Imagine 5ª Temporada | Capítulo 50: Elisa
Vinícius arqueia as sobrancelhas e continua olhando para Yasmin em silêncio. Diante da reação do amigo, Yasmin se desespera ainda mais e leva as mãos à cabeça.
— Eu não sei como fui capaz de fazer isso!
— Quando foi? — questiona Vinícius ainda com as sacolas do mercado presas nas mãos. — Foi depois que eu deixei Veneza?
— Claro — responde Yasmin. — Tudo aconteceu ontem a noite, na festa de despedida que a gente foi. — Ela suspira. — Eu não sei o que deu em mim. O Victor não vai me perdoar.
— Calma. Vamos entrar e a gente conversa melhor. — Já dentro do apartamento parisiense, sentados no sofá da sala de estar, Vinícius pede: — Me conta exatamente o que aconteceu.
— A gente foi para uma rave ontem depois de uma social na casa de um amigo nosso da faculdade. Estava todo mundo super animado e ao mesmo tempo triste, porque era a nossa festa de despedida, já que a gente embarca hoje de volta para o Brasil. Em um determinado momento, a gente se abraçou e fomos dar um selinho coletivo. Nessa hora o pessoal começou a se pegar. Camila e o Fabrizio e o João e o Matteo. — Yasmin olha para o chão, não querendo encarar os olhos de Vinícius. Envergonhada, completa: — Eu e o Luca também começamos a nos beijar. A gente foi ficando o resto da noite e hoje quando eu acordei ele estava na cama comigo.
O queixo de Vinícius despenca.
— Vocês fizeram sexo?
— Não! — nega Yasmin imediatamente, voltando a encará-lo. — A desgraça não foi tão grande.
— Ok. Vocês não transaram, mas também não foi só um beijo então.
— Não — confirma Yasmin em um sussurro. — Eu acho que o clima de pegação me contagiou e eu me deixei levar.
— E o Luca, como ele reagiu a isso que aconteceu?
— Ele ficou de boa. Disse que foi apenas pegação de amigos. Ele e o Matteo estão acostumados com isso, sabe? Tanto que o Matteo ficou com o João e está tudo bem entre eles. Acho que eu fui contagiada por essa energia.
— Acontece que o seu namoro não segue as mesmas regras do namoro deles — observa Vinícius e Yasmin fecha os olhos.
— Exatamente! — Ela vagueia o olhar pela sala, o coração disparado e a mente confusa. — O que eu faço? — pergunta olhando para o amigo.
Vinícius balança a cabeça.
— Eu sinceramente não sei. Quer dizer, é óbvio que você tem que contar para o Victor.
— Ele vai me matar! — exclama Yasmin pegando uma almofada para esconder o rosto. — Se eu não estou conseguindo entender o que eu fiz, como ele vai entender?
— Você só vai saber quando contar para ele. Pessoalmente, de preferência.
— É claro, eu não posso fazer uma videochamada e dizer “Oi, te trai, me perdoa?”. — Ela coça a testa. — Como será que ele vai reagir?
Vinícius não responde, pois a ideia que tem da reação de Victor não irá tranquilizar a amiga. Ao invés disso, pergunta:
— O que você sente pelo Luca?
— Amizade, é claro. Eu estou te dizendo, Vini, eu não beijei o Luca, porque gosto dele de outra maneira. Foi realmente algo do momento. Não significou nada, absolutamente nada para mim. Acontece que invertendo a situação… Meu Deus, eu não iria acreditar que o Victor foi capaz de passar a noite aos beijos com uma amiga sem representar nada. Entende o que eu estou sentindo?
— Entendo. — Vinícius tira a almofada do colo de Yasmin e pega em suas mãos. — A situação é complicada, muito complicada, mas você precisa contar a verdade. Por mais difícil que seja, o Victor precisa saber o que aconteceu.
Yasmin assente.
— Eu sei. Nós vamos nos ver na sua formatura, quando todo mundo vier para cá. Ótima ocasião — ela ironiza, bufando. — Meu Deus, todo mundo vai ficar tão decepcionado comigo.
— Ei, não pensa nisso — censura o rapaz. — A única opinião que importa é a do Victor. Ninguém além dele tem o direito de interferir na relação de vocês. A minha formatura está chegando, até lá você precisa ser forte e lidar com isso sozinha.
Pouco mais de um mês depois, as famílias se preparam para as viagens de final de ano, festividades e formaturas. Em seu apartamento, Chay conversa com Mel enquanto a empresária lê alguns e-mails de trabalho, sentada confortavelmente no sofá com os pés apoiados na mesinha de centro.
— A gente viaja sábado para Paris — comenta o cantor. — Como a gente vai fazer?
— Eu já te falei o que acho melhor — diz Mel com o olhar na tela de seu notebook.
— Eu também acho que seria mais fácil contar para eles juntos e pessoalmente — responde Chay. — Acontece que a gente teria que viajar com a Isabela agindo como se não estivéssemos voltado. Há mais de dois meses que a gente não se cruza na presença de conhecidos. Eu não quero mentir explicitamente para ela.
— A gente está há dois meses mentindo, Chay.
— Pelas costas dela. Outra coisa bem diferente é estarmos juntos e fingir que nada está acontecendo.
Mel solta um suspiro e fecha a tela do notebook.
— Eu sei, também acho que vai ser estranho, mas a gente já esperou dois meses, o que são dois dias?
— Pessoalmente vai ser bem mais difícil disfarçar, ainda mais… — ele olha para o próprio celular, que toca em cima da mesa. — É o Bernardo.
— Ai meu Deus! — exclama Mel com animação, deixando o notebook de lado no sofá.
— Oi, Bernardo! Sério? Meu Deus, que notícia maravilhosa! Estam… estou indo para aí — ele se corrige rapidamente e encerra a chamada.
Mel arqueia as sobrancelhas, ansiosa.
— E ai?
— A Ane entrou em trabalho de parto!
— Ai meu Deus! — repete a empresária ainda mais empolgada. — Vai indo logo para o hospital, eu chego uns minutos depois para fingir que a gente veio de lugares diferentes.
— Ok. — Chay levanta do sofá e procura pelas chaves e carteira, confuso. — Eu não sei nem para que lado eu vou.
— Ali — Mel aponta para a mesinha em que os pertences dele sempre ficam.
— Minha sobrinha vai nascer! — vibra Chay antes de sair do apartamento.
— Como está o coração? — pergunta Malu caminhando pelo jardim da casa de seus pais e falando com o Samuel por videochamada.
— A mil! — responde o rapaz. — Nem acredito que vou apresentar meu trabalho de conclusão de curso daqui a alguns minutos.
— Vai dar tudo certo — incentiva Malu. — Lembra que você está mais do que preparado para isso.
— Eu sei, estou tão feliz!
— Eu também! — sorri a jovem. — Queria estar aí te assistindo pessoalmente, mas vou me contentar com a videochamada que os seus amigos vão fazer da apresentação.
— Vai ser ótimo saber que de alguma forma vocês estarão juntos comigo.
— Sempre — promete Malu.
As mãos de Bernardo nunca estiveram tão suadas nas dependências de um hospital. O médico caminha pelo corredor com um copo de água nas mãos enquanto retorna para o quarto de observação em que Anelise está.
— Bernardo! — Assim que é chamado, ele olha por sobre o ombro e vê Mel correndo pelo corredor em sua direção. — E aí, onde está todo mundo?
— Estamos na observação com a Ane. Falta um pouco mais de dilatação, mas aos poucos está aumentando.
Mel sorri e aperta um dos braços dele.
— Chegou o grande dia!
— Sim — ele responde com outro sorriso. — Vamos lá?
— Claro! — Eles viram em outro corredor e logo chegam ao local em que Anelise está com o irmão mais velho e os pais. É a primeira vez desde que voltaram a se relacionar que Chay e Mel estão na presença um do outro diante de familiares.
— Mel, que bom que você veio — diz Hérica ao ver a mãe de seus netos.
— Não poderia perder esse momento tão especial. — Mel deixa sua bolsa em um canto e se aproxima de Anelise, que está sentada em um bola de pilates. — Como você está se sentindo?
— Apreensiva — diz a jornalista com a voz trêmula.
— Vai dar tudo certo.
— Já está dando — diz Chay parado do outro lado da irmã. Mel e Chay sorriem um para o outro, encantados com o que estão presenciando e por estarem juntos neste momento. Rapidamente o casal desvia o olhar de volta para Anelise.
— Obrigada por vocês todos estarem aqui — diz Anelise minutos depois, já deitada em uma maca pronta para seguir rumo à sala de parto. Bernardo segura sua mão, parado ao lado da maca.
— A gente vai acompanhar tudo pelo vidro — garante João Paulo.
— Fica bem, meu amor — diz Hérica passando a mão no rosto da filha.
— A gente vai estar te esperando — fala Mel sorridente.
— Você e a Elisa — completa Chay emocionado.
Anelise é conduzida pela equipe de enfermagem até a sala de parto junto com Bernardo. Os pais e irmã do médico chegam a tempo de acompanhar o nascimento da primeira filha do casal, juntamente com a família de Anelise.
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PORRA YASMIN ESPEROU UM MÊS PARA CONTAR PRO VICTOR? A MERDA QUE ISSO VAI DAR, MEU PAI, EU NÃO TENHO PAZ NESSA BUCETA DESSE IMAGINE
ResponderExcluir— A gente está há dois meses mentindo, Chay.
ResponderExcluirKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK VELHO É TUDO MENTIROSO
''Há mais de dois meses que a gente não se cruza na presença de conhecidos. Eu não quero mentir explicitamente para ela.'' MENINO É O QUE? MAS O QUE ELES FIZERANM NESSES DOIS MESES FICARAM TRANCADOS NESSE APARTAMENTO ? PQ NÉ POSSÍVEL.
ResponderExcluirDIGO MAIS, TÃO NESSA PALHAÇADA E QUANDO FOR VER, TODO MUNDO JÁ SABE QUE VOLTARAM. É ISSO
Chamel são duas chacotas idosas. minha dose de endorfina terçaria
Chay e mel, tentando esconder que estavam juntos no Ap dele quando recebe a notícia do nascimento de Elisa e ótimo.
ResponderExcluirAssumem logooo.kkkk