Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 340: Victor questiona Vinícius sobre viagem para França

Não muito distante deles, Thiago e Alexandre conversam na companhia de Graziele, que está somente de corpo presente. Ela relembra do começo da manhã, quando se encontrou com Douglas e fica se sentindo culpada por não ter sido agradável com ele.
   — Já volto — fala se levantando.
   — O seu sanduíche já já fica pronto — lembra Thiago.
   — Você pega pra mim?
   — Claro.
A ruiva sorri e afaga o ombro dele, saindo da lanchonete. Ela tira o celular do bolso e busca o contato de Douglas em sua agenda.
   — Fala, ruivinha! — ele atende sorrindo.
   — Oi, Douglas.
   — Já está sentindo a minha falta?
   — Não me faça me arrepender de ter ligado.
Ele ri.
   — O que foi?
   — Eu sei que não fui muito simpática com você mais cedo.
   — Você está sendo bastante eufêmica, hein?
   — Não sabia que você sabia o que é eufemismo.
   Douglas ri ainda mais.
   — Eu tenho ensino médio e graduação, ok?
   — Você fez faculdade? — Graziele não consegue esconder a surpresa da voz.
   — Administração. Ou você acha que eu administro tão bem o tráfico porque tenho talento? — Graziele fica muda e ele chama: — Ruiva?
   — Não gosto quando você faz essas brincadeiras.
   — Como você mesmo disse, é só brincadeira. Você sabe que eu não trafico nada. Só amor — ele ri.
   — Para de falar besteira, Douglas! Enfim, eu queria saber se tem como você vir me buscar para a gente almoçar. Uma forma de eu me redimir.
   — Só tem — sorri Douglas. — Vou até tomar banho.
Graziele ri.
   — Cala a boca! — Eles se despedem e Graziele desliga, retornando para a lanchonete.

Os cotovelos de Vinícius estão apoiados no balcão e o olhar dele fixo no porta-guardanapos em sua frente. Marina se aproxima por trás e passa a mão pelas costas dele, acomodando-se na banqueta ao seu lado.
   — Por que você saiu daquele jeito?
   — Eu não saí de jeito nenhum — ele dá um leve sorriso.
   — Você ficou chateado por causa da minha conversa com a Yasmin? Pode ter parecido algo sério, mas era só brincadeira, Vini.
   — Eu sei que é brincadeira — responde o rapaz. — Eu não estou chateado. — Diante do olhar descrente dela, insiste: — É sério, não estou chateado. 
Marina assente, preferindo acreditar na palavra dele.
   — Ok.
   — Aqui — diz a funcionária da lanchonete colocando um copo de plástico no balcão.
   — Espero que você tenha colocado esse na sua conta — sorri Marina quando a moça se afasta. — Não mandei você tomar todo o meu.
   Vinícius também sorri e dá um selinho nela.

   — Claro que não! — Malu exclama, discordando de Pedro em uma mesa que divide com Samuel, Jonas, Maísa e ele. — Com certeza a cor mais legal que o céu poderia ter é o azul mesmo! 
   — Vai dizer que você nunca imaginou ele de outra cor? — rebate Pedro. — Eu continuo achando que um cinza ia ser muito massa. Mas que não ficasse escuro no solo.
Com um sorriso relaxado no rosto, Jonas acompanha a conversa deles.
   — Cinza é muito legal, mas pensa o céu sempre cinza? — questiona Malu.
   — As pessoas poderiam pintar as casas com cores mais vibrantes se o céu fosse sempre cinza — Samuel entra no raciocínio dos dois —, assim não ia ficar brega como ficaria com o céu azul. Não falam que cinza combina com tudo?
   — Nossa! Já pode fazer designer de paredes de casa, Samuel — ri Pedro e Malu também gargalha.
Alheia às ideias malucas deles, Maísa fita a televisão com intensidade embora não possa ouvir quase nenhuma palavra devido aos burburinhos da lanchonete.
   — Mas é verdade — responde Samuel rindo.
   — As favelas tem as casas bem vibrantes e não fica brega com o céu azul — argumenta Malu.
   — É o que você acha, né? — ri o rapaz.
   — Seu mauricinho coxinha que não respeita a classe menos favorecida. 
Jonas ri assim como Pedro. Ele vira para Maísa, comentando:
   — Eles são muito idiotas. — O rapaz franze a testa ao ver a expressão endurecida dela e segue o seu olhar, encarando a televisão presa em uma parede. Ele acompanha a reportagem sobre a corrupção no Rio de Janeiro por alguns segundos e olha novamente para Maísa. — Você está bem? — pergunta pegando no braço dela.
   — Oi? — A loira olha para ele.
   — Você está tão concentrada vendo essa matéria. Tem alguma coisa a ver com o seu pai? Vi que o partido dele tem sido investigado.
   — Não! Claro que não! — ela responde de imediato e constata que o seu tom de voz pode ter sido extremamente defensivo. — É que eu acho que corrupção pode ser um bom tema para o ENEM.
Jonas sorri com leveza e ela fica aliviado por ele não ter ficado desconfiado.
   — Você acha que eles colocariam corrupção como tema? Para a gente meter o pau no governo?
Maísa assente, sorrindo.
   — Você tem razão.
   — O céu vai continuar sendo azul, apenas aceita! — exclama Malu.
   — O que é isso? — indaga Maísa rindo.
   — Idiotas fazendo idiotices — responde Jonas e eles sorriem.

No começo da noite, Felipe guarda sua escova de dentes em sua mala de mão, resmungando:
   — Não quero voltar para o Rio de Janeiro.
Isabela, que já arrumou seus pertences, ri sentada em um sofá.
   — A gente vive lá.
   — Mas eu quero viver aqui.
A adolescente ri ainda mais.
   — Vai, vamos descer logo. Só faltava a gente perder o voo!
   — Não seria uma má ideia — sorri Felipe.
   — Larga de criança. Vem — ela pega no braço dele. — Vamos indo.
O casal pega suas malas e desce. 
   — Rio de Janeiro, estamos voltando — sorri Isabela no elevador.
   — Bye, bye, São Paulo — Felipe choraminga.

O carro de Douglas para suavemente em frente à mansão da família de Graziele. 
   — Adorei a nossa tarde — sorri a jovem.
   — Eu também — concorda Douglas. — Estava sentindo falta disso.
   — É, o engraçado é que eu não percebi que estava sentindo tanta falta até a gente passar esse tempo juntos. Não é confuso?
Ele ri.
   — Eu gosto de confusão.
   — Idiota — ri Graziele. Eles se olham sem trocar nenhuma palavra.
   Graziele se recorda dos momentos íntimos que passou com Douglas, do toque dele, dos detalhes de seu corpo e da sensação agradável e despretensiosa que sentia ao estar na presença dele.
   — Douglas.
   — Graziele — eles se chamam ao mesmo tempo. A garota percebe que Douglas também estava revivendo o breve romance dele e se sente um pouco envergonhada, mas também lisonjeada. 
   — Fala você — diz sorrindo.
   — Não, o que eu ia falar é muito idiota — ri Douglas parecendo constrangido. — Pode falar você.
   — O que eu ia, quer dizer, vou falar também é idiota. Mas você é idiota, então está tudo certo — eles riem, porém Graziele logo fica séria e prossegue: — Então... você não quer mesmo falar?
   — Eu ia falar que a gente poderia repetir aquilo que a gente teve. — Ele ri. — É ridículo, eu sei.
Graziele nega com a cabeça.
   — É exatamente o que pensei — responde se aproximando dele.
   — Então...?
   — Vamos deixar acontecer, Douglas — ela responde colocando uma das mãos na nuca dele. — Nós continuaremos amigos. O que não nos impede de fazer isso... — Ela beija os lábios dele.

Sentado na sala de estar da mansão da família Blanco-Aguiar, Vinícius lê concentrado uma matéria de revista Superinteressante. Victor desce as escadas e se aproxima dele rapidamente, sem que o rapaz note.
   — E aí, cara — diz sentando ao seu lado.
   — Ah, oi, Victor — Vinícius olha para ele. 
   — Esperando a Marina?
   — É, nós vamos visitar os avós de vocês.
   — Eu sei. Fui lá ver eles esses dias com o meu pai — diz o loiro coçando a cabeça distraidamente. Seu olhar se torna mais sério e ele olha para o topo da escada, certificando-se de que Marina não apareceu. — Vinícius — chama com a voz mais grave.
   — O que foi? — O jovem fecha a revista.
   — Por que você ficou bolado na hora que a Yasmin e a Marina falaram da escola da França?
Vinícius força um sorriso.
   — Eu não fiquei bolado.
   — Eu sei que ficou — rebate Victor bastante sério. — E quero saber o por quê. Ou melhor, acho que já sei.
   — Como? — Vinícius franze a testa, seu coração começando a bater mais rápido.
   — Essa ideia já passou pela sua cabeça, não? Ir para a França?
   — Você está viajando, Victor — Vinícius sorri, mas desvia o olhar.
   — Você sufocou esse desejo por causa da Marina? — pressiona Victor.
   — Você está completamente enganado, Victor. — Vinícius volta a olhar para o loiro, dessa vez seus olhos estão tão frios quanto os de Victor. 
Eles se encaram e o irmão de Isabela se controla para não desviar o olhar para não aumentar ainda mais as suspeitas de seu cunhado.
   — Gente? — chama Marina no alto da escada. — Está tudo bem?


Comentários

  1. Que capítulo!!! Adorei a atitude da Grazi com o Douglas.Por mais que eu não os shippe tanto quanto ela com o Thiago, eu acho legal ela curtir com o Douglas, enquanto ela está nessa fase indecisa.
    Eu acho legal o Vini querer ir pra França. Seria uma ótima oportunidade pra ele. Mas não acho legal ele ficar escondendo isso de todos pra não criar mais clima.Seria legal ele
    expressar oque está sentindo,mas acho que isso de se fechar é uma característica dele... então sei lá... hahaha!!
    Achei super legal a Malu socializando com os amigos do Samuel! Por mais que ache o Pedro e o Jonas uns bostas,não acho que eles e a Malu sempre em conflito seria legal pro Sam. Óbvio que eles não serão amigos pra sempre e ficarão por ai andando de mãos dadas e tals, mas acho que essa socialização deixa o Samuel mais tranquilo e fortalece o amor e o relacionamento dele com a Malu-Maluca, e como eu quero o meu querido casal sempre junto e feliz,por mim tá ótimo! Hahaha!!
    Bj! <3

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Veja mais

Mostrar mais

Postagens mais visitadas deste blog

Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - 1º Capítulo: Os rebeldes se reencontram

Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 85: Isabela reencontra Jonas no primeiro dia de aula