Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 302: Mel conhece família de Reinaldo


A mão de Mel está bastante suada, mas Reinaldo permanece segurando-a com firmeza. Os dois caminham pelo gramado da frente da chácara. Na propriedade só há a grande casa e ao redor um campo a perder de vista, de onde é possível avistar a cidadezinha. Eles sobem os degraus da varanda e os batimentos cardíacos de Mel elevam-se ainda mais. Reinaldo gira a maçaneta da porta de madeira e eles entram.
   Mel tem a sensação de que está novamente nos palcos com a intensidade dos olhares que recebe, embora a quantidade seja infinitamente menor.
   — Oi, gente! — ele fala sorrindo para os seus familiares.
Todos eles sorriem de volta para ele, ainda com os olhares em sua acompanhante.
   — Oi! — diz Mel.
Reinaldo solta a mão de Mel e se aproxima de sua mãe, uma senhora bem idosa que está sentada em uma cadeira de balanço.
   — Oi, mãe. — Ele se agacha ao lado dela. — Como a senhora está? — pergunta aumentando o tom de voz, pois com a idade Maria tem sérios problemas auditivos.
   — Oi, meu filho — ela levanta a mão magra e enrugada e afaga o rosto dele. — Que bom que você veio!
   — Como eu não viria? Aniversário da minha velha — ele e Maria riem.
   — Quem... Quem é essa? — pergunta a idosa olhando novamente para Mel. 
A empresária volta a se sentir desconfortável com todos os olhares, mas consegue esconder isso.
   — Oi — repete sorrindo.
   — Mãe — Reinaldo levanta e volta para perto dela —, essa é a Mel, minha namorada.
Dessa vez Mel não consegue esconder suas emoções, fica evidente que ela está surpresa pela forma de tratamento.
   — Você está namorando — comemora Maria e o casal sorri.
   — Eu te disse, mãe — lembra o empresário.
   — E-eu sei. Mas você não comentou que ela é tão bonita assim.
Mel sorri com o elogio.
   — Muito obrigada.
   — Esses são meus irmãos — Reinaldo aponta para as outras pessoas da sala.
   — Todos? — Mel fica espantada.
   — Não — ele ri. — Só os homens, não é? — sorri para eles.
   — Prazer, Régis — fala um homem sorridente que aparenta ter uns cinquenta anos.
   — Prazer — responde Mel apertando a mão dele.
   — Essa é a minha mulher, Susie.
Assim que olha melhor para Susie, Mel sente uma afinidade imediata por ela. 
   — Prazer — fala Susie, uma japonesa de cabelos curtos e repicados na altura da nuca.
   — Prazer!
   — Esse é o Reginaldo, o mais velho dos irmãos — apresenta Reinaldo.
   — Boa tarde — fala o senhor com a expressão fechada, causando o embaraçamento de Mel.
   — Boa tarde.
Reinaldo aponta para a mulher ao lado de Reginaldo.
   — Ela é a Denise. 
A voz de Reinaldo fica mais insegura ao falar o nome da mulher e Mel estranha.
   — Como vai? — pergunta sorrindo simpaticamente para ela. Denise apenas assente e desvia o olhar para a janela.
Mel fica ainda mais desconfiada e curiosa, porém silencia. Reinaldo passa um braço pela cintura dela, tentando passar tranquilidade à ela, e pergunta aos outros:
   — Cadê o resto do pessoal?
   — Não chegaram ainda — conta Régis.
   — Sentem, gente — convida Susie, parecendo estar constrangida com a situação que se seguiu.
Mel e Reinaldo chegam mais perto do sofá e a empresária percebe o olhar torto que Maria lança na direção de Susie. O fato a deixa sem saber se deve ou não se sentar.
   — Sente aqui — pede Maria olhando para Mel e indicando uma poltrona ao seu lado.
A preocupação de Mel esvai-se e ela faz o que a idosa pediu. Reinaldo senta-se próximo a ela, em um sofá com Reginaldo e Denise. Mesmo estando ao lado da cunhada, ele mal olha em sua direção e evita ao máximo encostar nela, o que volta a levantar dúvidas em Mel.
   Susie e Régis, os mais espontâneos no cômodo, começam a puxar assunto sobre a festa de Maria.

Lorenzo chega ao apartamento de Iago.
   — Oi — fala timidamente.
   — Oi — responde o outro garoto sem ânimo. — Entra.
Ele passa pela porta e para no centro da sala de estar.
   — Seus pais estão? — indaga.
   — Não — Iago vai até o sofá. — Senta aí.
   — Como você está? — pergunta Lorenzo sentando ao lado dele.
   — Como eu poderia estar? — rebate Iago deitando a cabeça no encosto do sofá. — Estou péssimo!
   — Não fica assim — pede seu amigo com solidariedade.
   — Como eu não vou ficar? Eu gosto tanto dela, cara!
Lorenzo assente e comenta:
   — Eu não sou especialista no assunto. Óbvio — comenta desviando o olhar. — Mas eu não entendi por que ela terminou com você.
   — Nem eu. Poxa, eu pensei que estivesse fazendo tudo certinho! — Ele abaixa a cabeça e Lorenzo teme que ele comece a chorar.
   — Não fica assim — volta a pedir sem saber o que fazer caso ele chore.
   — Nem sei como vou olhar pra ela segunda-feira.
   — Tenta não olhar — sugere Lorenzo com simplicidade, o que faz Iago sorrir.
   — Quem dera fosse fácil. — Ele sacode a cabeça. — Qual é o meu problema?
   — Olha pra mim — diz Lorenzo —, você pelo menos chegou muito mais longe do que eu cheguei com qualquer menina.
Iago volta a sorrir.
   — Que bom que você pôde vir — comenta. — Com você aqui fica menos dolorido essa situação.

Algumas horas após suas chegadas, Reinaldo e Mel levantam do sofá para pegarem suas malas no carro dele. Embora o empresário tenha pedido para ela deixar tudo com ele, Mel insiste em ir, pois não se sente totalmente confortável com a família dele.
   — O que você achou deles? — pergunta Reinaldo cruzando o gramado com ela. — Pode ser sincera.
   — Eu gostei deles — Mel responde com sinceridade. — A sua mãe é muito fofa! O Régis e a Susie são muito simpáticos também, mas o Reginaldo e, principalmente, a Denise... desculpa, Reinaldo, mas eu achei eles estranhos.
O empresário ri e abre o bagageiro do automóvel. 
   — Tudo bem. Eles são... diferentes mesmo.
Ela encosta no carro e o acompanha retirar as malas.
   — Posso te perguntar uma coisa?
   — O que você quiser. — Ele coloca a mala dela ao seu lado.
Mel escolhe as palavras certas para poder usar.
   — É... você e a Denise... é, vocês têm algum problema um com o outro?
Reinaldo tira a própria mala e fecha o bagageiro antes de responder.
   — Na realidade, ela tem problema com todo mundo — conta.
   — Como assim? — Mel franze a testa.
   — Faz alguns anos que ela tem sérios problemas psicológicos. Tipo mania de perseguição e essas coisas.
   — Sério? — surpreende-se Mel.
   — Sim. Por isso todo mundo tenta não mexer muito com ela. As vezes, dependendo do jeito que você a olha, ela pira, sabe?
   — Nossa! — exclama a empresária assustada. — Ainda bem que você me avisou.
Reinaldo ri.
   — Fica tranquila. Ela não vai fazer nada contra você.
   — Ninguém pode garantir, né? Pelo o que você disse.
   — Mel? Você não vai ficar com medo dela, vai?
Ela hesita.
   — Medo não seria a palavra certa, mas receio.
Eles riem e Reinaldo passa os dedos pelo rosto dela.
   — É tão esquisito te ter aqui comigo.
Mel ri.
   — Por quê?
   — Sei lá. A gente tem se encontrado somente sozinhos, então ter você aqui com a minha família, sem disfarces, prova que não tem sido só um sonho.
O sorriso dela aumenta.
   — Não é um sonho, embora pareça. — Eles se abraçam e dão um beijo doce e demorado. 
   — Eu quero que você veja uma coisa — fala Reinaldo ainda com Mel em seus braços.
   — Que coisa?
Ele olha para o casarão e pede:
   — Rodeia a casa e me encontra lá atrás?
   — Por quê?
   — Você vai ter uma bela surpresa.
Mel lança um olhar desconfiado.
   — Reinaldo, Reinaldo.
   — Confia em mim, tá bom? — Ele dá um selinho nela. — Eu vou levar as malas lá para dentro e te encontro.
   — Tudo bem.
Eles seguem juntos para o casarão, mas ao chegarem na varanda pegam caminhos diferentes. Enquanto Reinaldo entra, Mel continua caminhando pela varanda, que rodeia a casa. 
   — Ué — estranha Susie ao ver Reinaldo entrar sozinho —, cadê a Mel?
   — Eu falei pra ela ir lá nos fundos — conta o empresário levando as malas para o corredor.
   — Não quis você mesmo mostrar o pôr do Sol pra ela? — questiona Régis sorrindo.
   — Não, acho mais emocionante quando se está sozinho. — Ele sorri de volta e segue para o quarto que ficará com ela.
   Mel caminha pela lateral da casa, vendo parte do que Reinaldo quer que ela encontre. Seu sorriso vai crescendo conforme toma consciência do que é. Ao virar na varanda para os fundos da casa, leva um enorme susto.
   Postada ali, bem perto da porta, encontra-se uma mulher que aparenta ser uns quinze anos mais velha do que ela. Seus olhos fundos e cinzentos encaram Mel com surpresa, curiosidade e algo mais que Mel não consegue identificar.
   — Mel Fronckowiak — ela abre um sorriso macabro e seus olhos brilham.
   — Quem é você? — A pergunta escapa da boca de Mel.
A porta dos fundos do casarão é aberta repentinamente e Reinaldo surge com toda a sua imponência.
   — Regina? — Ele se surpreende. 
   — Oi, Reinaldo. — A mulher desvia o olhar de Mel e abraça o empresário.
   — Não sabia que você tinha chegado — ele fala e olha de relance para Mel, notando seu estranhamento.
   — Eu vim pela outra entrada — explica Regina apontando para trás.
Mel segue a indicação dela e nesse momento vê o pôr do Sol por completo, não da maneira mágica como Reinaldo idealizou.
   — Você já conheceu a Mel — ele comenta passando por Regina e se juntando a Mel.
   — Sim — responde a mulher olhando intensamente para Mel, que fica desconfortável.
Reinaldo sente a estranheza da situação e pigarreia.
   — Todos estão lá dentro.
   — Sim — repete Regina e sorri. — Vou lá falar com ela.
Assim que Regina desaparece no interior do casarão, Mel suspira.
   — Meu Deus! Que mulher estranha! — comenta antes que possa se conter. — Desculpa — pede fechando os olhos. — Desculpa, desculpa. — Ao ouvir o som agradável da risada de Reinaldo, abre os olhos. — Quem é ela? — questiona curiosamente.
   — Minha irmã — ele responde com naturalidade.
   — Sua irmã? Ai, Reinaldo, desculpa, eu não queria falar desse jeito dela, só que...
   — Relaxa — pede o empresário afagando os ombros dela. — A Regina estava de olhando de um jeito estranho mesmo. Não sei o que deu nela.
Mel sorri e dá um abraço nele.
   — Desculpa — volta a pedir.
   — Tudo bem. — Ele a gira. — Gostou da vista?
Olhando com mais atenção, Mel percebe o quão é lindo o pôr do Sol visto dali. Os raios do Sol colorem o céu em tons quentes e ele com calma e suavidade desce por trás de montanhas distantes. 
   — É lindo! — fala com encantamento, esquecendo-se por completo de Regina.

Após ter tomado banho, Vinícius conversa com Marina pelo telefone. 
   — Está gostando do apartamento do seu pai? — pergunta a jovem.
   — Estou. — Vinícius deita em sua cama e fica observando o teto, totalmente concentrado na voz dela. — É bom variar um pouco de ambiente.
   — Verdade — concorda Marina. — Se você tivesse ido pra São Paulo com a Mel, eu pediria pra ir junto — ela conta rindo. — Eu quero conhecer outras cidades além do Rio e todo mundo fala de São Paulo.
Ele sorri.
   — Fica para outra oportunidade. Sem contar que eu acho que a minha mãe não aceitaria a nossa presença por agora.
   — É, dois adolescentes em uma viagem de negócio não me parece uma boa combinação. — Ela ri, mas Vinícius não faz o mesmo.
   — Espera aí.
   — Ok — estranha Marina.
O rapaz levanta, confere se o corredor está vazio, fecha a porta e volta a se deitar na cama.
   — Eu quero te contar um negócio.
   — Que negócio? 
Ele coça o cabelo recém lavado.
   — Eu não acho que a minha mãe foi pra uma viagem de negócios.
   — O quê? — Marina não faz questão nenhuma de esconder seu choque. — Que história é essa, Vini?
   — Eu não sei. 
Ela demora para falar novamente.
   — Não estou entendendo nada.
   — Eu sinto que a minha mãe não foi pra uma viagem de negócios.
Agora Marina tem que se controlar para não rir.
   — Você sente? Vinícius, o que te faz pensar isso?
   — Eu posso estar completamente maluco, mas eu acho que isso tudo tem a ver com o Reinaldo.
Dessa vez, sua namorada não consegue se controlar e acaba rindo.
   — O cara que a gente conheceu na sessão de fotos?
   — Sim, o mesmo que foi no hospital. 
   — Vinícius, eles são amigos.
   — Não acho que seja apenas isso.
   — Você tem alguma prova disso?
   — Tenho. A minha mãe tem algo pra contar pra gente, mas está esperando passar um pouco todo o trauma da fazenda.
   — E você acha que ela vai falar que está com o Reinaldo? 
   — Sim. A Isabela também acha, ela está brava com a minha mãe.
   — Por que ela está namorando outro?
   — É. Eu sei que parece loucura, amor. Só que eu sinto isso, sabe? Você sabe que eu... eu sou desse jeito.
   — Sei — sussurra Marina ficando mais séria. — Vinícius, você tem certeza disso?
   — Não, claro que não. Eu só tenho certeza do que eu sinto e é isso.
Marina demora para responder.
   — E se for verdade?
   — Sei lá. Vai ser estranho pra mim, né? — Ele dá um leve sorriso. — Minha mãe com outro cara que não seja o meu pai.
   — É, mas isso acontece, né? — comenta Marina. — Não pensa "quem é ela pra falar", mas...
   — Eu não ia pensar isso — ri Vinícius.
   — Então — Marina sorri —, não aconteceu comigo, mas milhares de pais e mães se separam e os filhos não morrem por causa disso.
   — Eu sei, não estou falando que vou morrer — ele ri. — Mas a Isabela é capaz de alegar isso. — Os dois riem. — Eu só quero a minha mãe feliz. Se ela está feliz com esse Reinaldo, ou com qualquer outro, pra mim está bom. Ele sendo um homem de caráter.
   — Sim. 
   — Às vezes eu fico imaginando, como vai ser. Ok, pode ser que dessa vez não seja isso, mas um dia a minha mãe vai se envolver com outra pessoa, né? Ela ainda é nova.
   — Pode ser esquisito no começo, mas depois a gente se acostuma. 
   — É que eu cresci vendo o meu pai e a minha mãe juntos, sabe? Eu achava que o amor deles ia ser eterno.
   — Eu tenho uma concepção do amor — comenta Marina —, não precisa durar pra sempre pra ser considerado bom. É igual casamento, não é porque teve uma separação que foi um casamento mal-sucedido. 
   — Eu também penso assim. Só que não deixa de ser estranho.
   — Eu sei, amor. 
   — Mas me fala de você — pede Vinícius. — Você conversou com o Brian? Parou com as birrinhas.
   — Não era birrinha! 
Vinícius ri.
   — Vocês conversaram ou não?
Marina começa a contar sobre sua conversa com Brian e a reunião que teve com seus amigos americanos.

Abraçados, Malu e Samuel descem a escada da casa dela, após terem passado bons momentos no quarto dela.
   — Malu? — chama Lucas surgindo e vendo os dois caminhando até a saída. 
Ele conhece bem Samuel, mas fica surpreso por vê-lo descendo do andar de cima.
   — Oi, pai — fala a jovem naturalmente. 
   — Oi — sorri Samuel.
   — Oi! — O publicitário sorri com educação.
   — O Samuel já estava de saída — Malu comenta.
   — Ok, até mais, Samuel!
   — Até!
Malu pega na mão de Samuel e o leva para a porta.
   — A gente se vê amanhã — diz a morena.
Ele suspira.
   — Ok.
Malu ri e dá um beijo nele.
   — Eu ia falar que vou escolher um biquíni pensando em você, mas eu me visto pra mim mesma, então não — fala em seguida aos risos.
   — Tenho certeza que vou gostar de qualquer modo — elogia Samuel e ela suspira.
   — Ai meu Deus, que bonitinho! — Eles riem e dão mais um beijo. — Até amanhã.
   — Até amanhã! 
Samuel vira e anda rumo ao portão da mansão, sendo acompanhado pelo olhar de Malu. Assim que ele vai embora, ela entra rindo.

A noite cai na chácara da mãe de Reinaldo e após ter tomado banho e colocado um macacão florido, Mel sai do banheiro e se depara com Reinaldo apenas de bermuda.
   — O banheiro estava ao seu nível? — ele pergunta sorrindo.
   — Tinha uma água deliciosa, então sim. — Ela ri e senta na cama, pegando um repelente na mesinha de centro.
   — Os mosquitos já te atacaram? — questiona o empresário fechando a janela.
   — Por sorte, ainda não. — Mel começa a borrifar o repelente pelas partes expostas de seu corpo. — Quer que eu passe em você? — pergunta em seguida olhando para ele.
   — Seria um prazer. Literalmente — acrescenta e eles gargalham.
Mel levanta e rodeia a cama, aproximando-se dele.
   — Você comentou que um sobrinho seu morava com a sua mãe. Cadê ele?
   — Ele foi buscar a namorada — conta Reinaldo. — Ela mora na cidade.
   — Ah, entendi. Ele é filho de qual dos seus irmãos? — indaga passando o líquido pelo abdômen definido dele.
   — Da Regina.
   — Ela é casada?
   — Sim, mas o marido dela não vai vir. Está na Flórida. Negócios — simplifica.
   — Ah! — Mel termina de espalhar o produto pela pele quente dele e senta na cama. — Assim como a minha viagem pra cá — comenta com melancolia.
   — Ei, não fica assim — pede Reinaldo imediatamente, sentando ao lado dela.
   — Eu não queria ter inventado essa história para todo mundo.
   — Você fez o que achava certo e eu acho que você estava com razão. 
Mel olha intensamente para ele.
   — Logo que nós voltarmos pro Rio eu vou contar a verdade. Eu não aguento mais mentir pra todos!
   — Você sabe que eu quero o que você quer. A minha família já está sabendo e eu não tenho medo da exposição que posso ter quando a mídia souber.
Ela assente e dá um beijo nele.
   — Então, vamos jantar?
   — Com certeza. — Reinaldo levanta, veste uma camisa e o casal sai do quarto. 
Ao chegarem na sala, Mel vê mais um rosto novo olhando para ela.
   — Roni! — exclama Reinaldo ao enxergar o rapaz jovem e muito bonito.
   — Oi, mano! — Ele caminha até o casal e dá um abraço apertado em Reinaldo. — Oi — fala para Mel. — É um prazer te conhecer.
   — O prazer é meu — responde Mel com gentileza.
   — Esse é o Ronie, meu irmão caçula — apresenta Reinaldo para o espanto de Mel, pois em sua cabeça não faz sentido Maria, que está prestes a completar noventa anos, ter um filho que aparenta ter no máximo trinta e cinco. 
   — Mas me chama de Roni — pede o rapaz sorridente. 
   — Você tem amigos chamados Harry e Hermione? — brinca Mel, mas apenas Reinado, Roni e Susie riem.
   — Ela falou de Harry Potter — explica Roni para os demais. 
   — O meu filho é muito fã — Mel comenta.
   — Você tem filho? — pergunta Maria parecendo espantada.
   — Tenho, um casal.
   — Nossa! 
   — Dona Maria, eu te mostrei os filhos dela na revista — lembra Susie com doçura na voz.
   — Não, não sei — responde a idosa com rispidez e Susie recolhe-se ao lado de Régis. Regina dá um leve sorriso, observando a todos.
Mel fica desconcertada e Reinaldo chama:
   — Vamos lá pra fora?
   — Claro! — ela responde com entusiasmo. 
   — A gente vai pegar um ar — ele fala para os demais.

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