Imagine ChaMel 5ª Temporada (Filhos) - Capítulo 24: Anelise e Bernardo descobrem gravidez


Marina, Victor, Isabela, Vinícius, Yasmin, Felipe, Graziele, Thiago, Malu e Samuel formam um grande grupo no saguão do aeroporto de Porto Seguro.
— Eu não quero que vocês vão embora! — choraminga Isabela olhando para os gêmeos.
— Eu também não queria ir agora — Marina responde —, mas nossas aulas voltam segunda-feira já.
— Nós vamos sentir muita falta de vocês nesse finalzinho de férias — comenta Malu. O voo de Marina e Victor é anunciado e os dois se afastam com seus respectivos namorados.
— Não precisa ficar assim — diz Victor acariciando o rosto de Yasmin, que está visivelmente desanimada.
— Eu sinto que a gente não aproveitou o suficiente.
— Como não? Pensa no quanto a gente curtiu na pousada e lá no Rio também.
— Mas não foi o suficiente para matar a saudade que eu sinto de você.
— Ah, mas isso não está no nosso controle, Yasmin. — Ele dá um selinho nela. — Eu vou sempre estar perto de você, não importa a distância física que exista entre a gente, ok?
— Ok. — Ela rodeia os braços pelos ombros dele. — Eu te amo.
— Eu também te amo — responde Victor apertando o corpo dela contra o seu. — Te amo muito.
— Vou te esperar nas suas férias, lá em Paris, ok? — Vinícius fala segurando as mãos de Marina.
— Eu vou com certeza. — Eles se abraçam com força. — Vinícius — chama Marina soltando-o. — Aquilo que você me disse continua sendo verdade?
— Aquilo o quê? — pergunta o jovem.
— Você ir morar em Boston depois de se formar.
— Nós não precisamos decidir isso agora, ainda temos todo o ano pela frente.
Marina dá um sorriso seco.
— Eu sabia que tinha sido da boca pra fora.
— O quê? — Vinícius não esconde o espanto.
— Está tudo bem, eu entendo você não querer mudar radicalmente toda…
— Marina — Vinícius a interrompe —, o que eu disse é sincero e real.
— Então por que você desconversou agora?
— Por nada — ele responde com a voz mais fraca.
— Eu sei reconhecer quando você mente — rebate Marina. — Por que você desconversou? — ela insiste.
Vinícius passa a mão nos cachos e diz sem encarar os olhos de Marina:
— Eu pensei que você tinha perguntado esperando que eu dissesse que foi só uma ideia boba, porque não ia me querer lá em Boston com você.
— Vinícius!? Claro que não, tudo o que eu mais quero é acabar com essa distância entre a gente.
— E se eu atrapalhar a sua vida, Marina? Eu já vou estar formado, você ainda não.
— Você jamais vai me atrapalhar.
Vinícius assente e ergue as mãos dela para beijá-las.
— Ainda assim, a minha primeira resposta também é verdade. Nós ainda temos todo este ano pela frente, quando estiver mais perto acertamos tudo.
— Ok, mas saiba que você sempre será bem-vindo onde quer que eu esteja. — Eles sorriem e dão mais um abraço antes de se beijarem.


Quase três meses se passam. Com o toque do despertador, Yasmin acorda em seu apartamento com Iago, em São Paulo. Ela fica enrolando um pouco na cama, até levantar e ir para o banheiro.
— Bom dia, amigo — cumprimenta ao encontrar Iago na cozinha minutos depois, já vestida e maquiada.
— Bom dia, Yas — responde o garoto pegando uma fatia de peito de peru. Eles preparam o café da manhã e comem juntos na sala de jantar. 
— Quer carona hoje? — indaga a loirinha quando eles retornam para a cozinha com as louças sujas.
— Sua? — pergunta Iago, segurando uma risada.
— Está achando ruim, contrata um motorista — rebate Yasmin rindo.
— Até que para uma recém-habilitada você está se saindo bem.
— Viu só? Então, vamos?
— Vamos.


Mel recebe em sua mansão Luiza e Anelise para tomar café da manhã. As três conversam sobre suas vidas sentadas à beira da piscina.
— Ele está muito estranho, gente — comenta Luiza.
— E você acha que é por causa do nascimento do Miguel? — Anelise questiona.
— Não por causa do nascimento do Miguel especificamente, mas a sensação que eu tenho é que desde então o Daniel deixou de me ver como mulher para me ver somente com mãe dos filhos dele, sabe?
— Você acha? — pergunta a jornalista.
— Infelizmente sim — Luiza confirma e olha para a irmã, que segura uma xícara de café em frente ao rosto. — Você passou por isso com o Chay?
— Assim — começa Mel —, depois do nascimento do Vinícius foi bem difícil, porque eu não tinha vontade nenhuma de retomar à vida sexual, só queria dar atenção ao Vini, essas coisas naturais desse período e eu sei que o Chay sofreu bastante com isso, até ele entender que não era pessoal, que era só uma fase, foi difícil — conta a empresária. — Depois, quando a Isa nasceu, já foi mais tranquilo, porque ele já sabia como ia ser. Mas ele respeitou tanto essa minha fase que depois eu que tinha que procurar ele pra ele entender que eu já queria, sabe? Talvez seja isso que esteja acontecendo com vocês.
— Mas aí é que está, eu procuro o Daniel, mas ele foge.
— Já pensou em falar abertamente com ele? — Anelise pergunta.
— Eu já falei, ele disse que não enxergava esse distanciamento, mas que ia tentar melhorar. Não melhorou, gente.
— Fala de novo.
— Eu tenho medo estar correndo atrás demais, e se ele simplesmente não me quiser mais?
— Lu, todo mundo sabe que o Daniel é louco por você — diz Mel.
— Olha tudo o que vocês já passaram — completa Anelise.
— Exato, passamos e se passou? Meu Deus e se o meu casamento acabou e eu não percebi?
— Há essa possibilidade — opina Anelise e Mel lança um olhar cortante na direção dela.
— Se o seu relacionamento tivesse acabado — fala a empresária com a voz mansa —, você com certeza saberia. Vai com calma, fala com ele de novo. É o Daniel, Lu, ele pode estar estranho, mas continua sendo o Daniel, seu marido, o pai dos seus filhos, seu melhor amigo. O Daniel.
Luiza assente e toma um gole de suco.
— Você está certa, eu não vou desistir do meu casamento assim tão fácil.
— Encerramos essa pauta? — questiona Anelise segundos depois e as duas confirmam com a cabeça. — Ai, gente, eu preciso desabafar.
Mel ri.
— Estamos aqui para isso.
— Fala — diz Luiza.
— Eu estou desconfiando que esteja grávida — conta Anelise angustiada.
Tanto Mel quanto Luiza soltam exclamações de felicidade.
— Isso é ótimo, Ane! — vibra Luiza. — Por que você está se sentindo assim?
— Eu estou com medo de fazer o exame e dar negativo de novo. Eu já desconfiei tantas vezes e era só alarme falso. Eu e o Bê não começamos nenhum tratamento ainda, o que garante que dessa vez vai ser diferente das outras e vai ter acontecido?
— Nada garante isso — responde Luiza —, mas você só vai saber se fizer o teste.
— Eu não sei se estou preparada para passar por mais uma frustração, gente.
— Infelizmente isso faz parte do processo, Ane — comenta Mel. — Mas você precisa fazer logo o teste para acabar com essa angústia.


Em uma área de convivência da Faculdade de Direito, Maísa e Jaqueline conversam durante o intervalo de suas aulas sobre o aniversário de Jonas no meio da semana.
— Ele não queria fazer nada — diz Maísa —, mas eu falei que não poderia passar em branco, né?
— Não mesmo — concorda Jaqueline. — Ainda bem que você convenceu ele de fazer um jantar para os amigos e familiares. Aqui a lista que eu fiz com base no que vocês me falaram. — Ela entrega o próprio celular para Maísa, que exclama:
— Meu Deus!
— O que foi?
— Era para ser um jantar para os mais íntimos.
— Mas eu coloquei só os íntimos.
Maísa olha com descrença para Jaqueline.
— Você está ligada que o Jonas não vai gostar disso, né?
— Vai sim, desde quando o Jonas é uma pessoa discreta? 
Maísa ri e devolve o celular para Jaqueline.
— Ok, pode organizar.


Na noite de quarta-feira, Isabela conversa com Yasmin por meio de videochamada enquanto se maquia em seu quarto.
— E esse olho inchado, hein? — pergunta a loirinha. — Daqui eu consigo enxergar.
— Está tão ruim assim? — questiona Isabela observando seu rosto no espelho. — Ai, amiga, isso é fruto de uma tarde de choro, né?
— Eu queria estar no Rio só pra poder dar na cara do Felipe!
Isabela sorri.
— Até agora eu não acredito que a gente discutiu por causa do aniversário do Jonas — fala em seguida.
— E você vai mesmo, né?
A morena aponta para a própria maquiagem.
— É o que tudo indica.
— Você está certa. Agora era para o Felipe te acompanhar, se ele não fosse tão babaca. 
— Até quando ele vai ter ciúmes do Jonas? — pergunta Isabela com a voz trêmula.
— Não sei, já era para ter passado dessa fase. 
— Só sei que eu não aguento mais ter que lidar com isso, Yas. Se ele me vê com o Jonas, ele fecha a cara. Ele diz que é por causa do que o Jonas me fez no passado, mas eu acho que é insegurança dele, sabe?
— É claro que é. Todo mundo ainda tem ranço do Jonas por ele ter sido tão idiota com você no ensino médio, mas se você, que foi a vítima da história toda, superou e se reaproximou dele, quem somos nós para ficarmos implicando? O Felipe não age desse jeito para te proteger, mas para proteger o relacionamento de vocês.
— Mas o nosso relacionamento não precisa ser protegido do Jonas.
— Eu sei! Quem parece não entender isso é o meu irmão.
Isabela sacode a cabeça com indignação e não responde. Quase uma hora depois, ela desce as escadas de sua casa já pronta para o jantar de aniversário de Jonas. A acadêmica de jornalismo pega a chave de seu carro em um aparador próximo ao corredor e se encaminha para a porta da garagem, mas é impedida por Vera.
— Isa! — chama a governanta vindo da sala de jantar.
— O que foi, Verinha? — indaga a jovem olhando por cima do ombro.
— Acho melhor você sair pela porta principal.
— Mas o meu carro está na garagem.
— Tem uma surpresa para você lá no jardim.
Isabela olha com estranheza para a senhora.
— Ok — responde e caminha até o hall de entrada. Quando cruza a porta principal, se depara com Felipe parado no caminho até o portão. O rapaz dá um leve sorriso ao vê-la e caminha em sua direção.
— Desculpa — pede parando em sua frente. — Você aceita a minha companhia no aniversário do Jonas?
Isabela encara demoradamente Felipe.
— Eu não tenho mais paciência para os seus shows.
— Não vai mais se repetir.
— Quem garante, Felipe? Você sempre fala que vai se controlar e isso dura até eu me aproximar do Jonas de alguma forma. Para mim já deu. Ou você muda, ou…
— Não precisa terminar.
Isabela assente.
— Estamos entendidos?
— Sim.
Eles trocam um olhar terno e a jovem pergunta:
— Nós vamos no seu carro ou no meu? 
Felipe sorri e puxa Isabela para um abraço.


Mesmo com o barulho dos carros e a agitação nas ruas das pessoas que voltam do trabalho, Bernardo se esforça para manter a concentração em seus estudos, no quarto do apartamento. Ele lê uma apostila que comprou especificamente para a residência em cirurgia geral e como sua atenção está toda no livro, quase não escuta seu celular tocar. Ele levanta rapidamente e corre até a sala, onde está o aparelho.
— Oi, Mel — diz ao atender.
— Oi, Bernardo. Tudo bem?
— Sim, e você?
— Também. É… — Bernardo repara no nervosismo presente na voz dela —, então, aconteceu uma coisa.
O médico olha para um relógio de parede ao lado da estante e constata que pelo horário Anelise já deveria ter chegado da MelPhia.
— A Ane está bem? — questiona para Mel.
— Então, nós estamos no hospital.
O coração de Bernardo dispara.
— O que aconteceu com a Anelise?


— Calma! — Mel pede a Chay quando ele chega ao hospital, minutos depois dela ter conversado com Bernardo.
— Como eu vou ficar calmo? Você me liga falando que a Anelise caiu e bateu a cabeça.
— Ei, não foi bem isso que eu disse. Eu e a Ane estávamos tomando um drink depois do trabalho, ela se levantou para ir ao banheiro, perdeu o equilíbrio e caiu. Com a queda, ela feriu a testa e desmaiou. Só isso.
— Só isso? — repete Chay. — E se a minha irmã teve um traumatismo craniano?
Mel dá um leve sorriso.
— Chay, calma. Quando a gente já estava chegando ao hospital ela acordou. A Ane está bem, está fazendo exames para confirmar que nada de grave aconteceu.
— Eu só vou acreditar quando ouvir isso do médico.
Instantes depois Bernardo se junta a eles. O hospital para o qual Anelise foi levada é o mesmo que ele deu plantão uma semana antes. Mesmo conhecendo detalhadamente o ambiente, o médico fica desconfortável:
— É horrível estar do outro lado.
— Como assim? — pergunta Chay.
— Eu estou acostumado a estar lá dentro, — ele aponta para a porta da urgência e emergência —, tendo conhecimento de tudo. Essa espera por informação é o que piora o que a gente sente.
— Vocês são os acompanhantes da Anelise, né? — pergunta uma enfermeira se aproximando do trio um pouco depois.
— Sim — Bernardo responde ficando em pé.
— Me acompanhem, por favor.
Bernardo, Chay e Mel entram na emergência e seguem a enfermeira até uma sala no final do corredor. Anelise está deitada em um leito com um acesso venoso conectado ao seu braço, junto à cama está uma médica. Bernardo corre até a esposa e pega em uma de suas mãos.
— Meu amor, como você está se sentindo?
— Bem — responde Anelise com a voz embargada.
— O que houve com a sua cabeça? — indaga Chay vendo que ela tem um curativo na lateral da testa.
— Foi só um corte leve, não precisou nem levar pontos. — O olhar de Anelise se volta para Bernardo novamente e seus olhos se enchem de lágrimas.
— O que foi? — questiona Bernardo apertando a mão dela. — Você está sentindo alguma coisa? Dor? Tem analgésico aqui, né? — ele pergunta olhando para o acesso venoso.
Anelise se vira para a médica e diz:
— Eu… eu não consigo.
A médica sorri levemente e encara Bernardo, Chay e Mel.
— Nós chamamos vocês aqui, porque temos algo para contar.
Mel lembra da conversa que teve com a ex-cunhada recentemente e leva as duas mãos à boca. Nem Bernardo, nem Chay entendem a reação dela. A médica continua:
— Por conta da queda, nós fizemos alguns exames na Anelise e um deles nos mostrou algo que nem a Anelise sabia.
— Do que você está falando? — pergunta Bernardo alternando o olhar entre a médica e sua esposa, que no momento chora silenciosamente. — A Anelise está doente? — deduz com a voz oscilante.
A médica abre um sorriso e conta:
— A Anelise está grávida.


Comentários

  1. Aaaaaah a Anelise grávida
    Ranço do Filipe! Isabela podia arrumar um namorado novo na faculdade, sinceramente.
    Já se passaram três meses e nada do comeback de ChaMel não pago internet pra isso.

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  2. Só acho que com esses dias em casa por causa do corona vairus merecia vários capítulos novos, Renata

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  3. Eu tbm acho tô aqui ansiosa pela volta do meu Chamel

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  4. Acho que em meio a essa quarentena a gente merecia uns dois cap seguidos+dengos ChaMel... Assim, só acho... 🙈
    Kkkkkk

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