Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 343: Sexta-feira macabra de Halloween

Chay continua sem expressão e pergunta:
   — Como você ficou sabendo que é na França?
Mel bate com o punho na mesa de som.
   — Sabia!
   — Espera aí — ele ergue uma das mãos. — Você não tinha certeza?
   — Não. Eu resolvi testar você, ou como diz aquele ditado, joguei verde para colher maduro.
   — Não acredito nisso — Chay sacode a cabeça, sentindo-se um estúpido por ter caído no papo de Mel.
   — Um estilista lá da MelPhia comentou comigo que falou para o Vinícius dessa tal prova, mas o que eu estranhei é que ele falou que a escola fica na França. Você não me disse isso quando me contou, Chay. Por quê?
   — Porque eu achei que não tivesse necessidade.
   — Não tivesse necessidade? Então pra você não tem necessidade eu ficar sabendo que o meu filho pretende se mudar para outro continente?
   — Ele não pretende — responde Chay com calma. — Há diversas variáveis em jogos.
   — Diversas, não. Eu só vejo uma que se chama Marina.
   — É basicamente isso.
   — Eu não consigo entender essa história deles — confessa Mel sentando em uma cadeira acolchoada. 
   — Vou resumir pra você. A Marina se sairia melhor se fosse fazer faculdade nos Estados Unidos, mas ela quer ficar no Brasil, embora sinta falta de Nova York, por causa do Vinícius, da família, de todo mundo. Então ela está fazendo de tudo para passar aqui no Brasil, mas as chances são mínimas.
   "O Vinícius tem essa possibilidade de cursar gastronomia na França, mas não sabe se vai passar porque é muito concorrido. E ele disse que só vai para lá se a Marina não passar aqui no Brasil, porque aí ela vai para os Estados Unidos. Se ela passar aqui, ele vai ficar aqui mesmo que passe na França, porque não acha justo ela se sacrificar ficando aqui no Brasil e ele ir para a França."
   — Pra mim ela deveria ir para os Estados Unidos e ele para a França — opina Mel. — São as melhores oportunidades para eles.
   — Mas eles não querem se distanciar um do outro, Mel.
   — Eu sei, mas eles têm que pensar primeiro neles mesmos.
   — Se coloca no lugar deles. Quando a gente tinha a idade deles não queríamos ficar distante nem uma semana, quanto mais anos. E se eles realmente forem para fora do país, Mel, dificilmente vão se encontrar de novo. O Vinícius vai construir uma vida na França e a Marina nos Estados Unidos. Sem contar que aqui no Brasil eles também podem se tornar excelentes profissionais.
   — Claro que sim. Mas enfim, não esconde mais nada de mim, ok? Eu entendo o Vinícius ter mais proximidade para desabafar com você, mas...
   — Ele só não te contou ainda porque não quer causar uma situação ao redor dessa história. Pra ele, só eu sei.
   — Tá bom. Só não acho saudável ele ficar guardando tudo para si para poupar os outros. 
   — O que a gente pode fazer? É o jeito dele. O Vinícius sempre foi assim, você sabe.
   — Sei — responde Mel. — Sempre se esforçando para que as pessoas fiquem bem, escondendo as coisas para não preocupar ninguém. Lembra de quando ele cortou o braço quando tinha sete anos e tentou esconder da gente para não nos preocupar?
Chay sorri.
   — Lembro. Ele teria conseguido se a Isabela não tivesse visto sangue no lençol dele.
Os dois riem.
   — A Isabela sempre fuçando as coisas — diz Mel.
   — Jornalista desde sempre. 
Eles sorriem e Mel levanta.
   — Bom, eu vou indo. Quando sai o resultado dessa prova?
   — No começo do mês que vem.
   — Ok, quando sair o resultado ele vai contar para a gente?
   — Espero que sim. Mas continua fingindo que não sabe, tá Mel?
   — Claro. Tchau! — Ela dá um beijo na bochecha dele.
   — Mel — chama Chay segurando em seu braço —, quando quiser me visitar, pode vir. Ok?
Mel gargalha.
   — Chay, Chay — cantarola e sai do estúdio.

Duas semanas passam e o final de outubro chega. Na última sexta-feira do mês, dia de Halloween, o assunto dos jovens é a festa que Jaqueline promoverá.
   — Estou muito empolgada! — exclama Yasmin sentada à mesa da sala de jantar da mansão de Mel com Isabela e Vinícius minutos antes do almoço.
   — Eu também — responde Isabela —, só acho que isso talvez nos prejudique.
   — Por que nos prejudicaria? — Vinícius indaga.
   — O ENEM é final de semana que vem. Não acho que uma festa agora ajudaria muito.
   — Não vai então — ri Yasmin.
   — E perder uma festa da Jaqueline? Eu não! — Isabela sorri. — Posso não ir com a cara dela, mas as festas dela são as melhores.
   — Com certeza — concorda Vinícius. Ele estica o pescoço e olha para a porta. — Será que a mãe vai demorar pra chegar? Estou com fome.
   — Acho que não — sua irmã responde —, ela disse para a gente esperar ela pra almoçar.
   — Aposto que ela vai ficar feliz com a minha presença — Yasmin sorri.
   — Com o seu auto-convite para almoçar aqui? — brinca Vinícius.
   — Com a intimidade que a gente tem, eu posso me convidar para comer na casa de vocês. — Os três riem.

Antes de almoçarem, Marina e Victor recebem uma caixa enorme de Arthur, que diz:
   — Chegou pra vocês.
   — O que é isso? — questiona Victor.
   — De onde veio? — Marina indaga tentando ver as informações.
   — Uma encomenda especial diretamente de New York.
Marina sorri de imediato e Victor abre a caixa com o auxílio de um estilete.
   — Uau! — exclama a jovem ao ver o interior repleto de doces americanos.
   — Tem um papel — fala Victor pegando a folha entre os doces. — Para os nossos gêmeos brasileiros favoritos — ele lê em inglês —, de seus amigos americanos. Doces típicos americanos para alegrar o Halloween de vocês!
Os olhos de Marina brilham e ela sorri ainda mais.
   — Não acredito que eles fizeram isso. Olha, Candy Corn! — Ela pega a embalagem.
   — Nossa, tem até Butterfingers! — exclama Victor. — Pena que você não pode comer, porque tem alergia a amendoim — ele abre um sorriso maligno. — Tudo pra mim!
   — É aí que você se engana — diz Arthur.
   — Os doces são para nós dois — responde Victor. — Para os nossos gêmeos brasileiros — ele lê novamente o papel— Você não é um dos gêmeos brasileiros, pai, desculpa.
   — Vocês não vão ter coragem de negar um simples Circus Peanuts para esse pobre senhor, vão?
   — A gente está zelando pela sua saúde, pai — responde Marina. — Um homem da sua idade não pode abusar dos doces, olha a diabetes. 
   — Eu recebi a encomenda, eu mereço. — Arthur ri e puxa a caixa com doces.

No final da tarde, Vinícius despede-se de Isabela, Yasmin e Mel.
   — Aonde você vai? — indaga sua mãe.
   — Na casa da Marina, a maquiadora já deve estar chegando lá — ele responde pegando seu celular sobre uma mesinha de canto.
   — Você vai se maquiar? — ri Yasmin.
   — Faz parte da minha fantasia, bobona.
   — Você vai fantasiado de drag queen? — Isabela zoa e Mel ri.
   — Você vai se fantasiar do quê, filho?
   — Esqueleto. — Ele sorri. — Vou estar irreconhecível mais tarde.
   — Eu vou estar gostosíssima mais tarde — sorri Yasmin.
   — Qual é a sua fantasia? — questiona Mel.
   — Coelhinha versão Regina George.
A empresária cai na gargalhada.
   — Meu Deus! Melhor fantasia não há.
   — Eu sei! — ri Yasmin.
Também rindo, Vinícius fala:
   — Vou indo. Até mais tarde, meninas. Até amanhã, mãe!
   — Você não vai voltar mais hoje? — Mel pergunta.
   — Não, da casa da Marina vou direto pra festa.
   — Ok, cuidado.
   — Pode deixar. Tchau!
   — Tchau! — as três respondem.

O local escolhido por Jaqueline para realizar a festa de halloween é um galpão em uma aérea industrial rodeado por vegetação. Na rua de terra batida há túmulos falsos com caveiras e fantasmas de pano pendurados nos poucos postes de iluminação. Diversas cabeças de bruxas e zumbis estão pendendo na entrada do galpão, de onde sai um nevoeiro composto por gelo seco. 
   No interior do galpão há morcegos falsos pendurados no teto, corvos e corujas nas paredes. Barris foram espalhados contendo orelhas, cérebros, olhos e outras partes do corpo humano de plástico mergulhadas em um líquido esbranquiçado e mau-cheiroso. Em enormes caldeirões estão as bebidas e sobre caixões as comidas. Crânios e ossos muitíssimos realistas estão espalhados pelo espaço e as paredes foram manchadas por uma coloração semelhante ao sangue humano. As máquinas de gelo seco fazem com que a todo tempo tenha uma fumaça branca cobrindo o chão, escondendo algumas armadilhas especialmente elaboradas por Jaqueline. Ao redor da mesa do DJ há esqueletos falsos de animais e uma porta no fundo do galpão dá acesso à mata, que também está decorada com enfeites macabros. 
   O boneco de um palhaço ensanguentado está apoiado em uma árvore de tronco grosso. Em outras árvores há crânios pendurados e aranhas falsas. Mais cabeças de bruxas estão por toda parte e a fumaça branca torna o ambiente ainda mais sinistro. Em determinados momentos, gritos assustadores ecoam pela mata e risadas aterrorizantes podem ser ouvidas. Caveiras com olhos de led estão escondidas atrás de arbustos e fantasmas estão suspensos em troncos altos.
   Os jovens começam a chegar fantasiados, alguns com fantasias próprias de Halloween, outros com roupas de artistas de cinema, personagens de filmes e personalidades. Samuel, que está vestido como o personagem Edward Mãos de Tesoura, passa por uma garota fantasiada de Marilyn Monroe e entra no galpão. Seus olhos demoram para se acostumar com as luzes coloridas, mas quando isso acontece ele começa a andar à procura de algum conhecido. A primeira pessoa que aparece em sua frente é a anfitriã da festa.
   — Gostosuras ou travessuras? — pergunta Jaqueline acima da música. Samuel sorri e olha para a fantasia dela.
   — Com você vestida assim, gostosura com certeza. — Eles riem.
Jaqueline dá uma volta, exibindo sua fantasia de enfermeira zumbi que é composta por um vestido branco curto e justo com o símbolo da cruz vermelha, meias sete oitavos brancas, um acessório no cabelo loiro com o mesmo símbolo de seu vestido e um estetoscópio vermelho em seu pescoço. Toda a sua roupa e também seus braços e as partes a mostra de suas pernas estão sujos com a cor vermelha, imitando sangue, e sua maquiagem contém um filete de falso sangue escorrendo de sua boca. 
   — Gostou? — ela pergunta sorrindo.
   — A Malu que não me escute, mas você está bem gata.
   — Valeu. Você também está bem legal com essa roupa — ela comenta olhando diretamente para as mãos dele.
   — Difícil vai ser pegar alguma coisa — Samuel ri. — Deixa eu te perguntar, esse lugar é seguro?
Jaqueline gargalha.
   — Está com medo, Samuel?
   — Com medo do meu carro ser roubado.
   — Relaxa, tem seguranças nas proximidades e também aqui dentro. Até lá na mata tem pessoas de olho, em todos os sentidos.
   — Do que você está falando?
   — A floresta lá atrás do galpão também faz parte da festa. Não toda, é claro — ela ri. — Mas uma boa parte foi recheada de surpresas para os corajosos que entrarem na mata.
   — Nossa, você caprichou, hein?
   — Eu sempre capricho — responde Jaqueline e pisca para ele. — Vou receber as outras pessoas. Fique à vontade. Ah, cuidado por onde anda.
Samuel olha imediatamente para o chão, mas não vê nada além da fumaça branca. Quando ergue os olhos, Jaqueline já se afastou. Ele sorri e sacode a cabeça.
   — E aí, cara! 
Samuel olha para o lado e se assusta ao ver uma múmia.
   — Pedro?
   — Reconheceu a minha voz, né — sorri o rapaz, mas seus olhos é a única parte de seu corpo que Samuel consegue enxergar.
   — Você está hilário! — gargalha Samuel.
   — E você com esse cabelo aí.
   — Faz parte, né. — Eles riem e Samuel pergunta: — Cadê o resto do pessoal?
   — A Maísa e o Jonas foram os únicos que chegaram, eu acho, mas eles foram lá para a floresta.
   — Do que eles estão fantasiados?
   — Coringa e Harley Quinn.
   — Nossa, ele deve estar massa com a maquiagem do Coringa e a Maísa com aquele shortinho também.
Pedro ri.
   — Ela não está com a fantasia do filme, é aquela tradicional da HQ.
   — Macacão vermelho e preto?
   — Sim, com aquele negócio na cabeça e a máscara — completa Pedro. — Mas acredite, está igualmente gostosa.
Eles sorriem.
   — Vamos beber alguma coisa — chama Samuel.
   — Cara, eu bebi uma bebida que tinha gosto de sangue! — conta Pedro com entusiasmo enquanto eles passam por algumas pessoas para chegarem no caldeirão mais próximo.
   — Fala sério — responde o outro com descrença.
   — É, sério. Tem umas bebidas muito sinistras!

Ainda no condomínio, Evaldo estaciona em frente à mansão de Arthur e Lua e Isabela desce. Ela passa pelo portão e caminha até a varanda. Quando está prestes a tocar a campainha, a porta se abre e Victor sai. Os dois se encaram, ela fantasiada de noiva zumbi e ele de Jason Voorhees.
   — Você está assustador! — exclama Isabela.
Victor sorri por trás da máscara e fala:
   — Você está tenebrosa.
Isabela balança seu buquê de flores pretas e tira o véu manchado de sangue de seu rosto.
   — Eu mandei uma foto da minha fantasia para o Felipe e ele disse que vai ter pesadelos comigo entrando na igreja.
   — Eu também teria — ri o loiro, mas seu sorriso dura pouco. — Mas enfim, você trouxe aquilo?
Isabela fica tensa e tira de suas vestes um pequeno pen drive prateado.
   — Trouxe. 
   — Por que você acha que nisso aqui nós vamos conseguir a resposta sobre o lance do Vinícius?
   — Eu já te disse, o jeito que ele reagiu quando eu pedi o pen drive foi muito, muito suspeito. — Ela olha intensamente para Victor e a memória deste momento invade sua mente:
   Na semana anterior, Isabela caminha até o quarto de Vinícius.
   — Vini! — chama indo até a mesinha de estudos dele.
   — Estou no banheiro — responde o jovem e ela começa a procurar algo com certo desespero. — O que foi? — ele pergunta minutos depois, saindo do cômodo.
   — Preciso de um pen drive para salvar o projeto de artes. Não sei porque a professora pediu o trabalho em um formato de folha diferente!
   — Só pra dar mais trabalho — sorri Vinícius sentando em sua cama. — Eu não tenho pen drive. A Nina mastigou o meu, lembra?
   — Você não falou que ia comprar outro? — ela se aproxima da cama, ainda olhando para os lados como se o objeto fosse aparecer instantaneamente em algum canto. — E agora? Como eu vou fazer pra imprimir?
   — Não é melhor você mandar por e-mail, lá na gráfica você abre e imprime.
   — Não, eles só aceitam por pen drive. — Isabela abre a primeira gaveta da mesinha de cabeceira dele e revira os papéis que estão lá. Seus dedos encostam em um material gelado e ela tira um pen drive da gaveta. — Achei um!
O rosto de Vinícius fica pálido e ele fala com agitação:
   — Esse não funciona!
Isabela franze a testa.
   — Não funciona?
   — Ele está com vírus muito forte — diz Vinícius com o olhar inquieto, algo que acontece geralmente quando ele está mentindo. — Pedi para a Marina limpar pra mim, mas até agora ela não limpou.
   — Hum. — O comportamento dele levanta suspeitas em Isabela. — Ok, então. — Ela guarda novamente o pen drive na gaveta. Vou ver se a mãe tem algum pra me emprestar.
   — É, vê com ela.
Isabela sai do quarto com mais do que uma pulga atrás da orelha. 
   A garota pisca com rapidez e o rosto de Victor volta a entrar em foco.
   — Aproveitei que ele veio mais cedo aqui pra casa de vocês pra pegar o pen drive. Você acredita que não estava na gaveta que eu encontrei semana passada? Estava no armário no meio de uma meias.
   — Muito suspeito — observa Victor.
   — Sabe o que é mais suspeito? Eu tentei ver o que tem no pen drive, mas não consegui.
   — Por quê?
   — Tem senha.
   — O quê? — Victor não esconde o espanto e tira sua máscara.
   — O pen drive tem senha — conta Isabela. — Eu tentei algumas datas, mas não deu certo.
   — Realmente, tem alguma coisa neste pen drive que o Vinícius não quer que ninguém veja. 
   — Como a gente vai fazer para descobrir?
Victor pensa por um instante.
   — Eu só consigo pensar em uma coisa.
   — No quê?
   — Nós dois conhecemos uma pessoa que pode facilmente entrar nesse pen drive.
Isabela enxerga as intenções dele em seus olhos e nega de imediato.
   — Não! Nem pensar! Nós não podemos meter a Marina nisso.
   — Ela é a única pessoa que pode resolver isso.
   — Mas o que tem aqui — fala Isabela erguendo o pen drive — pode afetar diretamente ela. Você ficou maluco, Victor?
   — Uma hora ou outra ela vai ter que saber o que tem aí — ele argumenta.
   — Não. A Marina fica fora disso — Isabela diz com firmeza.
   — Ok, se você quer assim.
   — Assim é o certo.
   — Nada é certo no que a gente está fazendo, Isabela.
   — Então assim é o menos errado.
Ele bufa e revira os olhos.
   — Nós precisamos dar um jeito de invadir esse pen drive.
   — Vocês querem invadir um pen drive? 
   Victor olha para trás e Isabela arregala os olhos ao ver Marina e Vinícius parados na porta. O casal está vestido com macacões pretos com ossos estampados, transformando-os em perfeitas caveiras. Ambos estão com maquiagens pesadas que completam a produção. O cabelo cacheado de Vinícius foi puxado completamente para trás com o auxílio de um gel e o de Marina rodeia o rosto encovado dela. O casal está deslumbrante com suas fantasias e com um ar de mistério e trevas.
   — Então, gente, por que você querem invadir um pen drive? — questiona Marina sorrindo com espanto para os dois. 
   Isabela conseguiu esconder o objeto em seu vestido de noiva rasgado e sujo supostamente por sangue, mas o olhar que Vinícius lança para ela demonstra que ele sabe exatamente o que ela tem.


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