Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 385: Luíza e Daniel anunciam gravidez na noite de réveillon

Na noite do dia trinta e um todas as famílias que estão em Búzios reúnem-se no casarão de Reinaldo para a virada do ano. Por volta das dez horas da noite, Chay se junta a eles e é recebido com muitos abraços e sorrisos.

— Que bom que o senhor veio, pai! — exclama Isabela abraçando o pai.

— Oi, meu amor — responde Chay abraçando a filha.

Micael aproxima-se de Reinaldo e brinca com ele:

— Convidar o ex da sua namorada para o réveillon. Coragem, hein?

— Ainda mais quando o ex é o Chay Suede, né? — Reinaldo entra na brincadeira e eles riem.

Luxuosidade é uma das principais características que se destacam no hotel em que a família de Laís e Maísa está hospedada na Itália. A propriedade de arquitetura barroca está especialmente decorada para o revéillon com diversas luzes e cascatas brilhantes pelas paredes de pedra. Em um dos quartos, Maísa observa seu reflexo em um espelho que cobre boa parte da parede. Ela usa um vestido de alta costura vermelho de mangas longas com botas pretas na altura do joelho. Seu cabelo está solto com as mechas da frente presas atrás das orelhas e em seu rosto uma fina camada de maquiagem uniformiza sua pele. A loira finaliza a produção com um batom vinho e senta na cama ao lado de seu trench coat preto. Seus olhos fixam-se no chão e ela permanece imóvel por longos minutos.

— Está pronta? — indaga Jonas surgindo da mini sala de estar. Maísa ergue o olhar na direção dele.

— Oi?

— Por que você não me falou que já estava pronta? — ele pergunta parando diante dela. — Eu só estava esperando você.

Maísa apenas sorri levemente e levanta, pegando o casaco.

— Vamos? — chama pegando na mão do namorado. Jonas aperta os dedos dela, que estão tão gelados quanto os dele.

— Você está bem?

— Não — Maísa admite com sinceridade. Seus olhos se enchem de lágrimas instantaneamente. — Eu queria que o meu pai estivesse aqui.

— Ele sempre estará aqui.

— Você entendeu o que eu quis dizer.

— Entendi. — Jonas enxuga as lágrimas dela. — Eu sei que dói muito, amor, e essa dor nunca vai passar, mas com o tempo você vai aprender a lidar com ela.

— Ele faz tanta falta.

— Eu sei. Mas pensa que ele não gostaria de ver assim no dia de hoje.

Maísa assente e solta a mão de Jonas para colocar o trench coat.

— Vamos descer. — Eles saem do quarto e entram no elevador. Maísa analisa mais uma vez sua roupa no espelho e observa Jonas às suas costas. Ela se vira para o namorado e comenta: — Você está lindo.

Jonas olha para a própria roupa, um terno de linho preto.

— Que bom que você gostou.

— Eu amei — sorri Maísa se aproximando dele. Eles dão um selinho e Maísa passa a ponta do nariz na bochecha dele. — Estou tão feliz por você estar aqui.

— Eu também. É a primeira vez que eu passo o revéillon na Itália, sabia? E a sua companhia torna tudo ainda mais especial.

Maísa sorri e dá mais um beijo no namorado. Eles chegam ao saguão do hotel e se encaminham para um dos salões de jantar, onde se encontram com Laís, os pais dela e a mãe de Maísa.

— Chegou quem faltava — sorri Viviana, tia da loira.

— Desculpe o atraso, gente — pede Maísa de mãos dadas com Jonas.

— Chegaram na hora certa — responde sua mãe, Lorena. O casal senta-se na mesa e Laís coloca uma mão sobre o braço da prima.

— Por que você estava chorando? — sussurra no ouvido dela.

— Eu não estava chorando — mente Maísa.

— Eu te conheço.

Maísa estica o braço e pega uma taça com água. Ela toma um longo gole e volta a fitar a prima.

— Bateu saudade do meu pai.

— Ele sempre vai estar presente.

— O Jonas disse a mesma coisa.

O olhar de Laís escorrega para Jonas, que conversa discretamente com Tales, o pai dela.

— Até que ele está legal nessa viagem.

Maísa dá um leve sorriso.

— Você vai ver o quanto o Jonas é legal.

— Vamos com calma. — Elas sorriem.

No calor do réveillon brasileiro, em uma cobertura localizada no bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro, a família de Gabriel se prepara para a virada do ano. O jovem conversa com sua avó e uma tia animadamente e não percebe a aproximação de sua mãe.

— Gabriel? — ela chama. Quando ele se vira, seu coração dispara instantaneamente, pois sua mãe está acompanhada.

— O que você está fazendo aqui? — pergunta o rapaz.

— Boa noite para você também — Jaqueline responde com um sorriso sedutor. A mãe de Gabriel afasta-se com a avó e a tia dele, deixando os dois sozinhos.

— Por que você está aqui? — ele volta a questionar.

— Eu vim falar com você.

— Na noite de réveillon?

— Eu não queria começar o ano sem conversar com você. Eu tentei fazer isso antes, mas você não respondeu minhas mensagens nem atendeu as minhas ligações.

— E isso não foi suficiente para você perceber que eu não quero falar com você? — questiona Gabriel e Jaqueline engole em seco.

— Não fala assim — ela pede com seriedade.

— Vai embora, Jaqueline.

— Gabriel.

— Como você sabia que eu ia estar aqui?

— Eu conversei com a sua mãe.

— Claro — Gabriel dá uma risada seca.

— Ela quer que a gente se acerte. E eu também — acrescenta dando um passo na direção dele. — Por favor, vamos conversar, Gabriel.

— Eu não quero me estressar em pleno dia 31, Jaqueline.

— Eu também não! Por favor, só me escuta. Eu saí da minha casa na noite de ano novo só para conversar com você.

Gabriel a encara por alguns segundos e suspira.

— Vamos lá para dentro.

Jaqueline dá um leve sorriso e segue o rapaz para o interior do duplex. No caminho são interrompidos por um tio dele.

— Que lindo ver vocês juntos de novo! — exclama o senhor. Jaqueline fica surpresa e olha para Gabriel, que fala:

— Ela veio só fazer uma visita.

— Mas já está quase na hora da virada.

— É uma visita especial — sorri Jaqueline.

— Vocês são lindos juntos — elogia o tio de Gabriel antes de se afastar. O rapaz revira os olhos e volta a caminhar sem fazer nenhum comentário sobre a situação.

A música tocada pelo DJ quase não é ouvida no lado de dentro do apartamento. Eles passam por mais alguns parentes dele até chegarem a uma espaçosa sala de televisão. Gabriel fecha a porta assim que Jaqueline entra.

— Pode começar.

Jaqueline ainda está parada diante dele e gira a chave na maçaneta, trancando a porta.

— Não quero ser interrompida — responde ao olhar questionar do jovem. Ela caminha até um dos sofás e se senta, cruzando as pernas. O olhar de Gabriel corre pelo corpo dela e ele rapidamente volta a encarar seu rosto.

— Não demora muito, tá? Não quero perder a queima de fogos.

Jaqueline respira fundo, controlando a vontade de devolver a provocação.

— Eu quero te pedir desculpas pelo o que aconteceu na formatura — começa. — Não que eu me arrependa do que eu fiz, mas a forma como aconteceu foi um pouco… desnecessária. Eu quis ficar com o Brian, eu gosto dele, mas… ele é um amigo. Gabriel, eu vou ser bem sincera.

— Assim espero — ele interrompe sentando em uma poltrona na frente dela.

— Eu aceito o pedido que você me fez na formatura. Eu quero tentar mais uma vez. Eu quero ser sua namorada de novo.

— E se esse pedido não estiver mais de pé?

— Não é possível que os seus sentimentos tenham mudado tão rápido.

— Eu vi você beijando o Brian minutos depois de estar comigo.

— Eu já te disse que isso não significou nada, foi apenas uma coisa de momento.

— E se da próxima vez que o Brian vier para o Brasil você quiser ficar com ele de novo? Quem me garante que você só está aceitando voltar comigo por que o americano não está aqui?

— Eu garanto! — responde Jaqueline de prontidão. — Nada do que eu sinto pelo Brian chega perto do que eu sinto por você. Eu nunca vou esquecer do que você estava disposto a fazer por mim. Quando eu desconfiei que estava grávida, você de cara disse que assumiria o filho mesmo ele sendo do Brian.

— Com você falando assim parece que só quer ficar comigo porque eu gosto de você.

— Claro que não é isso. Eu quero voltar, porque… porque eu te amo. — Gabriel continua olhando fixamente para ela. — Se fosse só por causa da atenção que você me dá — prossegue Jaqueline —, a gente já teria voltado faz tempo. Eu recusava suas investidas antes porque não estava pronta.

— E agora você está?

— Estou! Gabriel, tudo o que eu mais quero é começar o ano com você. — Ela levanta e senta no braço da poltrona em que ele está. — Eu larguei as comemorações na minha casa para vir falar com você, porque não estava aguentando mais pensar em você a todo o momento. — Ela passa a mão no rosto dele. — Eu te amo. Agora sou eu quem te peço, por favor, dá mais uma chance para a gente.

Gabriel reflete por um tempo e em seguida pega nas mãos de Jaqueline.

— Não faça que eu me arrependa dessa decisão.

— Eu não farei — promete Jaqueline.

Em Búzios, as famílias aguardam a virada do ano na praia privativa da propriedade de Reinaldo. Mel passa pelos filhos para chegar até uma das ilhas de bebidas. Chay está sozinho no local preparando um drink com frutas.

— Olá — ela fala parando ao lado dele. Chay é pego de surpresa com a sua chegada e responde:

— Oi, Mel. — Ele fica desconfortável, o que desperta curiosidade em Mel.

— Por que eu estou com a sensação de que se tivesse luz suficiente eu perceberia que você está vermelho?

Chay ri e olha para ela.

— Porque você me conhece muito bem.

Mel sorri e encosta na mesa, indagando:

— Por que eu te deixei vermelho?

— Estou nostálgico hoje.

— Eu comentei a mesma coisa com o Reinaldo hoje de manhã — ela lembra.

— Pois é.

— E isso tem a ver comigo?

— Eu estava pensando que na virada do ano passado nós ainda estávamos casados — confessa Chay e Mel continua olhando para ele em silêncio. Os dois se encaram até que Mel comenta:

— Muitas coisas aconteceram nesse ano, né?

— Muitas. Umas boas, outras nem tanto.

— Tomara que nesse próximo ano aconteçam mais coisas boas do que ruins — fala Mel.

— Sim. — Eles se olham intensamente mais uma vez até que Chay volta a depositar sua atenção no drink que prepara e Mel se serve com espumante.

Gabriel e Jaqueline trocam um olhar cúmplice antes de saírem da sala de televisão. Eles caminham para a área externa da cobertura de mãos dadas e recebem olhares curiosos dos parentes deles.

— Não estou acreditando no que estou vendo — a mãe dele sorri quando os dois se aproximam dela. — É isso mesmo? — pergunta fitando os dedos entrelaçados deles.

— Nós estamos juntos de novo — anuncia Gabriel abrindo um sorriso radiante. Ele olha para Jaqueline, que está tão sorridente quanto ele.

— Espero que dessa vez dure bastante tempo — brinca a mãe dele.

— Vai durar — garante Jaqueline.

No centro da sala de estar da cobertura em que vive com os pais, Nícolas monta um quebra-cabeça que ganhou no Natal de Chay. Ao seu redor, Anelise, Bernardo, Berenice e André conversam animadamente. Daniel desce as escadas aparentemente nervoso e caminha até o filho. Ele se agacha na altura de Nícolas e troca algumas palavras com ele sem ser notado pelos outros adultos. Nícolas abandona o joguinho, pega na mão de Daniel e sobe as escadas com ele. Os dois vão juntos até o quarto de Luíza e Daniel, onde se encontra a psicóloga.

— Oi, meu amorzinho — ela sorri abrindo os braços para a criança. Daniel solta a mão de Nícolas, que se aproxima da mãe. Luíza o coloca em seu colo e Daniel senta ao lado dos dois na cama. — O que você estava fazendo? — pergunta tirando alguns fios de cabelo da testa dele.

— Montando o quebra-cabeça — responde Nícolas.

— E você está gostando?

— Uhum, é difícil, mas é legal.

Luíza olha para Daniel, sinalizando para ele falar.

— Nós te chamamos aqui em cima — começa o arquiteto —, porque temos uma coisa para te contar.

— Que coisa? — indaga Nícolas com olhos curiosos.

— A mamãe recebeu uma notícia que deixou nós dois muito felizes e vai deixar você feliz também.

— Lembra o que você estava pedindo para a gente um tempo atrás? — Luíza indaga e Nícolas arregala os olhos.

— Eu vou ganhar um irmãozinho? — questiona com a voz mais aguda.

— Sim — respondem Daniel e Luíza em um uníssono.

— Ai meu Deus! — exclama Nícolas escondendo o rosto entre as mãos.

— O que você acha dessa novidade, filho? — pergunta Daniel.

— Eu estou tão feliz! — diz o garotinho pulando do colo de Luíza. — Eu vou ter um irmãozinho!

— Ou uma irmãzinha — sorri Luíza.

— E quando a gente vai saber se é um irmão ou uma irmã?

— Daqui a um tempinho — ela responde.

— Você quer que seja o quê? — pergunta Daniel.

Nícolas pensa por alguns segundos.

— Não sei. Vou gostar dos dois. Ele está na sua barriga, mãe?

— Está.

Nícolas se aproxima novamente dela, pousa uma das mãos em seu abdômen e diz:

— Oi, irmãozinho ou irmãzinha.

Daniel enxuga uma lágrima que cai e olha para Luíza, que está sorrindo brilhantemente.

Em uma das mesinhas de madeira que estão espalhadas pela praia privativa da propriedade de Reinaldo, Vinícius, Marina, Thiago, Yasmin e Graziele conversam comendo alguns aperitivos. Nina, a cadelinha de Isabela, transita entre eles e senta aos pés de Graziele.

— Ela é um amorzinho, né? — diz a ruiva pegando Nina no colo.

— Essa daí é dada, vai com todo mundo — brinca Victor se juntando a eles. — Tem alguém sentado aqui? — indaga olhando para a banqueta ao lado de Yasmin.

— Eu estava aí, mas pode sentar — responde Vinícius, que está em pé entre as pernas de Marina de costas para ela. Victor se impulsiona para sentar na banqueta e comenta:

— Como a Isabela consegue subir aqui? A banqueta em si é quase do tamanho dela. — Eles riem.

— Sabe uma coisa que eu lembrei? — diz Thiago. — A Nina não vai com todo mundo não. Ela não ia muito com a cara do Brian, lembram?

— É verdade — ri Vinícius.

— Ele bem que poderia ter passado o réveillon aqui, né? — Yasmin fala.

— Eu falei isso pra ele — diz Marina com o queixo apoiado no ombro de Vinícius —, mas ele quis ir logo depois da formatura. O que eu posso fazer? — ela dá de ombros sorrindo.

— O Thiago que não gostou da ida dele, né? — provoca Victor.

— Eu não tenho nada a ver com a ida de Brian — ri Thiago.

— Com a do Brian não, mas com a da Juliana… — Victor deixa a frase no ar. Graziele respira profundamente e mesmo com Nina em seu colo o movimento é perceptível por Thiago. Ele apenas balança a cabeça dando um leve sorriso.

Nícolas desce as escadas correndo e quase tropeça nos últimos degraus.

— Cuidado, filho — pede Daniel que vem logo atrás dele com Luíza.

— Gente — a psicóloga chama a atenção dos pais e de Anelise e Bernardo. — Nós queremos contar uma novidade para vocês.

Anelise deixa sua taça de vinho sobre a mesinha de centro, perguntando:

— Que novidade?

Daniel, que está com as mãos nos ombros do filho, fala para ele:

— Conta você, Nícolas.

O garotinho sorri para eles e exclama:

— Eu vou ganhar um irmãozinho!

Anelise leva as mãos à boca e Berenice e André sorriem.

— Você está grávida, Lu? — pergunta a senhora.

— Estou — sorri Luíza colocando uma das mãos na barriga.

— Eu já sabia — cantarola Bernardo e Daniel franze a testa.

— Como assim?

— Eu estive observando algumas coisas. Na colação de graus dos meninos a Luíza não aceitou beber, até aí tudo bem, né? Só que na festa de formatura deles eu ouvi a Luíza comentando que está cheia de espinhas e quando a Ane perguntou se ela já não tinha passado dessa fase, ela ficou constrangida. De novo a Lu não bebeu e eu notei que a sua cintura está um pouco mais larga.

— Meu Deus, que observador! — ri André.

— E por que você não comentou nada comigo? — pergunta Anelise.

— Eu não queria estragar a surpresa, né? — ri Bernardo.

— Eu vou ganhar um irmãozinho — sorri Nícolas pulando no sofá entre Bernardo e Anelise.

— Você está feliz, Ni? — Anelise indaga enquanto Luíza e Daniel recebem os parabéns de Berenice e André.

— Demais! — responde o garotinho. — Eu queria um priminho também.

— Ué, mas você já não tem a Isabela e o Vinícius? — questiona Bernardo.

— Sim, mas eu queria um priminho de vocês.

— Nosso? — estranha Anelise.

— É. Não falam que vocês são meus tios de consideração, eu queria um priminho de consideração de vocês.

Bernardo e Anelise se olham e gargalham.

— Eu quero te dar um priminho, Nícolas — fala Bernardo, porém seu olhar continua em sua esposa.

— Nós te daremos um priminho — responde Anelise.

— Quando? — Nícolas questiona com ansiedade.

— Ano que vem — ela diz e Bernardo a encara intensamente.

— Você está falando sério? — pergunta o médico.

— O réveillon não é época para planejar o futuro?

— Ane, não brinca com isso.

— Eu não estou brincando.

— É sério?

Anelise sorri.

— Se eu não estou brincando, estou falando sério. — Os dois passam a conversar como se Nícolas não estivesse entre eles.

— Ane — fala Bernardo fitando os olhos dela.

— Bê — ela usa o mesmo tom de voz dele.

— Não me faz criar esperanças.

— Acredita no que eu estou dizendo, amor. Eu quero engravidar ano que vem — diz Anelise com seriedade. — Claro que nós temos que nos planejar, mas eu quero. Eu quero que a gente tenha nosso primeiro filho.

Bernardo sorri com os olhos marejados.

— Eu não estou acreditando.

— Pois acredite.

— Meu Deus, é muita felicidade para uma única noite.

— Calma, eu nem estou grávida ainda.

— Mas só de você querer já é uma grande avanço.

— Idiota — ri Anelise.

Bernardo pega uma das mãos dela e beija seus dedos.

— Eu te amo tanto.

— Eu também te amo.

— E eu amo vocês também — sorri Nícolas entre eles.

— Nós também te amamos, meu lindinho! — diz Anelise abraçando ele.

— Abraço coletivo no Nícolas! — exclama Bernardo abraçando a esposa e o garotinho.

Próximo a meia noite, todas as famílias se reúnem na praia. Reinaldo confere as horas no relógio e fala:

— Contagem regressiva.

— Dez — começa Mel.

— Nove! — gritam Felipe e Isabela juntos com Micael e Chay.

— Oito! — fala Malu puxando Graziele e Thiago para um abraço.

— Sete! — brindam Larissa, Henrique, Nathália, Lucas, Fernanda e Mateus.

— Seis! — diz Marina olhando para Lua, Arthur e Victor.

— Cinco! — exclama Vinícius abraçando Mel.

— Quatro — sorri Yasmin com Sophia.

— Três, dois, um — eles gritam juntos. — Feliz ano novo!

Uma queima de fogos colore o céu de Búzios, causando encantamento em todos eles. Como os fogos são silenciosos, Nina continua correndo por entre eles animadamente.

— Feliz ano novo, meu amor! — sorri Mel dando um beijo no filho.

— Feliz ano novo, mãe! Que esse ano seja maravilhoso para nós.

— Será — responde a empresária. Vinícius caminha até a família Blanco-Aguiar e Mel se volta para Reinaldo. — Feliz ano novo!

— Que assim seja — sorri Reinaldo beijando os lábios dela. Chay abraça Isabela com força, falando em seu ouvido:

— Que você tenha um ano incrível, minha filha.

— O senhor também, pai — responde a adolescente com o rosto na camisa dele.

— Animado? — Micael pergunta à Felipe.

— Demais — vibra o rapaz sorridente.

— Feliz ano novo, minha princesa — fala Sophia abraçando Yasmin.

— Eu vou me mudar para São Paulo! — ri a loirinha.

— Não lembra, não lembra — pede Sophia e elas gargalham.

— Vem faculdade! — exclama Malu com Thiago e Graziele.

— Ou não — ri Thiago sendo observado pela ruiva.

— Pensamento positivo — responde Malu. — A gente não pode se afastar, viu? Não me troquem por amigos novos.

Graziele gargalha.

— Isso não vai acontecer — diz e olha para Thiago. — Eu não troco vocês por nada.

Malu analisa a troca de olhares dos dois e se afasta lentamente, indo na direção de Yasmin e Sophia.

— Feliz ano novo — Thiago fala para Graziele. A ruiva estica a mão na direção dele.

— Amigos?

Thiago pega na mão dela, respondendo:

— Amigos. — Eles sorriem e se abraçam.

Marina sorri com a aproximação de Vinícius e vai até ele.

— Mais um ano começando — fala.

— Você sabe que dia é hoje? — pergunta o rapaz pegando na mão dela.

— Primeiro de janeiro. — Ela ri e dá um selinho nele. — Feliz um ano de namoro.

— Não sabia se você ia lembrar — ri Vinícius.

— Você acha que eu ia esquecer que no réveillon passado eu fui pedida em namoro pelo amor da minha vida?

— Eu sou o amor da sua vida?

— Sim. Não importa o que aconteça, nada vai mudar isso — garante Marina olhando intensamente para ele.

— Esse ano vai ser muito difícil para a gente.

— Vai — ela concorda. Vinícius a abraça com força e de olhos fechados, sussurra:

— Eu te amo.

Marina assente.

— Eu te amo.

Yasmin e Malu conversam quando Victor passa os braços ao redor da cintura da loirinha, abraçando-a por trás.

— Feliz ano novo!

— Feliz ano novo — respondem as duas.

— As malas de vocês já estão prontas? — pergunta Malu. Victor desvia o olhar e Yasmin comenta:

— Nossa, amiga, que direta.

Malu nota que os dois ficaram incomodados e se arrepende da brincadeira.

— Feliz ano novo! — grita e sai pulando de volta para perto de Graziele e Thiago. Ainda nos braços do namorado, Yasmin se vira de frente para ele.

— Feliz ano novo, boy american.

— Feliz ano novo, mina paulistana.

Eles riem e se beijam.

— Que nenhuma distância nos afaste nesse ano — promete Yasmin.

— Que nenhuma distância nos afaste nesse ano — Victor repete com seriedade.

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