Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 357: Vinícius dá um tempo em seu namoro com Marina
— Tô te esperando no carro — diz para Malu e sai da sala.
Graziele acompanha a amiga guardar seus materiais com rapidez e pergunta:
— Onde vocês vão com tanta pressa?
— A mãe do Samuel está no hospital pra ver como o Elias está e nós vamos lá pegar ela. E também ter algumas notícias, né.
— Ele ainda está na mesma?
— Agora está estável, mas continua em estado grave. — Malu suspira e passa a alça da mochila pelo braço. — Vai fazer uma semana que ele foi encontrado, Grazi, e nada mudou.
— Pelo menos ele não morreu. — As duas olham para Thiago, que para ao lado delas. Ele dá de ombros e acrescenta: — Poderia ser pior, né gente?
— Já nem sei o que é realmente pior — fala Malu. — Agora eu tenho que ir. Depois a gente se fala.
— Tá bom. Tchau! — despede-se Graziele.
— Até depois — fala Thiago.
Malu desce rapidamente as escadas em meio aos outros estudantes. Ela esbarra em alguns deles, resmungando:
— Já não basta andar em bando, ainda andam devagar.
O fusca de Samuel já está ligado quando ela entra no veículo.
— Já vou avisando que a minha mãe está mais grossa do que nunca, tá?
— Tudo bem, hoje eu vou relevar — promete Malu.
Passado algumas horas do almoço, Isabela recebe a companhia de sua cunhada Marina em seu quarto. Elas conversam sobre várias coisas entre gargalhadas até que chegam a um assunto mais delicado.
— Eu fico me perguntando como será a reação do Vinícius quando eu contar o que a gente fez — comenta Marina sentada no tapete com Nina farejando seu corpo. Deitada na cama, Isabela opina:
— Acho que ele vai ficar bem chateado. Meu pai também está preocupado. Ontem ele veio aqui em casa e ficou um bom tempo conversando com a minha mãe no escritório. Eles disseram que era sobre a nossa guarda compartilhada e tal, mas tenho certeza que ele estava colocando ela a par da história.
— Então a Mel já sabe?
— Pelo olhar que ela me lançou hoje no café da manhã sim.
— Então ela realmente não aprovou nosso comportamento — conclui Marina.
— É. Acho que ela vai conversar comigo depois, só está esperando o momento certo para o Vinícius não desconfiar.
— Então deve ser por isso que o Chay me mandou uma mensagem dizendo para eu contar o quanto antes a verdade para o Vinícius — Marina fala. — Vai ver sua mãe colocou ele na parede, ou você conta ou eu conto.
— E você tem certeza que quer contar sozinha? — indaga Isabela com preocupação.
— Tenho. A ideia foi minha.
— Mas você não agiu sozinha, não tem que assumir toda a responsabilidade.
— Eu sei. É que tem uma série de coisas envolvidas nisso, né Isa.
— Tipo?
— Tipo muitas relações estão no meio disso tudo. A minha relação com o Vinícius, a relação dele com o pai, com você. Então é melhor cada um conversar com ele sozinho para que as coisas não fiquem ainda pior. E sou eu quem tenho que começar, afinal tudo começou por mim, depois o Chay e aí você. Se bem que eu acho que ele não tem motivo nenhum para ficar bravo com você.
— Mesmo que a minha participação efetiva tenha sido pequena, só ajudando a achar o pen drive, eu estava sabendo de tudo o tempo todo e permiti, né? Acho que é por isso que o Vinícius vai ficar bravo de verdade.
— Como assim? — indaga Marina franzindo a testa.
— É que o Vinícius não suporta mentiras, né, e a gente mentiu pra ele. Não só mentimos, mas fizemos algo pelas costas dele. Algo que envolve diretamente a vida dele. Isso é muito sério, Marina.
— Eu sei. Foram com as melhores intenções, mas não deixa de ter sido algo errado. Eu tenho consciência de que não foi uma atitude correta.
— Pois é, isso tudo vai pesar na hora que ele souber. — Isabela senta na cama, colocando os pés para fora e Nina corre em direção a ela. — Só que eu não acho que vale a pena nós ficarmos falando sobre isso e imaginando a reação do Vinícius — fala pegando sua cadelinha no colo. — Isso só vai deixar a gente mais nervosa e não vai adiantar nada.
— É. Como o Brian diz, é melhor contar tudo de uma vez e arcar com as consequências.
— O Brian está sabendo? — pergunta a filha de Mel em tom curioso.
— Sim, eu precisava desabafar com alguém que não estivesse envolvido. Sem contar que não iria conseguir esconder isso dele.
— Mas conseguiu esconder do meu irmão. — Marina abre a boca para se lamentar e se defender, mas Isabela acrescenta sorrindo: — Foi só uma piada.
— Nossa, acho que você está passando muito tempo com o Victor. Essas piadas horríveis de humor negro é bem a cara dele.
— É verdade, ele está sendo uma má influência para mim.
— Sim, acho que vou usar esse mesmo argumento em minha defesa com o Vinícius. Se em um ano você já está corrompida, imagina eu que vivo com ele desde que nasci?
— Na verdade desde antes do nascimento! — lembra Isabela e elas riem.
Uma garrafa de cerveja e um jarro de suco dividem espaço com uma porção de batata frita sobre a mesa do barzinho onde Bernardo e Maristela conversam.
— Eu estou bem assustada — ela comenta. — De verdade.
— É, eu também estou — responde Bernardo bebericando seu suco de laranja.
— Não te assusta pensar que os nossos nomes estão envolvidos nessa lama toda?
— Me assusta muito, mas o que a gente pode fazer? Pelo menos não tem como ninguém provar que a gente sabia de algo.
— Porque nós realmente não sabíamos de nada.
— Sim, mas a nossa palavra não seria o suficiente em um entrevista de emprego, concorda?
— Concordo. — Maristela esvazia a garrafa em seu copo. — Quer? — oferece a cerveja.
— Não, estou de carro — Bernardo apalpa o bolso onde a chave do carro está.
— Ah tá.
— Você não deveria estar bebendo, não acha?
Maristela, que observava a rua, encara o ex-colega de trabalho.
— Por quê?
— Você não vai dirigir depois?
— Não, vim de táxi.
— Ah tá — ele a imita e dois riem. — Por que você não chamou o Uber? Ia sair mais barato.
— É verdade, força do hábito. Deveria ter pensado no preço agora que estou desempregada — ela fala rindo.
Entrando na brincadeira, Bernardo diz:
— Você deveria ter vindo com o seu carro, assim não pagaria a ninguém.
— Mas aí não ia poder lamentar minha situação enchendo a cara.
— Aí você não ia encher a cara. Iria se lamentar com água, que é mais barato. Sairia no lucro!
— É verdade. Nossa, estou me sentindo mal por não ter pensado nisso. E estar desempregada. — Eles riem.
— Desculpa por te fazer sentir assim.
— Sabe o que eu vou fazer pra melhorar isso? — Ela ergue o braço, chamando o garçom. — Beber mais um pouco!
Bernardo começa a rir.
— Pois é, hoje vai ser a primeira vez que eu vou realmente sair com ele — Maísa fala ao celular com Laís saindo pela porta principal de sua casa rumo à garagem. — Não sei por que cargas d'água meu pai resolveu contratar um motorista logo agora. Enfim, daqui a pouco estou chegando aí, prima. Tchau! — A loira cumprimenta o mais novo contratado e entra no carro. No entanto, assim que o veículo deixa o casarão ela nota algo na entrada. — Para um pouco — pede imediatamente e o motorista estaciona o carro. Maísa pega novamente o celular e dessa vez liga para seu pai. — Pai, tem dois caras parados igual estátuas na frente de casa!
— Eu sei, minha filha — responde Edson.
— Sabe?
— Sim, eles estão aí porque daqui a pouco o presidente do partido vai chegar.
— Não estou entendendo — diz Maísa menos assustada e mais confusa.
— Eles são seguranças do presidente, pelo jeito chegaram um pouco antes que ele.
— Não estava sabendo de nenhuma visita.
— Não vi por que de te avisar já que você disse que passaria a tarde na casa da Viviana — diz referindo-se á sua irmã.
— Sim, estou indo para lá. Só fiquei espantada por causa desses caras.
— Não precisa se preocupar — garante Edson.
— Tá bom. Se cuida, tchau!
— Se cuida você. Te amo, filha. Tchau!
— Também te amo — responde Maísa e encerra a chama. Ela olha para o motorista para dizer que eles já podem ir, mas se assusta ao ver que ele já estava olhando para ela pelo retrovisor.
— Tudo bem? — indaga o homem que aparenta não ter mais do que trinta anos.
— Sim — sussurra Maísa e ele liga o motor.
A jovem leva algumas quadras para esquecer o olhar de seu novo motorista e é então que a memória de outros olhos invadem sua mente. Não só os olhos de Jonas, mas o sorriso, a voz e o toque dele causam um aperto no coração de Maísa, mesmo assim ela prefere não lidar com as questões de seu namoro nesse momento de tanta dificuldade em sua família. Seus pensamentos estão tão distantes que quando o carro para em um sinaleiro ela não repara que o carro ao lado é de Samuel.
Dentro do fusca o rapaz também não nota sua presença e segue conversando com sua mãe.
— Pelo menos ele está estável — diz com a voz monótona.
— Ele está em coma! — exclama Ruth visivelmente apavorada.
— Muitas pessoas podem viver em coma durante anos e sobreviver, mãe.
— Ou podem morrer!
No banco traseiro Malu apenas observa.
— Não há nada que a gente possa fazer agora — fala Samuel.
— Não quero que o Elias morra sem que eu ao menos saiba o motivo.
— A vida do Elias não está nas nossas mãos.
— A vida do seu pai — Samuel revira os olhos — está nas mãos de Deus.
— Exatamente. A senhora não acredita tanto nele? Reza então. É o máximo que a senhora pode fazer.
— É o que eu vou fazer mesmo.
— Vira na próxima direita — orienta Malu com receio de que Samuel tenha esquecido que tem que deixá-la em casa primeiro.
— Ah é — responde o jovem ligando o pisca e ela confirma suas expectativas.
— Eu vou ter que sair para ela descer? — questiona Ruth.
— Sim, mãe.
Ruth bufa e Malu morde a língua para se controlar. Quando vai trocar a marcha, Samuel faz questão que seu cotovelo encoste no joelho de Malu. Eles se encaram pelo retrovisor por um tempo bem mais longo que Maísa e seu motorista e Malu é capaz de ouvir a voz de Samuel em sua mente pedindo para ela relevar. A garota assente e ele volta a prestar atenção no trânsito.
Depois de tomar banho, Felipe procura por uma camiseta em específico em seu armário. Ele revira todos os cantos até que sai irritado de seu quarto.
— Cadê aquela minha regata amarela? — questiona abrindo a porta do quarto de Yasmin.
— Ei, que invasão de privacidade é essa? — A loirinha indaga enquanto tira os fones de ouvido.
— Você pegou aquela minha regata amarela, né?
— Regata amarela? — Yasmin faz um esforço em sua memória. — Talvez sim.
— Acho bom você ter certeza, porque vai precisar encontrar ela agora.
— Agora não, Felipe, estou vendo um vídeo no YouTube.
— Não me interessa, eu quero usar minha blusa.
— Procura lá no meu closet.
— Eu não vou procurar, tem um monte de coisa lá. Você que tem que olhar, o closet é seu!
— Agora eu estou ocupada.
— Car*lho, Yasmin, você vai no meu quarto, mexe nas minhas coisas, pega minha blusa, usa, não devolve e agora nem quer pegar ela pra mim?
— Eu não sei onde ela está, Felipe. O que é que custa você procurar?
— Custa muito! Se você tivesse ao menos devolvido, eu não teria que fuçar suas coisas.
— Eu esqueci, ok? Foi mal.
— Foi péssimo, Yasmin. Péssimo!
— Por que você está tão nervosinho?
— Eu não estou nervosinho, estou p*to mesmo.
— Tudo por causa de uma regata?
— É porque eu estou cansado de você pegar minhas roupas e não devolver. É sempre eu que tenho que vir aqui atrás delas, caramba.
— Eu esqueço, Felipe. Desculpa!
— Eu sempre te desculpo, mas você não muda. Eu não vou ficar mais aceitando isso. Agora toda vez que eu quiser usar as minhas roupas vou ter que vir procurar aqui no seu quarto?
— Meu Deus, eu não acredito que você está fazendo todo esse escarcéu por causa de uma blusa.
— É porque eu já estou cansado, Yasmin!
— Ei! — Micael escancara a porta e adentra no cômodo. — O que está acontecendo aqui?
— O Felipe está dando showzinho — diz Yasmin ao mesmo tempo que o irmão fala:
— Estou procurando minha blusa.
— Calma, um de cada vez — pede Micael.
— Eu vim procurar uma camisa que a Yasmin pegou e não...
— O Felipe está todo bravinho, porque eu esqueci de...
— Um de cada vez — repete Micael. — Fala, Felipe.
— Por que sempre ele? — indigna-se Yasmin.
— Poque ele nasceu primeiro — corta Micael e volta a olhar para Felipe. — Fala.
— Eu estou procurando uma camisa e eu sei que está com a Yasmin, porque ela sempre pega minhas roupas e quando eu sinto falta e vou procurar elas estão aqui com ela, porque ela não devolve nada. Eu pedi para ela pegar, mas ela não quer porque está vendo um videozinho.
— Videozinho nada, é um tutorial de maquiagem.
— Você nem precisa disso, sempre tem um maquiador aos seus pés quando você precisa — retorque seu irmão.
— Mas isso não quer dizer que eu não tenha que aprender.
— Ok, não vão começar a discutir por isso também — Micael interrompe. — Por que você não devolve as roupas do seu irmão depois de usar, Yasmin?
— Porque eu esqueço, pai.
— Mas você não tem que esquecer, as roupas são minhas! — Felipe fala revoltado. — Sério, pai, é um absurdo eu ter que vir procurar minhas próprias roupas no guarda-roupa dela com quinhentas mil roupas.
— É um closet — corrige Yasmin.
— Pouco importa.
— Calma vocês dois — pede Micael. — Yasmin, o seu irmão tem a bondade de te emprestar as roupas dele, por que você não faz o mínimo que é devolver?
— Eu já falei, porque eu esqueço, pai. Mas não é sempre, a Sandra coloca as roupas lá quando elas lavam.
— É, só volta para mim quando elas estão lavadas — diz Felipe. — Porque às vezes você até esquece de colocar para lavar quando usa e minhas roupas vão ficando aqui.
— É que é tanta coisa para eu fazer, vou ter que ficar encanada com as suas roupas?
— Se você não quer se preocupar — diz Micael — não pega. É simples, meu amor.
— Mas eu gosto de usar roupas masculinas.
— Então compra! — exclama Felipe.
— É mais divertido ir explorar nos guarda-roupas — responde Yasmin e ele revira os olhos.
— Então vamos fazer o seguinte — Micael fala. — Já que você está se incomodando com a Yasmin pegar suas roupas e não devolver e você quer continuar pegando roupas masculinas, vai pegar no meu armário. Problema resolvido.
— É que as do senhor são grandes demais — observa Yasmin. — Eu já tentei usar — confessa dando um leve sorriso.
— Vai na casa do seu namorado pegar então — brinca Micael.
— Ah é! — exclama Felipe lembrando de um fato. — Até o Victor reclama das roupas dele que ela não devolve.
— Ele nunca reclamou comigo — defende-se Yasmin.
— Porque ele é trouxa.
— Chega — diz o pai dos dois. — Não vamos entrar em um acordo assim. Então, Yasmin, ou você começar a devolver as roupas do seu irmão ou para de usá-las. Você é quem sabe.
Yasmin respira fundo e diz:
— Ok, vou me esforçar para lembrar de devolver.
— Tá. — Ele olha para Felipe. — Se ela não devolver, você me avisa.
— Ok, mas e a minha blusa amarela?
— Vai procurar, Yasmin — manda Micael.
— Mas e o tutorial?
— Vai procurar.
A loirinha revira os olhos, pula da cama e arrasta os pés até seu closet. Minutos depois, ela sai de lá com a regata amarela nas mãos. Felipe puxa a peça das mãos dela e sai do quarto de cara amarrada.
— Onde já se viu brigar por causa de roupa? — se pergunta Micael.
— É o Felipe que fica...
— Ei — censura o músico. — Bico calado. Volta a ver seu vídeo.
Yasmin deita novamente na cama e Micael fecha a porta do quarto ao sair.
O último final de semana do mês de novembro corre com uma velocidade de atleta. Marina permaneceu aflita e impaciente, pensando na melhor forma de revelar a Vinícius que ele já está matrícula na Ferrandi e nos impactos da revelação. Mesmo com Edson e Lorena garantindo que tudo estava bem, Maísa não conseguiu controlar a forte sensação de que algo maior do que a investigação de seu pai está a acontecer e para a frustração de Jonas, ela continuou ignorando todas as ligações e mensagens dele. Samuel tentou acalmar Ruth, que não consegue ficar calma com o estado de saúde de seu ex-marido. Nem a distância fez com que Mel e Reinaldo se afastassem, o casal se falou todos os dias, um deixando o outro à par de sua vida.
Na terça-feira, durante a aula de biologia, os estudantes fazem uma atividade em grupo na sala de aula. Enquanto Vinícius se esforça em seu grupo para fazer o desenho de uma célula, ao seu lado Lorenzo se diverte reproduzindo a mesma célula na folha sulfite. Yasmin e Isabela são as responsáveis por montar as legendas explicativas de cada desenho que compõe a atividade e Felipe e Marina têm que fazer o texto introdutório enquanto Victor procura as imagens para Vinícius tentar desenhar. Cada um cumpre com esforço sua tarefa, exceto Marina que claramente deixa a responsabilidade nas mãos de Felipe. O comportamento distraído dela começa a irritar Yasmin, que já está incomodada com as observações perfeccionistas de Isabela.
— Você não vai ajudar o Felipe, Marina? — ela pergunta de repente. Felipe olha para a irmã, Victor apura os ouvidos, Isabela tira o cabelo do rosto para enxergar Marina e Vinícius tenta se abster do comentário para não perder a concentração em seu desenho.
Marina ergue a cabeça e encara Yasmin.
— Eu estou ajudando — responde.
— Parece que você está mais interessada no vazio do chão do que no trabalho.
— Eu estou interessada no trabalho, Yasmin — diz Marina com a paciência que a loirinha foi perdendo a cada comentário analítico de Isabela.
— Então por que só o Felipe está escrevendo? Pensei que isso fosse um trabalho em grupo.
— Porque eu estou pesquisando coisas para a gente escrever. — Marina ergue o livro em seu colo, sinalizando o que quer dizer.
— Ah tá, porque se é um trabalho em grupo todos têm que trabalhar. Não é justo alguém levar nota pelo esforço dos outros.
— Eu não vou levar nota às custas de ninguém — retorque Marina com rispidez. Nesse instante todos do sexteto já estão prestando atenção na discussão, exceto Vinícius que ainda busca acertar uma curva da célula.
— Ai, que bom.
— É, pode ficar tranquila e fazer a sua parte que eu estou fazendo a minha.
— É ótimo quando todos colaboram, né?
— Sim — responde Marina com a voz arrastada.
— Não quis ser grossa ou algo assim, é que parece que você está cagando para o trabalho, sabe? E eu não acho justo os outros se esforçarem e você...
— Eu estou fazendo a minha parte — repete Marina. — Pode voltar a fazer a sua.
Vendo que a namorada ficou irritada e que Yasmin não irá recuar, Vinícius intervém:
— Estão todos contribuindo com que pode, gente. Vamos com calma, é só uma atividade.
— Eu sei que é só uma atividade, mas não é por isso que nós vamos fazer de qualquer jeito — responde Yasmin. — A Isabela que o diga — alfineta a amiga, que lança um olhar questionador em sua direção.
— Ninguém está fazendo de qualquer jeito, Yas.
— Quer saber? Eu vou beber água — fala Marina empurrando a cadeira para trás. Assim que ela sai, Felipe fala:
— Para que tanto estresse por causa de uma atividade?
— É que me incomoda a Marina ficar viajando enquanto todo mundo está nervoso tentando terminar — responde sua irmã.
— Ninguém está nervoso, só você — comenta Isabela.
— Por que será que estou nervosa, né?
— Eu não sei por quê — responde a morena com sinceridade.
— Ai, tá bom. Não deveria ter aberto a minha boca — diz Yasmin. — Deveria ter deixado a Marina no mundinho dela.
— Ela está mais na dela mesmo — concorda Felipe —, mas ela estava me ajudando um pouco.
— Um pouco!
— Ela está assim porque a gente teve uma briguinha ontem — Vinícius inventa para ver se com uma justificativa para seu ato, Marina deixa de ser o alvo dos comentários ácidos de Yasmin.
— Sério?
— Sim — ele mente. — Só deixa ela na dela.
Yasmin dá de ombros e não volta a falar. Marina retorna minutos depois e o grupo termina a atividade em silêncio absoluto. Quando o sinal para o intervalo toca, Vinícius segura Marina na sala.
— O que é que foi? — ele pergunta e Marina já está tão esgotada que decide ser franca.
— Tem uma coisa que eu preciso te contar.
— Que coisa?
— É muito sério para dizer aqui. — Ela acaricia o braço dele e pede: — Podemos conversar mais tarde?
— Claro. Eu passo na sua casa.
Marina assente.
— Tá bom.
Durante a tarde, em meio a enjoos Jaqueline conversa com Luciana.
— É sério, não sei o que pode ser — fala largada no sofá da sala de estar de sua casa.
— Não é aquilo de novo, né? — indaga Luciana preocupada.
— Os sintomas parecem os mesmos, só...
— Ai, Jaqueline, não acredito que vamos passar por tudo aquilo de novo!
— Não, não pode ser gravidez — diz Jaqueline franzindo a testa com o forte enjoo. — Eu não transei com ninguém desde aquela vez. Impossível estar grávida!
— Então o que é? Porque são os mesmo sintomas.
— Daquela vez eu não estava grávida, dessa vez não estou também. Então deve ser a mesma coisa que aconteceu daquela vez e a gente não descobriu.
— Tipo?
— Sei lá. — Ela deita a cabeça no sofá. — Eu acho que pode ser alguma coisa que eu comi, mas não sei o quê.
— Tem alguma coisa que você tem comido ultimamente que também comeu naquela época?
— Não. — Jaqueline pensa e acrescenta: — Se bem que aquela vez eu comi um queijo que o meu irmão me deu, que era suíço e agora eu tô comendo um outro parecido.
— Então é isso! — exclama Luciana. — É o queijo. Eu tenho uma prima que tem alergia a certos laticínios, você deve ser igual.
— Espero que seja isso, porque não quero achar que estou grávida toda vez que comer um queijo diferente. — As duas sorriem.
Do outro lado da cidade, Jonas e Samuel trocam conselhos sobre as atuais situações de suas vidas sozinhos no quarto do primeiro.
— Conta aí sobre seu lance com a Maísa — fala Samuel sentado em uma cadeira giratória perto da cama.
— Ai, não sei mais o que eu faço — desabafa Jonas. — De verdade.
— Vocês ainda não conversaram?
— Eu não consigo falar com ela! Ela está me ignorando faz mais de uma semana. Não atende minhas ligações, visualiza minhas mensagens e não responde, finge que não me vê quando eu passo.
— É f*da, né. Só que eu pensei que ela ao menos fosse te ouvir, sabe? Porque ela não pegou você traindo realmente ela, então não entendo ela nem querer conversar.
— A Daniela me disse que é por causa das coisas que estão acontecendo na casa dela. A Maísa está muito abalada com tudo isso, mas eu pensei que ela me quisesse do lado dela nesse momento, só que pelo jeito eu estava enganado.
— Ficou magoado, foi? — provoca Samuel.
— Não é que eu esteja magoado, eu nem sei o que estou sentindo. Acho que eu estou triste mesmo. Com saudades dela também.
— Você está bem apaixonado, hein cara.
— E eu achando que depois da Isabela não me envolveria tão cedo com alguém — ri Jonas. — Mas e aí, como anda seu pai?
— O Elias não está andando, né, está em coma no hospital — diz Samuel dando um leve sorriso.
— Nossa, cara, que humor negro. — Samuel ri e apenas dá de ombros. — Ele está tão mal assim? — questiona Jonas.
— Sim, bem mal. Acho que está mais morto do que vivo, mas ainda tem um pouco de vida, então não há o que se fazer por hora.
— Que tenso!
— Tenso tem sido com a minha mãe. Coitada, ela está preocupadíssima.
— Posso imaginar. Conheço bem a Tia Ruth.
— Pois é. Mas enfim, é esperar para ver o que vai acontecer — Samuel encerra o assunto.
Com os ombros curvados de cansaço, Anelise gira a maçaneta da porta de seu apartamento.
— Meu Deus do céu! — exclama colocando uma das mãos no peito. — Que susto.
— Desculpa — pede Maristela sorrindo do sofá. Anelise fica parada na porta olhando para ela alguns segundos a mais do que o necessário. Quando percebe que está contribuindo para a situação ficar ainda mais constrangedora, fala:
— Fica à vontade.
— Obrigada.
Com rapidez, Anelise fecha a porta e caminha para o corredor com os olhos arregalados.
As mãos de Marina estão geladas e suadas quando ela passa pela porta do quarto de Vinícius. O jovem fecha a porta atrás dela e pergunta com a voz tranquila:
— O que você tem para me contar?
Marina vira de frente para ele.
— Eu não sei nem por onde começar — assume.
— Você disse que era algo sério.
— E é.
— Então começa pelo começo de tudo — sugere Vinícius dando um sorriso encorajador. No entanto, sua postura provoca o efeito reverso em Marina, que fica com ainda mais medo da reação dele e culpa pelo o que fez. Ela tem que repetir diversas vezes para si mesma que o que fez com o auxílio de Chay foi o melhor para o futuro de Vinícius.
— Vamos sentar — pede indo até a cama. — Não sei se tenho forças para contar o que eu fiz em pé.
— Você está começando a me preocupar — diz Vinícius sentando na frente dela. — O que você fez, Marina?
A jovem olha para as próprias mãos. Seu coração martela contra suas costelas e suas mãos estão mais suadas do que nunca. Ela fecha os olhos e confessa:
— Eu te matriculei na Ferrandi.
— Como?
— Foi isso que você ouviu — diz Marina ainda de olhos fechados.
— Como assim você me matriculou na Ferrandi? Isso não faz o menor sentido.
— Eu vou te explicar tudo. Eu só peço que você me ouça até o final e tente entender que nós fizemos com as melhores intenções.
— Nós? Quem mais fez parte disso?
— O seu pai e a Isabela — conta Marina erguendo o olhar a tempo de enxergar a perplexidade no rosto de Vinícius.
No corredor mesmo, Anelise encontra com Bernardo.
— Oi, Ane — ele sorri ao vê-lá. Os olhos da jornalista descem pelo corpo dele, completamente nu por exceção de uma toalha branca amarrada na cintura.
— Vem aqui agora — ordena arrastando o esposo pelo pulso até o quarto do casal. Assim que fecha a porta, assegurando que Maristela não ouvirá nada, questiona: — Você pode me explicar o que está acontecendo?
— Ué, eu fui tomar banho no banheiro do corredor porque lá sai mais água no chuveiro e eu queria lavar o cabelo — explica Bernardo tirando a toalha e indo até o armário.
— Não é disso que eu estou falando — rebate Anelise ignorando o corpo dele. — Quero saber o que a Maristela faz sentada lá no sofá.
— Eu te disse que ia ter uma reunião do pessoal lá do hospital aqui em casa, lembra? — Bernardo responde com calma enquanto coloca uma cueca preta.
— Você disse que a reunião era as nove da noite. Não são nem sete horas.
— É que a Maristela estava aqui perto e resolveu vir direto pra cá.
— Assim, sem avisar? E se você não tivesse em casa?
— Eu estou desempregado, Ane, onde mais eu estaria?
— Em qualquer outro lugar que não fosse o hospital e aqui em casa.
— Mas a minha vida se resume a isso — ele resmunga alcançando uma camiseta de botões branca.
— Nossa, que merda de vida, né?
Bernardo olha para a esposa e enxerga a raiva nos olhos dela.
— Não foi isso que eu quis dizer. Quer dizer, eu quis dizer isso, mas não que a minha vida é uma merda, você quem disse isso.
— Pelo tom que você falou, foi o que eu concluí.
— Minha vida não é uma merda.
— Se você estiver insatisfeito com alguma coisa ou alguém, fica à vontade para mudar — diz Anelise com acidez.
— Ane, para. Tudo isso por que a Maristela chegou mais cedo?
— Não. Eu só achei estranho ela chegar assim sem ao menos avisar.
— Mas ela me avisou — Bernardo conta.
— Ah! — exclama Anelise. — Então só quem não estava sabendo era eu?
O médico pega uma calça jeans bege e respira fundo antes de dizer:
— Amor, você está fazendo uma tempestade em copo d'água.
— Você acha? Tenta se por no meu lugar.
— O que é que tem de tão errado nessa situação, meu Deus? — ele indaga colocando o jeans.
— Imagina você chegando do trabalho e encontra um colega de trabalho meu que você não gosta sentado no sofá, daí quando você chega no corredor se depara comigo só de toalha. Você ia gostar?
— O que você achou que ia acontecer? A Maristela ia me atacar aqui no quarto?
Anelise sacode a cabeça.
— Você ainda fica debochando, Bernardo. Assim não dá para conversar! — ela tira os sapatos e caminha para o banheiro, ouvindo o marido falar:
— Eu que não estou entendendo toda essa cena.
— Eu sou jornalista, não professora para ficar te explicando as coisas — devolve Anelise irritada. Ela entra no banheiro e bate a porta com força.
— O que eu fiz para merecer isso? — Bernardo pergunta olhando para cima, como se conversasse diretamente com Deus.
— Lembre que você pode mudar se quiser — diz Anelise de dentro do banheiro.
— Meu Deus, você está ouvindo daí?
— Eu não sou surda.
— Ok, Anelise. Fica aí com a sua razão — fala Bernardo saindo do quarto.
— Eu não estou entendendo nada — fala Vinícius.
— Você não queria se matricular, então eu resolvi fazer isso por você. Eu pensei muito até perceber que com você sendo menor de idade, um de seus responsáveis teria que assinar toda a documentação por você. Então eu pedi a ajuda do Chay e ele aceitou, porque ele entendeu que isso é o melhor para você.
Vinícius passa a mão pelo rosto, ainda bastante assustado.
— Eu... eu não consigo entender ainda como... não faz sentido.
— Para te matricular, a gente ia precisar dos seus documentos e então eu lembrei do pen drive. A Isabela me ajudou a achar aqui no seu quarto e eu consegui pegar os documentos.
— Você invadiu meu pen drive?
— Desculpa — pede Marina com a voz mais fina. — Eu não sabia como podia conseguir e essa foi a única forma. Então com os documentos em mãos, eu e o Chay fizemos a matrícula.
Vinícius cobre a boca com as duas mãos e Marina fica olhando para ele.
— Eu... meu Deus! — ele exclama e levanta da cama. — Não consigo acreditar que vocês fizeram uma coisa dessas.
— A gente só quer o seu bem.
— Vocês mentiram para mim, Marina.
— Foi só pensando no seu bem.
Vinícius caminha pelo quarto ainda chocado com a revelação da namorada. A respiração de Marina está cada vez mais acelerada e em decorrência da tensão do momento lágrimas se formam em seus olhos.
— Sério, eu não estou acreditando que isso está acontecendo — diz Vinícius apoiando as mãos no encosto de sua cadeira de estudos. Ele abaixa a cabeça e morde os lábios, fechando os olhos com força.
— Tenta entender — pede Marina. — E o fato da gente ter feito a matrícula não significa que você tenha que ir. A gente só garantiu a sua vaga.
— Isso não importa — fala Vinícius sem sair do lugar.
— Claro que importa.
— Vocês mentiram pra mim! — exclama o jovem olhando para a namorada. — Vocês têm noção do que fizeram?
— Foi pelo seu bem, a gente pensou no seu futuro.
— Para com essa discurso, Marina. Entendo que vocês agiram com as melhores intenções, mas isso não diminui a gravidade do que vocês fizeram. Você tem noção de que vocês ignoraram completamente a minha vontade, a minha opinião e revolveram fazer o que vocês acham que é o melhor para a minha vida?
— Desculpa.
Vinícius sacode a cabeça.
— Eu jamais esperaria uma atitude assim de vocês. O meu pai! Ele sabe como eu estou me sentindo desde o começo disso tudo e mesmo assim ele agiu pelas minhas costas.
— Não fica com raiva dele, a ideia foi toda minha.
— Eu não estou com raiva de ninguém. Eu estou decepcionado. É como se todos vocês tivessem me traído.
— Não fala assim — pede Marina com a voz chorosa.
— É como eu me sinto. Eu fui feito de bobo por vocês, todo mundo agindo pelas minhas costas e tomando decisões que pertenciam apenas a mim. Isso não se faz!
As lágrimas de Marina finalmente rolam por seu rosto e ela abaixa a cabeça.
— Eu não sei mais o que dizer.
— Não precisa dizer mais nada — responde Vinícius sentando novamente na cama. Ele apoia os cotovelos nos joelhos e fita o chão. — Caramba, por que você fizeram isso comigo? — ele pergunta mais para si mesmo do que para Marina. — Vocês mentiram pra mim, agiram pelas minhas costas, manipularam a minha vida.
— Eu só queria que você não perdesse essa oportunidade.
— Isso quem tinha que decidir sou eu — ele retorque olhando para ela e Marina volta a abaixar a cabeça. — Eu vou precisar de um bom tempo para digerir isso tudo.
— Tudo bem, eu já esperava por isso. É muita coisa para você entender de uma hora para outra.
— Você não entendeu o que eu quis dizer.
— O que você quis dizer? — indaga Marina olhando para o rosto dele.
— Eu quero dar um tempo no nosso namoro. — A jovem continua olhando para ele. — Você ouviu o que eu disse? — indaga Vinícius diante do silêncio dela.
— Não precisa disso — sussurra Marina.
— Eu preciso. Não tem como continuar como se nada tivesse acontecido. Você agiu pelas minhas costas, Marina. Justamente comigo, que sempre fui transparente com você. Assim que eu consegui, te contei sobre a prova, sobre a minha aceitação e você resolve manipular a minha vida?
— Eu só quis garantir a sua vaga.
— E para fazer isso você fez tudo o que eu mais desaprovo em uma relação. Você mentiu pra mim, você agiu pelas minhas costas, você invadiu o meu espaço — diz Vinícius começando a chorar.
— Mesmo assim eu não me arrependo. Eu sei o que eu fiz e estou disposta a enfrentar as consequências disso, só queria que você entendesse. Você sempre me proporcionou as melhores coisas e eu não quero que você abra mão das suas melhores oportunidades por causa de mim. — Como está nervosa, Marina peca no português e Vinícius não faz questão de corrigi-lá.
— Isso não envolve só você e você sabe disso. A gente já teve essa conversa, Marina, não adianta a gente começar de novo. Agora eu só preciso ficar sozinho.
— Tudo bem — ela responde tentando controlar o choro. — Vou respeitar a sua decisão.
— Para variar um pouco, né — retorque Vinícius enxugando as lágrimas, porém seu choro continua em silêncio.
Marina funga o nariz e levanta da cama.
— Eu espero que você me perdoe e entenda o que eu fiz.
— Por favor, me deixa sozinho — suplica Vinícius colocando as mãos no rosto.
O coração de Marina se comprime ao ver os ombros do namorado se sacudirem em um choro intenso. Lutando com as próprias lágrimas, ela caminha até a porta e deixa o quarto.
Vinícius deita na cama e chora de soluçar com o rosto no lençol. Seus sentimentos são tão fortes que parecem provocar uma dor física em seu peito e ele tem que se esforçar para respirar. As lágrimas de Marina causam dificuldade para ela enxergar e suas pernas não respondem ao seu comando, por isso ela se apoia na parede do corredor e fica imóvel por alguns instantes, somente libertando seu sofrimento através do choro antes de deixar a mansão de Mel.
Sozinha no cômodo que considera seu segundo quarto, Maísa lê um livro fingindo não ouvir as notificações de Jonas em seu Whatsapp. Em determinado momento, para de ler e fica admirando o anel que ganhou do namorado na noite em que ele a pediu em namoro. A pequena pedra água marinha continua tão brilhante quanto no dia em que ela colocou o anel pela primeira vez em seu dedo mindinho. Um sorriso surge automaticamente quando a loira recorda-se do namorado e seu coração bate acelerado como na primeira vez em que o viu.
Maísa estava na frente do colégio com Laís no primeiro dia de aula quando Jonas chegou e despertou de imediato o interesse dela, porém logo suas expectativas foram cortadas por Laís que contou sobre o conturbado relacionamento dele com Isabela. Mesmo com tudo o que se passou desde então, Maísa sempre sentiu uma ligação com Jonas e em momento algum desde que eles começaram a namorar passou por sua cabeça que tomou a decisão errada ao dizer sim naquela noite chuvosa.
Seus pensamentos são interrompidos repentinamente por sua mãe, que entra transtornada no cômodo.
— MAÍSA!
Ao olhar para Lorena, a jovem leva um susto, pois nunca viu sua mãe tão pálida e assustada.
— O que foi, mãe? — pergunta ficando em pé ao lado da mesinha amarela.
— O assessor do partido do seu pai me ligou agora falando que o Edson foi encontrado morto no gabinete dele.
Maísa tem a sensação de que levou um forte tapa no rosto. Ela apoia uma das mãos na parede e pergunta:
— Como assim, mãe?
— Ele disse que o seu pai se matou — conta Lorena desesperada.
O ar desaparece dos pulmões de Maísa e ela cai de joelhos no tapete.
Renataaaa, que capítulo maravilhoso, estou no chão. Você sempre me surpreende!
ResponderExcluirNossa!Esse final...abalou!
ExcluirPosta logo o próximo.
Sábado tem mais :)
ExcluirAmeeiii 😍😍 ta pft ❤
ResponderExcluirMuito obrigada! <3
ExcluirQue capituloooo!! Cara,eu preciso comentar cada cena que teve nesse cap, porque foi um dos melhores até agora!!
ResponderExcluirPra abrir os trabalhos, vamos comentar esse dilema do Bernardo e da Anelise com a Maristela. Cara, essa mulher não sacou que o Bernardo é casado? Porque ,cara, pra mim ela tá muito na dele. Tipo, DEMAIS! Vem com uns papos super estranhos com ele e deixa claro pra quem quer ver (Pasmem:Menos o Bernardo)que ela tá super a fim dele. Não sei se isso ai é só birra da Anelise, que tá passando um puta recibo de ciumenta, ou se minha intuição tá certa e ela tá mesmo a fim dele, porque ,se tiver, alguém tem que dar um "se manca muié" pra ela!!Já passou da hora dela superar e trocar de crush. #PeloAmor
E esse rolê ai da Malu com essa sogra chata do caralho?! Mano do céu, que mulher é essa??Não pode falar um "A" que ela já invoca!! Eu sei que você tá sofrendo por causa da possível morte de seu EX marido,mas ser agradável com as pessoas é questão de educação, e se você não tem, vai aprender a ser gente primeiro antes de ser grossa com alguém que já deveria ter de falado muito mais verdades na sua cara do que ela já disse!! (Desculpa, mas foi grossa com o meu bolinho, vulgo Malu, eu invoco o capiroto aqui. hahaha)
Aliás, vamos no embalo dessa tal de Ruth e vamos comentar esse sofrimento que ela tá sentindo por causa desse bosta do Elias. Tá bom, ele está em estado grave no hospital sabe se lá porque, mas fala sério, né?!?!?! Essa dondoca tá toda "Ai socorro" depois de TUDO que o Elias fez pra ela e pro Samuel?!?!?! Oxente, você é doente é?! Ele TE BATEU! Não sei se você se lembra, mas foi exatamente isso oque aconteceu! Ele te bateu,humilhou você e o seu filho e fez o inferno nas vidas de vocês!!Ele nem seu marido é mais!!Depois de toda a merda que ele fez na tua vida você tem a PACHORRA de me vir com esse link??? Ah, vá pra casa do cacete! Essa mãe do Samuel,além de ser um péssimo exemplo de mulher, é um ser humano horrível, pois critica a Malu por ela ter BEIJADO uma garota. Ou seja, a Malu nem gay é e ela já vem com essa! Eu acho essa mulher doida de pedra, pra não falar em preconceituosa e machista.
E a Maísa e o Jonas, gente?! Não tô entendendo até agora qual foi daquela cena lá que eles tavam na casa da árvore, o Jonas pirou e sumiu pra falar com o pai dele e no outro cap, do nada, a quenga da Luciana tá com ele no quarto dele e a explicação de tudo isso foi pro espaço. Sério, ou sou lenta de mais ou algo de errado não está certo.
Falando em Maísa, coitada né?? Não sou de chorar, mais chorei com a cena dela descobrindo que o pai dela morreu. Mas, cá entre nós, achei muito suspeita essa morte dele. Não seu se é porque tô vendo Rosewood, Máquina Mortífera e Brooklyn Nine-Nine demais, mas não engoli que ele se matou não. Sei lá, vou esperar os próximos caps pra ver oque que vai dar. Espero que a Maísa se recupere bem desse choque e que todos a apoiem muito.
Agora vamos para Marina e Vini. Olha , eu sabia que ia dar merda logo quando ela foi falar com o Chay. Sim, sou bem dessas de "EU TE AVISEI". Era óbvio que o Vini ia pedir um tempo e que ia ficar putasso!!Eu também ficaria putissima se o meu namorado fizesse isso comigo!! Essa escolha não era dela, nem da Isabela e nem do Chay!! Era do Vini e somente dele! Sério, que puta cagada!! Enfim, vamos ver oque vai dar esse rolê ai.
PS: Tenho 80% de certeza que a Jaqueline tá pregant mesmo! Cara, você não daria tanta
ênfase nisso só por causa de um queijo! E outra, ela só fez UM teste! Achei isso uma puta burrice! Nunca fiquei grávida, (Graças a Deus hahaha) mas fazer um teste só com uma suspeita é muito amadorismo! Todo mundo sabe que alguns dão errado e outros não! Enfim, tá grávida e vai sofrer as consequências disso.
Ótimo cap, BJ! <3
Me sinto muito gratificada com os seus comentários sempre ricos em detalhes e opiniões. <3
ExcluirCertas coisas que você comentou ainda vão se desenrolar e então farão sentido, outras ficarão no ar...
Um beijo!
Bem hipócrita da parte do Vinicius ele mente pra Marina várias vezes esconde dela várias coisas,depois da prova feita meses depois ele resolve falar,dai ela só pensa no bem dele ok ela errou por ter tomado uma decisão para a vida dele sem a permissão dele,mas ela so queria o bem dele so isso ela so nao queria q ele perdesse uma chance dessa por ela so isso e ele vem com esse discurso do q mais detesta é mentira em um relacionamento por favor neh vamos rever os próprios atos
ResponderExcluirA reação do Vinícius é bem mais profunda do que pode parecer e será que nessa situação há certo e errado? Fica no ar kkkk
ExcluirEstou sem reação até agora com a atitude infantil do Felipe sério do jeito q ele falou e agiu com a própria irmã por conta de uma grande besteira por uma roupa eu achei q ela tinha matado alguém q ele gostasse,bem infantil o Felipe
ResponderExcluirFelipe e Yasmin mostrando as verdades da relação entre irmãos... HÁ BRIGAS INFANTIS SIM! rsrsrsrs
ExcluirQueria tanto q o meu casal voltasse chamel sei q estou sendo trouxa mas tudo q eu mais queria nesse imagine era a volta de chamel
ResponderExcluirTudo em seu tempo!
ExcluirNossa, coitada da Maisa. Espero q ela deixe o Jonas se aproximar dela. Quero mais logo
ResponderExcluirA Maísa com certeza está passando pelo momento mais trágico de sua vida... vamos aguardar o próximo capítulo para saber como ela vai lidar com isso *-*
Excluir