Imagine ChaMel 4ª Temporada - Capítulo 336 [Parte 2]: Vinícius e Chay conversam sobre Marina e faculdade

Quando o último sinal toca, os jovens são liberados. No corredor, Jonas recebe uma ligação de seu pai e se afasta de Maísa, Samuel e Pedro.
   — Malu! — chama Samuel e a morena para com Graziele.
   — O que foi? — ela pergunta quando eles se aproximam.
Ele tira um fio de cabelo solto do uniforme dela, falando:
   — Vou almoçar com a minha avó, quer vir comigo?
   — Sua mãe vai estar lá?
Maísa lança um olhar curioso para Pedro e Samuel responde:
   — Não.
   — Ah, então eu vou — sorri Malu.
   — Não gosta da sogrinha, Malu? — ri Maísa.
   — Não — Malu responde séria e dá um selinho em Samuel. — Vou só tomar um banho, ok?
   — Tá, depois passo lá pra te buscar.
Malu vai na frente com Graziele.
   — Ela ficou brava comigo? — pergunta Maísa.
   — Não, relaxa — fala Samuel. — É que a Malu e a minha mãe não se bicam mesmo.
   — Falando em pessoas que não se bicam com a Maria Luíza — comenta Pedro —, cadê o Jonas?
Maísa responde:
   — Ele está ali falan... ué, cadê ele? — indaga ao perceber que Jonas não está no lugar em que estava.
   — Será que ele já foi embora? — palpita Samuel.
   — Sem se despedir da gente?
   — Tanto faz, gente, vamos embora — chama Pedro e eles caminham para a saída. 
O trio passa por Victor e Yasmin, que conversam encostados em uma parede.
   — Vamos dar uma passada na praia? — convida o rapaz.
   — Agora? — indaga Yasmin.
   — É, dar uma refrescada nos pés. — Eles riem e a loirinha passa a mão no cabelo.
   — Só topo se a gente for almoçar. E você quem vai pagar, porque eu não trouxe dinheiro nenhum. 
   — Ok, eu pago, agora a gente pode ir?
   — Tá, o pessoal já desceu, né?
   — Sim. 
Os dois vão para a escada, cruzando com Maísa que parou para conversar com Laís e Aline.
   — Não esquece de me mandar a sua parte do trabalho — diz Laís.
   — Esse trabalho é só para segunda, Laís — Aline lembra.
   — Eu sei, mas eu quero fazer logo para poder ensaiar no final de semana — responde Laís. — E como eu vou montar os slides, preciso da parte de vocês.
   — Pode deixar — Maísa responde —, assim que eu chegar em casa vou terminar a minha pesquisa e te mando.
   — Tá bom. 
   — Vou indo, gente — despede-se Aline e termina de descer as escadas. — Ai, foi mal, Mari — pede ao esbarrar em Marina perto do portão principal.
   — Tudo bem — responde a garota arrumando sua mochila no ombro. Ela volta a olhar para o namorado, que fala:
   — Eu vou almoçar no meu pai, quer ir comigo?
   — Não, eu só vou almoçar rapidão e voltar pra cá.
   — Por quê? — questiona Vinícius.
   — Vou ter uma aula extra com a professora de geografia. Ela vai me ajudar com algumas coisas. 
   — Quer que eu venha te encontrar? — ele pergunta colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha.
   — Não precisa — responde Marina. — É até melhor que você não venha, eu me concentro mais. 
Os dois riem e Vinícius fala:
   — Até parece que a minha presença te desconcentra.
   — Depende, só se você tiver com esse cabelo cacheadinho, esses olhos castanhos, essa boquinha, esse corpinho magrelo...
   — Magrelo? — repete o rapaz rindo. — É bom que você pode estudar anatomia, né?
Marina gargalha.
   — Obrigada pela oferta, mas eu sou boa em biologia. O problema é geografia mesmo. Geografia, história, português...
   — Para de ressaltar os seus pontos fracos — interrompe Vinícius. — Por que você não fala o quanto você é boa em matemática, física, química...
   — Eu não sou tão boa em química — Marina ri.
   — É melhor que eu.
   — Não é muito difícil — ela gargalha.
   — Nossa, estou tentando te exaltar e você faz isso em troca? — ele brinca e Marina ri ainda mais.
   — Ok — fala arrumando novamente a mochila no ombro —, continua.
   — Então, por que você não fala o quanto é boa em matemática, física, biologia, inglês...
   Inglês? — Marina cai na gargalhada. — Inglês não conta.
   — Claro que conta. É uma língua estrangeira que muita gente não sabe.
   — Mas ao contrário todo mundo sabe português, já eu...
   — Lá vai você começar a se diminuir.
Marina sorri e olha demoradamente para ele.
   — Ok, vou me exaltar. Sou boa em biologia, sou f*da em física e ninguém me supera na matemática.
Vinícius gargalha.
   — Só não exagera, ok? — Eles riem e são abordados por Isabela.
   — O Evaldo não chega nunca, né?
   — Paciência, maninha.
   — Estou com fome — ela ri. — E quero saber o que o pai fez pra gente comer.
   — Ele fez uma ligação para algum restaurante.
Marina e Isabela riem. Logo depois, Yasmin, Victor e Felipe, que estava no banheiro, também se encontram com eles.

Minutos depois, ainda de uniforme, Maísa caminha até o escritório de sua mãe no térreo do casarão onde eles moram.
   — Mãe? — chama abrindo a porta.
   — Oi, Maísa — responde Lorena sentada em uma poltrona com uma pasta no colo.
   — Posso usar o seu notebook rapidinho? — pergunta loira entrando. — A Laís me pediu pra mandar a minha parte de um trabalho que a gente tem que apresentar semana que vem, mas eu tenho que editar mais algumas coisas, só que não estou encontrando o carregador do meu notebook e...
   — Já entendi, filha — ri Lorena. — Vai lá no escritório do seu pai e usa o computador dele, porque eu vou usar o meu notebook já já. Tenho que lançar essas notas no sistema antes do almoço. 
Maísa olha para a pasta no colo dela, assente e sai do escritório de sua mãe, indo para as escadas. Ela entra no escritório de seu pai, um cômodo grande e mobiliado com móveis de madeira.
   A jovem senta na poltrona de Edson, tira os tênis e liga a tela do computador. 
   — Nossa — surpreende-se ao ver a quantidade de guias abertas. Uma em específico chama a sua atenção. Maísa morde o lábio, refletindo sobre o que quer fazer. — Será que... Ah, Maísa, vamos lá. Ninguém vai saber! — Com um clique, entra na página do e-mail de seu pai, que está aberto. Seus olhos analisam o título dos e-mails mais recentes. — Estamos de olho? — estranha ao ler o título de um deles. Ela abre o e-mail em questão e lê:
   "Você não precisa se preocupar, Edson. Estamos de olho na investigação. Nada vai chegar em você, fique tranquilo."
Maísa vê que o remetente é outro político do partido de seu pai. Ela rola a página e encontra a mensagem que seu pai mandou.
   "A Lorena já está sabendo. Não contei toda a verdade para ela, disse que o dinheiro para o hospital é do partido. Não deixa de ser verdade, apenas não contei de onde vem esse dinheiro. Ela já está muito tensa com os assuntos da faculdade, tem muitas provas para corrigir. Não quero que ela fique ainda mais nervosa. A minha família não pode saber o que está acontecendo."
   Com a mão gelada, Maísa volta para a página inicial. Ela gira a poltrona, ficando de costas para a mesa e de frente para uma ampla janela.
   — O pai disse que o dinheiro tinha sido desviado do partido para a construção do hospital. Mas para que isso seja ilegal, o dinheiro do partido teria que ter vindo do... governo — conclui com perplexidade. — Então é isso. Eles estão sendo investigados por desvio de dinheiro público. Mas... mas até que ponto meu pai está envolvido nisso? 
   — Falando sozinha?
Maísa toma um susto e gira a poltrona na direção da porta.
   — Oi, mãe!
   — Está tudo bem? — pergunta Lorena parada à porta.
   — Sim. Quer dizer, a Laís vai me deixar louca! — ela força uma risada. — A senhora acredita que ela disse que a minha parte não está completa? Falou para eu pesquisar mais. 
Lorena ri.
   — Laís sendo Laís. — Elas sorriem e a professora universitária acrescenta: — O almoço vai ser servido daqui a pouco.
   — Ok, vou terminar aqui e já vou — responde a loira e Lorena sai do escritório. — Meu Deus! — exclama Maísa deitando a cabeça sobre a mesa. — Meu pai não quer que ela saiba... então ela não vai saber.

Após almoçarem um frango xadrez, Vinícius e Chay conversam na sala enquanto Isabela tira um cochilo em um dos sofás.
   — Fiquei aliviado quando vocês falaram que foram bem no vestibular — comenta Chay.
   — Eu nem sei se fui bem mesmo — ri Vinícius. — Eu dei o meu melhor, mas não fiquei totalmente concentrado. Não estava procurando uma vaga.
   — É, mas a Isa parece que se saiu bem, né? E ela quer cursar lá, né?
Os dois olham para a adolescente, que continua dormindo serenamente.
   — Ela ainda está em duvida entre a PUC e a UFRJ — conta Vinícius. — Sem contar que ela vai visitar a Cásper Líbero semana que vem, se eu não me engano.
   — Cásper Líbero? E por acaso ela ia ficar sozinha lá em São Paulo?
Vinícius ri.
   — São Paulo é bem aqui, pai.
   — Mesmo assim, ela ainda é menor de idade. Imagina o meu bebê em outro estado?
   — E o senhor me imagina em outro país?
   — Não também — ri Chay. — Mas eu estava pensando, Vinícius, e se por um milagre ou sei lá o quê, a Marina passar aqui no Brasil? Vai ser complicado do mesmo jeito pra vocês.
   — Eu já pensei em todos os casos — responde Vinícius passando a mão no cabelo. — Se a Mari ficar no Brasil, eu também fico.
   — O quê? Mas Vinícius, é uma das melhores escolas de gastronomia do mundo, não é?
   — Sim, mas o senhor tem noção de que ela está abrindo mão das melhores chances dela para ficar aqui? Por que eu não faria o mesmo?
   — Vinícius — fala Chay com seriedade —, você sabe o quanto eu torço por vocês, desde que vocês eram bebês, mas eu quero o seu melhor e com...
   — Pai, a Marina é o meu melhor — interrompe o rapaz. — Pode parecer apenas uma conversa de adolescente apaixonado, mas eu sei que é ela. Eu sinto. E eu não estou largando mão do meu sonho pra ficar com ela, só não vai ser na França. Não tem aquele ditado que diz que não é o colégio que faz o aluno e sim o aluno que faz o colégio? É isso. Eu vou ser cozinheiro não importa onde eu esteja.
Chay assente e abre um sorriso.
   — Eu tenho muito orgulho de você. 


Comentários

  1. Quando vc vai fazera Volta de Chamel, agora,com seus filhos entrando na faculdade?

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