Imagine 5ª Temporada | Capítulo 43: Encontro secreto

Mais uma semana se inicia no Rio de Janeiro. O tempo está mais ameno e uma garoa cai na Zona Leste da capital carioca no final da tarde. Isabela entra com seu carro na garagem da mansão que mora com a mãe, ainda molhada da chuva que tomou da saída da faculdade até o estacionamento.

— Não tirar o guarda-chuva da bolsa — diz para si mesma batendo a porta do carro ao descer.

A camiseta da atlética que usa está pregada em seu abdômen, assim como os jeans skinny em suas pernas. O cabelo liso escorre por suas costas, provocando arrepios. Seus ombros curvados refletem o cansaço que o final de semana não foi capaz de dissolver.

Ao cruzar a porta de acesso à sala principal, espanta-se com o que encontra.

— Nícolas! Miguel! — exclama. — O que vocês estão fazendo aqui?

— A gente veio passar a semana com vocês — comunica Nícolas.

Isabela permanece estática em frente a porta da garagem.

— Como?

— Oi, filha! — Mel desce as escadas saltitante. 

— Qual foi o capítulo que eu perdi? — indaga Isabela finalmente adentrando na mansão.

— A Luiza e o Daniel vão passar essa semana em uma segunda lua de mel — conta Mel agachando para pegar as bolsas dos sobrinhos. — Eu me ofereci para ficar com as crianças. Melhor do que eles ficarem em casa sozinhos com as babás, né?

— Aí a senhora resolveu assumir o papel das babás?

— Claro que não, filha. Elas vão vir para cá nos auxiliar também, mas eles vão ficar essa semana aqui em casa.

— Entendi. Eu vou tomar banho, que eu estou só o pó. Depois a gente conversa melhor — diz a acadêmica de Jornalismo seguindo em direção às escadas.

Assim que ela desaparece no andar de cima, Nícolas se volta para Mel, perguntando:

— A Isa não gostou da gente aqui, tia?

Mel, que acompanhava o desenho que Miguel assiste na televisão, olha com surpresa para o sobrinho.

— Claro que gostou, Ni. É que ela está cansada, só isso. Quando ela tomar banho e descansar, ela vai descer e você vai ver que ela está muito feliz de vocês estarem aqui.

Nícolas assente e passa a prestar atenção no desenho juntamente com o irmão. O celular de Mel vibra sobre uma das poltronas e ela se estica para pegá-lo.

— Oi. 

— E aí, como estão as coisas por aí? — pergunta Chay do outro lado da ligação.

— Estão bem, os meninos vieram direto da escolinha aqui para casa.

— Como eles estão?

— Bem. — Mel caminha até uma das janelas que dá vista para o jardim, afastando-se dos sobrinhos. — Eles passaram o final de semana com os pais, então deu para matar um pouco da saudade da Luiza. Acho que eles vão lidar bem com essa viagem.

— Os dois são bem tranquilos, né?

— Sim! Nem o Vinícius era tão tranquilo assim — ri Mel.

— E olha que ele era uma criança abençoada! E o nosso jantar, está mantido? — pergunta o cantor após eles rirem.

— Então, Chay — diz Mel passando a mão pelo cabelo, ficando séria. — Eu tenho que ver se a Isa se sente bem ficando com os meninos. A primeira impressão dela não foi a que eu imaginava.

— Como assim?

— Pensei que ela fosse ficar mais animada, até o Nícolas reparou. Mas eu acho que é cansaço, ela subiu para tomar banho. Daqui a pouco eu vou lá ver como ela está e aí eu te confirmo, pode ser?

— Claro! Se você sentir que ela está muito cansada para olhar os meninos, a gente adia o jantar, sem problemas. A Isabela comenta comigo que tem estado um pouco esgotada da faculdade.

— Sim — concorda Mel. — O estágio está bem cansativo para ela, mas é uma fase, né?

— É, vamos dar todo o suporte que ela precisar. Vê aí e me informa, tá bom?

— Tudo bem.

Eles se despedem e Mel suspira, apoiando a cabeça no batente da janela. Minutos depois, sobe e vai até o quarto da filha.

— Isabela? — chama virando a maçaneta.

A jovem está deitada na cama com o cabelo enrolado em uma toalha e já usando pijamas.

— Oi, mãe. — Ela se senta na cama com o celular na mão. Olhando de relance, Mel constata que ela assistia aos stories de Yasmin em Milão.

— Está se sentindo melhor? — pergunta Mel com preocupação ao se acomodar nos pés da cama.

— Estou. Como eu disse, precisava apenas de um banho.

— Que bom, meu amor — responde Mel dando um afago em um dos joelhos de Isabela. — Eu tinha marcado um jantar com uma amiga para hoje, você se importa de ficar com os meninos? Uma das babás já deve estar chegando para passar a noite com eles. É só ficar de olho enquanto ela não chega.

Isabela ajusta a toalha em sua cabeça, concordando.

— Claro, mãe. Não tem problema, não. Eu fico com eles.

— O Nícolas achou que você não gostou da presença deles — conta Mel dando um leve sorriso. 

Isabela arqueia as sobrancelhas, automaticamente se sentindo culpada.

— Coitadinho! — exclama pulando da cama. — Claro que não. Eu só estava mau-humorada por causa da chuva e cansada. Tadinho, mãe.

Mel sorri.

— Fica tranquila, eu deixei claro para ele que estava tudo bem.

— Vou mimar bastante eles agora à noite para compensar minha péssima primeira impressão — ri a jovem pegando um pente para desembaraçar o cabelo.

— Cuidado que a Luiza vai reclamar depois — brinca Mel.

— Aliás, eu vou chamar o Felipe para essa missão de babá — comenta Isabela. 

— A Vera me contou que ele ficou a semana passada inteira aqui.

— Sim, ele não quis me deixar sozinha — sorri Isabela. — Eu disse que não tinha nada demais, mas ele fez questão… Eu não ia recusar, né?

Mel ri e levanta da cama.

— Certíssima. Vou me arrumar para o jantar, tá bom? Qualquer coisa é só me chamar.

— Ok — responde Isabela diante do espelho com o pente nas mãos.

Os ponteiros marcam quase meia-noite em Milão quando o carro dirigido por Luca para em frente ao prédio em que Yasmin, Camila e João estão morando.

— Muito obrigado pelo jantar, pessoal — diz Matteo olhando para o banco de trás, onde Yasmin e João estão acomodados.

— A gente que agradece a companhia — fala Yasmin pegando nas mãos do mais novo amigo italiano.

— Vamos trocar mais vezes baladas por restaurantes bem avaliados — sugere Luca sorrindo e olhando para os amigos pelo retrovisor. 

— Acho uma ótima ideia — aprova Yasmin.

— Eu ainda prefiro uma baladinha — opina João.

— Isso porque você está viciado em bocas italianas — diz Matteo e os quatro gargalham.

— Vai me expor assim mesmo!? — brinca João.

— Não é nada que a gente não saiba — Yasmin ri. — Ainda bem que eu tenho a minha boquinha brasileira.

— Que pode estar neste exato momento com outra boquinha em Boston — atiça Luca e Yasmin arregala os olhos.

— Venenoso! — acusa e eles caem na gargalhada novamente.

O quarteto fica se provocando por mais alguns instantes até Yasmin e João se despedirem e entrarem no prédio. No elevador, eles se abraçam, compartilhando o cansaço da noite de risadas e drinks.

— A melhor coisa desse intercâmbio tem sido os meninos, né? — fala Yasmin.

— Sim — concorda João. — Uma pena a Camila não ter ido ao jantar com a gente.

— Meu querido, a essa hora ela deve estar muito bem entretida com o Fabrízio no apartamento dele — responde a loira. Ela ergue uma das mãos e conta os dedos.

— O que você está fazendo? — questiona João. Eles descem no andar do apartamento que dividem e Yasmin diz:

— Estou vendo que horas é em Boston.

— E que horas é em Boston?

— Seis e vinte — responde Yasmin enquanto João abre o apartamento. — Vou ligar para o Victor.

— Ficou preocupada com o que o Luca disse, né? — ri João deitando no sofá ainda de sapatos.

— Eu lá sou mulher de ficar preocupada — devolve Yasmin indo para o corredor. Fechando a porta de seu quarto, escuta o amigo gargalhar na sala. Ainda sorrindo também, ela joga os sapatos para o lado e faz uma chamada de vídeo com Victor, deitando na própria cama.

— Oi, Yasmin! — ele atende sorridente e Yasmin identifica a fachada da fraternidade em que ele mora no fundo.

— Oi, amor. Tudo bem?

— Tudo e você? Pensei que já estivesse dormindo, não respondeu mais minhas mensagens.

— Desculpa, eu estava jantando com o João e o Luca e o Matteo.

— Toda essa produção para jantar com os seus amigos gays? — pergunta Victor contemplando a maquiagem dela, que se mantém impecável mesmo após horas de feita.

— Primeiro que eu não me arrumo para os outros e sim para mim — responde Yasmin —, segundo que os meninos são bis.

Victor sorri.

— De qualquer forma você está linda.

— Você também — responde Yasmin admirando o colo nu de Victor. O rapaz ri e passa a mão no cabelo suado.

— Estava aproveitando a tarde para correr.

— Não está frio aí?

— Não, está tranquilo agora. Por isso que eu estou sem camisa.

— Que delícia.

— Está com inveja porque aí está frio?

— Aqui o clima está ameno também, estava me referindo ao seu corpo mesmo.

Victor gargalha.

— Isso porque você está vendo só a parte de cima. — Ele provoca e inclina o celular para mostrar o abdômen.

Yasmin suspira e sente o coração saltar de desejo e saudades do namorado.

— Queria tanto poder tirar o restinho de roupa que você está usando — fala.

— Nem me fale, a cada dia que passa eu sinto mais saudade do seu corpo. Até daquele seu perfume enjoativo eu sinto falta.

— Para! — ri Yasmin. — Você dizia que gostava.

— Eu gostava porque era você que usava, mas que era enjoativo, era.

— Para a sua alegria eu troquei de perfume, ok? Estou usando um italiano que o Luca me deu.

— Queria muito sentir.

— Estamos quase na metade de setembro, no Natal a gente vai se encontrar — planeja Yasmin.

— Três longos e solitários meses — dramatiza Victor e os dois acabam rindo.

Victor entra na fraternidade e fica conversando com Yasmin até ela adormecer diante da câmera. Ele sorri e antes de encerrar a chamada, diz:

— Descansa, minha intercambista favorita.

Por volta das nove horas da noite no Rio de Janeiro, Felipe chega à mansão de Mel com uma mochila nas costas e a case de seu violão em uma das mãos.

— Oba, vamos ter karaokê — vibra Isabela recepcionando o namorado. Felipe rodeia a cintura dela com o braço livre e eles se beijam no hall de entrada. — Tudo bem, amor?

— Tudo ótimo. Não senti vontade de tacar o apagador em nenhum aluno hoje no estágio. Só motivos para comemorar.

Eles riem e Isabela abre espaço para Felipe entrar.

— Olha só quem veio ficar com a gente! — exclama a jovem ao aparecer na sala de estar com o namorado.

— Lipe! — Nícolas corre até Felipe, que o pega no colo. 

— Que bom te ver, garotão! Como você está?

— Estou bem e você?

— Também estou bem. — Felipe coloca Nícolas no chão e se agacha para ficar na altura dele. — Fiquei sabendo que você vai passar a semana aqui com a Tia Mel. É verdade?

— Sim — confirma Nícolas. — Os meus pais viajaram.

— Agora você tem férias antecipadas, garotão! — brinca Felipe fazendo cócegas no primo da namorada. Ele olha para os sofás da sala e questiona: — Ué, cadê o seu irmão?

Nícolas aponta para o teto.

— Está lá em cima dormindo com a tia.

Felipe olha para Isabela com a testa franzida.

— Sua mãe não tinha saído?

— É a babá — esclarece Isabela. — Vem, vamos sentar.

Os três caminham até os sofás e Felipe deixa sua mochila e seu violão perto da mesinha de centro.

— Então, o que você quer fazer? — Isabela pergunta para o primo.

— O que é aquilo? — Nícolas aponta para a case do violão.

— É o meu violão — responde Felipe. — Eu trouxe para tocar para você. Quer ouvir?

— Quero! — Nícolas ergue os braços de entusiasmo. Ele e Isabela passam a hora seguinte ouvindo Felipe tocar e cantar diversas canções infantis.

— Algo me diz que já passou da hora dele ir para cama — comenta Isabela com Nícolas adormecido em seus braços, no sofá.

— Acho que ele não está acostumado a ficar acordado até tão tarde, né? Se bem que são férias antecipadas — Felipe dá de ombros sorrindo.

— Me ajuda a levar ele para o quarto — pede Isabela tentando se levantar com o primo sem acordá-lo.

— Peraí, deixa que eu carrego ele.

Cuidadosamente, Felipe acomoda Nícolas em seus braços e eles sobem para o primeiro andar.

— Onde eles estão ficando? — questiona o rapaz no corredor.

— No quarto do Vinícius — indica Isabela. — A babá está no quarto de hóspedes.

— Então eu vou ser obrigado a dormir no seu quarto com você? — provoca Felipe.

Isabela controla a risada para não acordar Nícolas.

— Ou você pode ser ousado e dormir no quarto da minha mãe.

— Deus me defenda! — Após acomodarem Nícolas ao lado do pequeno Miguel na antiga cama de Vinícius, o casal desce novamente para a sala de estar.

— Apesar de amar os meninos, espero que jantares como o de hoje não se repitam para a minha mãe — comenta Isabela se jogando no sofá.

— Poxa, pensei que você tivesse gostado do meu showzinho.

— Nem vou comentar — devolve Isabela e eles riem.

— Agora que as crianças já estão dormindo, podemos aproveitar a noite de outra forma. — Felipe se aproxima de Isabela e coloca as mãos por dentro da blusa dela.

— Ai, amor, hoje eu definitivamente não estou no clima — pontua Isabela afastando as mãos do namorado.

— Então eu tenho uma ideia — fala Felipe apoiando a cabeça na barriga dela.

Isabela acaricia o cabelo dele e pede:

— Diga.                 

— A gente pode fazer como o Nícolas e o Miguel e capotar lá em cima.

— Apoiado.

Felipe sorri e coloca um braço sob os joelhos de Isabela e outro nas costas dela.

— Acho que assim como o Nícolas, você está precisando ser conduzida.

Isabela relaxa instantaneamente nos braços dele.

— Não vou dizer que não.

Felipe sorri e sobe com a namorada no colo.

— Espero que esteja tudo bem lá em casa — comenta Mel deitada na cama de Chay com a cabeça apoiada no peito dele. O cantor massageia as costas dela suavemente com a ponta dos dedos.

— Está sim — ele responde. — A Isabela e o Felipe passaram a semana inteira sozinhos e o Nícolas e o Miguel estão com a babá.

— Ainda bem que a Isa não se importou em ficar com eles. Estava precisando desse tempinho com você — fala Mel apertando os braços ao redor do corpo de Chay.

— Já estava com saudades? — provoca o cantor beijando a testa dela.

— Sim — admite Mel. — Não sei se vou conseguir ficar escondendo por muito tempo essa relação.

— Só se passou um final de semana desde que voltamos do retiro — constata Chay e eles riem.

— Eu sei que é pouco — justifica-se Mel —, mas é que todo mundo comenta o quão mais revigorada eu estou e eu tenho que ficar falando que é apenas por causa do retiro.

— Sendo que a principal razão é o cara aqui.

Mel dá um tapinha na barriga dele.

— Larga de ser convencido.

Chay gargalha e dá um beijo nela.

— Você é a principal razão dos meus sorrisos mais bobos dos últimos dois dias — confessa em um sussurro apaixonado. — Ainda bem que eu moro sozinho e ninguém vê.

Mel sorri e beija Chay mais uma vez.

— Te amo.

— Eu também te amo.

Na terça-feira, Yasmin toma café da manhã na faculdade italiana tendo Luca como companhia.

— Daqui a uma semana é o meu aniversário — comenta a loira tomando um gole de café.

— Sério? Precisamos comemorar. O que você quer fazer?

— Ir para Boston passar a manhã com o Victor e à tarde ir para o Rio ficar com os meus pais — sonha Yasmin e Luca ri.

— Olha, isso é um pouco impossível assim, sabe? O que a gente pode fazer é ir para Veneza.

— Veneza!? — espanta-se Yasmin. — Aquela cidade linda dos barquinhos?

— Essa mesma. Dá para ir de carro até lá, topa?

— Nossa, claro! Longe do namorado, mas em uma das cidades mais românticas do mundo.

— Nada mal, não é mesmo? — ri Luca.

O Sol já está quase se pondo quando Marina decide descer até o jardim da irmandade em que mora em Boston com o ukulele que ganhou de Vinícius em seu aniversário de dezessete anos. Ela se acomoda no gramado com o instrumento nos braços e começa a tocar e cantar a música Chega de Saudade de Tom Jobim. Em vários momentos ela se perde entre os diversos acordes da música, porém depois de um tempo consegue cantar e tocar sincronizadamente a canção que vem treinando há dias.

— Mas se ela voltar, se ela voltar. Que coisa linda, que coisa louca. Pois há menos peixinhos a nadar no mar, do que os beijinhos que eu darei na sua boca. — Ele para de tocar e apoia o celular em um dos arbustos para filmar o próximo trecho. — Dentro dos meus braços os abraços hão de ser milhões de abraços. Apertado assim, colado assim, calado assim. Abraços e beijinhos, e carinhos sem ter fim. Que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim. 

Do outro lado do Oceano Atlântico, em Paris, Vinícius aproveita seu intervalo do estágio, no restaurante Appétit, no pátio aos fundos da cozinha. Ele está apoiado em alguns caixotes vazio e sorri ao ver o story de Marina.

— Nem acredito que três anos depois você começou a levar a sério o uke — digita respondendo a publicação dela. Ele volta para assistir mais uma vez a namorada e fica sorrindo alegremente. 

— Vinícius. — A voz de Grace, sua colega de estágio, o traz para a realidade.

— Oi?

— Tem um casal que faz questão de falar com você lá no salão.

Vinícius sente um arrepio na espinha e rapidamente o ar de leveza proporcionado pelo vídeo de Marina dissipa.

— Comigo?

Grace dá de ombros.

— Eles não falaram o porquê.

Vinícius segue a colega e cruza a cozinha sob os olhares desconfiados e curiosos dos colegas e supervisores. Um dos garçons aponta para a mesa em questão e o nó que comprimia o coração de Vinícius afrouxa no mesmo instante que seus olhos reconhecem o casal.

— Não acredito que vocês estão aqui — sorri parando ao lado da mesa.

— Surpresa! — exclama Luiza e Daniel.

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