que não sabe o que ela já fez.
   — Quem é você?
   — Alana, prazer! — apresenta-se a garota erguendo a mão.
Hérica deixa Alana no vácuo, fazendo Mel dá um sorrisinho.
   — Chay, vê se não faz bagunça no seu quarto, ok?
   — Ok, mãe! — responde o garoto. — Vamos pro quarto, gente.
Os três vão pro quarto de Chay. Ele senta na mesa do computador e Mel e Alana na cama dele.
   — Então — diz Chay —, por onde a gente vai começar?
   — Pela começo, oras — ri Alana, mas nem Chay nem Mel acham graça.
Mel levanta da cama, falando:
   — Então, vamos pesquisar fotos do principais pontos turísticos da capital, Madri. — Ela vai até o computador, ficando ao lado de Chay.
   — Nossa, quanta intimidade que você tem pra sair mexendo nas coisas do Chay assim, né? — comenta Alana.
   — Você não sabe quantas vezes eu já vim nesse quarto, então cala a boca — corta Mel.
   — E nem dos momentos que a gente já passou aqui — sussurra Chay e ele e Mel trocam um olhar.
   — Então — Mel olha para a tela do computador —, vamos pesquisar logo isso.
Eles começam a pesquisa sobre a Espanha. Depois de alguns minutos, Mel coloca o celular em cima da mesa do computador, dizendo:
   — Vou ao banheiro! — Ela sai do quarto. Alana levanta da cama e vai até Chay.
   — Agora estamos a sós.
Chay levanta da cadeira e se afasta de Alana.
   — Agora não, Alana.
   — Tem momento melhor?
   — Tem, mais tarde. A Mel está aqui, e eu quero respeitar ela.
Alana senta na cama.
   — Ok!
Mel volta e eles terminam o trabalho.
   
— Enfim terminamos! — exclama Mel.
   — Agora você já pode ir embora, Mel — diz Alana.
   — E você também!
   — É que eu tenho algumas coisas pra fazer com o Chay ainda.
Mel olha para Chay, chocada, e ele exclama:
   
— Alana!?
   — O que foi, amor? Só disse a verdade.
   — Amor? — Chay e Mel repetem juntos.
   — É um jeito fofo de te chamar, Chay.
   — Só quem pode me chamar de amor é a...
   — Eu! — fala Mel sem pensar.
Chay e Mel se olham, assustados com o que deixaram escapar.
   
— Ok, vou indo — diz Mel.
Chay segura na cintura de Mel.
    Eu te levo até a porta!
   — Ok, vamos!
Alana fica incomodada de ver Chay com a mão na cintura de Mel.
   Chay leva Mel até a porta.
   
— Amanhã a gente se vê na escola? — ele pergunta.
   — Sim! E Chay... — ela para.
   — O que foi?
   — Não fica com a Alana, não.
   — Isso é problema meu.
   — Chay, eu só quero o seu bem.
   — Se quisesse o meu bem estava comigo.
   — Ok! Se cuida, amor. 
   — Amor?
   — Desculpa, foi força do hábito.
   — Sinto falta desse hábito!
   — Eu sinto falta do seu beijo!
   — Então vamos acabar com as saudades! — Ele beija Mel.
   — Te amo! — fala Mel e Chay passa a mão pelo cabelo dela.
   — Também te amo, minha princesa! — Eles dão mais um beijo.
   — Até amanhã! — ela sai correndo para o elevador e Chay volta para o quarto.
No elevador, Mel exclama:
   
— Que loucura! Cadê o meu celular? — Ela apalpa os bolsos. — Não acredito! Eu esqueci lá no quarto do Chay. — Ela volta para o apartamento de Chay.
Hérica abre a porta para ela e Mel vai para o quarto de Chay. 
   Ela para na porta e fica ouvindo a conversa de Chay e Alana.
   
— Agora você não me escapa! — Alana sorri e vai para cima de Chay.
   — Não, Alana! — corta o garoto.
   — O que foi, Chay? Agora não tem Mel pra atrapalhar a gente.
   — Eu não quero!
   — Para de se fazer de difícil Chay. Eu sei que você quer!
   — Para, você. Você acha mesmo que eu vou ficar com você? Depois de tudo que você fez pra Mel?
    Como assim?
   — Eu não vou ficar com você, Alana. Eu amo a Mel, e não faria isso com ela.
   — Mas você disse que a gente ia ficar, Chay.
   — Para, garota. Pra você ter uma noção, sabe agora quando eu fui levar a Mel lá na porta?
   — Sei.
   — Então, a gente ficou. E você acha mesmo que depois de beijar a Mel eu vou ficar com você?
   — Acho! — Ela vai pra cima dele.
Chay segura Alana antes que ela possa dar um beijo nele.
   
— Sua louca! Eu nunca vou ficar com você. — Ele solta ela. — Agora sai da minha frete, fora do meu quarto!
   — Você vai me pagar, Chay. Você a sua namoradinha! — ameaça Alana.


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