Imagine ChaMel 5ª Temporada (Filhos) - Capítulo 29: Casais celebram o Dia dos Namorados


Chay abre a porta de seu apartamento e acende a luz principal da sala de estar. Logo atrás dele, Mel vibra:

— Que sucesso!

Chay sorri e liga o abajur ao lado do sofá.

— Foi muito bom mesmo.

— Nossa, eu estou sentindo uma felicidade que parece não caber em mim. 

— Vamos comemorar? — pergunta Chay, deixando sua carteira e chaves sobre a mesinha de centro.

— Quais são os seus planos? — Mel tira seu sapato de salto apoiada em uma poltrona.

— Vinho e queijo?

— Amo!

Chay sorri e vai até a cozinha, que é integrada à sala. Mel senta no sofá e fica observando a movimentação dele enquanto desembaraça o cabelo com os dedos.

— O que será que as pessoas acharam da nossa participação? — indaga chay voltando para a sala com uma garrafa de vinho e uma tábua de queijos. 

— Vamos descobrir — diz Mel pegando o próprio celular na bolsa. Chay retorna à cozinha para buscar taças enquanto a empresária lê alguns comentários em uma de suas redes sociais. — Todo mundo ficou surpreso com a nossa reaparição. 

— Sério?

— Sim e gostaram da nossa música também.

— Que legal!

— Tem gente achando que a gente voltou — ri Mel. Chay franze a testa e senta ao lado dela no sofá.

— Como assim?

— Achando que a gente voltou como casal.

— Não acredito! — gargalha Chay. — É… eu também acharia.

— É, pode abrir margem para isso mesmo.

— E nós voltamos? — pergunta Chay.

Mel come um pouco de queijo e segura o riso.

— Voltamos sim — responde em tom de ironia. — Vamos até passar o Dia dos Namorados juntos. 

Chay gargalha.

— Não tava nem lembrando que o Dia dos Namorados está chegando. Como você vai passar?

— Ué, na minha casa — sorri Mel. — Um dia como qualquer outro.

— A gente podia fazer alguma coisa, né?

— Está sendo influenciado pelos comentários dos outros, Chay? — provoca Mel rindo.

— Não, bobona — ele sorri. — É que eu vou passar o Dia dos Namorados sozinho também, por que a gente não faz alguma coisa?

— Ah, você pode ir jantar lá em casa.

— Opa, adoro uma boca livre!

— Como se eu não soubesse — ri a morena. — Mas na parceria, hein Chay?

— Não espero outra coisa — ele sorri.


— Boa noite, meu caro — Mel abre a porta de sua mansão para Chay dias depois.

— Trouxe vinho para nós.

— Mais um dado pelo Vinícius? — ri Mel.

— Dessa vez eu comprei.

— Que bom, para variar um pouco. — Eles riem. — Entra aí. Fiz um risotinho para a gente.

— Que delícia! Sei que não vou gostar muito da resposta, mas cadê a Isa?

Mel sorri.

— Felipe reservou um quarto em um hotel para eles.

— É, não gostei da resposta — ri Chay.


— Estou me sentindo! — exclama Isabela caminhando pelo quarto do hotel.

— Sabia que você ia gostar — responde Felipe envolvendo a cintura dela com os braços. — Um hotel sofisticado e elegante, como você.

— Ui, acho chique — ri a morena. Ela passa a mão pelo rosto dele, dizendo: — Eu só quero aproveitar essa noite com você. Como se não existisse mais nada. Como se hoje não fosse segunda-feira e amanhã a gente tivesse aula.

Felipe sorri.

— Por você eu faltaria a aula amanhã.

— Mas eu não posso faltar. Tem prática de fotojornalismo — conta Isabela e Felipe solta um suspiro.

— Então isso significa que nós temos que começar a aproveitar a noite agora. — Felipe tira os pés de Isabela do chão e a gira na ar, provocando gargalhadas na jovem. 


Em seu apartamento em Paris,  no início da madrugada, Vinícius contempla pela janela a rua deserta em que fica seu prédio. Ele reflete sobre o quanto mudou desde que passou a morar neste local há dois anos. A evolução de seu francês, que era quase inexistente quando foi para a França e agora é fluente. A independência que conquistou ao morar sozinho em um apartamento do outro lado do oceano, afastado da família e dos amigos. Os vínculos que conquistou ao longo dos anos em Paris, as novas amizades na Ferrandi, no estágio e na vizinhança. Ele olha para o lado e fita Marina, que dorme nua sob um lençol de seda. Em sua mente vem toda as mudanças que eles tiveram ao longo dos três anos de relacionamento. De como passaram de adolescentes que estudavam em um dos colégios mais tradicionais e conceituados do Rio de Janeiro a jovens universitários com vidas distintas em países diferentes. 

Como se sentisse o olhar do namorado, Marina se mexe na cama e acaba despertando. Ela estreita os olhos para enxergar o namorado iluminado apenas pela luz do luar. 

— Está tudo bem? — pergunta com a voz rouca.

— Está — Vinícius responde com simplicidade.

— Você não vai dormir?

— Estou me recuperando da noite — brinca Vinícius e Marina sorri, lembrando do jantar de Dia dos Namorados que ele preparou para ela e dos últimos momentos que eles passaram no quarto. A estudante do MIT levanta, coloca um robe e caminha descalça até ele, abraçando-o por trás.

— Eu posso ficar me recuperando com você.

Vinícius sorri e estica os braços nas costas com a intenção de abraçá-la. 

— A sua presença me faz tão bem. 

— A sua também. Gostaria de tê-la sempre.

— Se tudo der certo ano que vem nós estaremos passando o Dia dos Namorados no nosso apartamento em Boston.

— Espera aí, a gente vai ter o próprio apartamento?

Vinícius sorri e vira de frente para Marina.

— Ué, morar na sua irmandade que eu não vou.

— Meu Deus! — exclama Marina. — Parece um sonho. Mas nós vamos comemorar o Valentine’s Day, né?

— A gente comemora as duas datas.

— É, porque é meio esquisito só a gente comemorar como foi hoje.

— Eu achei único — ri Vinícius. Marina o abraça com força e pela sua posição enxerga a rua logo abaixo. 

— Você gosta tanto dessa cidade — ela observa soltando-o aos poucos.

— Eu amo Paris.

— E ainda assim está disposto a se mudar para Boston?

— O meu amor e a minha saudade de você está acima de qualquer sentimento por Paris. Sem contar que o meu pai comprou esse apartamento e colocou no meu nome, né? Casa aqui a gente sempre vai ter.

— Então já temos o destino das férias garantido — sorri Marina antes de beijá-lo.


No chalé de sua família, Jonas termina o preparo de sua tradicional macarronada sob o olhar de Maísa, que está sentada à mesa tomando vinho.

— Esse lugar tem história, hein — ela comenta quebrando o silêncio.

— Como tem — concorda seu namorado. — Foi aqui que eu te pedi em namoro.

— E achou que eu ia dizer não — ri Maísa.

— Nossa, eu estava muito nervoso naquele dia.

— Eu percebi. Mas é claro que eu ia aceitar, eu já estava apaixonada por você.

— Mas você era muito durona.

— É claro, com a fama que você tinha.

— Tudo calúnia.

— Ah, era sim — ironiza Maísa e eles riem.

— E não vamos esquecer que você tinha ficado com o meu amigo, né?

— Nossa, Jonas, você nunca vai superar isso?

— Não! — ele exclama antes de cair na gargalhada.

— Idiota. — Ela levanta e caminha até ele. — Eu te amo, seu bobão. Embora você não mereça todo o meu amor.

— Eu não mereço?

— Pelo seu histórico, não.

— Credo, que cruel você — diz Jonas e recebe um beijo dela.


Laís e Alexandre estão deitados em uma barraca na área externa da cobertura em que ele mora. 

— Que bom que os meus pais decidiram viajar para uma nova lua de mel — ele comemora. — Assim teremos o apartamento só para gente por mais tempo.

— Eu acho ótimo — sorri Laís. — Assim a gente consegue passar ainda mais tempo juntinho. — Eles dão um beijo e Laís percorre as costas dele com uma das mãos. Alexandre alinha seu corpo ao dela e vai intensificando a troca de carícias. Laís solta o cabelo dele com a outra mão e acaricia sua nuca. Nos minutos seguintes a temperatura dentro da barraca vai aumentando ainda mais. Alexandre tira sua camisa e recebe beijos de Laís. O rapaz coloca uma das mãos sob a blusa dela e tenta erguê-la, porém sua namorada segura em seu pulso.

— É melhor a gente ir com calma.

— Estamos indo com calma — ele responde beijando o pescoço dela.

— Você entendeu o que eu quis dizer, Alê — diz Laís empurrando levemente os ombros dele. Alexandre se afasta e senta na barraca. 

— Eu entendi. — Laís fica observando-o em silêncio, até dizer:

— Você sabe que isso só depois…

— Do casamento — ele completa. — Eu sei. Eu andei pensando muito nisso nos últimos meses.

A respiração de Laís volta a ficar acelerada, agora em decorrência do medo de onde ele quer chegar com suas palavras.

— O que é que tem? — ela pergunta com a voz trêmula.

— Isso é algo que eu nunca passei na minha vida, sabe?

— Sei.

— E conforme eu vou pensando, mais eu vou tendo certeza de uma coisa.

— Que coisa?

Alexandre se mexe rapidamente na barraca e puxa para perto de si uma mochila com alguns pertences que ele levou para o lado de fora. Tirando uma caixinha de veludo de dentro da mochila, pergunta:

— Você quer casar comigo?

Laís arregala os olhos.

— O quê?

— Você quer casar comigo? — ele repete.

— Mas, Alê, nós estamos na faculdade ainda e… e somos tão jovens.

— Eu estou te pedindo em casamento, não quer dizer que vamos nos casar amanhã — ele sorri. — A gente se forma e se casa, o que acha?

Laís abre um sorriso.

— Eu acho ótimo.

— Isso quer dizer que…?

— Que eu aceito. É claro que eu quero me casar com você.

Alexandre sorri e coloca o anel no dedo dela.

— Meus pais vão surtar quando eu contar para eles — diz após beijá-la.

— A Maísa vai surtar! — ri Laís


Graziele e Thiago conversam sentados em um tapete no centro da sala do apartamento dela em Belo Horizonte.

— Ainda não acredito que você está aqui comigo — ela sorri dando um abraço nele.

— Não podia passar o Dia dos Namorados longe de você. — Eles continuam comendo o fundue de chocolate preparado minutos antes. — Eu estou com uma ideia para o meu aniversário.

— É? O quê?

— Quero fazer uma festa junina — conta Thiago animado. No entanto, Graziele não acompanha sua animação, pelo ao contrário, seu rosto se torna mais sério. No segundo seguinte, suas expressões se animam igual a dele.

 — Vamos fazer!

Thiago, que observava atentamente o rosto dela, pergunta:

— Você não acha uma boa ideia?

— Eu acho legal. Seu aniversário é em junho, por que não?

— Eu que te pergunto, por que não?

Graziele levanta e caminha até a sacada de seu apartamento.

— É que eu lembro de tudo o que aconteceu há três anos no seu aniversário após uma festa junina.

O corpo de Thiago enrijece e ele evita o olhar de Graziele. 

— Isso é passado.

— Eu sei, mas às vezes é impossível não lembrar. 

— Ok, vamos pensar em alguma outra comemoração.

— Não, Thi. — Graziele se aproxima dele novamente. — Se é isso que você quer, a gente organiza. Eu preciso aprender a lidar com os meus traumas.

— Desculpa por ter te causado isso.

— É passado — Graziele o imita. — É que depois daquela festa junina do Otávio Mendes tudo mudou.

— Eu prefiro acreditar que tudo aquilo precisava acontecer. Apesar de tudo, nós estamos aqui juntos e eu estou bem. É isso que importa no final, não é?

Graziele assente e o abraça com força.

— Te amo.


Yasmin contempla de sua sacada a rua em que seu prédio fica. Há bastante movimento de carros e pessoas, no entanto o que mais lhe chama atenção são os casais que uma vez ou outro surgem caminhando, abraçados entre risos. Depois de vários minutos, ela retorna para o interior do apartamento sentindo um vazio no peito. A jovem se joga no sofá e fica deitada até seu celular tocar.

— Oi, Victor — atende a chamada de vídeo indo para a cozinha.

— E aí, Yasmin. Vamos comemorar o nosso dia?

— Eu não sei se estou no clima.

— Ué, como assim? Você que queria tanto que a gente fizesse alguma coisa.

— Pessoalmente, né? — ela resmunga abrindo a geladeira.

— Ei, olha para mim.

Yasmin tira uma garrafa de vinho da geladeira e olha diretamente para a câmera de seu celular.

— O que foi?

— Eu te disse que assim que puder eu vou estar com você.

— Quando você puder ou quando você quiser?

— Quando eu puder, querer eu sempre quero. — Yasmin assente e não responde. — Sério, Yasmin, não precisa ficar assim.

— Assim como?

— Emburrada.

— Eu não estou emburrada.

— Para de mentir. 

Yasmin se apoia na pia e diz:

— Victor, eu não estou no clima para nada, ok? Acho melhor a gente desligar.

— Mas eu preparei um jantar para a gente comer junto.

— Não é a mesma coisa e você sabe disso. Para ficar falando com uma tela, eu prefiro ficar sozinha.

— Yasmin.

— Eu vou desligar, tá? Outra hora a gente se fala. Tchau. — Ela encerra a chamada de vídeo antes da resposta dele. Yasmin abre o vinho, alcança uma taça em seu armário e retorna para o sofá, onde adormece horas depois.



Comentários

  1. Bicho parceira, eu li o título e vi que o capítulo começa com ChaMel e né enchi de esperança e fui tombada mais uma vez

    Aaaaaaaah não

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  2. Não espero outra coisa — ele sorri.

    É O QUE CHAY? DECEPCAO DA PORRA VIU

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  3. ChaMel juntos MDS nem creio 😍 Rê uni logo esses dois novamente!

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  4. Por favor diz que essa volta vai acontecer , não aguentamos mais ,.
    Faz um capítulo grande só com eles por favor.nunca te pedir nada kkkkkkk.
    E não demora tanto pra postar .

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    Respostas
    1. Quantos pedidos kkkkk Pelo menos um deles eu consegui atender, tem capítulo novo ;)

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  5. Que saudade que eu estava do teu imagine, só pensava nisso na quarentena

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