Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 377: Jovens fazem previsões para o futuro de Vinícius
Os holofotes estão todos voltados para a entrada do salão de festas que fica no andar de cima do Teatro Otávio Mendes. Os quarenta e sete formandos passam pela porta sorridentes e radiantes. Terceiro ano A e B são separados em duas grandes mesas retangulares no final do espaço. Entre Victor e Vinícius, Marina elogia o namorado:
— Foi lindo o seu discurso de agradecimento a Deus.
Trajes de Marina
— Deu para entender o que eu quis dizer? — pergunta Vinícius brincando com o guardanapo em seu colo.
— Sobre o lance de tentar falar de tudo, não só de Deus?
— É.
— Deu para entender. Isso foi o que eu mais gostei no seu discurso, não ter o foco só em uma figura ou uma religião.
— Por isso que eu fiquei com receio quando disseram que eu iria fazer o agradecimento a Deus. Eu não queria falar somente do Deus do catolicismo, porque acho que tem muitas outras coisas que regem a nossa vida.
— Só faltou faltar de Alá — brinca Thiago sentado na frente de Marina.
— O Samuel ia gostar — Malu ri olhando para o jovem a sua direita.
Vinícius olha para Samuel diante de si.
— Você é muçulmano?
— Não, cara — ri Samuel. — Algumas pessoas da família do Elias são, mas ele não é e eu também não sou.
— Já que você tocou no assunto — diz Yasmin na ponta da mesa —, como está o seu pai?
— Na mesma — ele responde. — Ele continua em coma.
Felipe olha por cima de Thiago e Malu e pergunta:
— Isso é o mesmo que estado vegetativo?
— Não! — diz Samuel de imediato. — São bem diferentes. Pelo o que eu conversei com o médico, em estado vegetativo a pessoa consegue viver por muito tempo, já em coma não. Tipo, uma hora ou outra ela vai apresentar melhoras ou vai aparecer alguma complicação e aí ela morre de vez.
— Nossa, que tenso — comenta Isabela na frente de Yasmin.
— E ninguém sabe o que aconteceu com ele? — indaga Vinícius.
— Não oficialmente, mas tudo indica que foi uma emboscada de algum inimigo desse ramo empresarial aí.
— Então ele lidava com gente da pesada, né — Victor observa e Samuel ri.
— É o Elias. Isso não é surpresa para ninguém.
— Gente, vamos mudar de assunto — pede Malu. — Hoje é dia de comemoração.
— Você tem razão — fala Yasmin. — Vocês viram que… — Ela é interrompida por Maísa que se aproxima deles com Jonas.
Trajes do casal
— Parabéns pelo discurso, pessoal — a loira sorri para Yasmin, Vinícius e Isabela. — Vocês arrasaram.
— Obrigado — respondem os três.
Trajes Yasmin, Vinícius e Isabela, respectivamente
— Eu quase chorei com você, oradora — Maísa brinca com Yasmin, que ri.
— Eu chorei várias vezes escrevendo. Ficava me perguntando porquê eu fui me meter nessa furada — responde gargalhando ainda mais.
— Que ouve até pensa que ela não gosta de ser o centro das atenções — fala Malu e todos riem, exceto Jonas. Ele não faz questão de participar do assunto e conversa por leitura labial com sua família que está logo adiante.
— Enfim, deixa a gente ir sentar logo antes que o jantar seja servido — diz Maísa.
— Onde vocês estão sentados? — pergunta Marina inclinando-se para frente afim de enxergar o restante da mesa.
— Quase lá no outro lado — Maísa aponta para os lugares vazios entre Laís e Luciana diante de Amanda e Pedro.
— Vish — exclama Yasmin seguindo a indicação dela —, logo na frente de quem você foi sentar.
— Pois é, foi o lugar que me restou — responde a loira no momento em que Jonas volta a prestar a atenção na conversa. Ele olha para todos, menos para Isabela e Felipe que estão bem em sua frente.
— A Maísa é igual a mim — comenta Samuel. — Sempre é o elo que liga dois grupos diferentes — fala indicando Jaqueline do seu lado direito e Malu do esquerdo.
Trajes de Jaqueline, Samuel e Malu, respectivamente
— Quem mandou formar casal com gente de outro rolê — brinca Thiago.
— Mas eu não me arrependo — ri Samuel fazendo um carinho na coxa de Malu por baixo da mesa.
— Nem eu — Maísa passa um braço pelos ombros de Jonas, que envolve a cintura dela.
— Ah, mas eu tenho certeza de que uma hora você vai se arrepender — Malu fala sem pensar. Isabela sente os olhares de seus amigos em seu rosto, mas fica em silêncio observando seu prato vazio.
— Ok — fala Maísa após alguns segundos constrangedores. — Antes que a conversa chegue em um nível ainda mais esquisito, eu vou para o meu lugar. — Ela e Malu trocam um olhar divertido.
— Foi mal, não me controlei — ri a morena. Maísa sacode a cabeça dando um leve sorriso e pega na mão de Jonas.
— Maldito momento em que a gente voltou a ter intimidade — sorri afastando-se com o namorado.
— Graças a Deus a gente saiu de lá — Jonas finalmente abre a boca no caminho para seu assento.
— Meu sonho de princesa é que o meu namorado e os meus amigos convivam em harmonia — resmunga Maísa.
— Ei — Jonas segura com mais firmeza na mão dela, impedindo-a de continuar caminhando. — Eu me esforço para não ser desagradável com os seus amigos de verdade. Agora querer que eu seja simpático com o grupinho da Isabela não dá, amor. Desculpa, mas não dá.
— Tá — responde Maísa e se senta em seu lugar. — Mas como era quando você namorava a Isabela? — indaga ignorando a conversa de Pedro, Luciana, Jaqueline, Amanda e Talita.
— Você quer mesmo falar sobre isso?
— Eu não tenho insegurança nenhuma com o seu passado, Jonas.
— Era diferente. Eu nunca fui amigo deles, né, até porque o pessoal não ia com a minha cara por causa do meu jeito e da fama de galinha que eu tinha.
— Tem — corrige Maísa.
— Ah, tinha, Maísa, hoje em dia as pessoas não falam tanto essas coisas de mim.
— Só se for na sua frente, porque vire e mexe eu tenho que ouvir alguém me falando que é para eu abrir o olho senão você vai me chifrar.
Jonas ri.
— É sério?
— Isso não é piada.
— Desculpa. Mas então, não era uma relação super íntima minha com eles. A gente se aturava, porque não tinha como provar que eu tinha feito alguma coisa, porque eu realmente não tinha feito nada. Aí quando eu traí a Isabela o caldo entornou.
— Por que será? — ironiza Maísa. — Parando para pensar, você e os meus amigos se tratam da mesma forma que você e os amigos da Isabela se tratavam. Isso quer dizer que eles vão passar a te odiar abertamente quando você me trair.
— Eu não vou te trair — rebate Jonas com seriedade. — Você sabe disso.
— Eu não ponho a minha mão no fogo por ninguém — ri Maísa.
— Não estou falando para você colocar a mão no fogo, só que eu pensei que você ao menos confiava em mim — ele responde ressentido.
— Eu confio — diz Maísa dando um selinho nele. — Mas você tem consciência de que se fizer merda comigo eu não vou ficar chorando igual a Isabela, né?
Jonas sorri e beija o canto da boca dela.
— Isso é uma ameaça?
— Entenda como quiser — sorri a prima de Laís. Eles se assustam e olham para o restante da mesa quando Daniela se senta entre Pedro e Graziele, perguntando:
— Do que vocês estão falando?
— Do Pedro que ficou de exame — responde Luciana.
— Ah, pelo menos você passou, né? — diz Daniela olhando para o jovem.
— Menos mal.
Trajes de Daniela, Pedro e Luciana, respectivamente
— Reza a lenda que ninguém reprova do terceiro ano — Jaqueline fala e Jonas responde:
— Eu já conheci uma garota que reprovou no terceiro ano lá no colégio mesmo.
— Toda regra tem uma excessão. — Eles riem.
— Mas eu estou achando muito divertido esse clima de despedida entre a sala — comenta Amanda.
— É — concorda Daniela —, parece que está todo mundo mais unido, né?
— O Jonas acha exatamente o mesmo — Maísa ironiza olhando para o namorado, que sorri. Pedro provoca:
— Só a Jaqueline que ficou triste, porque o Gabriel está sentado na outra mesa.
— Isso depois dela ter ficado orgulhosa do discurso dele — completa Talita.
— Fiquei orgulhosa mesmo — admite Jaqueline. — Eu gosto dele ué.
— Então por que vocês não voltam? — Amanda indaga.
— Ih, é uma história complexa.
Trajes de Amanda e Talita, respectivamente
Sentado diante de Lorenzo, Alexandre pergunta:
— Quem é aquela mulher na mesa com os seus pais?
— É a minha irmã — responde o garoto.
— Nossa, eu nem sabia que você tinha uma irmã.
— É, ela mora na Inglaterra.
— Maior gata — elogia o namorado de Laís, que censura:
— Alexandre?
— Ué, é só uma opinião.
Trajes de Lorenzo, Laís e Alexandre, respectivamente
Na ponta da mesa, Mayara comenta:
— Até porque mesmo que você quisesse alguma ela nunca olharia pra você, né?
— Está me tirando, Mayara? — ri Alexandre.
— O que uma mulher como ela vai querer com um garoto como você?
— Nossa! — exclama Aline rindo com Iago. — Depois dessa eu cuspia no chão e saia nadando.
Trajes de Mayara, Aline e Iago, respectivamente
As entradas são servidas e todos no salão começam a comer. Os familiares de Vinícius e Isabela conversam em sua mesa. Chay, Anelise e Reinaldo conversam sobre a turnê que o cantor iniciará no ano seguinte enquanto Mel explica para Nícolas o que significa colar grau na vida dos primos dele. Bernardo, que acompanhava a conversa da ex-concunhada olha para os pais do garotinho e fala:
— O filho de vocês é uma comédia.
Daniel sorri.
— Por quê?
— No meio da cerimônia ele virou para mim e perguntou por que a Mel estava namorando o Reinaldo e não o Chay.
Daniel e Luíza gargalham.
— Ele está nessa fase de fazer perguntas mesmo — comenta a psicóloga. — Não, obrigada — recusa quando um garçom se aproxima com uma garrafa de champanhe.
— Você recusando um champanhe? — brinca Bernardo enquanto sua taça é preenchida.
— Eu estou dirigindo.
— Ah sim! Eu e a Ane viemos de carona com o Chay para podermos encher a cara — brinca e eles gargalham.
— Se você quiser eu posso dirigir na volta — fala Daniel para a esposa.
— Não precisa — despensa Luíza dando um leve sorriso.
— O que você tem achado no menu, chef Vinícius? — pergunta Malu quando o prato principal é servido.
O jovem ri.
— Está uma delícia.
— Se está aprovado por você, então está bom mesmo — fala Graziele.
— Vocês me superestimam — sorri Vinícius.
— Não, a gente reconhece o seu talento, é diferente — diz Yasmin.
— Eu tenho muito o que aprender ainda. Muito mesmo!
— Um dia a gente vai estar jantando no seu restaurante — prevê Felipe.
— Nossa, imagina! — Isabela exclama e Vinícius sorri olhando para Marina.
— Onde será o seu restaurante, chef? — pergunta Thiago. — Paris? Nova York? — diz fitando a gêmea de Victor.
— Rio de Janeiro — responde o rapaz.
— Ui, nacionalista ele! — brinca Malu e eles gargalham.
— Falando sério — diz Vinícius — o local em que eu montar o meu restaurante não vai ser a coisa mais importante.
— E o que será mais importante? — pergunta Marina observando o rosto dele.
Vinícius olha para baixo dando um leve sorriso e volta a encarar a namorada.
— Vocês estarem lá.
Manooo, até o Nícolas sacou que o Reinaldo é uma furada.
ResponderExcluirJá sonhando com o restaurante do Vini tbm