Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 352: Vinícius fica sabendo se foi aprovado em escola de gastronomia
Na tarde de sexta-feira, os jovens reúnem-se ao redor da piscina da mansão de Sophia e Micael na tentativa de relaxar às vésperas do ENEM.
Marina e Vinícius conversam sentados com os pés dentro d'água enquanto Yasmin e Felipe fazem competição de nado. Isabela observa o namorado deitada em uma espreguiçadeira com sua cadelinha Nina.
— Está querendo pegar um bronza? — indaga Victor parando ao lado dela, de modo a sombrear seu rosto.
— Oi? — Isabela tira os óculos e o encara.
— Bronzeado — ele responde olhando de relance para Nina, que o observa com a cabeça apoiada na perna de sua dona.
— É bronze, Victor — ri a morena.
— Ah. — Ele sorri. — Jurava que estava arrasando no português já.
— Vamos com calma.
Ainda sorrindo, Victor tenta sentar ao lado de Isabela, porém Nina não se move.
— Esse animal está me atrapalhando — ele fala para a jovem.
— Você que está querendo atrapalhar ela — ri Isabela. — E o nome desse animal é Nina.
— Whatever. — Victor revira os olhos, toma distância da piscina e sai correndo em direção à água.
Marina e Vinícius são molhados pelos respingos que ele provoca quando pula e ela reclama:
— Nossa, Victor! Quanta gentileza.
O loiro emerge e passa a mão no cabelo, colocando os fios para trás.
— Não quer se molhar, não venha para piscina.
— Concordo — diz Yasmin surgindo atrás do namorado. Ela passa os braços pelo corpo dele sob a água e beija seu ombro.
Ainda com irritação na voz, Marina responde:
— Não estou afim de mergulhar.
— O medo voltou? — indaga Felipe aproximando-se dos quatro.
— Só não estou afim mesmo.
— Qualquer coisa o Vinícius pode te ajudar a superar de novo — fala Yasmin com malícia e eles sorriem, exceto a própria Marina.
— É, pode ser — ela responde com a voz monótona e levanta, caminhando até Isabela. Para ela, Nina abre espaço e a jovem senta ao lado da cunhada.
— Ela está bem? — questiona Felipe para Vinícius.
— Está — ele responde, porém todos notam que ele não foi sincero. Um silêncio constrangedor paira sobre a piscina, até que Victor diz:
— Enfim, nós viemos aqui para relaxar, né? — Ele se vira e abre um sorriso carinhoso para Yasmin.
— Pena que tem gente que parece que não está conseguindo — comenta Felipe.
— Fazer o quê? — Vinícius responde e pula na piscina. Ele mergulha direto e começa a nadar, deixando o trio sozinho.
— Aposto que eles estavam falando de você — diz Isabela para Marina, que dá um leve sorriso.
— Então você ficará ainda mais rica.
Elas riem. Nina pula da espreguiçadeira e começa a farejar ao redor.
— Por que você está desse jeito? — pergunta Isabela tornando-se séria.
— Pensei que fosse óbvio para todo mundo.
— Tem a ver com uma sigla de quatro letras?
— Exatamente. — Marina passa a mão no cabelo e olha de esguelha para piscina, onde Vinícius continua nadando tranquilamente. — ENEM.
— Tenta não ficar tão pilhada. Nervosismo só atrapalha.
— Eu sei, mas é impossível controlar. Ainda mais quando tem tanta coisa em jogo.
Isabela assente e também olha para a piscina. Ela se recorda da carta da escola de gastronomia francesa que Vinícius recebeu. Desde então ela vem observando o irmão e pelo seu comportamento, deduziu que ele sequer chegou a abrir a carta.
Em um ponto alto da cidade, Malu e Samuel observam o pôr do Sol sentados no capô do fusca dele.
— Está chegando a hora do ENEM — ela comenta olhando para frente.
— Passou rápido, você não acha?
Malu ri e olha para ele.
— Só que não, né? Sinto que esse ano passou como uma eternidade. Aconteceram tantas coisas.
— É, aconteceram mesmo. Mas finalmente o ano está chegando ao fim, né? A gente vai fazer os vestibulares e já já chega o Natal e o Ano Novo.
— Sei lá, com as nossas vidas do jeito que está pode acontecer muita coisa — responde Malu e eles gargalham.
— Isso é. Mas você me tendo do lado, dá pra encarar né? — brinca Samuel.
— Cala a boca!
— Não é verdade?
— Não — ela ri. — Vivi muito anos sem você e vou viver mais alguns, né?
— Você está terminando comigo? — sorri o jovem.
— Não, nós nem temos o que terminar. — Ela ri. — Estou querendo dizer que vou passar uns anos com você longe.
— Ah. Isso.
— Não é verdade? — Malu repete a pergunta dele.
— É.
— Pois então.
Os dois olham para o Sol por trás das nuvens, o céu alaranjado e ficam alguns instantes em silêncio.
— Pensando de forma egoísta — diz Malu ainda encarando o céu —, não queria que você fosse fazer faculdade fora do Rio.
Samuel dá um leve sorriso e indaga:
— A gente vai continuar junto?
— Durante esse tempo?
— Sim.
Malu dá de ombros.
— Quem sabe?
— Você sabe — responde Samuel.
— Eu? Apenas eu? — ela retorque.
— Sim, porque se depender de mim nós vamos continuar juntos. Então só depende de você. Você me querer ou não.
Malu sorri e olha para ele.
— Você sabe que eu te quero.
Eles se encaram durante longos minutos, seus olhos iluminados pela luz alaranjada do pôr do Sol. Lentamente seus lábios se unem.
— Samuel — sussurra Malu quando eles se afastam, ambos sem ter noção de quanto tempo passaram trocando carícias.
— Maria Luíza — ele responde. O casal sorri com leveza e se beija novamente.
Já no começo da noite, Isabela, Vinícius e os gêmeos Marina e Victor preparam-se para deixar a casa de Yasmin e Felipe. Com os dedos finos, Vinícius guarda seus pertences em uma mochila preta sendo observado por Marina, que está sentada no sofá ao seu lado.
— Quer que eu durma lá na sua casa hoje? — ele pergunta fechando o zíper da mochila.
— Oi? — Marina indaga como se estivesse com os pensamentos distantes. Vinícius se aproxima mais dela no sofá e entrelaça seus dedos nos dela, repetindo a pergunta:
— Quer que eu durma na sua casa hoje?
A morena leva uma fração de segundo a mais para responder.
— Obrigada, Vini, mas eu prefiro ficar sozinha agora.
— Tudo bem.
Marina aperta os dedos dele e dá um leve sorriso.
Bem distante da mansão dos Abrahão-Borges, Jonas e Luciana conversam no quarto dele.
— Seu papai evangélico sabe que você está deitada na minha cama? — ele provoca a jovem.
— Eu não falava nada nem quando acontecia alguma coisa nessa cama, agora que eu não vejo necessidade de falar mesmo — ri Luciana. Jonas também ri, mas seu sorriso murcha com rapidez. — Por que você está assim? — ela pergunta passando a mão pelo cabelo dele.
— Assim como? — ele rebate arrumando a cabeça no travesseiro.
— Sei lá, tenso.
Jonas fecha os olhos, parecendo cansado aos olhos de Luciana, e responde:
— Acho que é a Maísa.
— Vocês brigaram? — ela tenta adivinhar.
— Não, eu estou preocupado com ela.
— Ah, por causa do papai corrupto?
— Não fala assim, Lu — pede Jonas abrindo os olhos.
— Só disse a verdade — ela sorri.
— Não é bem assim.
— E como é?
— Ninguém tem prova de nada contra ele. A minha maior preocupação é como isso tudo vai afetar a Maísa amanhã.
— O curso que ela quer é muito concorrido? — indaga Luciana virando de bruços, mas ainda olhando para ele.
— Ela quer direito.
Luciana ri e ironiza:
— Molezinha.
— Pois é. Agora você vê o quanto é importante ela estar calma amanhã, né?
— Vejo, mas sabe o que eu posso fazer a respeito disso? Nada.
— Eu sei, mas você pode ouvir meu desabafo.
— Ai, não! — Ela dramatiza e esconde o rosto no travesseiro. — Era melhor quando a gente transava nessa cama, hein?
Jonas gargalha e acerta ela com um travesseiro.
Na manhã seguinte, logo que acorda, Victor vai até o quarto de Marina. Ele encontra a irmã sentada na cama ainda com o pijama e o cabelo bagunçado ao redor do rosto.
— Bom dia — diz passando pela porta.
— Assim espero — responde Marina.
— Vim falar com você.
— O que foi? — ela indaga vendo ele sentar na beirada da cama.
— Queria saber se você está tão ansiosa quanto eu — ele conta dando um sorriso de canto de boca.
— Estou tentando não pensar muito, pra ser sincera.
— Eu não consigo.
— É difícil mesmo.
— Assim como é difícil a gente passar no ENEM.
— Victor — ela diz com seriedade. — Não é o momento pra gente ficar pensando nisso. Vamos apenas fazer a prova e dar o nosso melhor.
— Parece que você ensaiou essa frase.
— É porque eu venho me repetindo isso mentalmente diversas vezes.
— Tentando se convencer?
— Exatamente.
Os dois se calam, refletindo sobre suas situações.
— Sabe o que eu estava pensando esses dias, até comentei com a Yasmin.
— O quê? — ela pergunta.
— Eu estive pensando tanto em ficar longe dos nossos pais, da Yasmin, da galera, que nem percebi que existe a possibilidade de eu ficar longe de você.
Marina demora para responder.
— É verdade.
— Você também não tinha pensando nisso, né? — ele sorri.
— Não — ela ri.
— Pois é. Estranho pensar que a gente pode se afastar, né?
— Muito. Você sempre esteve comigo.
— Sempre mesmo! — Eles sorriem.
— Não quero ficar longe de você — diz Marina.
— Eu nem sei se conseguiria ficar longe de você — Victor confessa. — Você é minha gêmea. My little sister.
Marina sorri e abraça o irmão.
— Meu caçulinha.
— É só um minuto de diferença, Marina.
— Um minuto e vinte e três segundos. Faz diferença! — Eles riem e se abraçam com ainda mais força.
— Eu não sei se a gente vai ficar ou não — fala Victor quando eles se afastam —, mas uma coisa eu tenho quase certeza.
— O quê?
— O nosso resultado vai ser o mesmo. A gente não vai ter que passar por isso sozinho — diz com convicção.
O sábado e o domingo passam rápido, porém são dias tensos para a maioria dos jovens. No domingo a noite, Vinícius manda uma mensagem para Marina questionando se pode ir até a casa dela. Ele não fica surpreso quando ela responde dizendo que prefere ficar sozinha.
— Ai, ai — suspira deixando o celular sobre a cama. Ele caminha até a sacada e fica lá por um tempo, até que decide ir para o apartamento de seu pai.
Antes de sair, Vinícius caminha até sua estante e pega um envelope pardo entre dois livros grossos. De dentro do envelope, ele tira a carta da escola francesa de gastronomia Ferrandi. Após guardar o papel em sua mochila, deixa o cômodo. Ele passa pelo quarto de Isabela, onde a jovem e Yasmin conversam sobre o comportamento dos gêmeos após as provas do ENEM.
— A Marina eu sei que se fechou completamente — conta Isabela. — E o Victor?
— Ele está esquisito também — Yasmin responde. — Ontem a gente não se falou direito, porque ele falou que estava cansado por causa da prova e hoje as minhas mensagens não chegaram até agora.
— Vai ver ele não ligou o celular ainda.
— Já faz horas que a gente deixou a prova, Isabela.
— Eu sei, mas vai que ele esqueceu.
— Duvido. Enfim, o jeito deles só me faz acreditar ainda mais que eles foram mal.
— É, eu também. Triste, né?
Yasmin ri sem realmente achar graça.
— Triste é pouco para descrever como eu me sinto em relação a isso.
Sozinha em seu quarto, Marina alcança seu celular na mesinha de centro e liga para um número internacional.
— Brian?
— Oi, Marina! — ele responde em inglês. — Como você está?
— Péssima — ela diz com sinceridade.
— Nossa, por quê?
— Esse final de semana foi o ENEM. Cheguei faz um tempo da escola que eu fiz a prova.
— ENEM é aquela prova que você me falou que tem pra entrar na faculdade?
— Sim.
— E aí? Como foi? — indaga Brian apreensivo.
— Mal. Muito mal. — Marina fecha os olhos com força e pronuncia as palavras que tanto a angustia: — Brian, eu não vou passar.
Com as mãos no bolso da calça jeans caqui, Vinícius aguarda seu pai abrir a porta.
— Oi, filho! — Chay sorri ao abrir a porta.
— Oi, pai. — Eles se abraçam, se beijam e Vinícius entra na casa do pai. — Desculpa avisar em cima da hora que viria.
— Tudo bem. — Eles caminham até o sofá e se sentam um de frente para o outro. — O que é que manda?
— Recebi isso uns dias atrás — diz Vinícius tirando a carta da Ferrandi da mochila —, mas não tive coragem de abrir até agora.
— O que é isso? — indaga Chay pegando a carta. — É o que eu estou pensando?
— É a resposta da escola francesa.
— Jesus, é o que eu estou pensando!
— Abre, pai — pede Chay.
— Eu? — O cantor se surpreende.
— Eu não tenho coragem.
— Mas, Vinícius...
— Por favor.
Seu pai respira fundo e assente.
— Tudo bem. — Com cuidado e receio, ele rasga o papel e desdobra a carta. Seus olhos correm pelo papel e sua boca entreabre.
— O que está escrito? — pergunta o jovem com os olhos brilhando de nervosismo e ansiedade.
Chay encara o filho e diz:
— Você foi aprovado, Vinícius.
Aí meu Deus, eu não vou conseguir lhe dar com a situação dos gêmeos!!! Nem com yasvic e nem com a Marina e o Vinicius!!!
ResponderExcluirgente,como vou lidar com o meu casal fave do imagine? (Marinícius) como eles vão ficar
ResponderExcluirPosta logo o próximo!
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