Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 305: Malu busca consolo em Yasmin após revelar para Samuel que já ficou com Mayara
Denise olha intensamente para Mel.
— Você não sabe?
— Sei do quê? — rebate a empresária sentindo o pescoço tenso.
— Você dorme com qualquer um, né?
— Denise, custa me falar? — Mel não faz questão de esconder sua irritação.
— O Reinaldo já teve problemas químicos — conta a mulher com a voz arrastada e os ombros de Mel caem.
— Isso? Eu já sabia.
— Bom pra você. — Denise coloca a xícara no escorredor e sai da cozinha.
Mel se apoia na pia e suspira.
— Não sei quem é mais louca, ela ou a Regina.
Os nós dos dedos de Samuel estão brancos tamanha a força que ele deposita no volante. Seus olhos estão fixos em um ponto a sua frente e seus ouvidos captam a voz urgente de Malu:
— Samuel, fala alguma coisa. Por que você saiu daquele jeito?
— Eu... eu não sei explicar.
— Me diz alguma coisa — pede Malu. — Eu só consigo pensar no pior.
— O que é o pior? — ele rebate olhando para ela.
— Você é homofóbico — sussurra a morena.
— Eu já te disse que não sou isso, caramba!
— Então por que você saiu daquele jeito? — Malu grita. — Não faz sentido, Samuel! Para de fugir, para de se enganar! Assume logo, car*lho.
— Não sou eu quem tenho que assumir algo, são elas.
— Por que você está falando assim? — questiona a morena.
— Por que você está falando assim?
Malu esconde o rosto entre as mãos e abaixa a cabeça.
— Não acredito que isso está acontecendo.
— Vou te levar pra casa.
Ela ergue a cabeça rapidamente.
— Não ouse ligar esse carro!
— Você quer ficar aqui? — questiona o rapaz.
— Eu quero entender o que está acontecendo. — A jovem respira fundo. — Ok, vamos com calma. Primeiro me responde por que você saiu daquele jeito.
— Não sei, Malu — ele responde com irritação.
— Não, Samuel, não me venha com essa! Você deve ter sentido alguma coisa pra sair correndo daquele jeito.
— É estranho pra mim! Foi estranho pra mim ver elas duas naquela situação.
— Estranho em que sentido?
— Estranho, caramba!
— Se fosse a Daniela e o Pedro você com certeza não sairia correndo — retorque Malu.
— Eu não sei explicar, Malu — repete o rapaz passando a mão no rosto. — Eu fui criado de um jeito.
— Ah, está começando a fazer sentido. — Ela cruza os braços. — Os seus pais são homofóbicos, não é? Com certeza aquele filho da p*ta do Elias é homofóbico!
— Eles acham que é errado isso de se relacionar com o mesmo sexo. Eu fui criado sendo ensinado que é errado isso, Malu!
— E o que você realmente acha? — pergunta a morena abaixando o tom de voz, temendo a resposta.
— Eu não sei o que pensar. Eu sei que não é errado, que cada um tem o direito de ficar com quem quiser, só que... só que quando eu vejo... muitas coisas vêm na minha cabeça.
— Que tipo de coisa? — Malu pergunta sentindo o estômago embrulhar.
— O que a minha mãe dizia, por exemplo. Que é pecado, que isso é nojento, que é errado.
Malu segura nas laterais do banco com força.
— E você acha que ela está certa?
— Claro que não. Eu não sou religioso, Malu, mas acredito que Deus ama a todos iguais e que a homossexualidade não é pecado. Só que ao mesmo tempo eu não consigo ver e achar super normal, sabe?
— Não — ela sussurra.
— Você não está se esforçando para me entender, Malu!
— Estou. Eu entendo que você cresceu com os seus pais falando que é errado e tudo, mas Samuel nós somos a geração da informação. Já não é de hoje que esse assunto está aí, não faz sentido você sair correndo ao ver duas namoradas juntas!
— Elas estavam quase transando!
— E daí? Não me venha com a hipocrisia de dizer que você nunca viu, o pornô lésbico dá mais ibope do que o hétero!
— Sim, mas... mas é estranho pra mim! Eu não sinto nojo, raiva, nada disso, eu só acho esquisito.
— Tão esquisito a ponto de sair correndo — analisa Malu.
— Eu não esperava por aquilo.
— Então pra você homossexuais tem que ter lugar específico pra namorar, pra não chocar as pessoas?
— Não é isso, Malu! — ele esfrega com força as mãos no volante. — Eu só fiquei espantado porque é a Mayara, uma garota que eu conheço e tal.
— Ah, entendi, é porque você conhece ela. — Malu morde o lábio com raiva. — É estranho pra você pensar que a Mayara, a garota da sua sala, transa com outra mina. Então, Samuel, o que você pensaria se ficasse sabendo que eu quase transei com a Mayara!?
Ele a olha com os olhos sem foco.
— Como?
Malu assente.
— É isso mesmo que você ouviu. Eu e a Mayara já ficamos.
Sujos de areia e bronzeados, Vinícius e Marina chegam sorridentes ao apartamento de Chay. O cantor está na cozinha cozinhando alguns legumes e avista o casal.
— Oi, Marina!
A morena olha surpresa para ele.
— Oi, Chay. — Ela arruma o cabelo. — Tudo bem?
— Tudo e com você?
— Também.
— E aí, pai — fala Vinícius colocando a bolsa de Marina no sofá enquanto a garota se agacha para brincar com Nina.
— Oi, filho!
— Cadê a Isa? — questiona o jovem acariciando as costas da namorada.
— Está tomando banho — responde Chay abrindo uma panela.
— Ah, nós vamos lá no meu quarto trocar de roupa e já voltamos.
Chay lança um olhar pervertido para o filho.
— Ok.
Vinícius, sorrindo, guia Marina até o seu quarto.
— Eu preciso urgentemente tirar esse maiô molhado — ela fala assim que entra no cômodo. — Olha, gostei daqui! — comenta olhando ao redor com mais atenção.
— É legal, né? — ele fala indo até o seu armário. — Eu tenho um kit de cuecas novas aqui, você pode pegar uma.
— Agradeço!
Minutos depois, Marina analisa seu corpo com as roupas de Vinícius em frente ao espelho.
— Até que não está tão horroroso — ri analisando a samba canção e a regata com um casaquinho.
— Você fica linda de qualquer modo — elogia o rapaz dando um abraço nela por trás.
Trocando beijos intensos, Aline e Fernando deixam o elevador do prédio dele, que fica a uma quadra de distância do condomínio em que Iago mora.
— Tem certeza que os seus pais não estão em casa? — questiona a jovem recebendo carícias íntimas de Fernando.
— Tenho, eles viajaram — responde o rapaz tirando as chaves do bolso. — A casa é só nossa.
Eles sorriem um para o outro e Aline abre os botões da camisa dele enquanto Fernando abre a porta. Ele gira a maçaneta, envolve a cintura dela e entra na cobertura. Os dois voltam a se beijar vorazmente e Fernando pega Aline no colo, indo para o seu quarto.
O casal deita na cama, sem se importar em ligar alguma luz, e começa a tirar suas roupas. Aline empurra Fernando e senta no quadril dele.
— Tinha esquecido o quanto você é linda — ele fala admirando o corpo dela.
— Não fala nada — pede a jovem abrindo o zíper da calça dele. Ela alcança um preservativo na mesinha de cabeceira e dá um sorriso malicioso para ele. Fernando afunda a cabeça no travesseiro e suspira de prazer.
Os dois deitam unidos como um único ser e se remexem no mesmo ritmo. Aline solta alguns gemidos e morde o lóbulo da orelha dele enquanto Fernando mordisca o pescoço dela.
Mel fica pensativa na cama que divide com Reinaldo por um bom tempo. O empresário sai do banho envolto por uma toalha branca e estranha o comportamento dela.
— Está tudo bem?
Mel pisca rapidamente.
— Oi?
— Eu perguntei se você está bem.
— Ah, estou. — Ela acompanha com os olhos ele se vestindo. — Reinaldo, a gente pode conversar um pouquinho?
Secando o cabelo, ele senta na frente dela.
— Claro, Mel.
Ela se mexe inquieta na cama.
— Eu quero te fazer uma pergunta e preciso que você responda com toda a sua sinceridade.
Reinaldo assente.
— Tá bom.
— Você tem medo das consequências da nossa relação?
Ele reflete sobre o assunto.
— Que tipo de consequências?
— A exposição da mídia. Você tem medo do que eles podem descobrir se fuçar a sua vida?
Reinaldo hesita.
— Não. A minha família e os meus amigos sabem de tudo o que eu passei, os meus negócios estão muito bem consolidados, não vejo por que temer.
Mel entrelaça seus dedos nos dele.
— Eu não quero que a minha fama te prejudique.
Ele suspira.
— Mel, quando você vai entender uma coisa.
— Que coisa?
— Eu não quero me relacionar com a milionária Mel Fronckowiak, eu quero a grande empresária, que batalhou muito para conquistar o que tem, quero a super mãe, quero a estilista talentosa e humilde, quero a Melanie.
Com os olhos marejados, Mel abraça Reinaldo com força.
— Você não tem noção do quanto me faz bem.
Reunidos na sala, Chay, Vinícius e Marina conversam sob o olhar de Isabela, que brinca com Nina em um canto.
— Eu soube que você canta muito bem, Marina — comenta Chay.
Marina lança um olhar torto para o namorado antes de responder.
— Não, não canto não.
— Não foi o que o meu informante disse — ri o cantor.
— O seu informante — ela olha diretamente para Vinícius — estava errado.
O jovem sorri e pede:
— Mostra o seu talento pra ele.
— Não, eu não canto bem, Vini.
— Ela não canta bem, Isa? — Vinícius pergunta para a irmã.
— Canta — responde Isabela olhando para Nina.
— O que é que custa? — questiona Chay.
— Eu fico com vergonha de cantar na sua frente — confessa sua nora.
— Por quê?
— Porque você é um cantor super talentoso e tal.
— Aposto que você canta na frente do Arthur, que é um cantor talentoso e produtor musical.
— Mas ele é meu pai! — ri Marina.
— E eu sou seu sogro. Vai, só uma música — pede Chay com olhos meigos iguais aos do filho. — Por favor, por favorzinho.
Marina abre um sorriso tímido e Vinícius se estica para pegar o violão do pai.
— Eu canto com você — fala para dar segurança à namorada.
— Tudo bem — cede Marina com as bochechas vermelhas, tanto do Sol quanto de vergonha.
O rapaz começa a tocar suavemente e canta:
— Palavras não bastam... — Ele olha para Marina.
— Não dá pra entender — completa a morena dando um sorrisinho.
— E esse medo que cresce e não para.
— É uma história que se complicou. — Eles cantam juntos: — Eu sem bem o porquê.
Chay sorri completamente envolvido com as vozes dos dois.
— Qual é o peso da culpa que eu carrego nos braços? — canta Marina se soltando.
— Me entorta as costas, me dá um cansaço — Vinícius troca de acorde.
— A maldade do tempo fez eu me afastar de você — ela canta deixando Chay admirado com a sua potência vocal. Vinícius improvisa um dedilhado para a entrada do refrão e o cantor sorri cheio de orgulho.
Minutos depois, os três estão cantando empolgadamente músicas de Chay. O cantor e seu filho tocam violão e Marina faz algumas batidas com os pés e as mãos.
Eles caem na gargalhada ao terminarem uma canção.
— Nunca pensei que fosse cantar com o Chay Suede — comenta Marina.
— Chay Suede não, pra você eu sou o sogrão gostosão — brinca Chay e o casal ri. — Mas fala a verdade, eu sou um ótimo sogro, não sou? Aposto que o pai do seu namoradinho americano não era tão maneiro.
— Pai, pega leve — pede Vinícius tentando evitar o constrangimento de Marina.
— Tudo bem — ela o tranquiliza. — É só uma brincadeira.
— Quem disse? — Chay ri.
Aline e Fernando repousam ofegantes na cama.
— Uau! — ele exclama e enxuga o suor da testa. Tentando agradar Aline, começa a acariciar a barriga dela e deixa sua mão descer lentamente.
— Não! — ela pede segurando nos dedos dele. — Eu quero descansar um pouco — acrescenta olhando para Fernando. — Foi tão... intenso.
— Concordo. — Ele dá um selinho nela. — Se você quer assim, por mim tudo bem.
O rapaz deita a cabeça na barriga dela e Aline faz carinho no cabelo dele, olhando fixamente para o teto. Seu corpo está presente ali, sua respiração ainda é irregular como a dele, mas seus pensamentos vagueiam bem distantes do jovem.
— É melhor eu ir — fala Marina levantando. — Amanhã a gente tem aula.
— É verdade — concorda Vinícius deixando o violão ao lado. — Eu te levo lá embaixo.
— Tchau, Chay!
— Tchau, Mari! — Eles se abraçam. — Espero que você volte pra gente fazer mais som.
Marina ri.
— Claro. — Ela caminha até Isabela. — Tchau, Isa!
— Tchau, Marina.
A namorada de Vinícius tenta abraçá-la, mas como Isabela nem se move, ela apenas dá um sorrisinho constrangido para ela e sai com Vinícius.
— Está tudo bem com a Isa? — questiona Marina no elevador.
— Ela está bolada hoje, aconteceram algumas coisas. Vai passar!
Ela assente, achando estranha a situação. Os dois param na calçada, onde Vinícius sinaliza para um táxi.
— Até amanhã, minha coisa linda.
— Coisa linda — Marina canta refrão de música do Tiago Iorc. Eles sorriem e se beijam. — Agora eu preciso ir. — Ela caminha até o táxi. — Quando você voltar pro condomínio, levas as minhas coisas, tá?
— Não, vou deixar no apartamento do meu pai — ironiza Vinícius e ela ri.
Antes de dormir, Mel vai até a cozinha para pegar um copo de água. Lá se encontra com Susie, que come uma fatia de queijo.
— Oi, Mel! — sorri a japonesa.
— Olá. — Ela abre a geladeira e pega uma jarra com água. — Você não quis me contar, mas eu fiquei sabendo por que a Regina não gosta de mim de qualquer jeito.
Susie fica visivelmente constrangida.
— Foi?
— Foi. — Mel enche um copo de água. — É por causa da minha fama, não é?
— É — responde a outra baixinho. — Ela contou pra gente.
Mel sacode a cabeça.
— É normal vocês falarem pelas costas? — questiona com o olhar irritado.
— Mel, desculpa por não ter te contado — pede Susie. — Eu não quis causar uma situação pesada entre vocês. Eu não sou próxima da Regina, nem sua. Não quis me meter nisso.
— Entendi. — Mel guarda a jarra na geladeira. — Eu entendo o seu lado, é que eu só queria ter conhecimento dessa história antes.
— Entendi — Susie fala o mesmo que ela.
— Vou dormir. Amanhã o dia será longo! Boa noite, Susie.
— Boa noite, Mel!
Elas sorriem uma para a outra e Mel volta para o quarto.
Fernando ergue a cabeça e olha para Aline.
— Vou tomar um banho, não quer ir comigo?
A garota força um sorriso e responde:
— Não, vou ficar por aqui mesmo. — Ela passa a mão pelo rosto dele e recebe um selinho.
— Daqui a pouco eu estou de volta.
Aline assente e Fernando levanta completamente nu e caminha até o banheiro. A jovem espera até ouvir o som do chuveiro e pula da cama, alcançando suas peças de roupa.
Ainda sem sapatos e blusa, sai do quarto sem fazer barulho. Já totalmente vestida, deixa o apartamento e calça as botas no elevador.
Seus passos ficam mais rápidos quando chega na rua, que tem um grande fluxo de veículos, mas nenhuma outra pessoa na calçada além dela. O vento gelado da noite fustiga seu rosto e ela praticamente corre pelo bairro de luxo, o suor surgindo em sua testa e lágrimas escorrendo pelas bochechas vermelhas.
Completamente abatida, Malu é recebida por Yasmin em sua casa.
— Ai, você está bem! — A loirinha abraça a amiga com toda a força que suas condições permitem. — Quando você me ligou eu pensei que o Samuel tivesse feito alguma coisa contra você.
— Ele fez! — responde a morena aos prantos. — Ele pisou na minha sanidade e esmagou meu juízo de valor.
Yasmin assente mesmo sem ter entendido nada.
— Vem, entra! — Ela pega na mão da amiga e as duas sobem para o quarto de Yasmin. Felipe, que faz uma tarefa de última hora na sala, olha com estranhamento para elas.
— Me conta o que aconteceu — pede Yasmin sentando em sua cama com Malu.
— Eu contei para o Samuel que eu fiquei com a Mayara.
— E aí?
Malu narra tudo o que houve até o momento em que fez a revelação.
— E o que ele fez? — Yasmin quer saber.
— Ele não disse nada. Completamente nada!
— Você não perguntou?
— Perguntei, mas ele disse que precisava de um tempo pra digerir. A gente veio em silêncio até o condomínio. Eu estou com tanto medo, Yasmin! — fala escondendo o rosto nas mãos.
— Medo do quê? — indaga a loirinha afagando as costas dela.
— Do que pode acontecer com a gente. De que o Samuel não seja quem eu pensei que ele fosse. De tudo.
Yasmin abraça ela novamente.
— Calma, fica calma. Dá o tempo que ele pediu e depois vamos ver o que vai acontecer.
Malu chora silenciosamente nos braços da amiga.
Uma HQ de Iago é arremessada para o lado e escorrega da cama, indo parar no tapete. A ação causa uma grande dobra na capa e o coração dele fica apertado ao ver a cena, principalmente por não poder fazer nada no momento, pois a campainha é tocada freneticamente e todos no apartamento em que vive, exceto ele, dormem.
Correndo o mais rápido que consegue chega à sala e torce para ninguém ter acordado. Ao espiar no olho mágico seu coração fica mais acelerado do que com a corrida.
— Aline? — fala ao abrir a porta.
— Iago! — ela se lança nos braços dele e aperta sua camisa xadrez com força, chorando em seu ombro.
— Aline, o que houve? — pergunta o jovem preocupado com o estado físico e psicológico dela.
A garota solta ele e entra no apartamento ainda com os cabelos bagunçados dos momentos com Fernando.
— Me desculpa! — pede desnorteada. — Por favor, me desculpa!
Iago fecha a porta e caminha até ela.
— Te desculpar pelo o quê?
— Por não ver o quanto você é maravilhoso! — responde Aline colocando as mãos no pescoço dele. — Você é incrível e eu não percebia isso! Eu esperava que você agisse minimamente igual aos outros e quando isso não aconteceu eu fiquei frustrada e acabei com tudo. Eu estraguei tudo! — ela grita aos prantos.
— Shiu! — Iago pede temendo que alguém acorde.
— Eu transei com o Fernando e adivinha? Foi uma merda! Matou meu desejo físico, mas o meu coração continuou em frangalhos.
— Você fez o quê? — Iago fica atônito. Só então ele percebe marcas vermelhas arroxeadas no pescoço dela.
— Foi então que eu percebi — Aline continua como se não houvesse tido interrupção alguma —, ali deitada naquela cama, que eu não procuro por um sexo bom com um carinha legal, eu procuro por amor. — Ela se joga no sofá e chora. — Eu quero ser amada! E eu sinto que só você pode me amar. — Seus olhos buscam o rapazinho. — Me perdoa — sussurra.
Isabela sai do banheiro pronta para dormir e se surpreende ao ver seu pai deitado em sua cama com Nina.
— Pai?
— Hello! — ele sorri para ela.
— O que o senhor está fazendo?
Chay senta e fica mais sério.
— Eu vim conversar com você.
— Comigo?
— Sim. — Ele bate no espaço ao seu lado. — Senta aqui.
Isabela faz o que ele pede e então pergunta:
— O que foi?
Chay coloca cuidadosamente uma mecha de cabelo dela atrás da orelha.
— Eu quero saber o que foi a senhorita.
Isabela olha para as próprias mãos e responde:
— Nada.
É a forma como ela evita o seu olhar que faz com que Chay confirme seus palpites.
— Me fala o que aconteceu — pede. — Por que você está estranha desde que a Marina chegou?
— Não é nada, pai — Isabela insiste ainda sem olhar para ele.
— Isa, eu sou seu pai. Conta pra mim o que está te chateando.
Os olhos de Isabela ficam cheios de lágrimas no instante em que ela começa a falar.
— Eu fiquei com ciúmes do jeito que você e o Vinícius trataram ela. Eu nunca vou cantar como a Mari, nunca vou poder ter um momento daqueles com vocês.
Chay dá um leve sorriso e abraça a filha.
— Ô meu amor, não precisa ficar assim por causa de uma bobagem dessas.
— Eu sei que é bobagem, mas eu não consigo evitar.
Ele dá um beijo no cabelo dela.
— Você não precisa de uma bela voz para ter a minha atenção e a do seu irmão. A gente te ama incondicionalmente, não precisa ficar se sentindo inferiorizada por isso. Também não precisa cantar super bem para a gente cantar juntos. Lembra de quando você era pequena e eu e a sua mãe cantávamos com vocês?
Isabela sorri.
— Lembro.
— Pois é, nada mudou.
— Algumas coisas mudaram.
— Não o nosso amor por você — garante o cantor.
Depois de acalmar a filha, Chay ficou com ela até que a jovem pegasse no sono. Ao fechar a porta do quarto, tira o celular do bolso e disca alguns números a caminho da sala.
— Mel? — fala sentando no sofá. — Ainda bem que você pôde atender. A gente precisa conversar sobre a Isabela.
Já posso dizer, desde o início, que a minha parte preferida foi a da Aline e o Iago! No início, eu queira bater na Aline quando li que estava com o Fernando, mas entendo porque ela faz isso, mas depois, com ela indo falar com o Iago, foi perfeito!!!
ResponderExcluirAgora sobre o Samu, eu não acho que ela seja homofobico, mas não tenho certeza de nada!
Cadê Yasvic? Já faz alguns capítulos que eles não aparecem!
Perfeito! !
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