Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 322: Graziele e Douglas têm surpresa na festa de Mayara


O condomínio em que Mayara alugou seu apartamento é bem localizado, em uma área classe média. O imóvel é pequeno, mas supre as necessidades da jovem. Como ela afirmou à Malu e Graziele, se tivesse mobilhado o espaço certamente não caberia todas as pessoas que foram convidadas por ela.
   Malu chega de táxi e sobe no elevador com mais duas pessoas.
   — Desculpa perguntar — fala uma garota de cabelo chanel —, mas você está indo para a festa da May?
   — Da Mayara? — esclarece Malu. — Estou.
A menina e o rapaz que a acompanha sorriem.
   — Nós também — diz ele, exibindo um sorriso tão brilhante quanto os brincos pendurados em suas orelhas.
   — Legal! — exclama Malu. — Qual é o nome de vocês?
   — João e Maria — responde a garota e Malu começa a rir.
   — É sério?
   — É como a gente é conhecido por aí — explica João.
   — Ah, entendi — diz Malu mesmo isso não fazendo sentido pra ela.
O elevador chega ao andar de Mayara e os três descem. A porta do apartamento da jovem já está aberta, pois duas meninas estão saindo de lá.
   — Ah, não acredito que vocês já estão indo! — exclama João falando alto demais para um corredor tão pequeno.
As duas garotas riem e começam a conversar com ele. Malu lança um sorrisinho simpático para Maria e se esgueira pela porta. Como já era de se esperar, a sala está completamente vazia de qualquer móvel, contendo apenas dois tapetes em cantos opostos com diversas garrafas de bebidas e copos. Várias pessoas conversam e caminham pelo ambiente.
   — Chegou quem eu mais queria!
Malu olha para o lado esquerdo e vê a dona da casa caminhando em sua direção de braços abertos. As duas dão um abraço apertado e o olhar da morena desce pelo corpo de Mayara.
   — Está ousada hoje, hein?
Mayara olha para si mesma, observando seu vestido metalizado com as meias sete oitavos e a botinha.
   — Gostou?
   — Já vi piores.
As duas riem.
   — Quer conhecer a minha casita? — oferece Mayara.
   — Quero, mas antes quero beber alguma coisa.
   — Opa! — Mayara bate uma palma. — Assim que eu goxto. Vamos lá, garota! — Ela pega na mão de Malu e a guia até um dos tapetes, onde se agacha e pega dois copos plásticos estilo americano e uma jarra de vidro.
   — O que tem aí? — questiona Malu vendo ela encher ambos os copos.
   — Caipirinha. 
   — Ok. 
Mayara coloca a jarra novamente no chão e toca o copo de Malu com o seu.
   — À minha nova residência!
   — À sua nova residência!
Elas riem e entornam seus copos.
   — Então — diz Malu em seguida —, a Grazi já chegou?
   — Ainda não. Ela deve estar conversando com o amigo Douglas.
Malu ri.

Felipe olha para seus amigos e pergunta:
   — O que vocês querem fazer?
   — Sair? — propõem Victor e logo de imediato Marina discorda:
   — Ah, não! Estou cansada.
   — Cansada de quê? — rebate seu irmão.
   — Eu passei a tarde inteira cozinhando, meu querido.
Vinícius ri e todos olham para ele.
   — Desculpa, Mari — diz colocando uma mão na coxa dela —, mas você só fez cortar os legumes.
   — Ah é? Então da próxima vez você mesmo vai ter que cortar — avisa a morena prendendo o cabelo em um coque frouxo. Seu namorado continua sorrindo e dá um beijo no ombro dela.
   — Então o que nós vamos fazer? — indaga Yasmin com curiosidade.
   — A gente poderia jogar alguma coisa — sugere Felipe.
   — Stripper poquer? — Victor faz outra proposta.
   — Deus me livre! — exclama Isabela. — A última coisa que eu quero é ver você seminu.
   — Não mente que é feio, grande anã — brinca o loiro.
   — A gente poderia jogar Quem Eu Sou — diz Marina.
   — Que jogo é esse? — Felipe pergunta.
   — É aquele que a gente cola um papel na testa e temos que adivinhar quem nós somos através de perguntas que a gente faz para os outros.
   — Ah, lembrei.
   — Todos a favor? — Yasmin pergunta e ninguém se opõem. — Ok, vamos estabelecer regras.
   — A gente podia fazer uma competição, né? — interrompe Isabela. — Pra ficar mais emocionante.
   — Está competitiva hoje? — Felipe brinca com a namorada.
   — Acho uma boa ideia — apoia Vinícius.
   — Somos três meninos e três meninas — observa Yasmin. — Poderíamos fazer o clássico meninas versus meninos.
   — Ai, não acho legal — opina Victor com seriedade.
   — Por que não? — questiona a loirinha.
   — Eu, o Felipe e o Vinícius vamos humilhar vocês. Não vai ser bacana!
   — Nossa!
   — Sabe o que eu estou achando? — questiona Marina. — Você está é com medo de perder, porque sabe que nós três iremos ganhar de vocês.
Felipe ri e também entra na provocação.
   — Até pouco tempo atrás você e a Yasmin nem se suportavam.
   — Mas agora o sangue dela corre nas minhas veias — retruca Yasmin rindo.
   — Literalmente — fala Isabela.
Sorrindo, Vinícius fala:
   — Vamos começar ou não?

Após terem seus nomes conferidos na lista de convidados, Samuel, Jonas, Maísa, Jaqueline e Luciana entram na casa noturna em que ocorre a festa de aniversário de Clara.
   — Espera aí, espera aí! — diz Luciana parando repentinamente.
   — O que foi, Lu? — Jaqueline fica espantada.
   — Vamos fazer um combinado?
Jonas fica curioso:
   — Que combinado?
Luciana olha para cada rosto e diz:
   — Vamos curtir essa festa como se não houvesse amanhã?
Jaqueline ri.
   — Fala sério, Lu! — Ela tenta caminhar, mas sua amiga segura em seu braço com firmeza.
   — É sério — responde a morena. — Vamos esquecer as nossas diferenças — continua e olha fixamente para Maísa —, vamos apenas beber e ficar loucões!
Samuel começa a rir.
   — Está certíssima, Luciana! Vamos curtir, gente.
Maísa, que até então estava observando com estranheza a situação, sorri.
   — Vamos curtir, gente — repete a fala de Samuel. — Vamos beber e ficar loucões!
Com um braço ao redor do corpo dela, Jonas também ri e dá um beijo em seus lábios.
   — Ei, ei, ei! — interrompe Jaqueline. — Vão para o motel depois, ok?
O casal ri e Samuel provoca:
   — Não é porque você não beija que os outros não vão beijar, Jaque.
   — Ui! — exclama Luciana. — Se eu fosse você tacava um beijo nele agora só pra calar a boca.
   — Literalmente — Jonas ri com Maísa.
   — Não, não — Samuel dá um passo para trás. — A Malu não veio, mas ela continua presente na minha vida — brinca.
Jaqueline dá de ombros.
   — Pode ficar tranquilo, Sam. O que a gente teve ficou no passado. Não curto flashback!
   — Ui! — Luciana volta a exclamar e todos riem.
   — Vai, vamos cumprimentar a Clara logo — chama Jonas e eles finalmente adentram na festa.

Vinícius e Marina foram embora, mas os vestígios de que eles passaram pela cozinha do apartamento de Anelise e Bernardo permanecem. Por essa razão, a jornalista e o médico reúnem-se no cômodo para organizar e limpar os utensílios. 
   — Conseguiu aprender alguma coisa com o Vinícius? — pergunta Bernardo colocando de molho duas panelas.
Com uma vassoura nas mãos, Anelise responde com sinceridade:
   — Não aprendi nadinha. — Ela ri. — E você?
   — Também não.
O casal ri. Bernardo começa a limpar as bocas do fogão e fala:
   — Eu queria saber como aquele menino sabe tanto com tanta pouca idade.
   — Tanta pouca é ótimo — ri Anelise terminando de varrer o chão.
   — Ah, você entendeu!
Ela coloca a vassoura na despensa e retorna à cozinha, onde pega um pano e começa a limpar a mesa.
   — Ele estuda muito — fala retomando o comentário do esposo. — Quando ele não está tocando algum instrumento ou aprendendo algum instrumento, está vendo programas culinários e cozinhando.
   — Isso sem contar o divertimento mais prazeroso dele, né? Aquele chamado Marina.
Anelise sorri.
   — Ai, gosto tanto dela! Chegou de mansinho, toda na dela e conquistou a família toda.
   — Igual alguém que eu conheço. — Ele olha para trás e lança um olhar carinhoso à ela.

Após dar diversas voltas no quarteirão, Douglas finalmente encontra uma vaga para estacionar sua moto. Graziele desce e sobe a calçada enquanto ele fica manobrando o veículo. A ruiva tira o capacete e sacode o cabelo. Douglas, que acompanhava a cena pelo retrovisor, sorri e também desce da moto.
   — Você é maravilhosa — diz para ela após tirar o próprio capacete.
Graziele sorri.
   — Obrigada — fala baixinho. 
O rapaz coloca uma mão na nuca dela e a beija intensamente. Os braços de Graziele envolvem os ombros dele e o trazem para mais perto.
   — É melhor a gente ir logo para a festa antes que a gente mude os planos — ela ri interrompendo os beijos.
   — Você tem razão. 
Eles entrelaçam os dedos e começam a caminhar até o prédio de Mayara.

Os seis filhos dos ex-rebeldes estão reunidos em torno de uma mesa ao redor da piscina.
   — As regras são as seguintes — diz Yasmin. — Cada um de cada casal vai fazer com o outro. Por exemplo, eu vou escrever quem o Victor vai ser e ele vai ter que adivinhar pra ganhar pontos para o time dos meninos. Só ele vai poder fazer as perguntas e só eu vou poder responder.
   — O time que perder entorna essas maravilhas aqui — fala Felipe apontando para as garrafas de vodka e uísque que ele e Yasmin pegaram do bar de Micael e Sophia.
   — Eu não quero beber isso — Isabela torce o nariz.
   — Faz parte do jogo, Isa.
   — Eu não gosto de vodka nem de uísque!
   — Para de drama, amiga — pede Yasmin rindo. — Fica ainda mais divertido.
   — Você pode tomar? — indaga Vinícius com um braço ao redor do corpo de Marina. — Por causa da cirurgia e tal.
   — Acho que só uns golinhos não tem problema — ela responde manuseando folhas sulfites. — Sem contar que a gente não vai perder mesmo.
Eles gargalham.
   — Iludida — fala Victor.
   — Ah, eu esqueci de dizer — Yasmin exclama. — Cada um tem direito a uma dica.
   — Ok, vamos começar! — incentiva Marina. — Vai, Vini, vira de costas!
O namorado dela faz o que ela pede e a morena cola um pedaço de papel nas costas dele, após escrever algumas palavras. Felipe e Victor espiam e riem.
   — Vai na fé! — ri Felipe.
   — Sem pistas, por favor — corta Yasmin. — Você está atrapalhando o jogo.
   — Ui, desculpa!
   — Ok, vamos lá — diz Vinícius. — Eu sou uma pessoa?
   — Sim — responde Marina.
   — Sou homem?
   — Não.
   — Sou mulher?
Todos riem.
   — É o que se espera, né? — fala Yasmin. — Uma pessoa que não é homem, é mulher.
   — Pode ser hermafrodita, ué — Vinícius fala rindo.
   — Não é, Vini — garante Marina sorrindo.
   — Então eu sou mulher?
   — Sim!
Eles riem.
   — Sou famosa?
   — É.
   — Sou atriz?
   — Não.
   — Sou cantora?
   — Sim.
Vinícius assente e fica reflexivo.
   — Espera, deixa eu pensar.
Marina ri.
   — Faz outras perguntas.
   — É... você me escuta?
Ela ri.
   — Escuto.
   — É sim ou não — lembra Isabela.
   — Ah é, desculpa. Sim.
O rapaz assente novamente.
   — Você gosta de mim?
   — Sim.
   — Eu toco músicas mais alternativas?
   — Sim — ri Marina.
   — Eu sou morena?
   — Sim.
   — Acho que eu sei — fala Vinícius para Felipe e Victor.
   — Não arrisca — aconselha Felipe.
   — Faz uma pergunta que você tenha certeza. 
Vinícius olha para a namorada sorrindo.
   — Eu sou casada com o Marcelo Camelo? 
Marina começa a gargalhar assim como os outros.
   — Não.
   — Nossa, Vinícius! — exclama Felipe. — Você viajou, hein?
   — Ué, mulher, cantora alternativa, morena, a Marina gosta... só podia ser a Mallu — justifica-se o rapaz sorrindo.
   — Pensa melhor!
   — Mas ele já não perdeu? — questiona Isabela confusa.
   — Não, eu não falei quem era — responde Vinícius.
   — Verdade.
   — Continua — pede Yasmin.
   — Nem sei mais o que perguntar. Jurava que era ela — diz o jovem rindo.
   — Quer desistir? — Marina propõem.
Felipe e Victor respondem em um uníssono:
   — Não!
As três meninas riem e Vinícius indaga:
   — Eu sou brasileira?
   — Não — Marina responde.
O irmão de Isabela pensa por mais um momento e então começa a rir.
   — Ah, agora tudo faz sentido!
Marina vê nos olhos dele que ele descobriu quem é.
   — É?
   — Eu sou americana?
   — Sim.
   — Eu tenho nome de carro?
Sua namorada ri novamente e confirma com a cabeça.
   — Já sei! — exclama Vinícius rindo.
   — Tem certeza? — indaga Victor.
   — Absoluta!
   — Então, fala — Yasmin diz. — Quem é você?
   — Eu sou a Lana del Rey.
Todos riem e Felipe exclama:
   — Um ponto para nós!
   — Agora inverte, né? — observa Isabela.
   — Sua vez — Vinícius sorri para Marina, que vira de costas para ele. O rapaz tira os fios de cabelo dela para o lado, coloca com fita adesiva um papelzinho nas costas dela e em seguida beija sua nuca. Marina lança um olhar carinhoso para ele e retorna para perto de Isabela e Yasmin.
   — Deixa eu ver — pede a loirinha esticando o pescoço e Marina fica de costas pra ela, que ri.
   — Boa, Vini, mas fácil.
   — Não para a Marina — responde Vinícius.
   — O que você aprontou pra mim? — indaga a menina sorrindo.
   — Começa a perguntar e você saberá — desafia seu namorado e Felipe ri:
   — Hoje o Vinícius tá que tá.
Marina sorri e começa:
   — Eu sou uma pessoa?
   — Não.
   — Não? Caramba — ela ri. — Ok, eu sou um filme?
   — Não — Vinícius responde.
   — Eu sou um programa de televisão?
   — Não.
   — Eu sou... um objeto?
   — Não.
   — Meu Deus, o que eu sou? — ri Marina.
   — É exatamente esse o propósito da brincadeira — Victor retorque e eles riem.
   — Ah! — exclama sua irmã subitamente. — Eu sou uma música?
   — Sim — sorri Vinícius. — Até que enfim!
Marina sorri de volta e Yasmin fala:
   — Vai, miga, foca! 
   — Ela é uma música, não um animal — brinca Victor.
   — Nossa, morre, Victor.
O loiro manda um beijo pra ela.
   — Eu sou uma música nacional ou internacional?
Vinícius abre a boca pra responder, mas Felipe interrompe:
   — Opa, reformula essa pergunta aí, minha querida.
   — Ah, é. Eu sou uma música nacional?
   — Sim — diz Vinícius.
   — Eu me ouço?
   — Acho difícil uma música ouvir a si mesma — comenta Felipe.
   — Ai, Felipe, morre também! — exclama Yasmin e todos riem.
Após revirar os olhos, Marina indaga:
   — A Marina me ouve?
   — Não.
   — Não? Vish, complicou! Hum... eu sou um rock?
   — Não.
   — Samba?
   — Não.
   — Country?
   — Não tem muita música country no Brasil — analisa Isabela.
   — Não, mas eu quis me referir ao... como é que é o nome? Sertanejo!
   — Você também não é um sertanejo — esclarece Vinícius.
   — Ah tá, então eu sou um pagode?
   — Não.
Victor senta na cadeira mais próxima.
   — Se ela for falar todos os gêneros vai demorar — diz.
   — Cala a boca — pede sua irmã. — As pessoas dançam me ouvindo?
   — Sim.
   — Eu sou uma música popular?
Vinícius hesita.
   — Em que sentido você pergunta?
   — Qual sentido que você entendeu, Vinícius? — questiona Victor com estranhamento.
   — Pode ser uma música popular no sentido de famosa, mas pode ser também uma música popular brasileira.
   — Nossa, foi longe, hein? — observa Felipe.
   — Eu quis dizer popular de famosa mesmo — sorri Marina.
   — Ah, então é sim.
   — Eu sou uma música famosa? — pergunta a jovem só para confirmar.
   — Sim. 
   — Ok. As pessoas me dançam, sou famosa, sou nacional... sou uma música da Anitta?
Vinícius ri.
   — Não.
   — Da Valesca Popozuda?
   — Não.
   — Você me ouve?
   — Não. 
   — Depende da situação — comenta Yasmin rindo.
   — Sem pista! — censura Felipe e ela mostra a língua pra ele.
Marina pensa no que Yasmin disse e pergunta:
   — Eu toco muito em festas?
   — Sim.
Marina sorri.
   — Então eu sou um funk?
   — Sim!
   — Até que enfim chegou nessa conclusão — Victor fala.
   — Agora eu vou ter que ficar falando todos os funks? — Marina ri.
   — Você tem uma dica, lembra? — Isabela recorda.
   — Ah é! Vou querer. 
   — Dá a dica, Felipe — pede Vinícius.
   — Parte do seu nome é um órgão do corpo humano. 
   — Nossa, que funk você colocou, Vinícius!? — gargalha a morena. 
   — Pensa aí, Mari.
   — É... cabeça, ombro...
   — Joelho e pé, joelho e pé — cantarola Yasmin e todos riem, menos Marina e Victor.
   — Ah, acho que já sei! — exclama Marina segundos depois. — O meu nome tem a ver com explosão?
Todos riem.
   — Tem — responde Vinícius.
   — Eu sou bumbum granada!
Eles começam a gargalhar.
   — Vocês foram bem sacanas, hein! — comenta Marina puxando o papel de suas costas.
   — Pensei que você não fosse adivinhar — fala seu namorado.
   — Eu jamais pensei que você colocaria Bumbum granada — ela ri. 
   — No fundo o Vinícius é um MC — brinca Felipe e todos gargalham.

No centro da pista de dança da festa de Clara, encontram-se o grupo formado por Jonas e seus amigos. O jovem curte a festa trocando carícias com Maísa e não percebe quando Gabriel aproxima-se de Jaqueline e Luciana. 
   — Não sabia que vocês iam estar aqui! — diz o rapaz acima da música.
Jaqueline não consegue esconder o espanto ao ver o ex-namorado.
   — Oi, Gabriel! — fala gritando. — Eu também não fazia ideia de que você estaria aqui.
Maísa cutuca Jonas e aponta discretamente para o trio.
   — Olha só quem chegou.
   — Nossa!
   — Sabe o que é mais divertido? — pergunta a loira no ouvido dele.
   — O quê?
   — Repara só na cara do Samuel.
Jonas olha para o amigo, que está logo atrás de Luciana com expressão fechada e olhos frios.
   — Samuel! — chama e quando o rapaz olha para ele, provoca: — Vamos curtir, lembra?
Vendo a malícia por trás dos olhos do amigo, Samuel xinga:
   — Vai se f*der! — Ele olha para Maísa e acaba sorrindo junto com ela.

Com alguns fios de cabelo solto pelo rosto, Anelise apoia-se na pia e suspira:
   — Terminamos!
   — Terminamos — repete Bernardo sentado em uma cadeira.
   — Ficou um brinco — ela opina olhando ao redor.
   — Verdade. — Ele levanta e caminha até ela. — Nós podemos não ser ótimos cozinheiros, mas somos ótimos faxineiros. 
Anelise ri.
   — Falou tudo.
Bernardo apoia a testa no ombro dela e Anelise faz carinho em seu cabelo.
   — Sexta-feira à noite e a gente fazendo faxina na cozinha — diz ele.
Anelise dá um cheiro no pescoço dele.
   — Pelo menos a gente está faxinando juntos.
Ele ri e coloca as mãos na cintura dela.
   — A gente ainda pode mudar os rumos da noite.
   — Ah, não! Eu não vou sair de casa de jeito nenhum.
   — Eu não estava falando em sair de casa. — Bernardo começa a beijar o ombro dela, indo em direção ao pescoço. — Estava me referindo a uma coisa que a gente pode fazer em casa, sozinhos.
   — Que tipo de coisa? — ela indaga passando a mão na nuca dele.
O médico ergue o corpo dela e a deixa sentada na bancada da pia.
   — Algo que canse assim como faxinar — fala posicionando-se entre as pernas dela. — Mas que é muito mais prazeroso.
Anelise sorri e aperta o quadril dele com suas coxas.
   — Me parece uma boa ideia.
Eles viram suas cabeças simultaneamente e se beijam. Conforme as carícias vão se intensificando, Bernardo vai trazendo Anelise para a ponta da bancada. Ela entrelaça suas pernas no corpo dele e ele a pega no colo. Sem interromper os beijos, o casal sai da cozinha.

Alguns colegas de classe de Mayara também estão na festa que ela oferece. Danilo e Alexandre dividem a pequena sacada com Malu e Graziele. A ruiva enxerga através do vidro da porta de correr que mais alguém chegou à festa. Mesmo com as pessoas entre ela e a porta principal, consegue identificar quem é o recém-chegado. Nesse momento, seu coração dá um salto e ela não consegue atenuar sua reação.
   — Grazi, o que foi? — indaga Malu. — Parece que você viu um fantasma!
A boca de Graziele se abre, porém leva alguns segundos até que ela diga algo.
   — O Thiago está aqui — diz baixinho.
   — O Thiago? — repete Malu surpresa. Ela olha ao redor, procurando pelo rapaz.
   — Perto da porta.
   — Ah, vi! — Ela volta a encarar a amiga. — E por que você está assim?
   — Essa é a primeira vez que ele vai ver o eu e o Douglas juntos. — Ela fica inquieta. — Eu não estou preparada para passar por essa situação.
   — E o que você quer fazer? Fugir?
   — Essa é uma ideia.
Malu segura nos braços de Graziele.
   — Grazi, calma! Parece que você vai desmaiar a qualquer momento. — Ela olha disfarçadamente para Danilo e Alexandre e percebe que eles estão observando Graziele com espanto e curiosidade. Depois volta a prestar a atenção em Thiago. — Olha lá, a Mayara foi falar com ele. — Graziele segue o olhar dela e as duas veem Thiago ir para um corredor com a dona da casa. — Viu? — pergunta Malu. — Ela convenceu ele de conhecer a casa com ela. Agora você pode ir até o Douglas e ver o que vocês vão fazer.
   — Ok.
Malu continua segurando os braços dela e diz com seriedade:
   — Fugir não é a melhor opção, Grazi. Uma hora ou outra vocês terão que passar por isso.
Elas estão tão concentradas uma na outra que não notam quando Douglas retorna com as bebidas.
   — Voltei! — ele exclama sorridente, mas assim que sente o clima entre elas para de sorrir. — Aconteceu alguma coisa, gente?
Malu solta Graziele.
   — Vou deixar vocês sozinhos. — Ela sai da sacada.

Isabela diz para Felipe:
   — É a nossa vez.
   — Olha lá quem você vai fazer eu ser, hein? — Ele ri ficando de costas pra ela. Assim que termina de escrever na folha sulfite, a garota cola o papel nas costas dele.
Felipe volta a se posicionar ao lado de Victor e Vinícius, que sorriem ao ver quem ele é.
   — Eu sou uma pessoa? — começa ele.
   — Sim — responde Isabela.
   — Sou homem?
   — Sim.
   — Sou famoso?
   — Sim.
   — Sou moreno?
   — Sim.
   — Sou jovem?
   — Não.
Felipe sorri.
   — Tenho três opções já.
   — Devem estar todas erradas — ri Victor. — Impossível você acertar só com essas perguntas.
   — Fica quieto, Victor — Marina censura.
   — Ok. Você me conhece pessoalmente? — continua Felipe.
   — Não — diz Isabela.
   — Ah, lá se foram minhas três opções.
Yasmin ri.
   — Em quem você estava pensando?
   — Em um de nossos pais.
   — Nossa! — exclama Vinícius. — Tava bem longe.
   — Sem dicas — corta Marina.
   — Continua, Fê — pede Isabela.
   — Você não me conhece pessoalmente, né? Então... eu sou brasileiro?
   — Não.
   — Sou americano? 
   — Sim.
   — Eu sou cantor?
   — Não.
   — Ator?
   — Não.
   — Eu sou modelo?
   — Não.
   — Sou um diretor de cinema?
   — Não.
   — Eu sou um participante de really show?
Isabela ri.
   — Também não.
   — Caramba! Eu existo? — ele gargalha.
   — Defina existir.
   — Ah, p*ta que pariu! — Ele ri. — Eu sou um personagem?
   — Sim! — Todos sorriem.
   — Nossa, vou ter que reformular tudo aqui na minha cabeça — fala Felipe. — Deixa eu conferir. Sou um personagem homem, moreno, americano, não sou jovem e sou famoso. Ok. Eu sou famoso no mundo que a gente vive, né?
Isabela ri.
   — Eu não posso responder pelos outros mundos.
   — Palhacinha! Digo na vida real.
   — Sim.
   — Mas eu sou famoso na história que eu vivo?
   — Sim também.
   — Eu estou em um filme, né?
   — Sim.
Felipe sorri.
   — Acho que eu já sei. Eu sou um super-herói?
   — Sim.
   — Sou da Marvel?
   — Sim.
   — Eu uso uma armadura?
Isabela ri.
   — Sim.
   — Tá, mas qual nome você colocou? — Ele se pergunta. — Eu posso falar qualquer um ou tem que ser exatamente o que está escrito?
   — Exatamente o que está escrito — exige Isabela.
   — Nossa, amor! — Ele pensa. — Eu sou um empresário?
   — Sim.
   — Sou casado com a Pepper Potts?
   — Sim!
   — Eu sou o Tony Stark!
Todos riem.
   — Sim! — exclama Isabela.
   — Ah, eu queria falar: I'm Iron Man.
   — Fica pra uma próxima — brinca Isabela.
   — Palhaça! Vem, deixa eu me vingar de você.
   — Vamos com calma, vingador — Yasmin zoa e eles gargalham.
Felipe cola um papel nas costas de Isabela.
   — Vai, começa — diz Yasmin sorrindo.
   — Eu sou uma mulher?
   — Não — responde Felipe.
   — Sou um homem?
   — Sim.
   — Logo, sou uma pessoa?
   — É o que se espera — ri Felipe.
   — Sou um personagem?
Ele gargalha.
   — Ah, já vai perguntar logo de cara, né? Sim, você é um personagem.
   — Sou um super-herói?
   — Não.
   — Tava pensando que ele ia colocar Iron Man pra você, Isa? — ri Victor.
   — Não, né? Mas vai que ele se inspirava e colocava um super-herói.
Felipe e Vinícius trocam um olhar e sorriem.
   — Eu sou um personagem de cinema?
   — Também.
   — É sim ou não — lembra Victor.
   — Mas não é só de cinema — retorque Felipe.
   — Eu sou um personagem de livro?
   — Não.
   — Sou um personagem de série?
   — Não.
   — Sou um personagem de HQ?
   — Sim.
Isabela sorri.
   — Então eu sou um vilão?
   — Sim.
   — Eu sou de Asgard?
Felipe ri.
   — Não.
   — Eu procuro as jóias infinitas?
   — Não.
   — Não sou Lóki, não sou Thanos... Eu sou inimigo do Quarteto Fantástico?
   — Definitivamente não.
   — Não sou o Dr. Destino.
   — A Isabela é Marvete, não vai adivinhar — provoca Victor e recebe uma cotovelada de Felipe.
   — Sem pistas, cara!
Isabela sorri.
   — Eu sou um personagem da DC?
Felipe lança um olhar pra Victor.
   — Olha aí, seu boca aberta. Sim, Isa.
   — Sou um vilão da DC... Eu tenho o cabelo verde?
   — Geralmente sim.
   — Eu sou inimigo do Batman?
   — Sim.
   — Então eu sou o Coringa!
   — Certa resposta.
Vinícius fala:
   — A gente pode oferecer esse ponto ao Victor, né?
   — Ai, gente, só quis fazer uma piada — ele ri.
   — Obrigada pela ajuda, Victor — provoca Isabela e as meninas riem.

Douglas ocupa o lugar de Malu na frente de Graziele.
   — O que está acontecendo? — pergunta colocando as bebidas no chão ao lado dos capacetes.
A ruiva umidifica os lábios e respira fundo.
   — O Thiago chegou.
Douglas olha demoradamente para ela.
   — Isso te incomoda? — pergunta em seguida.
   — Muito — assume Graziele. — Não quero que ele veja nós dois juntos.
Ele dá um leve sorriso.
   — Ruivinha, o que a gente está fazendo não é errado. A gente não precisa se esconder.
   — Eu sei disso, Douglas, mas pra mim é uma situação estranha que eu prefiro evitar.
   — E o que você quer fazer? Ir embora?
Graziele desvia o olhar.
   — Desculpa.
Douglas pega rapidamente na mão dela.
   — Você não tem por que se desculpar. Eu entendo o que você está sentindo, o Thiago é meu parceiro, mas isso acontece às vezes. Não é a situação mais absurda do mundo, a gente tem que saber lidar com isso.
   — Se pra você é normal pegar a ex-namorada do seu amigo pra mim não é normal pegar o amigo do seu ex-namorado.
   — Grazi.
Ao perceber que o que disse foi extremamente grosseiro, Graziele sente-se ainda mais mal.
   — Desculpa, eu falei da boca pra fora.
   — Ok. — Douglas pega os capacetes. — Vamos?
Ela assente.

Reunidos ao redor de uma mesa, Samuel, Jonas, Maísa, Jaqueline, Luciana, Gabriel e Marcelo pegam mais um copo de tequila cada um.
   — Um, dois, três! — exclama Luciana e todos entornam ao mesmo tempo.
Maísa coloca seu copinho vazio na mesa e estremece.
   — Nossa, acho que não aguento mais!
   — Vai arregar, Maísa? — Samuel ri enchendo o copo de todos mais uma vez.
   — Sim! — ela ri.
   — Ok, temos a primeira desistente — fala Jaqueline.
   — No três de novo, hein? — avisa Luciana. — Um, dois, três!
Eles viram o copo e alguns fazem careta, incluindo Gabriel e Jaqueline.
   — Car*lho! — ela exclama no ouvido dele e eles riem.
   — Quer desistir, desiste — ele atiça, passando um braço pela cintura dela.
Jaqueline aproxima bastante o rosto do dele e sussurra:
   — Não antes de você.
   — Próxima rodada! — exclama Luciana e eles continuam a brincadeira perigosa.

Suados e ofegantes, Bernardo e Anelise repousam lado a lado na cama do casal. Eles permanecem assim durante alguns minutos. Quando suas respirações já estão mais estáveis, começam a se movimentar na cama. Anelise inclina-se para o lado e alcança um copo de água que está no chão.
   — Quer? — oferece ao esposo após beber dois grandes goles.
   — Quero, acho que desidratei. — Eles riem.
Bernardo apoia-se no cotovelo para não derrubar água no colchão e enquanto termina o resto do conteúdo que tem no recipiente observa Anelise prender o cabelo.
   — Ane? — chama, mas vira para o outro lado pra deixar o copo na mesinha de cabeceira. 
   — Hum? — ela fala pegando uma regata de Bernardo que também estava no chão e colocando.
Voltando a observá-la, ele pergunta com cautela:
   — Quando você acha que a gente vai poder transar sem nos proteger?
   — Proteção é fundamental, Bernardo, não quero pegar nenhum doença — ela desconversa.
   — Eu só transo com você há anos e acredito que você também só transa comigo, não tem como a gente pegar uma doença sexualmente transmissível e passar para o outro.
   — É óbvio que eu só transo com você.
   — Então, isso só apoia o que eu quero dizer.
   — Você é médico, vive em contato com coisas aí. — Em momento algum, Anelise olha diretamente para ele durante a conversa.
   — Eu tomo todas as medidas de segurança, como qualquer bom profissional.
   — Mesmo assim, é sempre bom prevenir.
   — Ane, você sabe do que eu estou falando. — Para enfatizar, Bernardo acaricia a barriga dela por cima da regata.
   — Mas que inferno! — Anelise empurra a mão dele e levanta da cama. — Você conseguiu estragar as coisas! — Ela reclama e caminha até o banheiro do casal, batendo a porta com força.
Bernardo afunda a cabeça no travesseiro e respira fundo, esfregando as mãos no rosto.

Segurando os capacetes em uma das mãos e a mão de Graziele na outra, Douglas caminha com a ruiva até a saída do apartamento de Mayara,
   — Licença, licença — diz para aqueles que dançam freneticamente na sala. 
Eles estão a pouquíssimos metros da porta quando Mayara surge do corredor em seus caminhos na companhia de Thiago.
   Douglas e Graziele param de imediato assim como Thiago.
   — Oi, Thiago — fala Douglas para romper o silêncio pesado e os olhares entre Graziele e o ex-namorado.
   — Oi, Douglas. — Ele olha de relance para o amigo e volta a encara Graziele. — Oi, Graziele.
   — Oi, tudo bem?
   — Sim e com vocês? 
   — Também — responde Douglas.
   — Já vão? — pergunta Mayara. 
   — Já, eu não estou me sentindo muito bem. — Assim que termina de falar, Graziele fita Thiago e constata que ele não acredita em suas palavras.
   — Mas não é sério, né? 
   — Não, não é nada demais. Eu só estou indisposta mesmo.
   — Ah tá. — Mayara afaga o ombro dela. — Fica bem, ruiva.
   — Vou ficar. Tchau, May! — Elas dão um abraço. — Sua festa está ótima. Me convida quando tiver tudo mobilhado.
A garota de cabelo platinado ri.
   — Pode deixar.
Douglas despede-se de Mayara e olha para Thiago.
   — Até mais, cara!
   — Até!
Graziele e Thiago trocam um breve olhar.
   — Tchau — ela diz baixinho passando por ele.
   — Tchau, Graziele.

Sendo os últimos a trocarem perguntas, Yasmin e Victor aproximam-se da mesa com os papéis, canetas e fitas adesivas. 
   — Você escreve ou eu? — indaga o loiro.
   — Pode ser você.
   — Ok, vira de costas.
Yasmin vira para a piscina e Victor escreve um nome no papel e cola nas costas dela.
   — Duvido você adivinhar — provoca e dá um beijo no ombro dela.
   — Não me subestime, querido! — Ela ri e retorna para perto de Marina e Isabela. — Eu sou uma pessoa?
   — Sim.
   — Sou uma mulher?
   — Sim.
   — Sou loira?
   — Sim — sorri Victor.
   — Tenho mais de vinte e cinco anos?
   — Não.
   — Sou famosa?
Victor hesita e todos riem.
   — Sim.
   — Eu me conheço?
Felipe interrompe:
   — Reformula.
A loirinha revira os olhos.
   — A Yasmin me conhece?
   — Sim.
   — Pessoalmente?
   — Sim — ri Victor.
   — Ela gosta de mim?
   — Sim.
   — Tenho menos de vinte e cinco anos mesmo? — ri Yasmin.
   — Sim.
   — Tava pensando em quem? — Isabela indaga.
   — Na minha mãe. — Todos riem. — Enfim, eu sou famosa, né?
   — Aham.
   — Sou cantora?
   — Não.
   — Sou atriz?
   — Não.
   — Sou modelo?
   — Sim.
   — Sou? — surpreende-se Yasmin. — Mas eu não conheço nenhum modelo famosa com menos de vinte e cinco anos — ri a loirinha.
   — Pensa, Yas — incentiva Isabela.
   — Eu sou famosa por ser modelo?
   — Mais ou menos... Não, não.
   — Sim ou não? — ela ri.
Victor responde com firmeza:
   — Não.
   — Eu sou modelo, mas não sou famosa por isso? Você colocou uma sub-celebridade pra mim, Victor? — indigna-se ela aos risos.
   — Eu falei que você não ia adivinhar.
   — Eu sou uma ex-BBB?
Seu namorado gargalha.
   — Não.
   — Ah, já sei! Eu sou uma youtuber?
   — Também não.
   — Car*lho, Victor! Quem você colocou? — ela ri sem fazer ideia de quem seja.
   — Quer a dica? — pergunta Vinícius.
   — Ah é, tem dica, né? Eu quero!
   — O que a gente pode falar? — pergunta Vinícius aos amigos.
Os três começam a cochichar enquanto Marina e Isabela riem.
   — Sua mãe é famosa — fala Felipe após a pequena reunião.
   — Minha mãe é famosa? Ok. Sou mulher, loira, modelo, famosa, tenho menos de vinte e cinco anos, a Yasmin me conhece, ela gosta de mim... Gente, quem eu sou?
   — Yas, pensa! — Marina exclama.
   — Eu não faço a mínima ideia — ri a loirinha. — Eu sou famosa pelo o quê?
   — Só posso responder sim ou não.
   — Eu fiquei famosa na internet?
   — Não. Quer dizer, mais ou menos. Você é famosa na internet, mas não foi aí que você ficou famosa.
   — Nossa, falou demais, Victor — reclama Felipe.
   — Ela não vai acertar mesmo.
   — Eu não sou mesmo youtuber?
   — Não — ele garante.
   — Ah, pensei que eu fosse a Yasmin Brunet. — Todos caem na gargalhada. — Ué, gente! Famosa, loira, filha de mãe famosa, modelo, eu conheço e gosto... Só pode ser ela!
   — Ai, desiste, Yas — diz Isabela. — Você não vai acertar.
   — Não, eu não vou desistir — ri Yasmin. — Eu tenho namorado, Victor?
   — Sim — ele sorri.
   — A Yasmin conhece ele pessoalmente também?
Ele e os outros riem.
   — Conhece.
   — Qual é a graça, gente? — pergunta Yasmin sem entender.
   — É que está tão na cara, Yas — fala Vinícius. — Chegou perto até.
   — Quando falei da Yasmin Brunet?
   — Não fala, não fala — corta Victor. — Deixa ela sofrer.
   — Eu já estou sofrendo — ri Yasmin. — Eu conheço o namorado dela também? Gente, eu não conheço nenhum modelo que se encaixa nisso, gente! Loira, famosa, mãe famosa, modelo mas não é famosa por isso... Não acredito! — Ela começa a gargalhar. — Filho da p*ta! Eu sou filha de um pai famoso tammbém?
   — Sim. 
Todos já estão rindo e Yasmin exclama:
   — Eu sou eu. Eu sou Yasmin Borges!
   — Aleluia, irmão! — exclama Victor e todos caem na gargalhada. 
A garota aproxima-se da mesa e do namorado.
   — Você foi muito sacana, cara. Vou te sacanear também.
   — Eu coloquei uma muito fácil, você que bobeou — ele responde e aperta a cintura dela.
   — Vira de costas — ela manda, empurrando o ombro dele. 
Depois de ter o papel colado em sua costas, Victor questiona:
   — Eu sou homem?
   — Sim.
   — Famoso?
   — Não.
   — Sou loiro?
   — Sim.
Victor ri.
   — Eu sou eu também?
   — Quer chutar? — provoca Yasmin.
   — Não. Eu namoro você?
Yasmin sorri.
   — Não.
   — Não sou eu então — ele conclui sorrindo. — Loiro, não sou famoso... Se não sou famoso, o Victor me conhece então?
   — Sim.
   — Ele é meu amigo?
Ela gargalha.
   — Não.
   — Não é nenhum dos meus amigos de Nova Iorque então.
   — Eu não colocaria um dos seus amigos — estranha Yasmin.
   — Vai saber? Ai, se você colocou quem eu pensei agora... Não, você não faria isso.
   — Faz uma pergunta pra ter certeza — pede Felipe.
   — Eu já fiquei com você?
   — Não!
   — Não por falta de vontade sua — ri Isabela.
   — Como? — indaga Victor. — Nossa, não acredito! — Ele sacode a cabeça. — Eu sou americano?
   — Sim!
   — Eu já namorei a Marina?
   — Também sim!
   — Afs! Não quero falar quem eu sou.
Yasmin ri.
   — Vai ter que falar.
   — Ou pode desistir — Marina fala sorrindo.
   — Fala logo, Victor — diz Vinícius.
O loiro revira os olhos e fala com a voz monótona.
   — Eu sou o Brian.
Yasmin ri e se aproxima do namorado.
   — Gostou?
   — Nossa, ridículo!
   — Quem você tava pensando quando perguntou se já tinha ficado comigo?
   — Aquele outro... o Breno.
   — Nossa! Nem pensei nele — ri Yasmin.
Isabela franze a testa e comenta:
   — Se todo mundo acertou... quem vai beber?
   — Todos! — exclama Yasmin pegando uma das garrafas e eles caem na gargalhada.


Comentários

  1. Amo capítulos grandes e esse com certeza ficou... Yas e Victor sendo perfeitos até em um jogo.
    Bê e Ane não sei o que dizer... anos eles, entendi o Bernardo querer ter um filho, e entendi a Ane ainda não querer.
    Thiago chamando a Grazi de Graziele... amei, juro que pensei que a Grazi ia o ver beijando outra.
    Maísa e Jonas são como sempre digo perfeitos.
    Jaque e Gabriel, será que vai rolar???
    Perfeito, Re... como todos os outros!

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  2. Capítulo Maravilhoso!!!
    Por isso q eu penso " não importa o quanto demore, ela sempre vai me surpreender "
    Estava morrendo de saudade!!
    Mas como vc já falou, vc tem razão pra não tá postando como antes, e eu super compreendo!!! 😍

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  3. Continuaaaaaa , tá perfeito *-*

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  4. Mano eu quero um bebê do Bernardo e Anelise eu shippo muito eles desde que eles se conheceram e um dos meu casais favoritos pfv quero que eles tenham um filho

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  5. Adorei esse jogo,YasVi sempre os mais engraçados,continuaaa

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