Imagine 5ª Temporada | Capítulo 49: Traição na Itália
Passadas quatro semanas do aniversário de Yasmin, Jonas recebe em sua casa Pedro, Felipe e Thiago no final da tarde de sexta-feira.
— A gente precisa devolver o carro ainda hoje — Thiago avisa exibindo a chave de um carro popular bem antigo.
— Está tranquilo — diz Jonas, ajustando uma mochila preta nas costas.
— Tem certeza que você vai junto? — Felipe pergunta para o amigo, ainda apreensivo pela decisão de última hora.
— Estou precisando de um pouco de adrenalina — ri Thiago. — Há alguns anos que eu não sei o que é fazer algo ilegal.
Felipe sacode a cabeça enquanto sorri e ao seu lado Pedro esfrega uma mão na outra, tentando conter o nervosismo.
— E aí, nós vamos que horas? — indaga.
— Daqui a pouco — responde Jonas consultando seu relógio de pulso. — Eles ainda devem estar na Assembleia. Quando eles saírem para o barzinho que eles vão toda sexta, a gente encontra com eles.
— Você tem certeza de que não vai ter nenhum segurança junto, né?
— Eles não foram acompanhados por algum segurança nas últimas semanas — garante o acadêmico de economia.
— Nem no carro de trás? — insiste Pedro e Jonas se irrita.
— Qual é, pessoal!? Eu contratei alguém para analisar a rotina dos caras. Vocês confiam ou não?
— Vai que dessa vez eles vão acompanhados por alguém... — supõe Pedro.
— Teremos que pagar para ver.
Os quatro se entreolham em silêncio. Thiago gargalha e chuta o pneu do carro estacionado na frente deles. De todos, ele é o que demonstra menos nervosismo.
— Quero só ver se essa lata velha vai dar conta do serviço.
— Nós vamos deixar eles impossibilitados de dirigir por um bom tempo — garante Jonas. — Vai ser impossível eles seguirem a gente. — Ele confere as horas mais uma vez e diz: — Vamos lá?
Jonas, Felipe, Thiago e Pedro entram no carro. Thiago assume o volante com Jonas ao seu lado. Com esforço, ele consegue dar partida no carro e eles saem a toda velocidade pela noite que se inicia.
Divididos em dois táxis, Yasmin, Camila, João, Luca, Matteo, Fabrizio e Paolo chegam a um clube em Milão onde acontece uma festa rave. O grupo vem direto de uma confraternização na casa de um outro colega italiano. Por essa razão, os sete já entram no clube com uma animação acima da média.
— Eu vou sentir tantas saudades de vocês! — fala Yasmin abraçando Matteo e Luca logo na fila de entrada.
— Nós também — responde Matteo e Luca pergunta:
— Vocês não podem estender o intercâmbio?
— Não dá — diz Yasmin.
— Não tem jeito — completa João —, domingo teremos que embarcar de volta para o Brasil.
— Não repete! — pede Fabrizio apertando os braços ao redor da cintura de Camila. A morena vira a cabeça e dá um beijo no queixo dele.
— Mas eu tenho aqui uma coisinha para a gente se despedir em grande estilo — fala Paolo pegando um saquinho transparente no bolso traseiro de sua bermuda. Sem nenhum constrangimento, ele distribui os comprimidos de ecstasy entre os amigos. Yasmin é a única que não aceita.
— Da outra vez deu ruim — justifica.
— Então vamos compensar de outra forma lá dentro — fala João rindo.
Quando eles passam pela entrada, João pega no pulso de Yasmin e a conduz até o bar mais próximo. Eles pegam uma garrafa de vodka pura e a loira bebe diretamente no gargalo, deixando escorrer um pouco de bebida por seu queixo e pescoço. Rapidamente João se aproxima da amiga e lambe a bebida de sua pele.
— Ai que delícia — ri Yasmin.
— Não pode desperdiçar nada. — Eles gargalham e voltam para perto dos amigos com a garrafa e drinks nas mãos.
Em uma viela estreita na lateral de uma avenida movimentada, Thiago estaciona o carro em frente a uma antiga igreja que se encontra com as portas fechadas e paredes pixadas. Jonas abre sua mochila, pega quatro toucas balaclavas e distribui entre eles.
— Agora é só esperar e fazer o que a gente combinou — fala largando a mochila no chão do carro entre suas pernas após retirar uma pistola.
Felipe observa através do vidro traseiro a rua deserta e mais ao fundo os faróis dos carros que passam rapidamente pela avenida. Ao seu lado, Pedro está com o olhar fixo no banco da frente e as mãos presas entre as pernas. De segundo a segundo, Jonas confere a rua pelo retrovisor, passando os dedos pelo cano da pistola que pegou escondido no escritório de seu pai. Thiago arranca pelinhas das laterais das unhas, forçando o motor para que ele não desligue.
O silêncio do automóvel é interrompido pelo toque estridente de um celular. Os quatro se sobressaltam.
— Foi mal, galera — pede Pedro silenciando a chamada de Daniela.
— A gente não tinha combinado de desligar o celular? — repreende Felipe.
— Eu esqueci — justifica o rapaz.
— Lá vem eles! — avisa Jonas, colocando a mão na maçaneta da porta.
Com agilidade Thiago sai com o carro da vaga e o atravessa na rua no momento em que o carro de Everaldo se aproxima. No segundo seguinte, Jonas, Felipe e Pedro saltam do veículo e correm até o carro do deputado.
Empunhando a arma, Jonas sinaliza para que Everaldo abra a porta do carro. No entanto, no interior do veículo, o homem fala agitadamente com Rogério.
Jonas chega mais perto do veículo e grita para que ele abra a porta, ameaçando atirar contra o vidro. Everaldo destrava o carro e abre a porta com as mãos erguidas na altura do ombro. Neste momento, Felipe abre a porta do passageiro e juntos, ele e Jonas arrastam, respectivamente, Rogério e Everaldo para fora do carro.
— Leva tudo o que você quer, leva tudo — diz Rogério com o desespero evidente no olhar. Felipe encara bem o rosto dele e segurando a gola de sua camisa, desfere o primeiro socorro no rosto do assessor. Do outro lado do veículo, Jonas acerta com toda a sua força o cano da arma na lateral da testa de Everaldo, derrubando-o no chão. Com o relato da conversa dele e Maísa na mente, Jonas começa a distribuir chutes pelo corpo do deputado. Pedro caminha de um lado para o outro, observando se a rua permanece vazia e Thiago alinha o carro novamente na via, pronto para dar partida novamente.
Minutos depois, o quarteto vira a esquina, deixando para trás Everaldo e Rogério caídos no asfalto com as roupas sujas de poeira e manchas dos próprios sangues.
Mesmo no início da madrugada em Milão, a batida eletrônica continua ecoando bem alta no clube que Yasmin está com os seus amigos brasileiros e italianos. A jovem dança já descalça à beira de uma piscina, em que alguns jovens mergulham sem camisa.
— Você precisava estar aqui — grita, gravando um vídeo para Victor. — A energia desse lugar é surreal, amor! — Ela joga a cabeça para trás e olha para o céu. — Eu queria viver isso todo final de semana — diz contemplando as estrelas. — Olha isso! — Ela segura o celular com as duas mãos e dá um giro completo, mostrando todos os ângulos da festa. Gargalhando e tonta do rodopio, ela envia o vídeo para o namorado.
— Car*lho, eu não acredito que a gente fez isso! — exclama Felipe limpando os nós dos dedos na própria calça.
— Eu estou tremendo até agora — ri Thiago apertando as mãos no volante para manter o controle do carro.
— Deu certo. — Jonas abre um sorriso vingativo e depois gargalha. — Deu certo! — grita com a cabeça para fora da janela, já sem a touca que cobria boa parte de seu rosto.
— O que você falou para ele na hora que você estava saindo? — indaga Pedro.
— Que não era para ele tentar descobrir quem foi o mandante daquilo, senão as coisas iam ficar piores.
Felipe ri.
— Ele deve ter tantos inimigos na política que vai ser difícil achar um suspeito.
— De qualquer forma ele nunca vai desconfiar da gente — fala Jonas. — Para todos os efeitos, fomos apenas contratados para bater nele.
— Nossa, parecia coisa de filme! — fala Pedro passando a mão na cabeça.
— E você estava certo, Jonas — comenta Felipe —, o carro dele não é blindado mesmo.
— Não é! Tivemos muita sorte com relação a isso. Ele comprou o carro há duas semanas, mas ainda não mandou blindar.
— Agora com certeza, vai — ri Thiago.
Com as roupas grudadas em sua pele, Yasmin joga água para cima junto com as demais pessoas que estão em uma das piscinas do clube em que acontece a rave. Ela olha ao redor e percebe que os seus amigos estão reunidos na outra borda da piscina. Então, controlando-se para não tropeçar, ela caminha dentro da piscina, contornando as pessoas até chegar neles. O grupo forma uma roda com as mãos dadas dentro d’água.
— Que a gente nunca perca o vínculo que criamos nesses dois meses — fala Camila. — A amizade que a gente construiu foi muito especial.
— A gente não pode perder o contato — reforça Matteo.
— Vocês precisam ir visitar a gente no Brasil — fala Yasmin.
— Eu quero muito conhecer Copacabana — diz Paolo.
— Mas a gente mora em São Paulo — ri João, mas Yasmin logo acrescenta:
— Nada que uns minutos de voo não possam resolver. Eu vou amar apresentar minha cidade para vocês.
— Já estou com saudades! — choraminga Fabrizio e eles riem.
— Abraço coletivo! — exclama Paolo e os sete se reúnem no centro do círculo em um abraço desconcertado.
— Selinho coletivo! — acrescenta João e rindo eles tentam encaixar as sete cabeças em um único beijo. Camila e Fabrizio são os primeiros a desistirem da tentativa e iniciam um beijo somente entre eles. Abraçada em Luca, Yasmin ri. Seu queixo despenca quando ela vê, ao seu lado, João e Matteo se beijarem também. Rapidamente ela olha para Luca, que está rindo.
— A gente não pode ficar por baixo — grita acima da música no ouvido do italiano.
— Também acho — concorda o rapaz intensificando o aperto na cintura dela.
Yasmin fica na ponta dos pés dentro da piscina e beija os lábios de Luca com volúpia. Ela percorre com as mãos o corpo dele dentro d’água, sentindo o italiano acariciar seu corpo também.
— Ei, ei, ei — fala Paolo interrompendo a troca de carícias. — Vocês vão me deixar de vela aqui?
— Sai fora — ri Yasmin empurrando o amigo. Ela volta a encarar Luca, que sorri tranquilamente. O italiano aproxima o rosto dela e suga lentamente uma gota de água de seu lábio inferior. Yasmin sorri, sentindo-se aquecida nos braços em que já buscou abrigo tantas vezes nos últimos meses. Ela arranha as costas nuas dele dentro da piscina e eles se abraçam. Luca vai conduzindo Yasmin até que o tronco dela esteja encostado em uma das laterais da piscina. A loirinha volta a ficar na ponta dos pés e beija novamente o amigo italiano. Luca coloca as mãos no quadril de Yasmin e a levanta, sentando-a na beira da piscina. Yasmin rodeia o corpo dele com as pernas, prendendo-o contra o seu corpo. Ignorando os respingos de água que são lançados em suas direções, os dois continuam se beijando intensamente e explorando o corpo um do outro.
Ainda com a adrenalina muito presente em seu corpo, Felipe encara o teto de seu quarto, deitado de barriga para cima na cama, sem nem imaginar o que se passa com sua irmã do outro lado do oceano. Ele ergue os braços até conseguir visualizar os dedos das mãos que estão cheios de hematomas do atrito com a pele de Rogério. Ele observa as marcas deixadas em sua pele e se recorda do rosto ensanguentado do assessor de Everaldo.
Apesar de acreditar que o que fez é justificável, a lembrança causa um embrulho em seu estômago e ele procura pensar em outra coisa.
— Como eu vou esconder isso da Isabela? — se pergunta e posiciona as mãos na lateral do corpo novamente.
A pele de Yasmin queima sob o Sol que invade o quarto do apartamento em que ela está morando em Milão. Aos poucos ela vai tomando consciência e sentindo os reflexos da noite anterior em seu corpo. Suas pernas e pés doem e um incômodo em seu estômago e cabeça faz com que ela resista a abrir os olhos.
Ainda imóvel em sua cama, ela relembra do sonho que acredita ter tido durante as poucas horas que dormiu após a festa. Sorrindo de incredulidade, a loirinha abre os olhos.
A mente de Yasmin rodopia e sua visão chega a escurecer quando ela senta repentinamente na cama, assustada com a visão que teve quando abriu os olhos.
Luca está deitado em sua cama de bruços e sem camisa. A semelhança da aparência do amigo com o sonho que percorreu a sua cabeça faz os pelos da nuca de Yasmin se arrepiarem. Lutando contra a dor atrás das têmporas, ela força o seu cerébro para alcançar todas as memórias da noite anterior. Só então a ideia do sonho se dissipa e Yasmin dá um grito, cobrindo a boca com as mãos.
Luca se sobressalta na cama e acorda, o coração disparado. Com dificuldade, ele se senta ao lado de Yasmin.
— O que foi?
A loira segura seu braço, cravando as unhas em sua pele com desespero.
— Diz pra mim… — ela começa em português, mas logo se concentra e recomeça em inglês: — Diz pra mim que a gente não se beijou na festa.
Um sorriso desabrocha no rosto de Luca e ele levanta da cama, se desvencilhando do aperto dela.
— E como a gente se beijou. Agora eu entendo porque o Fabrizio fala tanto da mulher brasileira.
O que era um leve incômodo no estômago de Yasmin passa a ser um aperto visceral que se expande até sua garganta, comprimindo seu peito e lhe tirando o ar. Ela se inclina sobre a cama com a boca aberta, puxando o ar com força. Assustado, Luca corre até ela, levantando seus ombros novamente.
— Você está bem?
O olhar de Yasmin está distante e ela sacode a cabeça freneticamente.
— Não, não, não, não! — Ela encara Luca de repente. — A gente transou?
Luca solta Yasmin rapidamente como se ela tivesse lhe dado um choque.
— Claro que não, maluca. Beijar mulher é uma coisa, transar é outra bem diferente. Não é sempre que eu faço isso não.
Yasmin coloca as mãos na cabeça, desesperada.
— Não é possível que eu fiz isso!
— Ei, relaxa — Luca volta a se aproximar dela. — A gente estava brincando. O João e o Matteo também se beijaram, lembra? Foi tudo brincadeira de uma festa. Era a nossa despedida.
— Eu não faço esse tipo de brincadeira com os meus amigos. Meu Deus, onde eu estava com a cabeça?
— Pois deveria fazer, aquele seu amigo Vinícius é um gatinho.
— Meu Deus, como eu vou contar para o Victor!?
— Yas, calma — pede Luca voltando a falar sério. — Você está exagerando. A gente só se beijou em uma festa. Só isso. Isso não muda em nada a minha amizade por você, assim como não muda o que você sente pelo Victor.
— Eu traí meu namorado! — exclama Yasmin com desespero.
— Foi uma brincadeira de amigos — Luca fala pausadamente.
— Eu não gostaria que o meu namorado fizesse esse tipo de brincadeira com as amigas dele nos Estados Unidos.
— Fica calma — insiste Luca, ficando realmente preocupado com o estado dela.
— Eu preciso ficar sozinha — fala Yasmin. — Eu preciso digerir a cagada que eu fiz. — Ela volta a levar as mãos à cabeça. — Meu Deus, eu estraguei tudo! Me deixa sozinha, por favor — pede olhando para Luca.
— Tem certeza?
— Tenho.
— Ok, qualquer coisa estou na cozinha. — O rapaz dá um afago no ombro dela e sai do quarto. No instante em que a porta se fecha, Yasmin se desestrutura em um choro intenso.
O Sol está quase se pondo em Paris. Vinícius caminha tranquilamente pelas ruas apesar das sacolas pesadas de mercado que carrega. Ao virar na esquina da rua de seu prédio, estreita os olhos para tentar enxergar melhor a pessoa que está sentada no meio fio da calçada, duvidando do que vê.
— Yasmin? — diz ao parar ao lado dela na calçada. A loirinha, que encarava os próprios pés, levanta em um salto ao ouvir a voz do amigo. — O que você está fazendo aqui? — ele pergunta analisando a mochila que ela tem pendurada em um dos braços.
— Eu peguei o primeiro voo que tinha para Paris. Precisava falar com você.
— Existe telefone — ele dá um leve sorriso, porém Yasmin não o acompanha. — O que aconteceu? — indaga o rapaz percebendo que os olhos dela estão bem mais vermelhos do que o normal.
— Eu traí o Victor e não sei o que fazer — admite Yasmin.
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Olha que ódio Renata vc me dá ChaMel de volta e faz Yasmin trair o Victor pra eu ficar sem meu yasVi? Que buceta
ResponderExcluirMe dá paz
Olha pois Nara, eu estou bem aqui Indignada, pq não teve mais Cap com chamel e quando tem é tão pouquinho, e agora isso a Yasmin traí o Victor.
ResponderExcluirOxe Renata cadê tu mulher, pra continuar nos fazendo feliz.,e levar nossos pensamentos pra uma noite especial pra chamel.
Bjs
Estamos like a Gil do vigor Indignadas! Meu pai do céu! Eu só queria YasVi se encontrando e ganhei essa bomba
ExcluirSobre ChaMel e noites especiais eu já desisti.
Kkkjkkkj sou brasileiro, desistir jamais.
ExcluirUAU! QUE CAPÍTULO INCRÍVEL!!
ResponderExcluirAMEI AMEI
ResponderExcluirYasVic é o casal que eu menos gosto, merecem um tempo um do outro mesmo hahaha o Victor merece saber rápido do que aconteceu, põe fogo nesse parquinho hein
ResponderExcluirTe lascar
ExcluirQual será o resultado dessa vingança, hein?
ResponderExcluirQue momento foi esse? Meu Deus