Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 353: Ausência de Marina preocupa Vinícius
Vinícius sente seu coração bater de forma anormal, capaz de ser ouvido tamanha a velocidade. Como consequência disto, sua respiração torna-se mais curta e entrecortada. Seus olhos continuam fixos no rosto de seu pai e seu rosto vai progressivamente perdendo a cor.
— Você está bem? — Chay olha com preocupação para ele.
— I-isso não p-pode ser s-sério — gagueja Vinícius com os olhos incrédulos.
— Veja você mesmo. — O cantor entrega a carta para o filho, que a pega com os dedos trêmulos.
Vinícius lê com cuidado cada palavra que está escrita e quando termina, levanta do sofá e começa a caminhar agitadamente de um lado para o outro.
— Meu Deus, eu passei! — exclama ainda assustado. Chay dá um leve sorriso e fica observando o filho. Ele nota uma alegria genuína começando a surgir em Vinícius, seus olhos brilham intensamente e aos poucos um sorriso incrédulo brota em seu rosto. — Eu passei — repete sorrindo. — Eu passei! — Repentinamente toda a alegria desaparece do rosto de Vinícius e ele senta no sofá. — Meu Deus, eu passei — diz com seriedade.
Chay fica surpreso com a mudança de humor tão brusca.
— É pra ficar feliz, né? — comenta analisando a expressão do filho.
— Eu não estava pensando que fosse passar, pai.
— Mas passou. É isso que importa!
Vinícius se cala e permanece assim por vários minutos. De início, Chay respeita o silêncio dele, mas com o passar do tempo começa a se inquietar.
— Me diz o que você está pensando, filho — pede rompendo a calmaria.
— Eu estou pensando na Marina.
Chay morde o lábio e indaga:
— Você não acha que esse é momento de pensar em você?
— Eu queria poder comemorar essa notícia com ela. — O jovem passa a mão no rosto. — Meu Deus, por que tem que ser tão difícil?
— A vida não é fácil, filho.
— Tenho percebido.
— Ei — Chay coloca uma mão no ombro do filho —, fica feliz, cara. Você passou na Ferrandi!
— Mas eu não vou — Vinícius retruca. — E se eu for, significa que tudo deu errado.
— Deu errado? Então você estudar na Ferrandi e a Marina voltar para os Estados Unidos é dar errado? Porque pra mim são ótimas oportunidades para vocês.
— Quando vocês vão entender que a gente não quer se separar? — questiona Vinícius levantamento novamente.
— Se mudar não significa se separar, Vinícius.
O rapaz ri.
— Pai, a gente não vai simplesmente mudar de casa, nós vamos mudar de continente! Você tem noção do que é um relacionamento com um oceano de distância? Eu jamais conseguiria passar por isso.
— Se você ama realmente a Marina, você consegue.
Vinícius apenas sacode a cabeça. Ele massageia a nuca e fecha os olhos.
— Não era assim que eu queria estar me sentindo. Não mesmo.
Espalhados pela cozinha do casarão dos pais dela, Jaqueline, Jonas e Samuel conversam sobre as provas que aconteceram no final de semana.
— Sinto que vou passar — sorri Jonas deitado sobre um balcão.
— Vem economia? — brinca Jaqueline abrindo a geladeira para pegar um suco.
— Só vem — responde o jovem e eles riem. — E você, Samuel?
— Acho que fui suficientemente bem, mas de que adianta? As universidades que têm o meu curso não aderem ao ENEM.
— Vish, é verdade, né — comenta Jaqueline. — E como você vai fazer?
— Eu vou viajar para fazer os vestibulares, né. É o jeito.
— Eu até queria sair um pouco do Rio — diz Jonas. — Mas de férias mesmo — completa rindo.
— Pois é. Mas pelo menos a Malu vai comigo pra dar uma aliviada na tensão.
Jonas e Jaqueline não fazem questão de esconder o olhar de malícia que trocam. Os dois caem na gargalhada e Samuel balança a cabeça.
— Sei bem como ela ai te ajudar a aliviar a tensão — diz Jaqueline.
— Vocês são muito idiotas, sabiam? — responde Samuel.
— A gente está falando alguma mentira? — Jonas questiona rindo.
Samuel hesita e começa a rir.
— Viu!? — exclama Jaqueline e o trio ri junto.
Na manhã seguinte, mesmo após o fim de semana de provas, os jovens do terceiro ano retornam para o colégio.
— Não queria ter que assistir aula! — reclama Felipe apoiando a testa no ombro de Isabela, que está sentada na mesa dele.
— Ânimo, amor, a batalha ainda não está ganha.
— Pra mim está, onde eu quero é só ENEM.
— Pensa pelo outro lado — diz Yasmin tentando não rir —, você vai aproveitar mais os seus últimos dias no colégio, ao lado dos seus amigos que você tanto ama.
— Mas eu não quero aproveitar! — responde Felipe e eles riem.
— É assim que a gente vê a amizade — Vinícius brinca.
Os demais alunos da sala vão chegando aos poucos e minutos antes das sete horas, Victor passa pela porta. Sozinho.
— Ué, cadê sua gêmea? — indaga Isabela indo para o seu lugar.
— Somos gêmeos bivitelinos, não siameses — ele responde dando um leve sorriso.
— Ela não vem? — Vinícius pergunta olhando com intensidade para o cunhado.
— Não — Victor responde retribuindo o olhar. Seus amigos observam os dois e interpretam o silêncio daqueles olhares intensos, que duram pouquíssimos instantes
pois logo Victor vai para o fundo da sala juntamente com Yasmin.
A aula começa e Vinícius passa a manhã toda sentindo um vazio em suas costas, na carteira onde Marina deveria estar.
Na hora do intervalo, Jonas e Maísa conversam sentados em degraus da escada do primeiro andar para o segundo.
— Acho que eu fui bem — conta a jovem com a cabeça apoiada no ombro dele. — Por incrível que pareça consegui controlar os sentimentos e manter a cabeça no lugar para fazer a prova.
— Ai, que bom, né! — diz Jonas com sinceridade e alívio. — Estava preocupado com você.
Maísa dá um leve sorriso e beija o pescoço dele.
— Nem fala a palavra preocupado, porque tudo o que eu não preciso na minha vida é de mais preocupação. Tem alguma outra coisa acontecendo, Jonas.
— Como assim?
— Estou sentindo uma tensão diferente lá em casa.
— Diferente do normal desse momento?
— Sim. Meus pais estão mais nervosos, parece. Mais do que já estavam! Só que quando eu pergunto, eles desconversam. Tem alguma coisa acontecendo e eles não estão me contando.
— Será que não é preocupação da sua cabeça?
— Não, amor! Eu tenho certeza que tem alguma coisa acontecendo.
— Tudo bem, amor.
Eles se olham e sorriem.
— É a primeira vez que eu te chamo assim em voz alta, né — comenta Maísa.
— Em voz alta?
A loira dá um sorriso envergonhado.
— Confesso que já te chamei assim mentalmente algumas vezes.
— Você é muito fofa, sabia? — Um sorriso abobalhado surge no rosto de Jonas e ele dá um beijo nela.
Enquanto Felipe e Isabela conversam sobre a próxima ida de Nina ao veterinário na lanchonete, Vinícius levanta e se encaminha até o balcão.
— Bom dia — sorri para a atendente que costuma atendê-lo.
— Bom dia! — responde ela com a mesma simpatia. — Deixa eu ver se adivinho. Você vai querer dois sanduíches número seis, um suco de abacaxi com hortelã e um de pitanga?
Vinícius dá um leve sorriso e diz:
— Hoje eu vou querer só um sanduíche e o suco de abacaxi com hortelã.
— Ah. Tudo bem então — ela sorri e se afasta do balcão. Vinícius morde a bochecha por dentro e fica pensando em Marina. Então ele resolve ligar par ela, porém nenhuma de suas ligações são atendidas.
Caminhando lado a lado, Victor e Yasmin chegam à biblioteca. Pouquíssimos alunos estão no local durante o intervalo e quando eles passam pelas mesas com computadores e entram em um corredor de livros de literatura, Yasmin pergunta:
— O que você tem para me dizer?
— Na verdade eu não tenho nada — ele sorri.
— Então por que você me trouxe aqui dizendo que tem uma coisa para me dizer? — ri Yasmin estranhando o comportamento dele.
— Eu só quero passar um tempo com você.
Yasmin fica olhando para ele em silêncio por longos segundos. Em seguida, sorri e senta no chão do corredor.
— Senta aqui — pede batendo no chão ao seu lado. Victor faz o que ela pede e entrelaça seus dedos nos dela.
— Depois de ontem, minha ficha caiu.
— Em que sentido? — pergunta a loirinha tirando um fio de cabelo loiro do uniforme dele.
— Tenho que aproveitar o máximo de tempo possível com você, porque eu acho que... ah, deixa pra lá.
— Você acha que isso não vai durar muito tempo, né? — Yasmin conclui o que ele não teve coragem de dizer.
Sério, a cada capítulo você destrói ainda mais o meu coração. Meus casais favoritos são a Yas e o Victor, e a Maísa e o Jonas. Estou com muita dó da Maísa e queria poder abraçá-la e dizer que vai ficar tudo bem. Não consigo acreditar que a Yas e o Victor vão se separar... amo eles demais.
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