Imagine ChaMel 5ª Temporada (Filhos) - Capítulo 25: Yasmin faz comentário que magoa Sophia


Entre lágrimas e sorrisos abobalhados, Anelise e Bernardo conversam sozinhos na área do hospital destinada à observação. Ele acaricia a mão dela, que repousa sobre o abdômen. 
— Parece um sonho — diz Anelise. — Acho que a ficha ainda não caiu.
— A minha com certeza ainda não caiu. Nós vamos ser papais! — ele vibra sorridente.
— E pensar que eu estava com medo de fazer o exame.
— Espera aí, você já estava desconfiada que poderia estar grávida? — Anelise hesita, mas admite que sim. Bernardo arregala os olhos. — Por que você não me contou nada, amor?
— Eu não queria te alarmar, foram tantas suspeitas inúteis. 
— Por fim você nem chegou a fazer teste nenhum.
— Não — ri Anelise.
— Me conta direito como tudo aconteceu — ele pede. Anelise dá um leve sorriso e fala:
— Eu e a Mel decidimos tomar um drink após o serviço…
— Você já suspeitava que estava grávida e ainda assim foi beber?
— Pedi uma bebida não alcoólica, besta.
Bernardo sorri.
— Ah, sim. Continua.
— A gente estava bebendo, aí eu fiquei com vontade de ir ao banheiro. Quando eu levantei, me deu uma tontura, agora eu acho que foi algo da própria gravidez — ela fala sorrindo e olhando para a própria barriga —, só sei que eu caí no chão. Lembro de acordar no caminho para o hospital com a cabeça ardendo.
— Cada susto que você me dá.
— Susto tomei eu quando a médica contou da gravidez. 
O sorriso de Bernardo cresce e ele se inclina na direção da barriga dela, encostando os lábios por cima da manta hospitalar.
— Hoje eu sou o homem mais feliz desse mundo.
— E eu a mulher — sorri Anelise.
— Eu amo vocês.
A jornalista abre os braços e abraça Bernardo.
— Eu sabia que um dia ouviria essa frase no plural — sussurra no ouvido do esposo.


De mãos dadas, Isabela e Felipe caminham até a tenda que foi montada nos fundos da mansão da família de Jonas para celebrar o vigésimo aniversário do rapaz. Logo que passam pela entrada, cruzam com Maísa.
— Você veio! — exclama a loira sorrindo para Isabela. — E você também — completa olhando para Felipe. Pelo seu tom de voz, Felipe deduz que ela sabe da discussão que ele e Isabela tiveram durante a tarde.
— Viemos — responde Isabela. — Cadê o aniversariante?
Maísa olha ao redor e identifica Jonas de costas para eles, conversando com Pedro e Daniela.
— Amor! — chama a loira. Jonas olha para trás e um sorriso de deboche surge em seu rosto. Neste instante, Felipe conclui como Maísa ficou sabendo de sua discussão com Isabela.
— Até sobre a gente vocês conversam? — ele pergunta em um sussurro para a namorada enquanto Maísa sorri para Jonas, que se aproxima deles.
— Não venha começar de novo — corta Isabela antes de se voltar para o aniversariante do dia. — Parabéns! — sorri dando um abraço em Jonas.


Com a respiração contida e consciente, Marina ignora a temperatura quase negativa em Boston e pratica yoga na garagem da irmandade em que mora. Ela é interrompida pela chegada de Victor.
— Maninha do céu — fala o loiro se jogando uma cadeira —, estou morto.
— Dá para perceber — provoca Marina olhando para ele, que está bastante suado. — Como foi o primeiro treino de basquete?
— Exaustivo, eu diria — ri Victor. — Que eu estou sedentário eu já imaginava, mas não pensei que fosse tanto.
— Pois é, né? Agora você vai me deixar sair do sedentarismo também ou vai ficar enchendo o meu saco?
Victor levanta da cadeira.
— Credo! Vou para a minha residência então.
Marina ri, despede-se do irmão e continua praticando yoga.


Na manhã seguinte, Malu acorda, arruma-se e sai para mais um dia de estágio. Enquanto dirige até o Aquário Marinho do Rio de Janeiro, conversa com Yasmin.
— Você está indo para a faculdade? — a voz da loirinha sai pelo alto-falante, ecoando pelo carro.
— Estou indo para o estágio. E você?
— Estou me arrumando para ir para uma entrevista de estágio.
— Oba, onde?
— No ateliê da Martha Pinheiro.
— Quem é essa?
Yasmin ri.
— É simplesmente a estilista de noivas mais respeitada de São Paulo.
— Eita! E você vai fazer uma entrevista com ela?
— Com a assistente número um dela. Eu deixei meu portfólio no ateliê umas semanas atrás e eles me ligaram marcando essa entrevista. Estou tão ansiosa!
— Calma, vai dar tudo certo! Pensa que o não você já tem.
— É uma entrevista de estágio, não um encontro — ri Yasmin. — Mas sério, eu estou muito nervosa.
— Respira e dá o seu melhor — aconselha Malu.


A primeira visão que Jonas tem ao abrir os olhos pela manhã é Maísa penteando o cabelo em frente ao espelho. A loira veste um conjuntinho de saia lápis e camisa social.
— Você está linda — ele fala com a voz arrastada de sono. Maísa olha em sua direção e dá um leve sorriso. — Obrigado pelo jantar de ontem.
Maísa deixa sua escova de cabelo sobre a penteadeira e senta para calçar os sapatos de salto.
— Todo o crédito deve ser dado a Jaqueline. Ela é realmente boa nisso de organização de eventos, né?
— Sim, não é à toa que ela está montando uma empresa disso, né?
A estudante de direito ergue a cabeça e encara o namorado.
— Que história é essa?
Jonas tampa o rosto com um travesseiro.
— Não deveria ter dito isso.
— Ah, não! Começou, termina. Que história é essa que a Jaqueline está abrindo uma empresa?
— Ela quer que isso fique só entre o nosso grupo.
— Mas, amor, eu não vou contar para ninguém, que diferença faz contar ou não para mim?
— Eu já te contei, é isso.
— Ela está montando uma empresa de organização de eventos? — Jonas permanece estático. — Ok, já deduzi que é isso.
Jonas ri e senta na cama.
— Deduzi é ótimo. Eu contei tudo.
— Mas eu gostei da ideia dela. Acho ousado.
— Eu tenho certeza que vai dar certo. Ela tem o apoio dos pais, que também são empresários, e talento para isso ela vem mostrando que tem desde as festas que inventava na época do colégio.
— Com certeza.
— Lembra daquela festa de Halloween histórica?
Mesmo estando toda arrumada, o brilho de Maísa desaparece instantaneamente. 
— Lembro — responde baixinho e então seu namorado se toca do que disse.
— Desculpa, eu não deveria ter tocado nesse ponto.
— Tudo bem. É que foi naquele dia que tudo começou a aparecer para mim. A gente saiu da festa, porque minha mãe foi internada por ter passado mal ao descobrir que o meu pai seria investigado por corrupção. E foi esse caso que provocou o “suicídio” dele — ela cospe as palavras com rancor.
— Mesmo depois desse tempo você continua achando que não foi suicídio?
— Eu tenho certeza que não foi. Um dia eu vou provar isso.
— É por isso que você está estagiando no escritório de uma dos amigos do seu pai?
Maísa franze a testa, estranhando a pergunta.
— Não, estou lá para ganhar experiência.
— Ah tá.
— Por que você fez essa relação?
— Sei lá, amor — Jonas dá de ombro. — Ainda não me acostumei com o fato de você estar estagiando em um escritório em que a maior parte dos clientes são políticos.
— Mas é algo mais tranquilo, que eu saiba não tem nenhum caso no escritório de suspeita de corrupção ou coisa do gênero.
— Que bom, né? Imagina você ter que defender alguém que você sabe que é corrupto?
— Eu jamais faria algo assim — Maísa rebate com firmeza. — Olha tudo o que a minha família passou por causa disso.
— Vai saber — ele dá um leve sorriso e levanta da cama. O rosto de Maísa continua fechado.
— Eu não gosto desse tipo de comentário, Jonas.
— O quê?
— “Vai saber”? Era para você saber, você me conhece.
— Foi só um comentário, amor.
— Um comentário desnecessário.
— Ei. — Jonas caminha até ela e rodeia a sua cintura. — Não fica brava por causa de algo tão banal.
— Nada é banal quando se trata do meu pai. — Os olhos de Maísa se enchem de lágrimas e Jonas puxa ela para um abraço.
— Eu não deveria nem ter entrado no assunto da festa de Halloween da Jaqueline. Desculpa por desencadear tudo isso.
Maísa assente e retribui o abraço do namorado.
— Eu preciso me recompor, senão vou me atrasar.
— Você vai com o seu carro ou quer que eu te leve?
— É melhor eu ir com o meu, porque se eu for com você vou ter que voltar de Uber depois.
— Ou eu posso te buscar e a gente faz alguma coisa depois que você sair — ele dá um sorriso carinhoso.
— Gosto da ideia. — Eles sorriem um para o outro.


Com uma bolsa carteiro de couro, Felipe cruza o pátio de uma escola pública pouco antes do almoço. 
— Tchau, Felipe! — ele ouve e olha por sobre o ombro, enxergando um garoto acenando para ele.
— Tchau! — sorri, acenando de volta. O moreno passa pelos portões da escola e caminha até a rua lateral. O carro de Isabela está estacionado a poucos metros e ele se acomoda no banco do passageiro.
— E aí? — Isabela se inclina para beijá-lo. — Como foi hoje?
— Daquele jeito — responde Felipe colocando sua bolsa no banco traseiro. — Tive que preencher o diário de classe de novo. Isa, esse não é o meu papel!
— Por que você não comenta com o professor?
— Como eu vou fazer isso? “Olha, você pode preencher o diário porque esse é o seu trabalho, não o meu”?
Isabela liga o carro e sai da vaga.
— Eu sinceramente não sei uma maneira agradável de dizer isso.
— Quero matar aquele filho da p*ta. Se não quer dar aula mais, por que não parte para outra coisa?
— Às vezes ele não tem outra opção.
— Daí por isso resolve ferrar com a vida do estagiário, dos alunos, de todo mundo?
— Calma, Felipe. Você está estressado, é só isso.
— Estressado e com sono. Não sei como vou conseguir assistir a aula à tarde.
— Toma um pouco de café.
— Para ficar viciado igual a você? — ele pergunta sorrindo. Os dois almoçam juntos e seguem para os seus campus.


Nícolas aperta a campainha do apartamento de Anelise e Bernardo e instantes depois, ele, seu irmão e seu pai adentram na residência do casal.
— Viemos visitar a mais nova mamãe — sorri Daniel ao dar um abraço em Anelise. — Parabéns, Ane!
— Obrigada! — Ela olha para Nícolas e diz: — O seu priminho ou a sua priminha está a caminho.
— Eba! — comemora o garoto. — Tomara que seja uma menina.
— Você quer uma menina? — pergunta Bernardo, surgindo na sala.
— Sim. Eu já tenho um menino, que é o Miguel.
— Você se imagina sendo pai de uma menina? — pergunta Daniel sentando no sofá com os filhos.
— Com certeza — Bernardo responde. — Consigo imaginar tanto uma menina quanto um menino. Eu realmente não me importo com o gênero.
— E você, Dan — fala Anelise —, já pensou em ser pai de uma menina?
— A Luiza que não me ouça, mas eu queria uma menina.
— Por que a Luiza que não te ouça? — Bernardo quer saber.
— Ela não quer engravidar tão cedo, né? — ri Daniel. 
— Também, agora que o Miguel vai fazer dois anos.
— Mas por mim a gente expandia a família logo e parava de uma vez.
— Para isso tem que fazer por merecer — comenta Anelise, lembrando dos desabafos de Luiza. Daniel estranha.
— Como assim?
— Nada demais — ela sorri. — Vou pegar um café para gente. — Rapidamente Anelise deixa a sala.


No final da tarde, Felipe chega em casa e sobe diretamente para o seu quarto. No corredor, cruza com sua mãe.
— Oi, meu amor — fala Sophia. — Como foi o dia?
Felipe se apoia na porta de seu quarto e solta um suspiro.
— Exaustivo.
— Sabe o que você está precisando?
— De férias.
Sophia sorri.
— Também, mas eu ia falar de uma coisa mais imediata.
— O quê?
— Um banho de banheira, com bastantes aromatizantes e sais.
Felipe olha com descrença para a mãe.
— A senhora acha mesmo que com o cansaço que eu estou, eu vou preparar um banho de sais?
Sophia ri novamente.
— Você tem sorte por me ter como mãe. — Ela empurra o filho e entra no quarto dele, seguindo diretamente para o banheiro. Com um sorriso no rosto, Felipe segue Sophia, porém se joga na própria cama. — A senhora é um anjo! — exclama e pega o celular no exato momento em que recebe uma chamada de vídeo de Yasmin.
— Oi, Yas.
— Eu fui contratada! — grita a loirinha, pulando em sua cama, em São Paulo.
— O quê?
— Eu sou a mais nova estagiária do ateliê da Martha Pinheiros! — vibra Yasmin.
— Para de pular — pede o seu irmão. — Não consigo nem te ver desse jeito.
Yasmin ri e se senta na cama.
— Você ouviu o que eu disse? Eu vou estagiar com a Martha Pinheiros.
— Parabéns!
— Parabéns? Só parabéns? Eu vou explodir de felicidade. Você tem noção do quanto isso significa para mim, Felipe? Com o ateliê da Martha Pinheiros no meu currículo eu finalmente vou sair da sombra da MelPhia. 
Felipe sorri e olha na direção do banheiro, onde Sophia está.
— Sombra da MelPhia? — repete olhando novamente para Yasmin.
— É, filha da dona, garota propaganda da marca, isso porque eu uso Borges como sobrenome, não aguento mais.
— Ai, Yasmin.
Sophia para na porta do banheiro de Felipe, encostada no batente.
— Seu banho está pronto — informa sem o sorriso anterior.
— A mãe está aí? — Yasmin pergunta e Felipe vira o celular na direção de Sophia. — Mãe, eu consegui um estágio no ateliê da Martha Pinheiros!
Sophia sorri.
— Parabéns, minha filha! — Ela caminha até a porta, dizendo: — Vou ver se o pai de vocês precisa de alguma ajuda com a mala.
— O pai vai viajar?
— O Felipe te conta. — Sophia acena para a filha e sai do quarto.
— O pai vai viajar para onde? — Yasmin pergunta para Felipe.
— Ele vai para Curitiba fazer um show. E eu vou tomar um relaxante banho de banheira agora. Tchau, Yas!
— Ah pronto — Yasmin ri. — Tchau! — Eles encerram a chamada de vídeo e Felipe parte para seu banheiro.
Sophia caminha até seu quarto. Micael está diante da cama, guardando os últimos pertences em sua mala de mão.
— Você já vai? — pergunta Sophia sentando em uma poltrona.
— Sim.
— Queria que você ficasse mais um pouquinho. — Micael olha para a esposa e pergunta:
— Aconteceu alguma coisa?
— Mais ou menos.
Micael senta na cama virado para ela.
— O que foi?
— Você não vai se atrasar?
O cantor pega o celular na mesa de cabeceira e faz uma ligação para o motorista de seu jatinho, avisando que vai chegar um pouco depois do horário marcado.
— Você me tem por mais uma hora — sorri ao desligar. — Agora me conta o que aconteceu?
— Eu estava preparando um banho para o Felipe quando a Yasmin ligou e contou que conseguiu um estágio no ateliê da Martha Pinheiros. Não sei se você vai lembrar, é uma estilista especialista em noiva, nós fomos em uma jantar na casa dela anos atrás lá em São Paulo.
— Lembro vagamente. 
— Pois é. E a Yasmin disse que estava muito feliz, porque ia finalmente sair da sombra da MelPhia, da sombra de ser minha filha e garota propaganda da marca.
— Ela disse isso?
— Disse. — Sophia passa a mão no rosto. — Não sei se deveria, mas isso me magoou um pouco, amor.
— Por quê?
— Sei lá, fez eu me perguntar se foi certo convidar a Yasmin para voltar a desfilar pela MelPhia e ser garota propaganda. E se a minha filha está sofrendo pelo simples fato de ser minha filha? Eu nunca quis isso, nunca quis que a minha carreira interferisse na dela.
— Ei, ei. — Micael levanta e se acomoda no braço da poltrona em que Sophia está. — Você não tem que pensar nessas coisas, ok? Se a Yasmin está cursando moda e se encontrando nisso, é porque ela teve você como referência do que é ser estilista. Se ela está tendo oportunidade de estudar em outro estado, em uma faculdade particular, sem precisar pagar por nada é porque nós trabalhamos muito na época dos Rebeldes e porque não paramos depois que a banda acabou. Ela está lá graças a MelPhia também. E eu tenho certeza que a Yasmin tem consciência disso. Não fica remoendo um comentário que ela fez.
— Eu queria poder escolher isso.
— Mas você pode. — Sophia balança a cabeça e apoia a testa na barriga do marido. — Tive uma ideia — fala Micael e ela olha para ele. — Por que você não vem para Curitiba comigo?
— O quê? E o meu trabalho?
— Serão apenas dois dias. Você pode trabalhar à distância. Vem comigo. Revisitar a cidade, conhecer novas pessoas, isso vai ser bom pra você.
Sophia olha demoradamente para Micael.
— Será que eu consigo arrumar minha mala em uma hora?
— O jatinho não vai partir sem mim — sorri Micael. — Vem — ele levanta e estica os braços para ela. — Eu te ajudo.


Caio, o personal stylist de Mel, gira a maçaneta da porta do escritório dela na sede da MelPhia no instante em que a empresária exclama:
— Que inferno!
— Sorte sua que o anjo do paraíso chegou — cantarola ele. — O que foi, minha musa?
— Eu não aguento mais lidar com problemas, Caio — fala Mel sentada atrás de sua mesa, que está repleta de croquis. 
— Quais problemas você está tendo que lidar?
— O principal deles agora é que a Sophia vai passar dois dias fora do Rio.
— E o que é que tem? — estranha o personal.
— O que é que tem? O que é que tem? — repete Mel irritada e deita a cabeça na mesa. — Não tem nada demais nisso — sussurra. Ela levanta a cabeça e olha para o amigo. — Eu estou no meio de um bloqueio criativo e estou descontando minhas frustrações em qualquer coisa, a realidade é essa.
— Bloqueio criativo? E o que é tudo isso? — ele aponta para os croquis sobre a mesa.
— Ideias que eu tive nos últimos dias.
— E isso é estar bloqueada para você? — Caio se aproxima da mesa para analisar os croquis de perto.
— Olha bem para isso, Caio! — Mel pega o desenho de um vestido e entrega para ele. — É uma estampa praticamente idêntica a que eu criei na coleção passada. Olha essa modelagem! — ela exclama entregando outro croqui para ele. — Vai me dizer que não te lembra nada?
— Aquela blusa fabulosa de duas temporadas atrás.
— Exato! — Mel empurra a cadeira e começa a caminhar pela sala. — Eu estou me repetindo. — Ela se joga em um dos sofás de seu escritório. — Eu preciso me reinventar, respirar novos ares.
— Por que você não volta a fazer coisas que sabe que também tem talento e vai se sair bem?
— Tipo o quê?
— Cantar.
— Cantar, Caio? — resmunga Mel. — Qual parte do “respirar novos ares” não ficou clara? Sem contar que se eu não estou conseguindo desenhar novas coisas como vou planejar algo solo?
— Eu não falei para você criar nada solo. — Mel olha para ele com curiosidade e Caio prossegue: — E se você fizesse apenas uma parceria com alguém? Seria algo novo para você, mas ainda assim na sua zona de conforto, que é a música, e não exigiria tanto de você.
— Parceria com alguém? — Mel pergunta para si, mas Caio responde:
— Exato! Eu já tenho até um nome em mente. Chay Suede.
Mel o encara por longos segundos e um leve sorriso desponta em seu rosto.
— A essa altura do campeonato, sabe que essa não é uma má ideia?


Comentários

  1. Obrigada pela existência de Caio, que faz absolutamente tudo!!!
    A música já tá até gravada, só precisa da parte dela.
    Genial
    Aaaah eu sinto um cheirinho delícia de OTP cantando juntos,OTP voltando
    Uhul

    ResponderExcluir
  2. Somic viajando...
    Yasmim tem que aprender a controlar a empolgação dela. Continuo tendo ranço do Filipe

    ResponderExcluir
  3. A Ane jogando uma indireta pro Daniel se ligar que a Luiza tá paranóica

    ResponderExcluir
  4. Aí meu coração ,quase parou nessa quarentena,a volta do meu Chamel.

    ResponderExcluir
  5. Posta mais nessa quarentena kkk tá muito bommm, estou relendo tudo novamento, sou viciada. Tu escreve muito bemmmm, parabéns.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Veja mais

Mostrar mais

Postagens mais visitadas deste blog

Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - 1º Capítulo: Os rebeldes se reencontram

Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 85: Isabela reencontra Jonas no primeiro dia de aula