Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 346: Isabela e Felipe vão embora mais cedo de festa de Halloween
— O que aconteceu com você? — Isabela faz o mesmo questionamento de Victor. Ela se aproxima ainda mais do namorado, tentando enxergar melhor o corte na raiz do cabelo dele.
— Eu saí correndo igual todo mundo na hora da fumaça e daquele grito, quando cheguei até aqui tentei procurar vocês, só que nessa hora apareceu de novo aquela mulher vestida de noiva.
— E aí? — indaga Isabela com os olhos fixos nele.
— Ela estava com um facão na mão e veio correndo na minha direção, gente. Eu pensei que ela fosse parar, né? Eu sei que a intenção é ser assustadora, mas isso aqui era pra ser só uma brincadeira.
— Foi ela que te cortou? — Victor demonstra sua incredulidade na voz.
— Não! — exclama Felipe. — Só que eu pensei que ela não fosse parar, por isso me abaixei. Nessa hora, pisei em falso numa dessas raízes da árvore e caí. Bati minha cabeça em outra raiz e apaguei por um tempo.
— E a mulher sumiu?
— Sim. Quando eu acordei não tinha mais ninguém, só que eu fiquei desorientado por um tempo.
— Você está melhor? — Isabela indaga com preocupação.
— Um pouco, mas minha cabeça está doendo bastante.
— Deixa eu te ajudar a levantar — fala Victor chegando perto dele.
— Vamos sair daqui — chama Isabela e pergunta para Felipe: — Você consegue caminhar sozinho?
— Acho que sim — ele responde já de pé.
— Qualquer coisa eu te seguro — Victor prontifica-se.
— Prefiro cair no chão do que nos seus braços — ri Felipe, mas sente muita dor e por isso interrompe a risada.
— Você não está tão mal assim, já está até falando bosta — ri o loiro.
Isabela ergue o vestido para passar pela raiz de uma árvore e diz:
— Eu não falei que ele não tinha saído, Victor.
— Disse, grande anã, disse.
Felipe dá um leve sorriso e busca a mão de Isabela.
— Teria passado mais um tempo lá se você não tivesse me encontrado.
— Ela reconheceu seu gemido de dor — conta Victor. — É o hábito de te ouvir gemer, né? — brinca e cai na gargalhada.
— Vai se f*der, Victor — responde o moreno rindo.
Ainda sorrindo, o loiro fica propositalmente para trás do casal por alguns instantes.
— É melhor eu colocar isso — comenta Felipe recolocando sua máscara.
O trio passa pela árvore onde está o palhaço ensanguentado, deixando oficialmente a floresta. Eles caminham a parte de terra e entram no galpão novamente.
Assim que os vê, Yasmin caminha até eles.
— Finalmente! Onde você se meteu, Felipe?
— Embaixo de uma árvore — ele responde sorrindo.
— Como assim?
— Eu caí e bati a cabeça.
— Sério? — questiona Yasmin ficando séria.
— Sim.
— Machucou?
— Tira a máscara pra ela ver — fala Victor e é exatamente o que Felipe faz.
— Felipe!? — exclama Yasmin assustada ao ver o sangue já endurecido no rosto dele.
— Não foi nada demais — o rapaz fala para tranquilizá-la.
— Você disse que sua cabeça está doendo bastante — relembra Victor.
— Eu e o Felipe vamos embora — diz Isabela.
— Não precisa, Isa — retorque Felipe. — É só eu limpar esse sangue e...
— Não! — interrompe Yasmin. — A Isa está certa. Você tem que olhar isso. Será que o corte foi fundo? — ela pergunta esticando o pescoço para ver melhor o machucado do irmão.
— Cadê o resto do pessoal? — pergunta Felipe.
— A Malu e o Samuel estão por aí, a Grazi e o Thiago eu não sei se já saíram ou não e o Vinícius está tranquilizando a Marina.
— O que aconteceu com a Marina?
— No caminho de casa eu te conto — responde Isabela pegando no braço dele.
— Nós vamos mesmo embora?
— Claro.
Felipe revira os olhos e coloca de novo sua máscara do boneco Chucky.
Malu caminha até Samuel em seu vestido de Morticia e o abraça por trás.
— Pensei que você tivesse morrido na mata — diz mordendo a orelha dele.
— Notícia ruim chega logo — ele tira sua luva com tesouras e a prende em uma parte de sua fantasia antes de pegar na mão dela e se virar de frente para a jovem. — Você já teria recebido a notícia que ficou viúva.
— Viúva? — ela gargalha. — Para ficar viúva não ter que ser esposa?
— É o que você vai ser minha um dia, não?
— Eita! — exclama Malu rindo ainda mais. Sua risada vai diminuindo aos poucos e ela beija o queixo e o pescoço dele. — Você realmente quer que isso aconteça? — indaga apertando os dedos dele.
— Gosto de passar um tempo com você, por que não oficializar isso um dia?
— Um tempo? Somente um? — ela brinca e recebe um selinho dele.
— Não um tempo, mas o tempo. O tempo todo. Todo tempo. — Malu sorri e o abraça com força. — Você vai me sufocar desse jeito — ele ri.
Malu fecha os olhos, respira fundo, exalando o perfume de Samuel. Em seguida, junto com o ar, solta as palavras:
— Eu sou apaixonada por você.
O rapaz não reage e ela o solta aos poucos. Eles se encaram profundamente. Um leve sorriso surge no rosto de Samuel, que diz:
— Não pensei que...
— Finalmente te encontrei.
Tanto Samuel quanto Malu ficam surpresos com a repentina aparição de Ben, que fuzila Samuel com o olhar.
Yasmin e Victor juntam-se a Marina e Vinícius, que estão no canto mais vazio do galpão.
— Acharam o Felipe? — pergunta o irmão de Isabela.
— Sim, mas ele e a Isa já foram — informa Yasmin.
Com os olhos ainda vermelhos por causa do choro, Marina pergunta:
— Por quê?
Victor conta para o casal tudo o que se passou na mata desde que eles saíram.
— Nossa! — exclama Vinícius. — Mas o Felipe está bem?
— Sim — responde Yasmin —, mas foi melhor ele ir para casa.
— Ele não queria, mas a Isabela fez ele ir — diz Victor sorrindo.
— Isabela sendo Isabela — fala Marina com a voz baixa.
— Mas ela está certa — responde Yasmin. — Foi melhor mesmo ele ir pra casa, ver se o corte não foi muito fundo, cuidar disso.
Victor chega perto de sua irmã gêmea e afaga o ombro dela.
— E você, como está?
— Um pouco melhor — responde Marina com um copo d'água nas mãos.
— Quer ir embora também?
— Não, prefiro continuar aqui e me divertir mais um pouco.
— É isso aí, cunhadinha! — sorri Yasmin apoiando um braço no ombro de Victor. Ele passa um braço pela cintura dela, deixando a mão em cima do pompom em seus glúteos.
Marina dá um leve sorriso e fala:
— Vamos andar? Acho que ficar parada aqui não vai me fazer melhorar.
— Corretíssima — sorri Vinícius pegando na mão dela.
Espantado, Samuel indaga:
— Você estava me procurando? — O clima sereno e confortável que pairava entre ele e Malu torna-se denso e carregado.
— Eu queria te dizer umas coisas — Ben fala agitado. — Eu tenho nojo da sua família. Nojo do seu pai, nojo da sua mãe e nojo de você. Eu não pedi pra participar disso tudo! Eu não quero isso!
— O que você está fazendo, Ben? — questiona Malu confusa. — Do que você está falando?
— Eu não quero conviver com você — Ben continua cuspindo as palavras em Samuel. — Não quero dividir herança com você! Não quero te conhecer, não quero nada que venha de você ou da sua família!
— Fico grato — responde Samuel —, mas por que você resolveu vir até aqui pra me dizer isso?
— Pra que tudo ficasse bem claro entre nós! E outra coisa, avisa para o seu pai nunca mais chegar mais perto da minha mãe, ok?
Samuel franze a testa.
— O que você quer dizer com isso?
— Se eu souber que ele ao menos tentou chegar perto dela... eu vou acabar com ele. — Ele dá um passo para ir, mas volta a encarar seu meio-irmão. — Ah, estava esquecendo disso.
Ben cerra o punho e dá um soco em Samuel, que cambaleia para trás.
— BEN — grita Malu assustada com o comportamento dele.
O jovem se aproxima de Samuel, que está com a cabeça baixa e encontra dificuldade em enxergar após o forte soco em um de seus olhos.
— Isso é pra você deixar de ser babaca — diz Ben. — Aproveita e avisa para o seu pai que se ele chegar perto da minha família eu vou fazer ele sentir uma dor muito maior do que você está sentindo agora. — Ele tenta se afastar, mas Malu se coloca em seu caminho.
— Por que você fez isso? — ela questiona atordoada.
— Sai, Malu. — O rapaz passa por ela e desaparece entre as pessoas no galpão.
Malu leva as mãos à cabeça, perdida e assustada. Seu olhar encontra Samuel, que permanece com as mãos cobrindo o olho esquerdo.
— Você está bem?
Samuel ergue a cabeça e encara Malu com o olho direito.
— O que foi isso?
Victor, Yasmin, Marina e Vinícius cruzam com Graziele e Thiago.
— Vocês saíram agora da floresta? — pergunta a morena.
— Sim — Graziele responde sorrindo e Thiago confirma com a cabeça.
— Nossa, gente!
— Foi uma loucura aquela hora, né? — comenta Vinícius com relação ao momento em que eles se separaram.
— Muita — concorda Thiago. — A sorte é que eu e a Grazi nos encontramos. — Os amigos e ex-namorados se olham e sorriem.
Yasmin repara que o casaco de Thiago está aberto, que o vestido de Graziele está levemente amassado e que o batom dela está mais fraco.
— Pensei que você ainda estivesse chamando a Grazi de Graziele — comenta olhando intensamente para Thiago.
— Grazi, Graziele, isso faz diferença? Eu mesmo nunca vi o Victor te chamar de Yas.
— Eu não chamo ela de Yas — ri Victor. — Prefiro Yasmin.
— Viu? — Thiago sorri para a loirinha.
— O Victor é o Victor, você é você — retorque ela.
— Por que tudo isso em volta de um apelido? — questiona Marina.
— Porque a Yasmin é idiota — ri Graziele abraçando a irmã de Felipe.
— Idiota, mas não cega — responde Yasmin somente para a ruiva, que olha com mais atenção para ela. — Você não me engana, Grazi — sorri a jovem.
— Eu não quero te enganar! — Ela retira as orelhinhas de coelho da cabeça de Yasmin e as coloca em Victor, fazendo todos rirem.
— Fica melhor nela — sorri o loiro colocando de volta o acessório na namorada.
Evaldo dirige por ruas desertas e mal-iluminadas enquanto Isabela e Felipe conversam no banco de trás.
— Não precisava a gente vir embora — diz Felipe.
— Você está sangrando, Felipe — retorque Isabela.
— Estava. Não estou mais — ele responde passando uma das mãos pelo sangue seco em seu rosto.
— Não interessa o estado do sangue. Interessa que você tem um corte na testa e é melhor a gente cuidar disso.
— A gente?
— Se você preferir eu te deixou em casa e vou para a minha.
— Ei, não precisa ser grossa. É claro que eu quero a sua ajuda. Se não fosse por você, eu ainda estaria lá na mata.
— Uma hora você ia levantar e sair de lá.
— Mas seria muito depois do que eu realmente saí. Graças a você.
— Você faria o mesmo por mim.
— Com certeza. — Ele sorri e faz um carinho no rosto dela. — Pelo menos a noite não acabou tão mal, você vai dormir comigo.
— Eu iria dormir de qualquer jeito — lembra Isabela sorrindo.
— Estou tentando ver o lado positivo dessa situação, ok? — responde Felipe e eles gargalham.
Cerca de duas horas depois, Jaqueline vai até Samuel e Malu, que estão encostados em uma parede do galpão.
— Como está esse olho? — pergunta para ele. Assim que ficou sabendo que ele se envolveu em uma briga, buscou um dos gelos que resfriava as bebidas, enrolou em um pano e entregou para ele.
— Inchado e dolorido — responde Samuel.
— Deixa eu dar uma olhada — pede a loira e Samuel tira a compressa de gelo do rosto.
— Uau. — O olho dele está tão inchado que o jovem não consegue nem abri-lo. — Acho que você via precisar de mais gelo.
— Eu vou precisar é de uma boa explicação, porque até agora não entendi o que aconteceu.
— Nem eu — concorda Jaqueline. — Por que o seu amigo viria até aqui só pra bater no Sam, Malu?
A garota, que estava pensando nas motivações de Ben, olha para Jaqueline.
— O quê?
— Por que esse seu amigo Ben viria até aqui pra bater no Sam? — Para ela foi dito que Ben é apenas um amigo de Malu.
— Não sei — responde Malu. — Sinceramente não sei — acrescenta olhando para Samuel.
— Isso não vai ficar assim — diz Samuel balançando a cabeça. — Não mesmo.
— Não vai querer revidar, Sam — aconselha Jaqueline.
— A Jaqueline está certa — concorda Malu. — Não sei no que deu no Ben. Ele não é assim. O Ben que eu conheço jamais faria uma coisa dessas.
— Pelo visto você não conhece ele tão bem — retorque Samuel.
— Discordamos nisso.
— Discordamos em muitas coisas.
— Não vamos começar com isso, Samuel.
— Não quero começar com nada — ele rebate e Jaqueline apenas observa. — A única coisa que eu quero é entender o que aconteceu.
— Deve ter algum motivo para o Ben ter vindo aqui e fazer o que fez.
— Não vejo nenhum motivo para ele me dar um soco!
— Ele estava descontrolado! — devolve Malu. — Você sabe que ele não é assim, Samuel.
— Eu não sei de nada. Não conheço ele, ao contrário de certo alguém, né?
— Você está começando a falar coisas sem sentido.
— Como o Ben fez?
— Ele teve motivos para falar aquilo. Tenho certeza que o Ben não agiria assim caso não tivesse acontecido alguma coisa muito séria — fala Malu tentando pensar racionalmente.
— Na boa — diz Samuel tirando o gelo do olho —, não vou ficar aqui com você defendendo o cara que acabou de fazer isso com o meu olho.
Ele sai caminhando em passos largos e Malu revira os olhos.
— Ele está pensando só com a emoção.
— Justificável, né — responde Jaqueline. — Ele acabou de levar um baita de um soco aparentemente por nada.
— Aparentemente — observa Malu.
Após deixarem o fusca de Samuel estacionado no estacionamento do hospital, Maísa e Jonas correram para dentro do prédio. Eles se encontram com o pai dela, um senhor com traços orientais.
— Como está a mãe? — indaga Maísa após eles se cumprimentarem.
— Está bem. Foi só um pico de pressão.
— O que aconteceu com ela? A mãe não tem pressão alta.
Edson fica um pouco incomodado com a pergunta e olha para Jonas antes de responder.
— Ela ficou um pouco nervosa.
— Um pouco de nervoso não faz ninguém vir parar no hospital por causa de pressão alta, pai. O que realmente aconteceu com a minha mãe?
— Maísa, fica calma — pede Edson com a voz suave.
— Como eu vou ficar calma? O senhor me ligou no meio da festa contando que a mãe foi internada por causa de pressão alta. Ela não tem problema de pressão! Alguma coisa muito grave aconteceu para ela passar mal assim e eu quero saber o que foi.
Edson passa a mão no cabelo extremamente preto.
— A gente conversa em outro momento, filha.
Maísa fita com intensidade o pai por alguns segundos.
— O senhor vai me dizer o que realmente aconteceu?
— Vou — garante Edson —, mas o momento certo não é agora. — Ele olha novamente para Jonas, que desvia o olhar pois acredita que a razão para Edson se calar é a presença dele. No entanto, ele estranha o comportamento extremamente preocupado de Maísa e a forma acusatória com que ela fala com o pai.
Encostada no batente da porta do quarto de Felipe, Isabela acompanha ele trocar de roupa.
— Já lembrou onde fica a maleta de primeiro socorros? — ela pergunta.
Felipe joga o macacão longe e deita na cama apenas com a camisa listrada de sua fantasia.
— Acho que fica em um dos armários da despensa.
— Ok, vou lá pegar.
— Não precisa, Isa.
Ela ignora o pedido dele e diz:
— Lava o rosto, ok?
A jovem sai do quarto e Felipe caminha para o banheiro.
Minutos depois, Isabela retorna com uma maleta branca e coloca o objeto na cama dele.
— Está doendo muito — reclama Felipe saindo do banheiro.
— E você ainda queria ficar lá na festa. — Ela pega na mão dele. — Senta aqui — pede e o rapaz se acomoda na cama.
— Vou passar esse remédio aqui para machucados e depois fazer um curativo — diz analisando o corte próximo ao cabelo dele. — Acho que está bom, né?
— Você é quem sabe — responde Felipe passando a mão pelo vestido dela.
— Ok, pode ser que arda um pouco, mas é jeito — ela avisa e aplica o remédio no corte.
Felipe range e morde um lábio com força.
— Car*lho, car*lho, car*lho — repete apertando o vestido dela com força.
— Vai passar — diz Isabela para tranquilizá-lo. — Há males que vem para o bem.
Ele acaba sorrindo com o comentário dela.
— Ai, Isa, só você.
— Já vou fazer o curativo. Deixa só eu tirar essa fantasia, porque está muito pesado.
— Tá bom.
— Vou pegar uma camisa sua, tá? — ela fala caminhando até o armário dele.
— Prefiro você sem.
Isabela o encara por sobre o ombro.
— Olha para o seu estado, Felipe. — Eles riem e ela pega uma camisa velha e larga dele.
Instantes depois, Isabela já está livre de sua fantasia de noiva zumbi e se posiciona entre as pernas de Felipe para fazer um curativo na testa dele.
— Sabe o que eu lembrei agora? — ele pergunta.
— Sua cabeça está aberta, mas eu não consigo enxergar seus pensamentos daqui — ela brinca rindo em seguida.
— Boba. Eu lembrei que há mais ou menos um ano atrás nós estávamos nessa mesma situação. Eu machucado e você com a maleta de primeiro socorros cuidando de mim aqui nesse quarto.
Isabela observa o rosto dele e lembra com precisão o momento ao qual ele se refere:
Sem bater na porta, Isabela entra e para abruptamente.
— Ai, desculpa! Não sabia que você estava trocando de roupa.
— Relaxa! — responde Felipe.
Isabela fecha porta.
— A Yasmin não quis me emprestar nenhuma roupa. Cantar estava mais divertido pra ela.
— Eu te empresto. Fica tranquila!
Isabela olha para o tórax de Felipe e não consegue não reparar nos músculos bem definidos no abdômen e braços dele. Ela também nota as manchas arroxeadas na pele dele.
— Nossa! — exclama indo até ele. — A briga foi feia, hein?
— Não foi nada demais.
Isabela joga a bolsa na cama dele e se aproxima ainda mais.
— Não? — Ela passa a mão em uma mancha na barriga dele. — Olha isso, Felipe!
Felipe sente a estranha vontade de beijar Isabela novamente. Enquanto ela analisa os machucados dele, ele observa os traços delicados do rosto dela, o cabelo macio que molda o seu rosto e escorrega por suas costas, a boca corada e os olhos meigos. Felipe acorda do transe e se afasta bruscamente.
Isabela franze a testa.
— Te machuquei?
— Não, não mesmo.
Ao olhar para o rosto angelical de Isabela, Felipe se pergunta como Jonas pôde trair a garota e sente a raiva o dominar de novo.
— Vocês têm uma maleta de primeiros socorros? — ela pergunta.
— Acho que sim! Vou lá ver.
Isabela fala indo até a porta:
— Não precisa. Troca de roupa, que eu vejo. — Ela sai do quarto e Felipe vai até o seu guarda-roupa.
Ele pega uma bermuda preta, se perguntando:
— Como alguém pode trair uma garota tão incrível como ela? — Ele se dá conta do que falou. — Garota incrível? Do que eu estou falando?
Felipe começa a trocar de roupa. Depois pega uma camisa cinza que fica um pouco comprida nele e joga na cama.
Minutos depois, Isabela retorna com uma maleta de primeiros socorros nas mãos.
— Voltei!
— Estava quase indo te buscar. — ele ri.
— Eu sei, me ama tanto que não consegue ficar longe de mim. — Ela coloca a maleta sobre a cama e vê a camisa. — Não vai colocar a camisa?
— Essa é pra você.
Isabela olha para ele.
— Pra mim?
— Você não esperava que eu te desse um pijama super fofo, né? — Ele ri novamente. — Isso é o que eu tenho.
— Você não tem um short?
— Não vai precisar, a camisa vai ficar um vestido em você.
Isabela sorri e pega a camisa.
— Isso que dá você ser grande demais.
— Você que não comeu fermento.
Eles riem e fala indo para o banheiro Isabela:
— Seu idiota! — No cômodo, ela tira a saia de cintura alta e a blusa e coloca a camisa de Felipe, que fica um pouco acima de seus joelhos. — Até que ele tinha razão. — Ela pega as suas roupas, abre a porta do banheiro e sai. — Prontinho!
Felipe olha para Isabela dos pés a cabeça.
— Ficou perfeito — fala sem pensar. Isabela fica incomodada e coloca as roupas lentamente sobre a cama de Felipe. Ele se toca do que disse e tenta consertar: — Ficou perfeito, está na cara que a camisa é do gatinho aqui, né? — Ele ri e acaba ficando mais relaxado, assim como Isabela.
— Agora senta aí que eu vou dar um jeito nessa sua cara — ela fala ficando sério novamente.
— Ok, mãe.
Felipe ri e senta na cama.
— Estou morrendo de curiosidade pra saber quem fez isso na sua cara — diz Isabela.
— Isa, não começa!
— Se eu estou envolvida, eu preciso saber.
— Você vai saber, só que no momento certo.
Isabela conversa com ele enquanto limpa o rosto dele com um algodão.
— E quando vai ser esse momento certo?
Felipe coloca as mãos na cintura dela.
— Não posso falar.
— Só estou perguntando o momento? — Ela vai até a maleta e pega uma pomada.
— Vamos mudar de assunto?
— Ok! Eu estou preocupada com o Jonas. — O corpo de Felipe fica tenso, mas Isabela não percebe, pois lê a embalagem da pomada. — Ele falou que ia passar a noite com a mãe, só que ele estava meio estranho.
— Não acredito que ele te disse isso! — exclama Felipe.
Isabela levanta o olhar para encará-lo.
— Por quê?
— Você sabe que eu não acredito em tudo o que ele diz.
Isabela senta ao lado de Felipe e estica a pomada para ele.
— Passa aí nos roxos da sua barriga.
Felipe pega a pomada.
— Tá. — Ele começa a passar a pomada e olha para Isabela que está absorvida em seus pensamentos. — No que você está pensando?
— Será que o Jonas mentiu pra mim? Tipo, ele não estava afim de sair e resolveu falar que ia ficar com a mãe.
Felipe prefere não falar nada e continua passando a pomada. Minutos depois, quando ele já terminou de passar a pomada nos hematomas, levanta.
— Vamos dormir?
— Vamos! O quarto de hóspedes está disponível, né?
— Quarto de hóspedes, Isa? Dorme aqui comigo.
— O quê? — Ela ri. — Isso foi uma piada, né?
— Não! Você dorme na minha cama e eu durmo no chão, monto uma caminha com cobertores pra mim.
— Eu não vou deixar você dormir no chão todo machucado desse jeito. Eu durmo nos cobertores.
— Eu posso não ser o mais cavalheiro do mundo, mas não vou deixar você dormir no chão. Fica, vai! Eu pensei que a gente pudesse assistir a um filme antes de dormir.
— Que filme?
— Homem de ferro!
Isabela sorri.
— Você só escolheu esse por que sabe que é um dos meus filmes favoritos, né?
Felipe também sorri e concorda com a cabeça. Isabela pensa por um momento e acaba cedendo.
— Ok, eu durmo aqui!
— Ótimo! Você pode ir colocando o filme enquanto eu preparo a minha cama?
— Tá, onde está o DVD?
— Ali no armário.
Isabela vai até o armário indicado por Felipe e começa a procurar o DVD do Homem de Ferro em meio aos outros DVDs. Felipe monta uma espécie de cama com cobertores. Ela coloca o DVD no aparelho e deita na cama dele. Felipe também deita em sua cama improvisada.
— Bom filme! — ele deseja e Isabela sorri.
— Pra você também.
O filme começam e minutos depois, Isabela coloca a cabeça para fora da cama, olhando para Felipe.
— O que foi? — ele pergunta.
— Fica aqui na cama. — Felipe sorri. — Só enquanto a gente assiste ao filme.
Felipe levanta.
— Pode deixar!
Ele senta ao lado dela na cama e Isabela apoia a cabeça no ombro dele. Felipe passa um braço pelas costas dela, a envolvendo. Eles ficam assistindo ao filme e Isabela acaba dormindo sentada ao lado de Felipe. Ele percebe e deita ela na cama. Em seguida também deita e continua assistindo ao filme, que se encaminha para o final. Felipe não assiste ao filme completo, pois adormece. Os dois acabam dormindo juntos na cama dele.
Isabela sorri para o Felipe do presente, que está sentado em sua frente.
— Tanta coisa ia acontecer a partir daquela noite.
— Sim — ele concorda colocando as mãos na cintura dela. — Mas tudo o que aconteceu nos trouxe até aqui.
— É. Hoje em dia não é um absurdo eu dormir na mesma cama que você.
— Nem eu sentir vontade de te beijar.
— Você sentiu vontade de me beijar naquela noite? — ela se surpreende.
— Sim, mas eu reprimi porque achava que era loucura. Era só amor.
Isabela sorri e senta no colo dele.
— Você não precisa mais reprimir essa vontade.
— Não se reprima, não se reprima, não se reprima — ele cantarola a música do grupo Menudo e Isabela gargalha.
— Acho que você bateu a cabeça com muita força.
Ai, meu coração! Belipe é tão perfeito... Meu casal favorito eveeeeeeeer
ResponderExcluir<3
ExcluirEstou chocada com o que o Ben fez. Não to entendendo assim como a Malu e o Sam. Geente, por que isso? auhsaudgau Esstou muito curiosa pra saber o que aconteceu. Foi muito fofo a hora que ela disse que estava apaixonada por ele <3 <3 BELIPE É PERFEITO
ResponderExcluirQuais seriam as razões para o Ben ter feito isso, hein... Malu surpreendeu o Samuel *-*
ExcluirCapitulo maravilhoso, Belipe é vida ❤
ResponderExcluirAi senhor! Que capitulo!!!
ResponderExcluirCoitado do Felipe! Essa festa deu pra machucar todo mundo,em? Hahaha!!
Não vou nem falar sobre oque eu acho sobre a Grazi e o Thiago, mas deixarei claro umas coisas:
1- Péssimo lugar para fazer sexo. Sério, péssimo mesmo.
2- Sempre retoque o batom depois de uma pegação. Principalmente em festas. #errofatal
3- Novamente, um péssimo lugar pra fazer sexo.
Anyaway, vamos falar do que realmente interessa, o meu casal.
Começando pelo Ben, que nunca gostei e agora não gosto mais ainda. Como não quero que você apague o meu comentário, vou usar o termo "Boboca" para substituir os palavrões nas frases a seguir:
Ô Ben! Seu boboca do boboca! Vai pra boboca que te pariu! Seu boboca do boboca! Meu Deus, como é que você atrapalha uma das melhores cenas do MEU CASAL, seu filho da boboca! Era pra ser tipo a cena do pedido de namoro, ou sei lá ,mano!! Não é possível que eles nunca vão namorar nessa fanfic! Sinceramente, Ben, espero que você vá pra boboca que te pariu!
Mas agora falando sério, não importa o motivo, razão ou circunstância, o Ben não podia fazer isso! Não tem argumento, porque o Samuel não tinha culpa de nada que tivesse acontecido com o Ben , já que ele estava numa festa( e , se esse filho de uma boboca não tivesse interrompido, provavelmente, pedindo (FINALMENTE) a Malu em namoro), bem longe dele. Eu sei oque é ficar com raiva de alguém a ponto de bater nessa pessoa. Eu sou potterhead! Quantas vezes quisemos bater no Malfoy ou no otário de Snape?? Mas, existia uma coerência nisso ai! Eles eram os culpados! O Samuel não fez nada de errado! Nem satisfação o Ben tinha que tirar com ele, já que o erro foi provavelmente do cuzão do Elias (desculpa pelo palavrão, mas ele é mesmo), pois aparentemente ele foi atrás da mãe do Ben. Enfim , está errado e não tem desculpa!E o pior é a Malu defendendo qualquer motivo que o Ben tenha tido pra baixar aquele nível! Depois da cagada que ele fez com o ,deixa eu ver, SEU FUTURO NAMORADO/MARIDO! Se eu tivesse ali eu dava uma cossa nela que ela perdia uns 3 dentes! Espero que ,terça , eu veja a Malu se desculpando com o Samuel! NO MÍNIMO!
Enfim, só pra fechar, o melhor foi a Malu dizendo "Eu sou apaixonada por você." , como se isso fosse uma puta novidade! Maluzinha, querida, Eu sei disso, o Samuel sabe disso, a autora sabe disso, o Rio sabe disso, o Brasil também e até o Obama sabe! <3
Enfim, ótimo capitulo!
PS:Péssimo lugar pra fazer sexo, MESMO!
Julia e seus comentários enormes que eu adoro.
ExcluirSerá mesmo que a Graziele e o Thiago transaram na mata? :o
Logo menos vocês saberão por que o Ben agiu como um boboca (há controvérsias sobre isso kkk)
Obrigada *-*
Gosto muito do Ben, estou curiosa para entender melhor pq ele bateu no Samuel. O Imagine está maravilhosooo
ResponderExcluirEm breve você entenderá, Isa. Obrigada! :)
ExcluirComecei ler hoje e já tô ansiosa pro próximo
ResponderExcluirFico feliz que tenha começado a ler, Polyane! Hoje terá capítulo novo para acabar com sua ansiedade. *-*
ExcluirPor favor :)
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