Imagine ChaMel 5ª Temporada (Filhos) - Capítulo 4: Yasmin, Isabela e Jonas são vítimas de sequestro relâmpago


Com uma taça de champanhe nas mãos, Maísa comenta com Aline:
— Já era para o Jonas ter chegado.
— Ele avisou que ia atrasar? — questiona a outra garota.
— Deixa eu ver se ele mandou alguma mensagem. Segura aqui para mim, por favor — pede entregando a taça para a amiga. Ela abre sua bolsa e pega o celular. — Tem uma mensagem dele falando que já estava chegando, mas faz trinta minutos — estranha. A loira envia “Onde você está?” e guarda o celular novamente.
— Daqui a pouco ele aparece — responde Aline devolvendo a bebida para Maísa.


Como ainda está bastante angustiado com o sonho que teve, Vinícius não consegue adormecer novamente. Ele joga as cobertas para o lado e caminha descalço até a cozinha. Após acender a luz, abre a geladeira e fica observando seu interior por alguns minutos antes de retirar uma garrafinha de água. O jovem bebe quase toda a água, pesando se foi apenas um sonho ou não. Decidido a tranquilizar seu coração, retorna para o quarto e alcança o celular na mesinha de cabeceira. Ele busca o contato de Yasmin e liga para a melhor amiga, no entanto a chamada cai na caixa de mensagem. Vinícius desliga e então telefona para Isabela.
— Vinícius? — escuta a voz de Felipe em meio a uma música sertaneja.
— Oi, Felipe! — grita o rapaz para ser ouvido. — Você está com a Isabela?
— Sim, nós estamos em uma balada comemorando o aniversário da Yasmin. Você está bem? — questiona Felipe pensando que se trata de mais uma ligação de desespero de Vinícius.
— Estou. Só queria saber se está tudo bem por aí — ele responde não querendo alertar o amigo.
— Está tudo bem, sim. Tem certeza que você está bem?
Vinícius deduz o motivo da insistência de Felipe e dá um leve sorriso.
— Está tudo bem por aqui.
— Lembra que eu sou seu amigo, tá?
— Eu nunca vou me esquecer disso. — Vendo que a conversa está tomando outro rumo, ele se apressa a dizer: — Enfim, só queria saber se está tudo bem mesmo. Tchau!
— Tchau — despede-se Felipe. Quando desliga, ele olha para Thiago e fala: — Ainda bem que a Mel está indo para Paris no final do mês. O Vinícius realmente está precisando de alguém.
— Por que você está falando isso? — indaga Thiago.
— Lá em Paris já é de madrugada, por que ele ligaria uma hora dessas para a Isabela? Foi exatamente assim daquela vez.
— E ele não falou nada para você?
— Não e ele disse que está tudo bem. Ele não está se abrindo nem comigo!
— É, preocupante — conclui Thiago tomando um gole de suco.


Yasmin, Isabela e Jonas estão espremidos no banco traseiro do carro na companhia de um homem. Outro ocupa o banco do passageiro e uma mulher dirige rapidamente.
— Me passa o celular deles — exige o homem do banco da frente para o comparsa que está atrás com o trio após o celular de Yasmin ter tocado.
— Dá o celular — manda o homem de cabelos castanhos e rosto redondo. Com a mão trêmula, Yasmin entrega o seu e Jonas tenta esticar o braço para alcançar o aparelho no bolso da calça. — Eu já falei que não é para fazer movimentos bruscos — diz o homem dando uma coronhada na nuca de Jonas.
O rapaz sente os olhos arderem instantaneamente e a cabeça balançar ligeiramente.
— Eu só estou tentando pegar meu celular — diz com a voz rouca.
— Me dá isso aqui. — Com brutalidade, o homem puxa o celular do bolso de Jonas, acertando uma cotovelada em Isabela, que solta um gemido. — E o seu? — ele questiona olhando para ela.
— E-eu estou s-sem.
A mulher no volante ri.
— Conta outra, garota — responde olhando para Isabela pelo retrovisor interno.
— É verdade, minha bolsa ficou na casa noturna.
O homem examina o vestido dela com olhar e descarta a possibilidade de ter algum aparelho ali guardado.
— Toma aqui — diz entregando os celulares de Yasmin e Jonas para o parceiro. Com agilidade, o outro homem que aparenta ter no máximo cinco anos a mais do que Jonas, Yasmin e Isabela, abre a janela do carro e arremessa os celulares em uma grande caçamba de lixo pela qual eles passam.
— Agora a gente vai até um caixa eletrônico — diz virando para encarar os três — e vocês vão sacar o máximo de dinheiro que conseguir, fui claro? — Yasmin, Isabela e Jonas assentem.
— Pelas roupinhas deles a gente se deu bem — vibra a motorista e eles gargalham.
Sentindo a cabeça latejar por causa da coronhada, Jonas lança um olhar para Isabela. A garota está pálida como ele nunca viu e chora silenciosamente fitando as próprias mãos. Ao lado dela, Yasmin respira ofegante e olha para as calçadas como se esperasse que a qualquer momento alguém pule na frente do carro e os salvem.


No camarote, Camila observa Lorenzo e Daniela dançarem um arrocha. Em seguida, ela toma mais um gole de champanhe e fala para João:
— A Yasmin está demorando para voltar, né?
— Bastante — responde o rapaz.
Felipe, que está bem próximo a eles, ouve o que eles dizem e confere as horas no relógio.
— A Isabela foi atrás da Yas e até agora nada delas, né?
— Talvez elas encontraram algum conhecido lá embaixo — supõe Thiago.
— Eu vou procurar elas, já volto.
— Eu vou com você! — Os dois se espremem entre os amigos e saem do camarote.


— Presta atenção no papo que eu vou mandar — exige o rapaz no banco do passageiro ao olhar para Jonas. — A gente vai parar no caixa eletrônico, você vai descer e sacar tudo o que você tem. Se você tentar fazer alguma gracinha, elas duas — ele indica Yasmin e Isabela — vão pagar bem caro, sacou?
Jonas assente e homem perto dele exclama:
— Abre a boca, playboyzinho! — Ele acerta mais uma coronhada na cabeça de Jonas que desta vez chega a perder a visão por alguns segundos.
— Entendi — sussurra fazendo força para respirar.
— Agora vai lá — ordena o rapaz quando a mulher para em frente a um caixa eletrônico. — Lembra do que eu falei.
Jonas encara mais uma vez as duas garotas e sente em seus olhares a súplica para ele não fazer nada que coloque a vida delas ainda mais em risco. Com os dedos duros feito pedra, abre a porta do carro e força suas pernas a caminharem até o caixa eletrônico.
— Por que você está com essa cara, florzinha? — questiona o homem de rosto redondo para Yasmin. — Está com medo, é? — provoca passando o cano de sua arma pela bochecha dela.
A loirinha morde a língua para conter o impulso de xingá-lo e reza mentalmente para que esse terror acabe logo.
— Três mil reais — diz Jonas ao retornar para o carro e entregar a quantia.
— Esperava mais, hein — o homem resmunga para implicar com ele, mas sorri ao repassar o valor para o rapaz no banco da frente.
— É o meu limite de saque — explica Jonas com a voz impaciente.
— Muito bem — elogia o rapaz conferindo as notas de cem reais. Ele guarda o dinheiro em uma mochila e se volta para Yasmin e Isabela. — Agora é a vez de vocês — diz apontando sua pistola para as duas, que se encolhem automaticamente no banco.
— Vamos para outro caixa — diz a mulher ligando o veículo —, não deve ter mais muita grana nesse aí.


Depois de dar a volta na quadra, Felipe para com Thiago novamente em frente à casa noturna.
— Não é possível que elas não estejam em lugar nenhum! — exclama frustrado.
— Tenta ligar de novo para a Yasmin — Thiago sugere.
— Ninguém atende — diz Felipe após telefonar para a irmã. — Ela saiu para conversar com o Victor, então teoricamente ela tinha que estar com o celular por perto. — Ele passa a mão no cabelo e olha desesperadamente para os lados, mas não encontra nenhum sinal de Yasmin ou Isabela dentre as pessoas ali. — Será que aconteceu alguma coisa com elas?
Thiago dá de ombros.
— Não sei, mas esse sumiço não é normal. — Ele observa Felipe e se espanta ao ver o moreno paralisar com o olhar fixo na fila de entrada da boate. Mesmo se esforçando, não vê nada demais no aglomerado de pessoas, por isso volta a mirar Felipe e questiona: — O que foi?
Felipe olha repentinamente para Thiago e sussurra:
— O Vinícius. — Com ainda mais rapidez, ele desbloqueia a tela de seu celular e busca o número do cunhado na agenda.
— Do que você está falando? — pergunta Thiago com confusão.
— O Vinícius sabe de alguma coisa.
— Como assim, Felipe? Como ele poderia saber o que aconteceu com as meninas estando lá em Paris?
Felipe coloca o celular no ouvido e diz:
— Da mesma maneira que ele soube que a casa da fazenda do Chay pegaria fogo.
Thiago, que muito tempo depois ficou sabendo dos sonhos que Vinícius tinha tido repetidas vezes antes do incidente na fazenda de Chay dois anos atrás, arqueia as sobrancelhas.
— Não — diz incrédulo. — Você não acha que ele sonhou com elas, acha?
— Se ele estava sendo sincero quando disse que estava bem, o que levaria ele a ligar para a Isabela no meio da madrugada? Ele só po… Vinícius! — exclama quando o rapaz atende. — Você sonhou com a Isabela e a Yasmin, não foi?


À caminho de outro caixa eletrônico, Yasmin, Isabela e Jonas ouvem ameaças dos criminosos.
— Se você se mexer mais uma vez a coisa vai ficar complicada para você, mocinha — diz o homem de rosto redondo para Yasmin.
— Está apertado aqui — ela reclama espremida entre o próprio homem e Isabela.
— Apertada vai ser a cova que eu vou te jogar se você não ficar quieta.
Yasmin engole em seco e sente Isabela estremecer ao seu lado. Ela controla a vontade de pegar na mão da amiga por medo da reação que o homem possa ter. Seu coração martela duramente em seu peito e ela conta os segundos para chegar no próximo caixa eletrônico, pois assim faltará apenas um para eles irem e após isso não vê mais motivações para que os criminosos permaneçam com eles. Seus pensamentos são interrompidos quando o carro freia bruscamente e ela sente seu corpo deslocar-se alguns centímetros para frente antes de se chocar com o banco novamente.
— Está maluca? — questiona o rapaz no banco do passageiro para a motorista.
— Olha aquilo ali. — A mulher aponta para algo à direita dele. Jonas, que está largado atrás do banco do passageiro, estreita os olhos para enxergar além da janela encardida do veículo e seu coração dispara ao ver o que ela se refere. Bem ao lado deles, encontra-se um outdoor da MelPhia com o rosto impecável de Yasmin. — Não é essa menina que está com a gente? — indaga a mulher para o comparsa.
Velozmente, o rapaz gira iluminando o rosto de Yasmin com a lanterna de seu celular. Ele analisa com atenção os traços dela e pergunta:
— Você é a mesma da propaganda, não é? — Vendo a hesitação passar pelos olhos de Yasmin, aponta a arma para ela com a mão livre e acrescenta: — É melhor falar a verdade.
Yasmin sente seu coração bater com tanta força que tem certeza que todos dentro do carro são capazes de ouvir.
— S-sou — gagueja.
A mulher dá um soco no volante gargalhando.
— Tiramos a sorte grande!
O rapaz dá um sorriso perverso ainda com os olhos cravados em Yasmin. Ele se endireita e fala para a mulher:
— Mudanças de planos. Vamos para casa.


Segurando uma outra taça cheia, Maísa checa se Jonas respondeu sua mensagem, mas fica decepcionada ao ver que ele sequer visualizou.
— Não é possível — sussurra para si. — Segura aqui — diz entregando sua taça para Laís —, eu vou fazer uma ligação. — Antes que sua prima possa fazer algum questionamento, ela esgueira-se para fora do camarote. No hall de entrada, cruza com Felipe e Thiago e estranha suas expressões aflitas. — Está tudo bem? — pergunta, mas é ignorada pelos dois que praticamente correm para o interior da casa noturna. — Eu, hein. — A loira caminha até a calçada e liga para o namorado. — Jonas, sou eu — diz quando a ligação cai na caixa de mensagem. — Estou aqui na boate, cadê você? Me liga, estou ficando preocupada. — Ela desliga e fica pensativa por alguns segundos. — Quer saber de uma coisa — sussurra sozinha —, ele vai ter que me atender. — Com determinação no olhar, volta a ligar para Jonas. Após duas chamadas sem sucesso, é atendida. — Alô? Jonas? Até que enfim, cadê você?
— Alô, quem fala? — Maísa fica sem ação ao ouvir a voz de um outro rapaz.
— Quem está falando? — questiona.
— Jorge.
— O que você está fazendo com o celular do Jonas?
— Eu não sei quem é Jonas — responde o garoto. — Eu estava caminhando pela calçada com a minha namorada quando ouvi um telefone tocando de dentro de uma caçamba de lixo. Eu peguei e atendi.
O queixo de Maísa despenca.
— Como é que é? Você achou o celular do Jonas no lixo?
— Sim, e… espera um instantinho. O que foi, Maria? — Maísa escuta a voz de uma mulher no fundo e com muita dificuldade tenta manter a calma. — Moça?
— O que foi? — pergunta e sua voz sai com uma nota clara de pavor.
— A minha namorada encontrou mais um celular na caçamba. A foto da tela de bloqueio é de uma moça loira. Como, Maria? — ele volta a falar com a garota que está com ele. — A minha namorada disse que conhece a menina da foto. Ela disse que é aquela filha da estilista famosa com o cantor, Yasmin Borges.
Maísa quase deixa o celular cair.
— Calma, moço — diz com a voz trêmula. — Aguarda na linha, por favor — pede e sai correndo para dentro da casa noturna sem se importar com os olhares curiosos que são lançados em sua direção. Ao chegar no camarote vê que ninguém mais dança, pelo ao contrário, todos conversam em pequenos grupos com fisionomias tensas. Ela não tem dificuldade de encontrar Felipe, que conversa agitadamente com Thiago, Malu, Camila e João no meio do camarote. — Felipe! — chama segurando no braço dele.
O moreno olha para ela e se surpreende com o desespero que encontra em sua face.
— O que foi?
— Encontraram o celular do Jonas e da Yasmin em uma caçamba de lixo.
Camila solta um gritinho, João arregala os olhos, Malu cobre a boca com as mãos, Thiago paralisa e Felipe inclina levemente a cabeça.
— Como é?


Com os olhos vendados por camisas velhas, Yasmin, Isabela e Jonas saem do carro. A mulher guia Isabela enquanto o rapaz fica responsável por Yasmin e o homem de cara redonda, por Jonas. Os jovens têm dificuldades para se manter em pé, pois o chão aos seus pés é irregular e cheio de degraus. Eles viram em vários lugares antes de ouvirem uma porta ranger e o calor de um ambiente fechado. São empurrados por alguns metros antes de sentirem seus braços serem puxados para trás e amarrados com correntes de ferro. No instante seguinte eles têm as camisas retiradas e são empurrados contra o chão. Jonas bate com a cabeça no piso de cimento e vê tudo à sua volta girar. Isabela amortece a queda com os joelhos e sente sua pele arder. Yasmin cai de lado e ouve as mangas de seu vestido rasgarem.
— Por enquanto vocês vão ficar aqui — diz o rapaz. — Nós seremos bonzinhos e não vamos tampar a boca de vocês, mas se a gente ouvir qualquer ruído… — ele dá uma risada seca — bom, se eu fosse vocês eu ficava bem quietinho. — Dito isso, o rapaz sai do cômodo e bate a porta de madeira com força.
Imediatamente, Yasmin, Isabela e Jonas se olham e a loirinha sussurra:
— E agora, o que vai ser da gente?


Comentários

  1. MENINAAAAA DO CÉU!
    preciso de outro capítulo o mais rápido possível, é muito angustiante ter q esperar pelo próximo...

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  2. Se tiver como posta mais capítulos rapido por favor. Parece ate filme

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  3. Meu Deus,tô preocupadíssima aqui, gente que cap. tenso.

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  4. Que presente é esse que a Yasmin ganhou de aniversário. Que tenso esse momento para os três. Esperando a reação dos pais deles quando souberem. Não demora a atualizar, por favor!

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  5. meu sonho é você postar um capítulo ainda essa semana

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  6. meu sonho é você postar um capítulo ainda essa semana

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  7. meu sonho é você postar um capítulo ainda essa semana...

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