Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 388: Cruzeiro chega ao fim e jovens recebem resultado do Sisu


Vinícius chora por um tempo considerável. Em seguida, levanta e vai até o banheiro da cabine lavar o rosto. Ao retornar para a cama, pega seu celular ao lado do travesseiro e lê uma mensagem de Marina perguntando se ele ainda está acordado. Ele vê que a mensagem foi enviada há trinta minutos e responde dizendo que sim. Sua namorada visualiza quase que instantaneamente e pede para ele a encontrar em uma das salas de convivência do navio. O rapaz remexe nas roupas sobre sua mala e fisga um cardigã marrom. Ele veste a peça por cima de sua regata e deixa a cabine.
Marina está sentada em uma poltrona de couro e tamborila os dedos lentamente no braço do móvel. Quando ouve um ruído gira a cabeça sobressaltada, mas sorri ao visualizar Vinícius descendo as escadas.
— Por um momento pensei que pudesse ser um dos professores — sussurra indo até ele. O espaço está deserto e é iluminado por poucos abajures.
— A essa hora deve estar todo mundo dormindo — responde Vinícius.
— Espero que as pessoas que guiem o navio não estejam dormindo — brinca a jovem passando uma mão pelo cardigã dele. — Eu perdi o sono — comenta trocando o peso de perna. — Daí eu tive uma ideia.
— Que ideia?
— Vem comigo. — Marina pega na mão dele e sai correndo pelo navio. Eles passam por algumas portas fechadas até chegarem em uma grande e pesada de vidro que dá acesso à área externa. Sem dificuldades, ela destrava a porta e eles mergulham na noite fresca. Os cabelos dos dois são sacudidos pela brisa e Marina inspira profundamente. — Amo o cheiro do mar. — Ainda de mãos dadas com o namorado ela caminha até umas poltronas de palha e se senta. Vinícius se acomoda em sua frente e observa o mar. A garota percebe que os olhos dele estão demasiadamente brilhantes e um pouco inchados. — Você esteve chorando? — pergunta.
— Sim — Vinícius responde com simplicidade.
— Por quê?
O rapaz não responde de imediato, permanece encarando o mar escuro refletindo se deve ou não contar para Marina sobre seu sonho.
— Eu tive um pesadelo — diz baixinho.
— Foi tão ruim a ponto de você chorar?
— Foi terrível.
Marina abraça as pernas e encaixa o queixo entre os joelhos.
— Quer dividir ou prefere deixar para lá?
— Não sei — diz Vinícius e eles ficam em silêncio. Enquanto ele continua com os olhos fixos no oceano Marina observa distraidamente os pés dele. — Eu quero dividir — ele fala rompendo o silêncio —, mas ao mesmo tempo que você é a pessoa ideal para isso, já que é uma das minhas melhores amigas, é também a última pessoa para quem eu gostaria de falar sobre o sonho.
Marina estranha.
— Não entendi.
Vinícius coça o cabelo e estica as pernas pelo deque.
— Foi um pesadelo nos envolvendo.
— Acontecia alguma coisa ruim com a gente?
— No sonho era algo maravilhoso, mas de maravilhoso aquilo não tem nada.
— Nada é o que eu estou entendendo — Marina ri e Vinícius acompanha ela dando um leve sorriso. Ele volta a ficar sério quando fala:
— Eu sonhei que estava em Paris.
— Ah. Foi isso? — indaga Marina. Ela já tem se acostumado tanto com a ideia dele se mudar para a capital francesa que não acha o sonho tão ruim assim.
— Eu me encontrava com o meu pai — Vinícius narra — e dizia que tinha uma notícia para dar para ele. Eu contava que eu ia me casar.
O coração de Marina salta repentinamente e ela fica sem entender se é pela alusão de se casar com Vinícius ou pela incerteza de quem seria a noiva dele.
— Se casar com quem? — pergunta para sanar sua dúvida.
— Eu não sei ao certo — Vinícius responde. — Eu falava apenas que tinha pedido a mão dela.
— Vai que ela sou eu? — sorri Marina e Vinícius sacode a cabeça levemente.
— Não era você — diz com pesar. — O meu pai me perguntava se era eu mesmo que ia contar para você sobre o casamento.
Marina engole em seco.
— Ah.
— Eu dizia que ia contar eu mesmo e que fazia questão da sua presença na cerimônia — Vinícius revive o sonho —, mas não sabia se você ia na cerimônia de Paris ou na do Brasil, porque eu não sabia como estava a sua vida já que fazia muito tempo que a gente não se falava. Só que eu tinha certeza que você ia ficar feliz com a notícia.
— Nossa, as coisas vão ficando cada vez pior — ela comenta.
— E sabe o que consegue ser pior do que tudo isso? — Vinícius indaga olhando para ela.
— O quê?
— Eu estava extremamente feliz no sonho, Marina. Lembro perfeitamente da alegria com que eu falava tudo isso para o meu pai. Como eu poderia ficar feliz de estar casando com qualquer pessoa que não fosse você? — ele pergunta mais para si do que para ela.
— Calma — pede Marina ao ver que ele ficou realmente abalado. — Foi só um sonho. Ou você acha que não foi?
Eles se olham intensamente.
— Não foi como aquelas coisas — ele analisa —, mas também foi vivo demais para um sonho normal.
— Foi um sonho normal, eu tenho certeza — Marina fala com tanta convicção que Vinícius lança um olhar curioso para ela. — Não pode ter sido uma previsão. Você me conhece muito bem para saber que mesmo querendo a sua felicidade, eu não ficaria totalmente feliz com a notícia de você estar se casando com outra — explica. — Ainda mais que você disse que a gente não se falava há muito tempo, o que me faz concluir que teríamos assuntos mal resolvidos, sentimentos mal resolvidos. — Ela respira fundo e dá um leve sorriso. — Relaxa, foi só um pesadelo.
Vinícius sorri em sua poltrona.
— Até que a sua lógica faz sentido.
— É claro que faz. — Marina levanta e se aconchega no colo dele. — Você não pode se casar com uma francesa. Lembra que você já é casado comigo?
O rapaz se recorda do casamento simbólico que teve com Marina em uma praia do Rio e ri.
— Você tem razão. Vou tentar esquecer tudo isso.
— Se eu tivesse dormindo em uma cabine sozinha faria você esquecer esse pesadelo rapidinho.
— Está ousada — sorri Vinícius. — Gosto dessa versão. Aliás, é proibido a gente estar aqui, não é?
— O máximo que eles vão fazer se pegarem a gente é nos obrigar a voltar imediatamente para o quarto — observa Marina.
— Sei lá, vai que eles nos jogam no mar? — brinca Vinícius.
— Aí a gente teria que procurar uma porta para nos apoiar tipo Rose e Jack.
— Para eu morrer congelado igual ao Jack? — Eles riem e Marina responde:
— Como uma futura engenheira que sou daria um jeito de nós dois cabermos em cima da porta.
— Que bom poder contar com a sua engenhosidade.
Marina ri e dá um beijo no namorado.


Na manhã seguinte, Marina desperta em sua cama, usando o cardigã marrom de Vinícius. As vozes de Yasmin e Isabela entram em seus ouvidos e aos poucos Marina vai compreendendo do que elas conversam.
— Eu fiquei chateada mesmo — diz a loirinha. — Sempre que eu chamo ele para fazer alguma coisa ele não vai.
— Eu reparei que ele tem estado esquisito — Isabela opina —, mas não mais do que o normal.
— Sei lá, eu precisava dizer aquilo para ele, sabe? Ele ficou um pouco p*to, mas o problema é dele.
— O Victor está tenso — diz Marina e Yasmin e Isabela olham espantadas para ela, pois não tinham notado que ela acordou.
— Por quê? — indaga Isabela.
— Eu acho que ele está preocupado com o resultado das provas. É o que eu acho, ele não chegou a comentar nada comigo. Só que eu sinto uma energia tensa dele, sabe?
— Todos nós estamos preocupados — diz Yasmin.
— Só que ninguém está mais do que a gente, né? Por mais que vocês se preocupem com a gente, é a nossa vida que está em jogo. — Ela passa a mão no cabelo bagunçado. — Eu estou apavorada, acho que o Victor não está muito atrás não. Mas você fez certo em dizer para ele que ficou chateada, Yasmin.
— Eu não tinha parado para pensar que ele possa estar assim por causa das provas — admite Yasmin. — Vou tentar conversar com ele mais tarde.
— Faz certo — Isabela apoia e olha para Marina. — E tenta não ficar tão apavorada, Mari. Aconteça o que acontecer muita gente vai estar ao seu lado. Eu, inclusive.
— Obrigada — Marina sorri e se senta, jogando os lençóis para o lado. — Posso contar uma coisa para vocês?
— Conta — responde Yasmin.
— É besta, mas foi algo que mexeu um pouco comigo. O Vinícius teve um sonho em que ele estava em Paris e contava para o Chay que ia se casar com uma outra mulher — relata.
— Foi só um sonho? — questiona Isabela apreensiva.
— Dizendo ele que sim.
— Você acha que pode ter sido uma daquelas coisas?
— Acho que não.
— Eu não sei como funciona esses sonhos esquisitos do Vinícius — fala Yasmin —, porque ele nunca comentou nada comigo, o que eu sei é pelas coisas que eu já ouvi do pessoal, mas eu acho que foi só um sonho, Marina. Até por que ele sonha com coisas que acontecem rápido, né?
— Dessa vez poderia ter sido diferente — reflete Marina. — Eu também acho que foi só um sonho, só que de qualquer forma o Vinícius sonhou com isso. A ideia de ter um futuro ao lado de outra em algum momento passou pela cabeça dele.
— Peraí — diz Yasmin erguendo uma mão. — Você está com ciúmes de um sonho?
— Claro que não! Não é ciúmes dele, é medo. Medo do que pode vir a acontecer. Eu sei que pode parecer cansativo a gente ficar falando toda hora sobre isso, mas a cada dia que se aproxima dos resultados mais apavorada eu fico. Não vou dizer que a ideia de ir para os Estados Unidos e acabar vivendo uma vida sem o Vinícius não passou pela minha cabeça, mas eu sempre tentei me manter positiva. Só que ter a confirmação de que ele também já pensou nisso fez eu me perguntar… E se não der certo, gente? E se isso que a gente sente acabar?
Yasmin e Isabela ficam paralisadas observando os olhos marejados de Marina. A morena limpa a garganta e diz:
— Vai dar certo. O que vocês sentem é algo puro e sincero, não há distância nem tempo que mude isso, Marina. Eu tenho certeza que vocês vão conseguir contornar tudo isso.
Marina assente e levanta.
— Vou tentar me manter firme e aproveitar o restinho do cruzeiro.
— Exatamente! — Yasmin exclama. — Hoje vamos explorar Ilhéus, tenta relaxar um pouco.
— E não desgruda do Vinícius — sugere Isabela sorrindo. — Quanto mais experiências vocês tiverem juntos, mais memórias você terá.
Marina sorri e se encaminha para o pequeno banheiro. Minutos depois, as três saem para o café da manhã.
— Estou adorando acordar a cada dia em uma cidade diferente — comenta Felipe quando elas se sentam na mesa com ele, Victor e Vinícius.
— Estou empolgada para conhecer Ilhéus — diz Yasmin pegando uma pêra.
— Dizem que é uma cidade super histórica — Isabela fala. — Foi muito importante na época do cacau.
— Que historiadora essa minha namorada — ri Felipe.
Victor apoia o braço no encosto da cadeira de Yasmin e pergunta baixinho para ela:
— A gente pode conversar depois?
— Sim — ela responde. — Eu ia perguntar o mesmo para você. Se tiver um tempinho durante a visita à cidade a gente conversa, senão a gente se fala quando voltar para o navio.
— Ok.
— A nossa foto no Pelourinho já é uma das mais curtidas do meu Instagram, vocês acreditam? — Isabela comenta com Yasmin e Marina.
— Para variar um pouco, né? — brinca Felipe.
— Não entendi.
— É que eu não sei vocês, mas pelo menos no meu Instagram as fotos mais curtidas são as que têm os meus pais ou algum ex-rebelde.
— Ah, isso é verdade! — concorda sua namorada.
— Comigo é assim também — diz Vinícius. — Quer ver meu Instagram bombar é quando eu posto uma foto com o meu pai ou com a minha mãe.
— Se for com os dois juntos então — completa Isabela e eles gargalham.
— Agora que eles estão separados vale ainda mais — brinca Vinícius.


Pouco tempo depois eles se juntam aos colegas no ônibus e partem para o Centro Histórico de Ilhéus, cidade no interior da Bahia. O motorista para em frente ao Palácio Paranaguá e eles descem enfileirados.
— Esse aqui é um prédio tombado pelo Instituto de Proteção ao Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia — fala um dos guias que os acompanham. — Foi construído entre o final do século XIX e comecinho do XX, no auge do cacau. Para quem não sabe, Ilhéus já foi o primeiro produtor de cacau do mundo, então na época era uma das cidades mais importantes do Brasil e, como vocês poderão observar, muitas construções se mantêm pouco alteradas desde então.
— Hoje em dia funciona alguma coisa no prédio? — pergunta Isabela.
— Sim, a prefeitura.
A adolescente assente, fazendo algumas fotos com o celular. Eles seguem a pé até a Igreja de São Jorge e os jovens vão contemplando a cidade e fazendo comentários entre si:
— Sabe o que eu estou achando engraçado? — Samuel pergunta para Malu e Graziele.
— O quê? — questiona a morena.
— Todas as fachadas lembram coisas que a gente vê nos livros de história sobre a época da República Velha.
— E sabe o que é ainda mais engraçado — diz Graziele —, funcionam lojas de hoje em dia nessas fachadas.
— Parece uma mistura de séculos  — Malu responde.
— Exatamente! E não deixa de ser, né?
Eles se reúnem em frente à igreja e escutam o guia:
— Essa aqui é uma das igrejas mais antigas do país, foi construída no final do século XVII. A arquitetura é bastante característica da época como a torre em formato de pirâmide, por exemplo.
Marina analisa a fachada da igreja, suas portas verdes com janelas logo acima e repara na tinta que descasca na parte superior da construção. Ela olha ao redor procurando por Vinícius para comentar com ele sobre o descaso com a igreja, porém não encontra o namorado entre os colegas de classe.
— A próxima parada será o Teatro Municipal — informa o guia pegando uma rua de paralelepípedos na lateral da igreja.
Isabela, Yasmin, Felipe e Marina andam lado a lado quando Vinícius se aproxima correndo deles. Laís e Maísa, que estão logo atrás, olham com estranhamento para o rapaz.
— O que eu perdi? — ele pergunta para a namorada.
— A gente visitou uma igreja super antiga. Onde você estava?
— Eu parei em uma loja de especiarias que tem quase na frente da igreja — conta o rapaz exibindo umas sacolinhas de plástico com diversos temperos dentro.
— Nem reparei.
— Ainda bem que os professores também não — ri Vinícius.
A maioria dos alunos entram no Teatro Municipal de Ilhéus com alguns professores enquanto outros preferem ficar na praça em frente sentados em banquinhos, descansando. Yasmin observa Isabela, Iago e Lorenzo entrarem em uma banca de revista e em seguida olha para Gabriel, que está ao seu lado no banco.
— E aí, o que tem achado de Ilhéus? — indaga ao rapaz.
— É legalzinho — ele responde. — É uma cidade rica em história, mas estou achando mal cuidada.
— É, eu também. — Ela passa a mão no cabelo e analisa o entorno da pracinha. — Vem comigo naquela sorveteria ali?
Gabriel segue o olhar dela, só então percebendo que integrada ao teatro há uma sorveteria.
— Não quer esperar o pessoal sair?
— Não — ri Yasmin ficando em pé. Ela enxerga no convite uma oportunidade de se aproximar mais dele para provocar Jaqueline. — Vamos logo, vai!
— Ok. — Gabriel sorri e vai com ela até a sorveteria, que tem os dizeres “Desde 1952” na entrada.
Quando saem do teatro, os alunos visitam a imponente catedral São Sebastião de Ilhéus, que fica praticamente ao lado. Victor prefere não entrar na catedral e fica na pracinha tomando água de coco. Ele estreita os olhos ao ver Yasmin sair da sorveteria com Gabriel.
— Sabe por que a cidade é muito conhecida também? — Ele se assusta com a aproximação repentina de Isabela por suas costas.
— O quê?
A garota senta ao lado dele no banco de madeira e conta:
— Ilhéus serviu de inspiração para Jorge Amado, ele usou a cidade como cenário para alguns de seus livros.
— Quem é Jorge Amado?
Isabela ri.
— Foi um grande escritor brasileiro.
— Ah sim. — Isabela percebe que Victor não está muito afim de conversar, por isso não fala mais nada. Eles visitam mais alguns pontos turísticos antes de regressarem para o navio.


Antes do almoço ser servido, Yasmin vai até a cabine de Victor e Felipe. Ela entra sem bater e se depara com Victor nu. O rapaz rapidamente alcança sua toalha sobre a cama, mas relaxa ao ver que é a namorada.
— Foi mal — ela pede vendo que ele se assustou.
— Tudo bem. — Victor joga a toalha de volta para a cama e pega uma cueca. Yasmin passa por ele e se acomoda na cama de Felipe.
— Não deu para a gente conversar durante a visita.
— É, você esteve ocupada — Victor comenta com acidez enquanto seca o abdômen e os braços. Yasmin não consegue interpretar o tom de voz dele e responde:
— Todos nós estivemos. Mas enfim, será que a gente pode conversar agora?
— Eu estou com fome agora — ele diz colocando uma bermuda jeans.
— Fala sério, Victor!
— Eu estou falando.
— Quer dizer que o almoço é mais importante do que a nossa conversa?
— No momento sim.
Yasmin revira os olhos e levanta.
— Ok, quando a vossa senhoria tiver disponibilidade, me procura.
— Isso se você já não estiver ocupada — retruca Victor e Yasmin se volta para ele.
— Do que você está falando?
— É que eu achei muito curioso o fato de você estar de papinho com o Gabriel hoje durante o passeio.
— O quê? — Yasmin franze a testa, pois nem sabia que Victor tinha visto ela com o namorado de Jaqueline.
— Eu fiquei me perguntando se essa sua inesperada aproximação não seria uma forma de me provocar. Ou seria uma tentativa de me “punir” — ele faz as aspas com os dedos — por não estar dando a atenção suficiente que você quer?
— Como assim? Não é nada isso, Victor!
— Foi a explicação mais óbvia que eu encontrei.
— Mas você está enganado. Por que ao invés de você ficar cogitando as coisas não me pergunta o que de fato está acontecendo?
— Porque eu não quero ficar te cobrando. Você faz o que você quiser, Yasmin.
— Faço mesmo. Mas você é meu namorado, se você não gostou de alguma coisa não custa nada me perguntar.
— É porque eu já não estava muito afim de conversar antes, depois disso então é que eu fiquei sem vontade nenhuma.
— Você que me procurou falando que queria conversar, agora está dizendo que não estava afim?
— Eu realmente não queria, mas sabia que era importante para a gente esclarecer o que aconteceu ontem.
— E o que aconteceu ontem? Porque até agora eu não entendi. Na verdade, eu já não estou entendendo nada, principalmente você.
Victor passa a mão no cabelo molhado do banho e senta em sua cama.
— Eu estou cansado, Yasmin. É só isso.
— Cansado de quê? — ela pergunta parando na frente dele.
— Cansado de me sentir como eu me sinto.
A loirinha senta ao lado dele e abaixa o tom de voz ao perguntar:
— E como você se sente?
— Apreensivo, nervoso, tenso, defina como quiser.
Ela não fica surpresa com a confissão, pois é exatamente o que Marina refletiu pela manhã.
— É por isso que você tem se fechado?
— Eu quero ficar mais na minha.
— Não acho que se excluir seja a melhor alternativa.
— Pode ser que não seja a melhor, mas é a que está funcionando para mim.
— Está funcionando? — questiona Yasmin e Victor abaixa a cabeça, encarando o tapete da cabine.
— Não — sussurra instantes depois. — Eu só quero que esses dias passem logo. Por mais que esses lugares que a gente está conhecendo sejam maravilhosos, eu não estou no clima. Eu só quero que esse cruzeiro acabe logo, porque eu sei que quando a gente voltar para o Rio vamos saber os resultados dos vestibulares.
— Eu estou com medo dos resultados.
— Eu também, mas ficar nessa angústia é pior do que qualquer coisa.
Yasmin passa a mão pelo braço dele.
— Eu só queria te pedir para não se fechar. Pelo menos não de mim. Eu sou sua amiga, sou sua namorada.
— E é também a representação de tudo o que eu vou perder se eu não passar no vestibular.
— Você jamais vai me perder. Nem a mim, nem seus amigos, nem a sua família. — Ela entrelaça seus dedos nos de Victor. — Além da representação de um futuro, eu sou o seu presente. E tudo o que eu mais quero agora é aproveitar cada momento ao seu lado. Não me afasta, Victor.
O jovem olha para ela e aproxima lentamente seu rosto. Ele dá um cheiro no pescoço dela e diz:
— Desculpa por ter me distanciado de você e se isso fez você se sentir menos importante para mim. É exatamente ao contrário. O nosso relacionamento é uma das coisas mais importantes que eu tenho.
Yasmin se lança nos braços dele e sussurra:
— Aconteça o que acontecer, nada vai tirar você do meu coração.


Não muito distante dali, na cabine que divide com Jonas e Samuel, Pedro pega sua mochila e diz:
— Olha o que eu comprei hoje.
Jonas estica o pescoço e enxerga garrafas de vodka na mochila do amigo.
— Onde você conseguiu?
— Eu comprei em um bar. Foi fácil até, os professores ficam tão entretidos no que o guia fala que não prestam atenção na gente — ri.
— Então mais tarde vai ter festinha? — indaga Jonas sorrindo.
— Mas é claro! Chama as meninas.
— Ok, mas vou pedir para elas não espalharem.
— É, pelo amor de Deus alguém descobrir que a gente trouxe bebida alcoólica para o navio.
— Ah, oficialmente não somos mais alunos mesmo — ri Jonas.


No salão de jogos, Isabela, Aline, Iago, Lorenzo e Danilo se divertem após o jantar.
— Eu venci, eu venci! — exclama Isabela com braços erguidos.
— Para variar um pouco — provoca Danilo e recebe um tapinha dela em seu braço.
— Idiota.
— Cadê a Laís para ver esse momento histórico? — indaga Iago.
— Está lá fora com o Alexandre — diz Aline.
Ao contrário do que ela informa, Laís e Alexandre estão na cabine dela aos beijos e carícias. Ele passa um dos braços pelas costas dela, aproximando ainda mais seus corpos. Laís entrelaça suas pernas nas dele e escorrega sua mão por dentro da camisa dele, recebendo beijos no ombro e pescoço. Alexandre tira a camisa quando Laís passa a beijar seu abdômen. Ela apoia as costas na cama e sente o corpo do namorado sobre o seu. Cada um de seus membros se movem com sincronia e aos poucos a temperatura dentro da cabine vai aumentando.
— É melhor a gente parar — diz Laís empurrando o namorado repentinamente.
— Oi? — Alexandre passa a mão no cabelo, tirando uns fios rebeldes do rosto.
— A gente tem que se controlar, Alê.
— Será que temos? — ele sorri dando um beijo no pulso dela.
— Temos — Laís responde com firmeza e salta da cama, ajeitando suas roupas.
Alexandre se espalha na cama e respira fundo, tentando normalizar suas emoções e seu corpo.
— Ok.
— Desculpa — pede a garota sentando na beirada da cama de Maísa —, mas você sabe que isso só depois do casamento.
— Eu sei — responde Alexandre em tom de lamentação. — Pior que eu sei.
— Desculpa — ela repete. Alexandre levanta da cama e se agacha na frente dela.
— Você não precisa se desculpar. Você não escondeu o seu desejo de mim quando a gente começou a se envolver. Eu entrei nessa sabendo que sexo seria só depois do casamento.
— Não imaginei que fosse ser tão difícil controlar a vontade, mas eu acredito que certo é só depois do matrimônio.
— E eu respeito a sua decisão. Não vou negar que para mim não é fácil, mas eu te amo e estou disposto a esperar o tempo que for. — Eles sorriem e se beijam lentamente.
— Eu te amo — se declara Laís passando a mão no rosto dele.


O espaço reduzido da cabine não impede que Jonas, Samuel e Pedro organizem uma festa. Uma música eletrônica ecoa pelas paredes vinda de uma caixinha de som. Eles bebem drinks feitos com as vodkas que Pedro comprou e frutas que Samuel pegou na cozinha do navio.
— Vocês pensaram que eu não ia rebolar minha bunda hoje? — grita Jaqueline e dá play em um funk. Luciana, Amanda, Talita, Maísa, Jonas, Samuel e Pedro começam a dançar juntos. Jaqueline ri e puxa Luciana para cima da cama de Jonas, onde elas rebolam.
A porta é aberta lentamente e Malu enfia a cabeça dentro do cômodo.
— Malu! — exclama Samuel erguendo seu copo.
— É aqui que está tendo bebida grátis? — a morena ri para Maísa.
— Entra logo — sorri a loira segurando no braço dela.
— Está mal frequentado aqui, hein?
— Há bebidas, amiga, isso é o que importa — brinca Maísa e elas gargalham. Samuel passa por Pedro, Amanda e Talita e para em frente a elas.
— Sabia que você vinha — diz dando um selinho em Malu.
— Falou funk e bebida, falou em Maria Luíza.
— Toma — ele diz entregando seu copo para ela, que nem questiona e entorna o conteúdo. Samuel dá mais um passo na direção de Malu quando Pedro e Amanda se espremem para chegarem ao banheiro. Maísa e Jonas se beijam enquanto dançam apoiados na parede.
— Se desgrudem! — exclama Jaqueline segurando no ombro de Jonas. Ele olha para ela rindo e questiona:
— O que é, Jaque?
— Vocês vão ficar se pegando? Desse jeito eu vou chamar o Gabriel aqui também.
— Duvido muito que ele venha — responde Jonas indicando Samuel com a cabeça.
— Vamos curtir, gente! — ela ri abrindo os braços. — Olhem ao redor, só tem a gente aqui. Se vocês forem ficar se pegando, vamos ficar eu, a Lu e a Talita largadas.
Os olhos de Maísa examinam a cabine e ela franze a testa.
— Cadê o Pedro e a Amanda? — pergunta.
Jaqueline começa a gargalhar e ergue as mãos na altura dos ombros.
— Eu não vou me envolver! — Ela aponta para o banheiro e ri ainda mais. — Eu não disse nada — fala e volta para cima da cama.
Maísa dá um passo na direção do banheiro, mas Jonas segura em seu pulso.
— Amor, não se mete nisso.
— Ainda ontem ele estava falando que queria ficar com a Daniela, Jonas — responde a loira com os olhos inflamados de raiva. — Quero ver a cara de pau desse moleque. — Ela puxa o braço e escancara a porta do banheiro.
— Não quero nem estar aqui! — diz Jaqueline pulando da cama e saindo da cabine. Ela segue pelos corredores até a parte externa do navio, onde a maioria de seus colegas estão.
Assim que chega na região da piscina sente o sangue de seu corpo ferver.
— O que você está fazendo aqui? — questiona para Yasmin, que conversa com Gabriel em uma espreguiçadeira.
— O que parece que nós estamos fazendo? — sorri Yasmin com naturalidade.
— A gente está conversando, Jaque — Gabriel responde.
— Não pensei que você estivesse falando sério quando disse que ia dar em cima dele — diz Jaqueline com os olhos cravados em Yasmin.
— Eu não estou dando em cima de ninguém — se defende a outra loirinha. — Estamos apenas conversando, querida.
— Você é baixa, Yasmin!
— Eu? — gargalha a irmã de Felipe. — Tem certeza que não está se referindo a você mesma? — Ela levanta e confronta Jaqueline. — A única pessoa baixa, desprezível, desqualificada que eu estou vendo aqui é você.
— Vou te mostrar quem é desqualificada — grita Jaqueline antes de empurrar Yasmin na piscina. A loirinha consegue segurar na roupa dela e a leva junto para a água. As duas caem em cima de Mayara e Daniela.
— Você estão malucas? — questiona a platinada voltando a superfície.
— Eu vou te matar! — exclama Yasmin se lançando na direção de Jaqueline. Ela acerta dois tapas na garota antes de Daniela a segurar.
— Para com isso — pede a morena. — Se um dos professores vê vocês aos tapas, vocês estão ferradas.
— Eu não estou nem aí — responde Yasmin tentando se soltar.
— Ué, pensei que piranha gostasse de água — retorque Jaqueline com ar de superioridade.
— Por isso que você está confortável, né? — devolve Yasmin. — Você vai me pagar por isso, Jaqueline.
— O cruzeiro já está acabando, queridinha.
— Sorte a sua. Não queira cruzar meu caminho depois daqui — ameaça Yasmin. — Pode ter certeza que isso não vai ficar no ensino médio.
— Não mesmo, vou continuar não gostando de você.
— Digo o mesmo. — Elas se encaram com um ódio tão intenso que chega a ser palpável.


Pedro e Amanda olham sobressaltados para Maísa, que sacode a cabeça com indignação.
— Não acredito nisso, Pedro.
Jonas para atrás da namorada e observa Amanda e Pedro bem próximos e o batom dela borrado nos lábios dele.
— Maísa, não é isso… — ele começa a dizer, mas a jovem o interrompe.
— Você vai negar? Você é ridículo, Pedro! A Dani fez certo em se livrar de um embuste como você. Ridículo! — Maísa dá meia volta, esbarra em Jonas e sai às pressas da cabine, deixando Malu e Samuel confusos.
— O que aconteceu? — indaga o rapaz para Jonas.
— Depois o Pedro te explica — ele responde antes de ir atrás da namorada.


Quase dois dias depois, o navio atraca no porto do Rio de Janeiro e os adolescentes vão descendo um por um com seus pertences. Daniela aguarda seu motorista juntamente com Aline e Iago.
— Dani. — Os três olham para trás e enxergam Pedro. — Não vamos embora desse jeito.
— Que jeito?
— Sem se falar. Eu quero te explicar o que aconteceu na festinha.
— Não me interessa as suas explicações — responde Daniela rispidamente. — Eu acredito no que a Maísa me disse e isso já é o suficiente para eu não querer olhar tão cedo na sua cara.
— Eu errei, eu sei, mas…
— Para de tentar se explicar! Eu não quero saber. O que a gente teve ficou para trás, Pedro. Me esquece!
— O que eu te disse naquela noite ainda continua sendo verdade — fala Pedro. — Desculpa por tudo. — Ele sai caminhando e Daniela olha para baixo.
— Você agiu certo — apoia Aline.
— Eu sei, mas isso não torna menos doloroso.
Perto deles, Mayara despede-se de Malu e Graziele.
— Vou sentir falta de tudo isso.
— Ai credo! — ri a ruiva.
— Eu tenho certeza que em algum momento todo mundo vai sentir falta desse período que a gente viveu junto. E eu fico muito feliz por ter vivido isso ao lado de vocês.
— Oh, que fofa! — exclama Malu puxando as amigas para um abraço coletivo.
— Acabou oficialmente o terceiro ano — comenta Yasmin entrando no carro dirigido por Ulisses.
— Sim, agora é partir para a faculdade — responde Felipe.
— Estou tão ansiosa!
— Todos estamos, maninha — ele ri. — Falta pouco, nos próximos dias saberemos o que o destino preparou para nós.


Cerca de quinze dias depois, todos os jovens estão em frente aos seus computadores atualizando o site do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
— Essa bosta não carrega! — exclama Felipe enfurecido. — Eu quero saber se eu passei.
— Ai, Felipe, para de drama — pede Yasmin deitada ao lado dele na cama. — Você viu sua nota semana passada, você se saiu bem.
— Eu sei, mas isso não quer dizer que eu passei.
— O site é uma bosta mesmo, o jeito é esperar.
— E você, não vai ver se passou?
Yasmin ri.
— A minha faculdade é particular, lembra? Eu vou usar a nota do ENEM para fazer minha inscrição. Daqui a dois dias eu vou para São Paulo com a mãe, já agendei com a faculdade.
— Hum, burguesinha!
— Ué, a culpa não é minha se não tem moda na UFRJ.
— Carregou! — exclama Felipe de repente e Yasmin quase cai da cama de susto.
— E aí?
Os olhos de Felipe correm pela página e um sorriso radiante surge em seu rosto.
— Eu passei!
— Parabéns! — sorri Yasmin abraçando o irmão. — Partiu matemática UFRJ.
— Partiu! — Felipe retribui o abraço com força. — Meu Deus, vamos contar para o pai e a mãe. — Eles saltam da cama e saem correndo do quarto.


— Qual foi o seu resultado? — questiona Malu abrindo a porta do quarto de Graziele. A ruiva está sentada em sua escrivaninha com Henrique às suas costas e olha para Malu por sobre o ombro.
— Eu não sei, ainda não consegui ver. E você?
— Adivinha?
Pelo sorriso que está estampado no rosto da amiga, Graziele não tem dificuldade em acertar a resposta.
— Não acredito! — exclama correndo até Malu. Elas se abraçam e começam a saltitar juntas. Henrique senta na cadeira da filha e assume o notebook.
— Eu passei, amiga, eu passei — vibra Malu agarrada em Graziele.
— Parabéns!
— Parabéns para vocês duas — fala Henrique e Graziele paralisa no centro do quarto.
— O… o que o senhor está dizendo, pai?
— Não quer ver com os seus próprios olhos? — indaga Henrique mostrando o notebook para ela. Graziele caminha até sua escrivaninha e solta um grito.
— Eu passei! — Ela olha para Malu. — Eu passei também!
— Eu sabia, eu sabia — sorri a morena.
— Minhas universitárias — fala Henrique abraçando as duas.
— As malas já estão prontas? — pergunta Malu.
— Prontíssimas, né pai? — diz Graziele olhando para Henrique.
— Não estou pronto para deixar a minha princesinha em Belo Horizonte.
— Não começa, pai — responde a ruiva e eles riem.


No escritório de Mel, Isabela e Vinícius dividem a poltrona da empresária em frente à tela do computador.
— O Felipe passou — sorri a morena lendo a mensagem do namorado em seu celular.
— Ai que bom — comemora Vinícius dando F5 mais uma vez. — Quero logo ver o seu resultado.
— Eu estou ansiosa — diz Isabela apertando as próprias coxas.
— Com a sua nota não tem como você não ter passado, Isa. Sem contar que quando o Sisu fechou você estava nas primeiras posições, não estava?
— Sim, mas vai saber o que pode acontecer.
— Larga de ser dramática — ri Vinícius. — Carregou!
Os dois olham atentamente para a tela e os olhos de Isabela brilham com o que lê.
— Eu fui aprovada — diz levando as mãos até a boca.
— Parabéns, Isa — o rapaz sorri passando um braço pelos ombros dela.
— Eu passei, você tem noção? Eu sou oficialmente uma acadêmica de jornalismo da UFRJ.
— Que orgulho! — Eles sorriem e se abraçam com força.
— Agora que você já sabe o meu resultado — diz Isabela se afastando — já pode parar de disfarçar que está ansioso com o resultado da Marina.
Vinícius engole em seco e levanta da poltrona.
— Na verdade eu acho que já sei qual foi o resultado.
— Como assim? — questiona a garota. — Por acaso você sonhou?
— Não, claro que não! É que tanto a Marina quanto o Victor não ficaram muito satisfeitos quando viram as notas semana passada e a Mari não quis conversar sobre isso desde que começou as inscrições do Sisu.
— Hum. Eu sei que o Victor ficou bem mal, porque já saiu o resultado do ITA, né? E ele não passou.
— Eu queria estar agora ao lado deles, mas a Marina pediu para ficar sozinha.
— Calma — pede Isabela indo até ele. — Você não acredita tanto nesses negócios de energia? Manda energias positivas para eles dois, com certeza eles estão precisando.
Vinícius assente com o olhar entristecido.


Os gêmeos fizeram questão de se trancarem sozinhos no escritório de Arthur e Lua para verem o resultado do Sisu. Victor está largado em uma poltrona com seu notebook apoiado nas coxas enquanto Marina ocupa a poltrona de Arthur diante da enorme mesa de madeira. Os olhos dela estão pregados na tela do computador de seu pai e seu coração dispara quando a página oficial do Sisu atualiza. Com a respiração entrecortada, Marina analisa atentamente o que está escrito e em seguida ergue a cabeça para visualizar Victor. O rapaz está pálido feito papel com a boca entreaberta.
— Carregou aí? — indaga Marina com a garganta apertada.
— Sim — Victor sussurra e olha para ela. — E aí?
Marina sacode a cabeça afirmativamente e questiona:
— Você foi aprovado?


Comentários

  1. Meu Deus, que capitulo foi esse????
    Esse sonho do Vinicius me deixou bem triste, não quero que ele e a Marina terminem </3
    Achei demais eles conhecendo os pontos turisticos das cidades, poderia ter mais vezes viagens!
    Sempre que tem essas conversas sérias do Victor com a Yas meu coração fica partido, mas achei muito fofo ele compartilhando as coisas c ela
    To curiosa para saber se o Alexandre e a Laís só vão fazer amor depois do casamento mesmo
    O Pedro não presta mesmo! A Dani merece coisa muito melhor que ele e achei demais a Maisa defendendo a amiga
    Vou sentir falta das brigas da Yas com a Jaqueline
    Não sei nem o que dizer dessa ultima parte, fiquei muito feliz pela galera que passou mas to preocupada com o resultado dos gemeos CHEGA LOGO PRÓXIMO CAPITULO!

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  2. Pqp o Vinícius contou o sonho pra Marina e meu coraçãozinho apertou!
    Afz, Yasmin e Victor conversando sério ( não gosto disso) manooo pq eu sinto que o Victor não foi aprovado?

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  3. Ai que sacanagem terminar assim 💔💔💔

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  4. Volta com cenas entre o Chay e a Mel

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