Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 337: Vinícius surpreende e diverte Marina

Durante a tarde Maísa tenta fazer umas questões de vestibular, porém as investigações sobre o partido ao qual seu pai faz parte não saem de seus pensamentos. Frustrada, ela empurra as apostilas e deita na cama.
   — Por que isso está acontecendo logo agora? — se pergunta fechando os olhos. Os pensamentos vão deixando-a cada vez mais sufocada e a necessidade de desabafar com alguém cresce a cada momento. — Minha mãe não pode saber, ela nem desconfia que eu sei. A Laís também não pode, é capaz dela abrir a boca pros pais e se isso se espalhar para o resto da família... não. — Ela vira na cama. — Ai, meu Deus, por favor me ajuda! 
Sobre a mesinha de cabeceira, seu celular começa a tocar e nome de Jonas surge na tela. Maísa fica olhando demoradamente para as letras, seu coração martelando com força no peito. Ela leva tantos segundos olhando para a tela que a ligação cai na caixa de mensagem. A loira sacode a cabeça, pega o celular e retorna a ligação.
   — Oi, Maísa — ele fala ao atender.
   — Oi, Jonas. Eu tava longe do celular, foi mal.
   — Tudo bem. A gente pode se encontrar daqui a pouco?
É sua chance de contar pra ele diz uma vozinha na cabeça dela.
   — Onde? — pergunta a loira.
   — Onde você quiser. 
   — Ok. Pode ser naquele parque aqui perto?
   — Pode. — Eles combinam o horário, se despedem e desligam. Maísa está tão presa com seus próprios problemas que não percebe o quão sério Jonas estava. 

Sob um guarda-sol, Victor e Yasmin namoram deitados na areia da praia. Eles aproveitam do fato da praia estar vazia e a privacidade proporcionada pelo guarda-sol para trocarem carícias mais íntimas. A loirinha acaricia o abdômen dele por dentro do uniforme enquanto recebe beijos no ombro e pescoço.
   — Estava sentindo falta de ficar assim com você — ela fala passando a mão pelo cabelo dele. Victor fecha os olhos sob o toque dela e fica assim por um tempo.
   — Eu também — concorda após dar um selinho nela. — Deveríamos vir pra cá todos os dias.
Yasmin ri.
   — E ficar sem estudar à tarde? Desse jeito que a gente não passa mesmo.
   — Shhh — ele beija os lábios dela. — Não vamos falar em vestibulares, ok?
   — Tá bom — responde Yasmin sorrindo. Eles se olham e dão mais um beijo intenso. Em seguida, Yasmin se mexe e senta no quadril de Victor.
   — É essa imagem que eu quero ter de você — fala o rapaz acariciando as coxas dela.
   — Você me olhando de baixo? Eu devo estar com papada — ela ri. 
Victor senta, ficando com o tronco perto do de Yasmin.
   — Não há ângulo que você fique feia.
   — Ai, que amorzinho — ri a loirinha fazendo um carinho no rosto dele. — É por isso que eu te amo, sabe? Você é fofo às vezes, mas é selvagem também. Além de incrivelmente sexy.
   — Incrivelmente sexy? — ele repete sorrindo.
   — Você sabe que é, Victor.
   — Incrivelmente sexy não — ri o loiro. 
   — Para de falsa modéstia, Victor — ela ri. — O jeito que você olha, o seu sotaque, o seu sorriso, seu corpo, até sua voz é sexy.
   — Você acha, é? — ele indaga passando a mão pelas costas dela.
   — Você vai jogar na minha cara depois, mas sim. Eu acho.
Eles riem e Victor deita ela ao seu lado, ficando com o rosto acima do dela.
   — E o que eu vou falar de você? Só de sentir a sua presença no mesmo lugar que eu já sinto desejo. 
   — Desejo? — ela repete mordiscando o lóbulo da orelha dele.
   — Sim, de todos os tipos. Desejo de te beijar, de te abraçar, de conversar com você ou apenas ficar te olhando mesmo. Do jeito que eu estou fazendo agora — acrescenta colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha.
   — Mas você não prefere me beijar, me abraçar agora ao invés de ficar só me olhando? Porque eu prefiro. — Ela não espera a resposta de Victor e o beija.

Com o cabelo bem preso em um rabo de cavalo, Marina lê uma questão na biblioteca com tanta concentração que os burburinhos de Jaqueline e Luciana, que estão em uma mesa ao lado da dela, passam despercebidos. 
   — O que você está sentindo? — indaga Luciana e Jaqueline se remexe inquieta na cadeira.
   — Não sei, um enjoo estranho. 
   — Você comeu alguma coisa de diferente?
   — Nã... será que foi o queijo que o meu irmão me deu? Não acredito que aquela peste me deu um queijo vencido! Ai — ela coloca as mãos na boca.
   — O que foi, Jaque? — pergunta Luciana assustada com a palidez da amiga.
   — Eu acho que... acho que... — A loira não termina a fala, levanta e sai correndo da biblioteca. 
Marina ergue a cabeça, surpresa com a movimentação, e acompanha Luciana sair as pressas do local.
   — Eu, hein! — exclama e volta estudar.

Com o coração acelerado, Maísa chega ao parque que marcou com Jonas. Ela caminha até o ponto em que eles combinaram de se encontrar e vê que ele já chegou.
   — Oi! — diz Jonas levantando. Ele se aproxima dela e a abraça com força. — Precisava muito te ver — fala soltando-a.
   — Eu também — responde Maísa tocando o braço dele. Os dois se sentam e ela umedece os lábios, preparando-se para contar o drama que sua família vive.
   — Minha mãe raspou a cabeça — Jonas fala sem rodeios. 
   — O quê? — Maísa olha para ele.
   — Minha mãe raspou a cabeça — repete o jovem com a voz trêmula. Seus olhos se enchem de lágrimas de repente e ele abaixa a cabeça. Maísa fica em choque com a informação e demora um tempo para processá-la.
   — Nossa, Jonas.
   — A gente sabia que isso ai acontecer uma hora do tratamento, mas... não é fácil ver sua mãe careca. Ela está tão frágil, Maísa! 
A loira assente, ainda bastante assustada.
   — Calma — pede em seguida dando um afago no ombro dele. — Isso faz parte, ela precisa passar por isso pra ficar boa logo.
   — Eu sei, só não queria estar passando por isso.
Maísa começa a chorar e abraça ele com toda sua força.
   — Vai ficar tudo bem — diz para ele e também para si mesma. 

Luciana chega ao banheiro correndo e encontra Jaqueline fazendo um gargarejo na pia.
   — Amiga, você está bem?
   — Não — responde Jaqueline enxugando a boca com as costas da mão.
   — Você... você vomitou?
   — Todo o almoço.
   — Mas você está bem?
   — Sinceramente? Não faço a mínima ideia. O que está acontecendo comigo, Lu? Isso não é só estresse por causa dos vestibulares. Eu nem estou tentando passar! Já faz um tempo que eu estou estranha. 
Luciana morde o lábio, escolhendo com cuidado as palavras que usará.
   — Eu tenho te observado e venho pensando. Jaque, você... você não tem se cuidado muito nos últimos tempos.
   — O quê? Do que você está falando, amiga?
   — Das suas escapadas. Você com o Brian.
   — Espera aí, você acha que eu estou...
   — Grávida — completa Luciana. — Todos os sintomas se encaixam, para pra pensar.
   — Você está ficando louca, Lu! Impossível eu estar grávida. Tudo bem que a gente transou sem camisinha duas vezes, mas...
   — Duas vezes? — repete Luciana espantada. — Pensei que tivesse sido só uma vez, lá na fazenda do pai da Isabela.
   — Não, a nossa despedida no banheiro da festa da MelPhia também — conta Jaqueline. — Mas mesmo assim, eu tomo anticoncepcional.
   — Você disse que não tem certeza se tomou na fazenda — Luciana lembra.
   — Eu levei o remédio!
   — Levar não quer dizer que tomou.
   — Eu sempre tomo.
   — Você se lembra de ter tomado?
   — Não, mas... eu sei que tomei, Lu. 
Luciana sacode a cabeça.
   — Apenas aceita que essa possibilidade é real. Olha, eu andei pesquisando. — Ela pega seu celular no bolso. — Até tirei print, apenas ouve. Entre os sintomas iniciais estão maior sensibilidade nos seios, cansaço e muito sono, enjoos e vômitos. Pode ter também um leve sangramento marrom ou rosado. Você pode ter confundido isso com sua menstruação.
O rosto de Jaqueline está mais pálido do que nunca e sua mente gira com rapidez. Os sintomas listados por sua amiga desencadearam uma série de memórias em sua cabeça:
   — Ai, esse mês a minha menstruação vai vir pesada, hein? — comenta Jaqueline sentando alguns degraus acima de Graziele e Malu.
   — Por quê? — questiona Luciana sentando ao lado dela.
   — Os meus peitos estão super doloridos, vou até inventar uma desculpa pra não participar da aula hoje — ela ri.
Um trecho de sua última conversa com Gabriel aparece em sua mente:
   — Oi, Gabriel. — Eles se abraçam.
   — Faz tempo que eu não te vejo. Digo, além dos corredores do colégio.
Jaqueline dá um leve sorriso.
   — Pois é.
   — Jaque — ele pronuncia como um suspiro. — Desde que a gente... depois do que aconteceu nós prometemos que nada ia mudar. Mas mudou. 
   — Eu não acho.
   — Olha pra você! Está diferente.
   — Eu só estou cansada, com sono — ela responde e dá um bocejo em seguida. — Olha aí, foi só falar. Ultimamente estou assim — diz com sinceridade. — Deve ser esse clima de vestibulares que está me afetando.
   As recordações que se encaixam com os sintomas de enjoo e vômito estão bem vivas em sua mente e ela se esforça para esquecer o gosto amargo que estava em sua boca instantes atrás. Seu olhar procura Luciana e ela se pergunta em choque:
   — Será que eu estou grávida do Brian?

No fim da tarde, Marina chega em casa exausta. Seu cabelo está embaraçado, com alguns fios soltos pelo rosto, e seus ombros curvados de cansaço.
   — Oi — fala para Arthur, que está assistindo televisão na sala.
   — Oi, filha — ele sorri para ela. Marina sobe diretamente para o quarto e ao abrir a porta se espanta com o que encontra.
   — Mas... o que é isso? 
Vinícius está em pé no meio do quarto, usando apenas uma samba canção. 
   — Surprise — fala em inglês. Ele se aproxima dela e pega em suas mãos.
   — O que você está fazendo aqui? Quer dizer, não estou querendo ser grossa, mas... eu não esperava por isso — fala olhando para o corpo dele. — Não faz muito o seu tipo, né?
   — Quis te fazer uma surpresa. E não para por aí, se eu fosse você iria ao banheiro.
Marina dá um leve sorriso e caminha até seu banheiro.
   — Vinícius — fala com descrença. Ela observa sua banheira cheia, com algumas pétalas de rosas vermelhas e brancas e um agradável aroma de flores no ambiente.
   — Imaginei que você iria querer relaxar depois dessa tarde intensa de estudos — ele fala abraçando ela por trás e beijando sua nuca. — Banheira, água morna, cheirinho gostoso. Namorado gostoso — acrescenta sussurrando no ouvido dela.
   Marina vira de frente para ele.
   — Não estou te reconhecendo — ri.
   — O que eu não faço para você relaxar? — Os dois riem e Vinícius dá um beijo na namorada. — Agora — diz em seguida —, seria mais inteligente você tirar essa roupa e aproveitar o momento.
Marina recebe mais um beijo do namorado e quando ele tenta levantar sua blusa, ela segura em sua mão.
   — Vini, agradeço tudo que você fez, mas eu...
   — Relaxa — interrompe o rapaz. — Seu banho é só seu. Eu preparei pra você, só pra você. Vou te esperar lá fora, na sua cama. Quando você sair, poderá fazer o que quiser com esse corpinho aqui. Se não quiser fazer nada, pode ficar apenas olhando para ele.
Marina cai na gargalhada.
   — Ai, Vinícius, você não tem preço, sabia?
   — Não tenho mesmo, sou todinho de graça para você. — Ele ri e completa: — Ok, cansei desse papel. Já está ridículo, né? Te espero lá fora. — Eles dão um selinho e Vinícius sai do banheiro.
   A surpresa e a conversa leve e divertida com o namorado já deixaram Marina mais tranquila após uma tarde tão tensa.


Comentários

  1. CAPÍTULO MARAVILHOSO! Adorei os casais com as "personalidades invertidas", Yasmin e Victor românticos e fofos e Marina e Vinícius divertidos e mais safadinhos. Você arrasa! PARABÉNS!

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    1. Obrigada, Flávia! As coisas se inverteram, né kkk Muito obrigada por acompanhar *-*

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  2. Senhor, que capitulo foi esse? Maravilhoso como sempre!💜

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  3. O imagine tá cada vez mais maravilhoso, continua *-*

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