Imagine ChaMel 5ª Temporada (Filhos) - Capítulo 23: Casais se desentendem durante férias


— Viva a Graziele! — exclama Isabela. Todos os presentes em Trancoso estão ao redor de uma mesa na beirada da piscina, comemorando o aniversário da ruiva.
— Este aniversário será inesquecível — diz Graziele para Thiago, minutos depois. — E o melhor presente que eu poderia ganhar é você de volta para a minha vida.
Thiago sorri e dá um beijo nela.
— Eu estou amando curtir essas férias com você também.
Graziele dá um leve sorriso e fala:
— Você não entendeu o que eu quis dizer. Eu te quero realmente de volta na minha vida, além dessas férias.
— Você tem certeza, Grazi?
— Absoluta. Só de pensar em me despedir de você, meu coração fica apertado, ainda mais se eu pensar que acabou o que a gente está tendo. E para ser sincera, não acho que conseguiríamos nos separar depois das férias, não tendo vivido tudo o que estamos vivendo. Olha todos os momentos, todas as declarações, ficou mais do que claro para os dois, acredito eu, que o nosso amor continua vivo. Como seguir e ignorar isso?
— Não tem como — responde Thiago.
— E eu não quero ignorar. Tendo disso isso — ela sorri —, eu te pergunto, você aceita namorar comigo?
Thiago ri e coloca as mãos no pescoço dela.
— Eu te amo mais do que eu imaginava. É claro que eu aceito namorar com você.
Ela sorri e o beija demoradamente. O afeto é interrompido apenas quando o celular de Graziele começa a vibrar em seu bolso.
— Oi, Malu! — sorri ao atender a chamada de vídeo da melhor amiga.
— Feliz aniversário! — desejam Malu e Samuel do outro lado da tela.
— Só está faltando vocês!
— Em breve nós chegaremos aí — responde Samuel.
— Faltam quantos dias mesmo? — a aniversariante pergunta e Malu informa de imediato:
— Três. Embarcamos dia seis.
— Caramba — fala Thiago —, está contando os dias, Malu?
— Pode-se dizer que sim — ela ri e olha diretamente para Graziele. Mesmo à distância, a ruiva entende a mensagem por trás do olhar da amiga e dá um leve sorriso para disfarçar. 


Cercados por malas e mochilas, Luiza e Daniel sobem pelo elevador com os filhos até a cobertura onde moram, dias depois. Miguel dorme no colo do pai enquanto Nícolas fica apoiado em uma das paredes. Quando chegam em casa, Luiza e Daniel deixam as malas de Trancoso no hall de entrada e seguem para o quarto dos filhos.
— Cuidado para ele não acordar — diz Luiza para o esposo quando ele vai colocar Miguel em sua cama. 
— Mãe — chama Nícolas —, pega o Bilu pra mim?
— Espera só um instante, filho — responde a psicóloga, fechando as cortinas.
— Eu pego — diz Daniel antes de sair do quarto. Instantes depois ele está de volta trazendo o ursinho de pelúcia favorito do filho. — Aqui, meu amor.
Nícolas pega Bilu e se aconchega na cama para dormir.
— São nove horas — fala Daniel conferindo as horas no relógio de pulso ao sair do quarto dos filhos com Luiza. — Será que dormir agora não vai desregular o sono deles?
— Acho que não, eles estão tão cansados que é bem provável que de noite durmam no horário ainda assim. — Luiza entra no próprio quarto, seguida pelo esposo, e se joga na cama. — Eu mesma estou exausta.
— Eu também. — Daniel deita ao lado dela. — Férias são boas, mas as viagens cansam, né?
Luiza sorri.
— Sim. Nada como a nossa casa. — Ela estica o braço e acaricia o rosto dele. — Nada como estar a sós com quem amamos.
Daniel sorri e dá um beijo nela. Luiza intensifica o afeto segurando no pescoço dele. Ela se aproxima ainda mais do corpo de Daniel e quando está prestes a tirar a camisa dele, sente o esposo se afastar.
— O que foi? — indaga fitando os olhos de Daniel.
— Acho que ouvi o Nícolas chamar.
— Eu não ouvi nada.
— Acho melhor eu ir lá checar — responde Daniel levantando da cama. Ele deixa o quarto e Luiza fica encarando o teto.


No casarão da família materna de Samuel, na cidade serrana de Petrópolis, Malu caminha até a sacada de madeira para conversar com Graziele via chamada de vídeo.
— Quem é vivo sempre aparece! — sorri a ruiva, bronzeada de Sol.
— Não fazem nem três dias que a gente não se fala. E só estamos nos falando, porque eu liguei, né? Se dependesse de você... — rebate Malu.
— Desculpa, amiga, é que eu não quis atrapalhar sua lua de mel na serra.
— Vai se ferrar. Você sabe como tem sido os meus dias aqui.
— Está tão ruim assim?
— Eu não sei o que a Ruth falou de mim para o resto da família, só sei que ninguém vai muito com a minha cara. A única que me trata verdadeiramente bem é a avó do Samuel.
— Nossa, que inferno.
— Demais, mal vejo a hora de chegar logo aí na Bahia.
— E cadê o Samuel?
— Está tomando banho — ela aponta para trás, no interior do quarto.
— Como ele reage diante do comportamento da família com você?
— Normal — responde Malu. — Na real a gente nem conversou sobre isso, eu estou tentando quebrar essa barreira sozinha. 
— Seria bacana se você conversasse com ele, né? Porque querendo ou não, é do total interesse dele também que você se dê bem com a família dele.
— Sim, mas eu não quero falar sobre isso com ele. Sei lá, nós ainda estamos nos reconectando, entende?
— Mais ou menos.
— Mas o importante é que amanhã acaba esse inferno e a gente vai para a Bahia!
— Uhul! — vibra Graziele. — É assim que se fala. Agora eu preciso desligar, amiga, estamos arrumando nossas coisas para deixar a pousada.
— Quando vocês saem daí?
— Amanhã de manhã. A maioria do pessoal já foi, estamos só nós oito e a Anelise e o Bernardo. Eles vão embora hoje à noite e nós amanhã de manhã.
— Entendi. Boa arrumação — ri Malu. Elas se despedem e encerram a chamada. Malu guarda o celular no bolso dos shorts jeans e retorna para o quarto. Para a sua surpresa, Samuel está se vestindo ao lado da cama.
— Eu ouvi parte da sua conversa — fala o rapaz sério. Malu caminha até uma poltrona, tentando ficar calma.
— O que é que tem?
— Passar esses dias aqui com a minha família tem sido um inferno para você?
— Você deve ter ouvido o porquê de eu achar isso.
— Eu não acho que a minha mãe tenha falado alguma coisa a seu respeito para alguém.
— Coincidentemente toda a sua família não foi com a minha cara, então? — retorque Malu.
— Eles têm te tratado normal, Malu.
— Eles são frios comigo, Samuel. Você pode não reparar, porque é a sua família, mas isso é um fato.
— Eu realmente não acho que seja.
— Bom, eu não posso fazer nada com relação a isso. 
— E outra coisa — fala o rapaz sentando na cama virado na direção dela —, para de ficar escondendo as coisas de mim. Sempre você evita conversar comigo para poupar estresse ou prevenir discussões. Um relacionamento não funciona assim.
— Ah, é? E do que adiantaria eu ter te contado que não estou confortável aqui? Você não acredita mesmo.
— Eu acredito que você esteja se sentindo desconfortável — ele responde —, só não vejo motivos para isso.
— Que seja. Além de não enxergar o óbvio, você não acredita na minha palavra.
— Eu não acredito na sua palavra?
— Você não acha que a sua mãe falou sobre mim.
— Mas isso não é desacreditar da sua palavra. Você não tem certeza que a minha mãe falou de você, isso é uma suposição sua.
— Novamente nós voltamos para a mesma pergunta, você acha que toda a sua família não foi com a minha cara sem motivo algum? Alguma coisa a sua mãe falou para que eles sequer se abrissem para me conhecer de verdade.
— Ou será que não foi você que não deu abertura para que eles te conhecessem? — questiona Samuel e Malu arregala os olhos.
— O quê?
— Desde que a gente chegou aqui dias atrás, você sempre está grudada comigo ou com a minha avó. Como você quer que os outros se aproximem de você assim?
— Você está falando sério, Samuel? — indaga Malu sentindo o rosto arder. — O que você chama de “ficar grudada” — ela faz as aspas com os dedos —, eu chamo de ficar perto de quem eu gosto e me sinto bem. Desculpa se eu quis matar a saudade de você e ficar perto.
— Não foi nesse sentido que eu quis dizer — ele se defende, vendo que a magoou.
— Mas foi no sentido que você disse. — Ela levanta da poltrona, visivelmente inquieta. — Quer saber de uma coisa? Eu realmente achei horrível os dias que passei aqui, acho sua família fria sim e estou louca para a gente ir embora daqui logo e embarcar para Bahia.
— Eu nem sei se quero ir mais — ele diz baixinho e Malu estreita os olhos.
— Como é?
— Você não faz questão de estar com a minha família, por que eu tenho que estar com os seus amigos? Eu poderia muito bem ir para o Ceará e ficar com o Jonas e o pessoal.
— Eu não acredito que você está falando isso, Samuel. Eu deixei de passar o Revéillon com os meus pais e amigos para estar aqui com você e a sua família.
— Assim como eu passei o Natal com vocês.
— Mas a minha família te acolhe! — grita Malu. — Entende a diferença disso?
— Sim, eu tento me integrar com a sua família.
— Ah, então para você o fato de todo mundo ser frio comigo é culpa minha? Porque eu não me integro?
— Não totalmente, mas você não faz questão de interagir com eles.
— Ai, Samuel, quer saber? Fod*-se! Fica você com a sua família, eu vou viajar para encontrar as pessoas que eu amo e sei que me amam também. Se você não quiser ir, problema é seu. Eu até prefiro assim. — Malu caminha até a porta e Samuel fica aguardando que ela saia, porém ela gira a maçaneta e aponta para o lado de fora. — Você pode sair, por favor?
— Você está me mandando embora?
— Eu quero ficar sozinha e confortável. O único lugar que eu vou conseguir isso é aqui e sem você. Você pode sair? — ela repete sem olhar para ele.
— Ok. — Samuel levanta da cama, passa por ela e deixa o quarto. Malu bate a porta, soltando vários palavrões um atrás do outro.


— Chegou quem faltava nessa p*rra! — grita Jonas com um braço para fora do carro que Maísa estaciona em frente ao casarão que Jaqueline, Gabriel, Luciana, Pedro, Daniela, Talita e Amanda estão hospedados. 
— Uhul! — vibra Jaqueline parada no portão, usando um biquíni.
— Eles chegaram? — pergunta Luciana chegando ao lado dela. Ela não precisa da confirmação da amiga, pois vê Jonas descendo do carro. — Que delícia!
— E aí, maravilhosas? — Jonas se aproxima e abraça as duas. Maísa sai do carro e também caminha até o portão, cumprimentando as duas garotas.
— O Samuel não vem mesmo? — ela pergunta para Luciana quando estão caminhando para o interior do casarão.
— Não, ele vai para a Bahia com a Malu.
— Que pena.
— Você vai ter que comemorar o seu aniversário sozinha com a gente mesmo, Maisinha. 
A loira lança um olhar penetrante para ela e ri.
— Você brinca, mas sabe que tem um fundinho de verdade nisso, né?
— Mas é claro, meu bem — gargalha Luciana.
— Ah, a Dani está aqui! — anima-se Maísa quando chega à sala principal e encontra Daniela abraçada com Pedro.
— Amiga! — sorri Daniela correndo até ela. As duas se abraçam. — Que linda você está — diz passando a mão pelo cabelo da loira. — A Indonésia te fez bem, hein?
— Eu poderia morar em Bali — sorri Maísa.
— Mas agora você está de volta ao Brasil e vai curtir muito aqui com a gente.
— Assim espero!


Quando anoitece e Nícolas e Miguel dormem novamente, como o esperado por Luiza, ela chama Daniel para conversar no quarto do casal.
— Eu queria esclarecer as coisas antes que essa situação fique ainda mais insustentável — fala olhando para o esposo.
— Que situação? — ele pergunta confuso.
— A que nós estamos. Não é possível que você não tenha notado.
Daniel franze a testa.
— Do que você está falando, Lu?
— É pior do que eu pensava, você está agindo inconscientemente — ela fala para si. — Eu estou falando — continua encarando Daniel — do fato de você me ignorar.
— Eu estou te ignorando?
— Você tem evitado ficar sozinho comigo, isso desde Trancoso. Eu queria saber o porquê, mas pelo visto nem você sabe.
— Eu estou perdido.
— É sério que você não percebe isso? Tem ficado cada vez mais comum você se afastar quando eu me aproximo mais de você.
— Eu realmente não reparei nisso, Lu, mas se eu tenho feito isso não é de propósito.
— Só queria entender o porquê.
— Como eu vou te explicar algo que eu sequer noto?
— Não sei — ela sussurra demonstrando decepção. — Realmente não sei.
Daniel caminha até ela e pega em suas mãos.
— Eu juro que não vou me afastar mais.
— Eu não quero que você faça isso como algo pensado. Quero que você esteja do meu lado por que quer estar.
— Mas eu quero estar do seu lado. Sempre quis e sempre vou querer.
— Será que você não se condicionou a essa vontade apenas?
— Como assim?
Luiza sacode a cabeça.
— Deixa para lá.
— Eu prometo — fala Daniel apertando os dedos dela — que tentarei ser mais presente.


Na manhã seguinte, Marina e Vinícius terminam de guardar seus pertences no carro que eles alugaram junto com Isabela e Felipe. Enquanto isso Isabela despede-se de uma das funcionárias da pousada.
— Muito obrigada por terem cuidado tão bem de nós nesses últimos dias. — Ela abraça a mulher. Felipe entra no carro e liga o motor. 
— Vamos, amor? — chama olhando para o lado de fora.
— Tchau — diz a garota para a funcionária antes de rodear o veículo e se acomodar no banco do passageiro. Felipe acena para a mulher.
— Lets bora! — sorri Yasmin no outro carro junto com Victor, Graziele e Thiago.
— Quem vê até pensa que a gente vai viajar — ri Thiago. — Vamos só para uma casa mais perto da praia.
— Agora seremos apenas nós, hein? — comenta Victor.
— Estava se controlando porque seus pais estavam aí, Victor?
— Tenho que me manter lá em Boston, né — brinca o loiro e eles gargalham.
— Estou só pela chegada da Malu — diz Graziele e Yasmin dá um cutucão nela, fazendo-a se voltar para o banco de trás.
— Me conta direito essa história de que o Samuel não vem mais.
— Nossa, até você já está sabendo? — ri a ruiva. — A Isa é fofoqueira mesmo, hein?
— Jornalista — brinca Thiago no volante.
— A Malu e o Samuel se desentenderam ontem — conta Graziele.
— Se desentender é eufemismo da sua parte, né — comenta seu namorado —, o Samuel foi babaca pra car*lho.
— Gente, me atualiza — pede Yasmin. — A Isa me contou só que ele não vem mais.
— A Malu está se sentindo incomodada lá na casa da família dele, porque ninguém interage muito com ela. A gente tava se falando ontem e ela reclamou disso, o Samuel ouviu a conversa e eles discutiram.
— Mas por que eles discutiram? — questiona Yasmin.
— Porque o Samuel não enxerga que a Malu está excluída por causa da família dele, ele acha que ela se excluiu, sabe?
— Conta o resto — fala Thiago.
— Que resto?
— O comentário idiota dele sobre a gente.
— Ele comentou sobre a gente? — Yasmin arregala os olhos.
— Não foi bem assim — pondera Graziele e Thiago completa:
— A Grazi está passando pano para o Samuel.
— Passando pano para macho escroto, Grazi? — provoca Victor, entrando na conversa.
— Tenho muita prática com você — rebate a ruiva e Yasmin ri.
— Vai, termina a história da Malu — pede em seguida. — O que o Samuel falou da gente?
— Ele disse que não vai vir para cá, porque se a Malu não quer ficar com a família dele, por que ele ficaria aqui com a gente?
— Não acredito que ele disse isso — Yasmin fica surpresa. — Eu pensava que todo mundo era amigo.
— Pelo visto nós sempre fomos apenas “os amigos da Malu” — diz Thiago, fazendo uma curva em uma estradinha de terra. Ele confere no GPS que estão quase chegando na casa que alugaram. Pelo retrovisor, enxerga o carro dirigido por Felipe até a cabeça de Yasmin interromper sua visão.  A loirinha estica o pescoço para encarar Graziele, dizendo:
— Eu não esperava isso do Samuel mesmo.
— Ninguém esperava, né? Mas só quando a Malu chegar para a gente ter certeza de tudo o que aconteceu. Quando ela me ligou, estava muito nervosa ainda.
— Em breve saberemos — fala Thiago, parando o carro em frente a um casarão a poucos metros da praia. Nos minutos seguintes, eles desembarcam suas coisas na que será sua casa nos próximos dias.


Sozinha no quarto do casarão da família de Samuel, Malu terminar de guardar seus pertences na mala. Ela escuta batidas na porta e imagina ser Carmem, que avisou que a ajudaria com a mala.
— Já vai — avisa jogando sua escova de cabelo na cama. Ela destranca a porta e se assusta ao ver Samuel. — Ah.
— Você já vai? — ele pergunta.
— Daqui a pouco.
— Posso entrar?
— O quarto é seu, né? — resmunga Malu abrindo espaço para ele.
— O quarto é meu, mas você me expulsou ontem e me fez dormir na sala.
— Resolvi dar motivos para a sua família me odiar — retruca Malu voltando a sua atenção para a mala novamente.
— Não surtiu efeito então, minha família não está te odiando.
— Hum.
Samuel senta na poltrona e fica observando Malu guardar o que tem sobre a cama.
— Eu te perguntei se você já ia embora só para puxar assunto mesmo — fala minutos depois.
— Hum.
— É óbvio que eu sei o horário do seu voo. Do nosso voo — ele se corrige. Malu para o que está fazendo e o encara. — Posso viajar com você?
— Para fazer conexão na Bahia e ir para o Ceará? — provoca Malu.
— Para ficar com você.
— Se poupe, Samuel.
— Eu estou falando sério — ele responde. — Eu não quero ficar brigado com você, amor.
— Não me chama de amor.
— Você continua sendo o meu amor.
— O amor que fica grudado em você?
— Eu me expressei mal, Malu.
— É fácil falar merda e dizer que se expressou mal, né?
— Que seja, Malu. Me desculpa por ter dito isso.
— Tá.
— Isso é um “aceito”?
— Não — ela responde rapidamente. Samuel suspira e pede:
— Me deixa viajar com você, por favor. A gente esquece o que aconteceu ontem e aproveita os últimos dias de férias juntos.
— É muito fácil magoar os outros e falar em esquecimento depois, Samuel.
— Me dá a chance de corrigir meu erro.
Malu fecha a sua mala e senta na cama.
— Se você fizer alguma merda de novo, você embarca no primeiro voo de volta para o Rio.
— Sim, senhora.
— Então vai fazer a sua mala.
— Minhas coisas já estão prontas — ele aponta para o pequeno closet que há ao lado do banheiro. Diante da expressão de confusão de Malu, explica: — Eu arrumei hoje cedinho enquanto você dormia.
— Então você tinha certeza que eu ia deixar você ir?
— Eu confiava no que você sente por mim — Samuel sorri se aproximando dela.
— Vai confiando que uma hora você quebra a cara.
— Só se eu errar de novo e eu não estou disposto a isso — ele responde e se inclina para beijá-la. Malu revira os olhos, mas sorri e aceita o beijo do namorado.


Sozinhos no quintal do casarão, Daniela e Pedro conversam dividindo uma cadeira de Sol.
— Esse ano eu começo a trabalhar na empresa da minha mãe — conta Pedro.
— Vai cuidar das plantinhas? — sorri Daniela.
— Vou cuidar das contas das plantinhas — ri o rapaz.
— Você pretende seguir nessa área?
— Como assim?
— Ficar administrando o negócio da sua família.
— Sim, eu pretendo seguir por esse caminho.
— Entendi.
— Por quê?
Daniela ajusta seus óculos de Sol, dando de ombros.
— Não sei, acho que eu ficaria incomodada se trabalhasse somente na empresa da minha família.
— Como assim? — ele repete.
— Acho que é tão agregador ter outras experiências. Sem contar que trabalhando no negócio da sua família você nunca saberá como é realmente o mercado de trabalho, porque você não poderá ser demitido, não saberá como é ter uma hierarquia.
— Mas eu terei hierarquia.
— Com a sua mãe no topo? Você não vai estar no mesmo nível dos outros funcionários.
— Se a minha família tem uma empresa, eu vou me formar em administração, por que não usar tudo o que eu aprendi para fazer o negócio da minha família crescer ainda mais? — devolve Pedro.
— Sim, faz sentido. Foi só uma questão que me veio à cabeça mesmo, faz o que o seu coração está te dizendo pra fazer.
— Te beijar? — pergunta Pedro e eles riem.


Pouco antes do entardecer, Isabela, Marina, Yasmin e Graziele tomam banho de Sol juntas ao redor da piscina.
— Isso é o paraíso — comenta a gêmea de Victor.
— Como é o clima em Boston, Mari? — indaga Graziele.
— É ameno na maior parte do ano, frio no inverno e calor no verão.
— O que é ameno pra você? — pergunta Yasmin.
— Em média quinze graus.
Isabela gargalha.
— Para mim isso é frio já.
— E quanto graus fazem no verão e no inverno? — pergunta Graziele.
— No verão chega a uns trinta graus e no inverno menos cinco mais ou menos.
— Caramba! — exclama Yasmin. — E vocês vão voltar agora para no inverno lá, né?
— Exato! Por isso que eu estou amando esse calor. 
— Haja imunidade, hein — comenta Isabela. — Sair do verão baiano para o inverno de lá.
— Pois é.
— Vocês vão embora amanhã mesmo? — pergunta Graziele.
— Sim — responde Marina em tom de lamentação. — Minhas aulas começam semana que vem já.
— É muito estranho pensar que vocês não tiveram férias, só um recesso.
— Sim, e ainda tem gente que fica no campus fazendo atividades extras.
— Ai, credo! — exclama Yasmin e elas riem.
— Meu Deus, quanta mulher linda! — As quatro viram o corpo ao mesmo tempo e se deparam com Malu e Samuel.
— Amiga! — Graziele pula da cadeira e corre até ela. As duas se abraçam com força.
Aos poucos, Victor, Felipe, Vinícius e Thiago se juntam a eles. Malu e Samuel são recebidos por todos e Samuel sente um certo afastamento por parte deles.
— Não pensei que você fosse vir, Samuel — conta Yasmin quando todos eles já estão no interior do casarão.
— Por que eu não viria? — ele sorri.
— Sei lá, pensei que você fosse querer passar o restante das suas férias com os seus amigos.
Isabela chuta a perna de Yasmin por baixo da mesa que elas estão e Graziele se controla para não revirar os olhos. Malu censura a loirinha com o olhar, mas ela não nota, pois está encarando Samuel, que diz secamente:
— Eu resolvi passar o restante das férias com a minha namorada. — A cozinha fica em silêncio, até Vinícius dizer:
— Mais tarde tem festa, galera. Ânimo!


A lua ilumina o gramado do casarão, em Trancoso, quando Samuel sai do banho e se encontra com Malu no quarto reservado a eles.
— Eu não pensei que você fosse contar para todo mundo do nosso desentendimento — comenta enquanto procura peças de roupa em sua mala.
— Eu não contei para todo mundo — responde Malu diante do espelho. — Eu contei para a Grazi, se ela comentou com os outros, aí já não é comigo.
— Eles me trataram diferente.
Malu abaixa o rímel que passava e se volta para Samuel.
— É ruim, né, não se sentir acolhido.
O rapaz lança um olhar de descrença para ela.
— Nem vou te responder.
— Acho bom mesmo. — Malu volta a se maquiar. Minutos depois, eles descem e se juntam aos outros no térreo. O grupo segue a pé mesmo para a praia ali perto, onde acontece a festa vip de um restaurante.
Assim que chegam, eles recebem uma pulseirinha laranja e se misturam aos outros presentes. Demora para Yasmin se soltar, mas depois de algumas horas e vários drinks, ela dança e rebola com os amigos. Ela sente a brisa marítima sacudir seu cabelo e o chão rodopiar abaixo de si. Neste momento, ela procura o namorado com olhar e o encontra dançando perto de Samuel e Felipe.
— Victor — chama se aproximando dele.
— O que foi? — indaga o rapaz colocando as mãos na cintura dela.
— Acho que eu preciso de um copo d’água — fala a jovem com a voz enrolada. Victor passa a mão no rosto dela, perguntando:
— Você está bem?
— Estou, só preciso de me hidratar um pouco.
— Ok, vou pegar uma água de coco pra você. Pode ser?
— Pode.
O rapaz passa por Yasmin e se afasta do grupo de amigos. Assim que termina de tocar o funk que fazia os jovens dançarem, começa a tocar forró. Yasmin assiste seus casais de amigos se juntarem para dançar e fica parada entre eles. Ela passa a se movimentar sozinha e fecha os olhos, porém sente seu equilíbrio vacilar e logo abre os olhos novamente. Nesse instante, observa um rapaz se aproximar com um sorriso simpático no rosto.
— Posso dançar com você? — ele pergunta oferecendo uma mão a ela.
Yasmin analisa o rosto dele por um breve momento e pega em sua mão. Eles começam a dançar o pé de serra e conversar. Bem próximos a eles, Felipe e Isabela dançam e ele pergunta para a namorada:
— Será que eu devo intervir ali na Yasmin?
Isabela espia a amiga e sacode a cabeça.
— Ela parece estar bem.
Assim que a música termina, outro funk começa a tocar. Yasmin e o rapaz continuam conversando. A garota gargalha de algo dito por ele e passa a mão no cabelo.
— Está tudo bem aqui? — pergunta Victor parando ao lado dos dois com copos de água de coco nas mãos.
— Está — responde Yasmin. — Esse é o Rodrigo, a gente estava dançando juntos.
— Aqui sua água de coco — diz o loiro entregando o copo para ela. — Devo me afastar?
Yasmin sorri.
— O que é isso, Victor?
— Eu não quero atrapalhar nada.
— A gente só estava conversando, cara — Rodrigo fala pela primeira vez desde a chegada de Victor.
— Eu estou falando com a minha namorada — corta Victor rispidamente. 
— Victor, para que tudo isso? — indaga Yasmin.
— Eu vou pegar bebida para você e quando eu volto você está de papinho com outro cara?
— O que é que tem? 
— Dá licença. — Victor rodeia os dois e se afasta rapidamente.
— Victor! — chama Yasmin indo atrás dele. Seus amigos, que acompanhavam disfarçadamente o que se passava, param de dançar e se olham.
— Vamos atrás dela — chama Isabela pegando no pulso de Felipe. — É melhor deixar o Victor sozinho — fala a morena quando alcança Yasmin.
— Por que ele reagiu assim? — questiona a loirinha confusa. — Eu só estava conversando com aquele cara.
— Talvez ele não tenha gostado da proximidade de vocês — opina Felipe.
— Mas era só uma conversa. E o Victor nunca foi ciumento, jamais esperaria uma cena dessas vindo dele.
— Deixa ele na dele, quando a gente se encontrar de novo vocês conversam.
— Está tudo bem? — pergunta Marina chegando perto deles junto com Vinícius.
— Eu falei para a Yas respeitar o espaço do Victor — diz Isabela. — Quando ele reaparecer, eles conversam.
— Acho que é uma boa — responde a gêmea do rapaz —, mas eu vou atrás dele, só para saber se está tudo bem. Vamos comigo? — ela chama Vinícius, mas o rapaz responde:
— Acho que a Yasmin precisa mais de mim neste momento do que o Victor.
Marina olha demoradamente para o namorado até que assente e diz:
— Ok. — Ela se afasta dos amigos e sai à procura do irmão sozinha.


Minutos depois, quando Yasmin, Felipe, Isabela e Vinícius já estão dançando com o restante do grupo novamente, Marina e Victor surgem. 
— A gente pode conversar? — pergunta o rapaz no ouvido de Yasmin.
— Agora você quer conversar? Você fugiu, Victor.
— Eu precisava colocar a cabeça no lugar antes de fazer qualquer coisa.
Yasmin encara o namorado e diz:
— Vamos para um lugar menos agitado. — Os dois saem caminhando por entre as pessoas que dançam e param ao encontrar um banco à sombra de um coqueiro.
— Eu queria te pedir desculpas pelo jeito que eu agi — fala Victor sentado diante da namorada —, eu sei que não foi bacana, mas eu fiquei com ciúmes.
— Ciúmes, Victor? — questiona Yasmin com indignação. — Você nunca foi de sentir ciúmes de mim.
— Eu sei e isso é novo para mim também. Só que eu acho que a distância fez com que esse lado aflorasse em mim. A gente passa tanto tempo longe, que eu quero ficar perto de você a todo instante quando estamos juntos e ver você de papinho com outro cara me fez perder a cabeça. Desculpa, de verdade, mas foi o que eu senti na hora.
— O que mais me chateia é que você mexeu em um ponto que é tão delicado para mim.
— Como assim?
— Você sabe que desde o sequestro eu venho fazendo análise e como isso tem me ajudado a superar tudo o que me aconteceu, mas a interação social ainda me assusta muito. Foi em uma ocasião de festa que eu fui sequestrada e eu tenho medo que isso se repita. Eu sei que você reparou que eu fico diferente quando a gente sai. Na virada do ano foi assim, hoje a mesma coisa, eu preciso de tempo para me sentir confortável em ambientes com muita gente desconhecida. E falar com um estranho é algo que eu nem cogitava meses atrás, tamanho medo. Hoje eu resolvi dar um passo nessa direção e aceitar dançar com aquele cara e estava dando tudo certo. Até você chegar.
— Faz todo o sentido. Desculpa mais uma vez. Eu não queria te atrapalhar ou te fazer sentir mal de forma alguma.
— Ok, Victor.
— Você me perdoa de verdade? — ele pergunta pegando nas mãos dela.
— Perdoou, eu só preciso de um tempinho para esquecer a cena que você fez, ok?
O rapaz assente.
— Tudo bem. Eu só não queria passar meu último dia aqui brigado com você.
— Vamos deixar as coisas seguirem seu fluxo naturalmente.
— Ok. — Eles levantam e retornam em silêncio para perto dos amigos. Yasmin se aproxima de Graziele e Isabela e aos poucos volta a se soltar. Victor começa a conversar com Samuel e lentamente descontrai-se de novo.
Marina observa o distanciamento do casal e comenta com Vinícius:
— Chata essa situação do Victor e da Yasmin, né?
— Sim. Foi muito desproporcional a reação dele.
— Ele disse que ficou com ciúmes.
— Deu para perceber — Vinícius sorri.
— Para mim faz um pouco de sentido.
— Sério? — Vinícius não esconde o espanto. — Eu achei bem exagerado. A Yasmin não estava fazendo nada demais.
— A gente sabe, mas o Victor disse que não se sentiu bem vendo ela conversando com o cara.
— E por isso ele resolveu fazer aquele show? Pelo amor de Deus, nem o Victor do ensino médio se prestava a esse papel.
— Nós não somos mais os mesmos do ensino médio.
— Sim, mas se espera que a gente aja com mais maturidade do que naquela época e não o inverso, certo?
— Ai, Vini, acho melhor a gente parar com esse assunto por aqui. O desentendimento foi entre o Victor e Yasmin, o relacionamento é deles, não vamos nos meter ainda mais e acabar nos desentendendo também.
— Não acho que nos desentenderíamos, estamos apenas conversando.
— Mas eu acho — corta Marina e Vinícius apenas concorda com a cabeça.
— Cara, o clima aqui não está legal — Isabela fala para Felipe minutos depois quando retorna com um copo de água.
— Ficou esquisito mesmo depois da parada da Yas e do Victor.
— Nem é só isso, o Vinícius comentou que a Marina defendeu o Victor e que eles ficaram meio afastados depois disso. Sem contar o Samuel.
— O que é que tem?
— A galera está claramente excluindo ele, né? Não que eu discorde totalmente disso, mas também não acho legal.
— Só quem parece estar bem é o Thiago e a Grazi.
— E nós — sorri Isabela dando um abraço no namorado. Eles se beijam e na sequência ela diz: — Vamos chamar o pessoal para ir embora?
— Você acha que eles vão querer? A ideia não era ver o amanhecer na praia?
— Mas a festa já acabou para gente há um tempo. Vamos embora, gente — Isabela fala para os amigos instantes depois. — Estou um pouco enjoada — mente.
— Ih, amanhã a gente pode passar em uma farmácia — brinca Malu e Isabela ri ironicamente.
— É da bebida, idiota.
— Eu topo ir embora — fala Yasmin e todos concordam, exceto Graziele.
— Eu queria ver o amanhecer na praia como a gente combinou — diz a ruiva.
— Então a gente fica, amor — responde Thiago e Malu dá um leve sorriso como se não acreditasse que os amigos estão juntos novamente.
Graziele e Thiago despedem-se dos amigos, que vão embora, caminhando pela estradinha de terra. Apenas Malu e Yasmin conversam entre si, o restante passa o trajeto inteiro em silêncio.
Ao chegarem na casa em que estão hospedados, cada um vai para um canto fazer alguma coisa. Mesmo com o calor forte, Yasmin prepara um chá e se acomoda na cadeira de balanço que há na varanda. Ela ouve a risada de Victor vindo da sala e grita para chamar o namorado.
— Oi — ele fala passando pela porta principal segundos depois.
— Senta aqui — ela pede abrindo espaço para ele na cadeira. Victor se acomoda ao lado dela no espaço apertado. Ele recebe a xícara de chá vazia dela e observa a namorada falar enquanto prende o cabelo em um coque: — Eu não quero dormir brigada com você.
— Isso quer dizer o quê?
— Que eu não quero que você volte a agir daquela forma e eu te perdoou.
— Eu te prometo que não vou deixar minhas inseguranças afetarem a nossa relação de novo.
— Não tem por que você se sentir inseguro. 
— Ah, sei lá, nós passamos tantos meses longe um do outro, eu tenho medo de você conhecer outra pessoa mais interessante que eu e me trocar.
— Amor não é bolsa que a gente troca assim tão fácil, Victor. Eu te amo muito.
— Eu também te amo. Me desculpa por hoje.
— Tá, eu já te desculpei, para de ficar pedindo desculpas toda hora.
Victor sorri.
— Você não sabe como eu sinto falta das suas tijoladas diárias.
— Precisando eu estarei sempre aqui. — Eles trocam um olhar cúmplice e apaixonado antes de darem um beijo.


As cortinas do quarto de Vinícius e Marina estão fechadas e o ar-condicionado refrigera o ambiente. Vinícius já está quase adormecendo sob as cobertas quando sente o abraço de Marina por trás.
— Eu não quero passar a última noite distante de você — ela sussurra no ouvido dele.
Vinícius se vira de frente para ela, respondendo:
— Nós estamos juntos aqui, não estamos?
— Só fisicamente, né Vini?
O rapaz leva alguns segundos para reagir e assente.
— Acho que a gente se deixou envolver muito pelo o que aconteceu entre a Yas e o Victor.
— Você acha? Eu tenho certeza — ela ri. — Mas essa é a minha última noite aqui no Brasil e eu quero aproveitar ela da melhor forma com o homem que eu amo.
— Eu não queria que você tivesse que ir amanhã. O restante das férias não será o mesmo sem você.
— Eu também não queria ir, mas ao contrário de vocês eu não estou de férias, é só um recesso de final de ano.
— Maldito sistema americano.
Marina ri e dá um selinho no namorado.
— Você não sabe o quanto eu fiquei feliz em saber da sua ideia de ir morar comigo.
— Você não ficou assustada?
— Muito! — Ela gargalha. — Mas ainda assim, eu quero que esse ano passe voando para te ter por perto todos os dias novamente. Eu sinto muito a sua falta, Vini.
— Eu também, meu amor. Mas se tudo der certo, não vai demorar tanto para a gente estar junto novamente.
Marina sorri e dá um beijo no namorado.
— Eu te amo.
— Eu te amo — responde Vinícius.




Comentários

  1. amada,não faz meu YasVi Tretar não, eu fico triste.
    mexe com os outros casais,mas eles não.
    já basta ChaMel ( não tenho mais direito de shippar )

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  2. Aii Grazi e Thi juntos são tudo pra mim! E o Daniel que tá todo estranho gente?!! Já tó sentido coisa ruim por aí...amei o cap,anciosa pelo próximo!!

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  3. Ou Luiza tá paranóica igual a irmã quando se separou ou Daniel está fazendo a cabeça dela pesar ( eu senti um cheiro de Chifre)
    Malu e Samuel todo capítulo vão brigar ? Terminem logo, porra não tá dando mais certo.
    Tô triste que os gêmeos já vão voltar pros EUA e não teve um foco decente em Yasvi

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  4. Eu queria mesmo era que falasse mais do Chay e mel kkkkkkk

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  5. Cadê o resto? Preciso acabar minhas teorias doidas e não posso fazer isso se OTP TEIMOSO não estiver nos capítulos

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  6. Cadê o restante, continuação de Chamel, quero ler ,tô muito ansiosa

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  7. puxa amada,já é março cadê o 24?

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  8. o ano é 2090 e os leitores desta fanfic ainda estão esperando a conclusão

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