Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 370: Vinícius surpreende Marina em seu aniversário


Diante da reação da irmã, Victor começa a sorrir.
— Foi uma brincadeira.
— Mas você acha que ele faria isso? — pergunta Marina repentinamente preocupada.
— Claro que não — Victor responde com obviedade. — Todo mundo sabe que o Vinícius é louco por você.
— Eu não quero que o meu namoro termine — comenta a jovem e Victor segura nos ombros dela com força.
— Marina, o seu namoro não vai acabar.

Sentadas em um sofá capitonê amerelo de um provador, Maísa e Laís conversam enquanto Daniela e Aline experimentam roupas.
— Foi angustiante e triste — a loira resume a visita à sua casa.
— Posso imaginar — fala Laís no momento em que Daniela abre a cortina de seu provador.
— O que acharam? — pergunta girando em um vestido vermelho tomara que caia.
— Ousado — responde Maísa.
— Vulgar — Laís fala com sinceridade.
— Eu gostei — diz Daniela se analisando em um grande espelho no final do corredor dos provadores. — Preciso de uma roupa nova para passar o Natal com a família do Pedro.
— Vocês vão passar o Natal juntos? — questiona Aline deixando seu provador.
— Vamos. Ai, adorei esse short! — exclama vendo a roupa da amiga.
— Eu também. Vou levar — diz Aline também se olhando no espelho. — Aliás, amiga — fala voltando-se para Maísa —, por que você decidiu ir ontem para casa? Assim, do nada.
— Eu já estava com vontade, daí ontem ficou ainda mais forte e eu decidi ir.
Aline retorna para seu provador e Daniela indaga:
— Você não contou para a sua mãe?
— Não! — exclama Maísa. — Minha mãe não quer que a gente volte para lá por enquanto. Ela acha que a presença do meu pai é muito forte lá e nós ainda não estamos preparadas para lidar com isso.
— E ela está certa — comenta Laís.
— Não preciso repetir que não é para você contar nada, né Laís — diz Maísa com seriedade.
— Fica tranquila, não vou falar nada para ninguém.
— É, para a minha mãe eu saí do restaurante e fui direto para a casa do Jonas.
Aline sai de seu provador usando um macacão dessa vez.
— E você realmente dormiu na casa dele ou ficou na sua mesmo? — pergunta analisando a peça no espelho.
— Na casa dele, é claro — responde Maísa. — Não tinha clima nenhum para ficar lá na minha.
— O namoro de vocês está realmente sério, né? — comenta Daniela saindo do provador com uma jaqueta jeans.
— Está — fala Maísa olhando para o anel em seu dedo mindinho que foi presente de Jonas.
— Tenho que confessar que não esperava que o Jonas fosse ser tão legal assim com você — Aline assume.
— Ele é muito mais do que legal comigo — diz Maísa dando um leve sorriso e Laís revira os olhos.
— Continuo não suportando ele — fala.
— Amiga, já passou da hora de você aceitar, né? — questiona Daniela. — Se o Jonas faz bem a ela…
Laís dá de ombros.
— Ainda não confio nele. O Jonas não é confiável, gente!
— Isso é a sua visão dele — devolve Daniela.
— Você namora um dos melhores amigos dele, Dani. Não está em papel de opinar.
— Primeiro, eu não namoro o Pedro. E segundo, o fato de eu estar com um dos melhores amigos do Jonas não me faz obrigatoriamente gostar dele.
— A Malu está aí para provar — Aline lembra.
— É a minha opinião, gente — diz Laís. — Apenas isso.
Daniela ri e indaga para Maísa:
— O que você acha disso?
— Eu vou continuar com o Jonas — ri a loira. — Apenas isso — imita a prima e suas amigas caem na gargalhada.

Em um quiosque do posto 12 de Copacabana, Graziele e Douglas tomam uma água de coco sob o luar.
— Amanhã é aniversário de um primo do Rick, quer ir comigo? — chama Douglas.
— Amanhã também é aniversário da Marina e do Victor — fala Graziele.
— Ah, conheço essa Marina.
— Eu lembro do susto que você deu nela e no Vinícius na praia aquele dia. — A ruiva lança um olhar torto para ele, que ri.
— Aquele dia foi divertido.
— Não sei para quem. Mas enfim — ela fala —, não vai dar para eu ir então. — Um rapaz de cabelo comprido e prancha debaixo do braço chama a sua atenção. Seus olhares se encontram e ele sorri.
— E aí, Graziele — cumprimenta Ben parando ao lado da mesa dela.
— Como você está? — pergunta a jovem levantando para abraçá-lo.
— Estou bem. Vim pegar uma onda — comenta passando a mão no cabelo molhado. Ao observar o corpo do rapaz, Douglas sente-se ainda mais magro.
— Não é perigoso surfar a noite? — indaga Graziele e Ben sorri.
— Se você tomar cuidado, não.
— Entendi.
— E Malu, como está?
— Bem. Chegou segunda de Porto Alegre.
— Ah é, eu vi no Instagram dela. Ela foi com o Samuel, né?
Graziele assente, sem conseguir interpretar o tom de voz dele ao pronunciar o nome do meio irmão.
— Ele foi fazer um vestibular lá.
— Saquei. Manda um beijo para ela.
— Pode deixar. — Ela se despede do surfista, que se afasta.
— Amigo da Malu? — pergunta Douglas.
— É um pouco mais complicado, mas é por aí.
Douglas ri.
— Como assim?
— Resumindo a história, ela ficou com o Ben depois de já ter ficado com o Samuel. Depois descobriu que eles são irmãos por parte de pai.
— Como é que é? — ele arregala os olhos.
— Pois é — ri Graziele.
— Não é o pai do Samuel aquele empresário que estava desaparecido e agora está quase morrendo no hospital?
— Como é que você sabe? — surpreende-se Graziele.
— Eu assisto jornal, sabia? — Eles riem.
— É, o Elias está em coma, mas está estável.
— Vish, que barra para os dois, né?
— Na verdade eles estão cagando — diz a ruiva. — A relação entre todos eles é bem complexa, Douglas — resume.

A sala de jogos do casarão da família de Luciana é usado por ela, Jaqueline, Samuel, Jonas e Pedro. Eles comem pizza sentados ao redor de uma mesa.
— Amanhã a gente poderia sair, né? — comenta Jaqueline de repente.
— Sair para onde? — indaga Pedro.
— Sei lá — a loira dá de ombros. — Em uma balada, restaurante, qualquer coisa.
— É uma boa ideia — apoia Luciana.
— E aonde nós vamos? — indaga Jaqueline.
— Vamos no Olympe? — sugere a morena.
— Ah não — diz Jonas rapidamente. — Eu jantei lá com a Maísa ontem.
— O problema é seu — rebate Luciana rindo. — Vamos no Palaphita Kitch então.
— O Samuel não gosta de lá — lembra Pedro.
— Por que você não gosta de lá? — pergunta Jonas com curiosidade. Samuel engole um pedaço de pizza e responde:
— Eu costumava ir muito lá com a minha primeira namorada.
— Aquela menina que a sua mãe ficava enchendo o saco para você continuar namorando? — Jaqueline indaga rindo.
— A única namorada que eu tive, né? — ele diz esvaziando seu copo de refrigerante. — Mas podem ir lá, eu não vou amanhã.
— Ah! — exclama Luciana em tom de lamentação. — Por quê, Sam?
— Amanhã é aniversário da Marina e do Victor. Vai ter um almoço para a família e um jantar para os amigos.
— E desde quando você é amigo deles? — questiona Jaqueline.
— Desde que começou a pegar a Maria Luíza, né — diz Pedro.
— É, foi mais ou menos isso mesmo — Samuel concorda. — Eu comecei a ficar com a Malu e acabei me aproximando deles.
— Foi até para a Fazenda Feliz do Chay nas férias, lembra? — provoca Luciana.
— Nem lembra dessa viagem! — exclama Jaqueline sentindo um arrepio. — A única coisa boa disso tudo foi passar uns dias com o Brian.
Pegando mais um pedaço de pizza, Pedro pergunta:
— Mas peraí, a Marina não está em Nova York com esse americano?
— Ela volta hoje — responde Samuel. — A Malu disse que ela chegava hoje a noite.
— Queria eu ter passado uma semana com o Brian em Nova York.
— Você não estava toda apaixonadinha pelo Gabriel de novo? — estranha Jonas.
— Ai, gente, sou confusa — ri Jaqueline.
— Mas enfim — fala Luciana —, você não vai mesmo, Samuel?
— Não dá para eu ir, gente — responde o rapaz.
— Mas sem todo mundo o rolê não tem graça.
— Tem graça sim — ri Pedro.
— Vai, vamos só a gente mesmo — decide Jaqueline. — O Samuel vai estar ocupado com seus novos amigos.
— Ai meu Deus! — exclama Samuel puxando a cadeira de Jaqueline para mais perto de si. — Ela ficou magoadinha! — Ele dá um beijo na bochecha dela.
— Sai, Samuel — pede Jaqueline empurrando ele.

Às nove horas da manhã do dia seguinte o despertador de Marina toca. Como foi dormir já de madrugada,  a aniversariante do dia encontra dificuldades para levantar, porém sabe há um café da manhã especial elaborado por seus pais para o aniversário dela e de Victor. Assim que senta na cama enxerga um objeto diferente sobre sua poltrona e um enorme sorriso surge em seu rosto. Ela levanta da cama e ainda descalça e descabelada alcança o buquê de flores campestres.
“Desculpas por não poder te abraçar logo que você voltou para o Brasil, mas eu chego de viagem antes de você acordar. Jamais ficaria longe de você hoje. Aproveita o seu dia, minha princesa. Papai te ama hoje e te amará sempre. Feliz aniversário!” lê no cartão que acompanha o buquê.
— Ai pai — sussurra Marina ainda sorridente. Ela cheira as flores e as abraça em seguida como se estivesse abraçando o próprio Arthur.

No quarto ao lado, Victor é acordado pelo pai.
— Bom dia, aniversariante do dia!
O loiro sorri e coça os olhos.
— Bom dia, pai.
— Vamos levantar?
— Tenho?
Arthur ri e puxa o cobertor de cima do filho.
— Sua mãe está lá embaixo terminando de arrumar a mesa para o nosso café da manhã.
— Acho que isso é um “sim”, né? — sorri Victor ficando de pé.
— Feliz aniversário, filho — deseja Arthur dando um abraço nele. — Você é o meu orgulho, um dos meus três amores e a razão para eu buscar a cada dia ser um homem melhor. Espero que eu esteja servindo de um bom exemplo para você.
— Obrigado, pai — agradece Victor soltando Arthur. — Com certeza o senhor está sendo um bom exemplo. E desculpa se ás vezes eu não sigo o seu exemplo e faço merda — pede e eles riem.
— Vai tomar seu banho, estamos te esperando lá na piscina — fala Arthur saindo do quarto.

Marina espanta-se ao chegar na sala de jantar e encontrar a mesa vazia e ninguém no ambiente. Ao sair do cômodo dá de cara com Lua.
— Oi, aniversariante do dia! — exclama a produtora musical surpresa por encontrá-la ali.
— Oi, mãe — responde Marina ao receber um abraço apertado de sua mãe.
— Feliz aniversário, meu amor. Eu sou muito orgulhosa por te ter como minha filha. Espero que o seu caminho seja iluminado, que nunca lhe falte amor, saúde e sabedoria. Que você continue sendo essa menina inteligente que me enche de orgulho.
— Obrigada! — fala a adolescente sorrindo. — Eu acordei tarde para o café da manhã?
— Claro que não — ri Lua. — Eu montei a mesa ao redor da piscina.
— Ui, que especial! — sorri Marina e elas caminham para o lado externo da mansão. Arthur e Victor já estão sentados ao redor da mesa. A primeira coisa que chama a atenção de Marina é o bolo branco ao centro. Sua boca saliva só de olhar para o doce. — Oi, pai! — Ela é abraçada por Arthur.
— Parabéns, Marina! — ele exclama dando um beijo na testa dela. — Feliz aniversário, meu amor. Tudo de bom para você, porque você merece. Minha princesinha, meu orgulho.
— Obrigada, pai! Eu adorei as flores.
— Ai que bom! Queria estar aqui para te buscar no aeroporto, mas não consegui.
— Sem problemas. O importante é o senhor estar aqui hoje.
— Como eu disse no cartão, jamais faltaria.
Marina sorri e olha para o irmão.
— Chegou o nosso dia, né?
— Dezessete anos, hein?
— Ano que vem a gente já vai poder dirigir.
— Se a gente ainda morasse em New York já poderíamos.
— É verdade — concorda a jovem sentando ao seu lado. — Mas como a gente está aqui, o jeito é se acostumar com… — Sua frase é interrompida quando seus olhos caem em um prato que está logo em sua frente.
Tortas de maçã, pães variados, queijos, torradas, panquecas, ovos mexidos, bolos e tapiocas são alguns dos itens que compõem a mesa do café da manhã, porém o mil folhas decorado com flores comestíveis que está diante dos olhos de Marina chama a sua atenção.
— O que foi? — indaga Victor.
— Esse prato — fala a adolescente apontando para o mil folhas. — Esse prato foi… deixa pra lá — ela dá um sorriso nervoso. — Eu devo estar ficando louca.
— O que é que tem o mil folhas, filha? — indaga Arthur após olhar para Lua, que segura um sorriso.
Marina continua olhando com espanto para o doce.
— Eu só conheço uma pessoa que faz esse prato desse jeito. Nunca vi em outro lugar um mil folhas com flores e empratado assim.
— Quem você conhece que faz esse prato desse jeito? — pergunta Lua. Victor observa que os pais parecem estar instigando Marina a dizer algo. Ele não consegue entender nem o comportamento deles nem a reação de sua gêmea diante do mil folhas.
Marina olha para Lua e responde:
— O Vinícius.
Sua mãe sorri e assente.
— E foi ele mesmo que fez esse.
— Como assim? — Marina permanece confusa.
— Antes de você acordar o Vinícius trouxe esse prato para, nas palavras dele, adoçar ainda mais o seu dia — conta Lua enquanto Arthur sorri e Victor finalmente compreende o que se passa.
— Nossa — sussurra Marina. Ela pega uma das flores que decora o prato e come, processando o gesto de Vinícius. — E por que ele não ficou?
— Ele disse que ele preferia vir mais tarde para o almoço.
— Então ele ainda está me evitando.
Arthur intervém:
— Eu acho que o fato dele ter acordado mais cedo só para cozinhar isso e trazer aqui para você deve falar mais alto do que ele não ter ficado, você não acha?
Marina assente e acaba sorrindo.
— Acho.
— Mais tarde vocês conversam, filha — Lua busca acalmá-la. — Mas se você estava em dúvida se tinha deixado de ser importante para ele, já tem a resposta, né?
A namorada de Vinícius apenas sorri e continua encarando o mil folhas, encantada com o gesto do namorado.


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