Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 289 [Parte 1]: Victor e Felipe fazem as pazes com Yasmin e Isabela
O calor dá uma amenizada na manhã seguinte. Reunidos na cozinha do casarão da fazenda, Marina, Brian, Malu e Samuel conversam sobre os acontecimentos que marcaram a última noite.
— Foi muita palhaçada o que eles fizeram — opina Brian sentado ao lado de Marina na mesa de madeira. A garota ainda está com bastante sono, mas não conseguiu continuar dormindo.
— Foi — ela concorda imóvel. — Poderia ter dado muito mais errado do que deu.
— Como você tá? — pergunta Samuel encostado na pia com uma xícara de café na mão.
— Estou bem, tirando o meu braço que eu mal posso mexer, a costela roxa e o sono do car*lho que eu tô porque não consegui achar uma posição confortável para dormir. Tirando isso eu estou bem — acrescenta com irritação.
Ele dá um leve sorriso e beberica o café. Malu pondera:
— Foi uma boa pegadinha, apesar dos pesares.
— Boa pegadinha? — repete o americano.
— É, foi bem planejada e teria conseguido o seu objetivo, assustar as meninas, sem problemas se a Marina não tivesse se machucado.
— Acho que você é a única a pensar assim — comenta Marina. — Depois de vocês me socorrerem, todo mundo foi dormir e ninguém conversou com eles. Só sei que a Isa e a Yasmin estão bem bravas com os dois e que até o Vini está bolado. Eles passaram dos limites!
— É uma questão de ponto de vista — fala Samuel em tom imparcial.
Usando uma fantasia de super-herói, Nícolas caminha pelo estacionamento do prédio que mora com os pais na companhia de Daniel.
— Aproveita bem a festinha, tá filho? — aconselha o engenheiro.
— Tá, pai! — responde a criança, que já não está chateada com o pai.
— Vê se não se machuca também — ele ri e destrava o carro.
No beliche em que tem dormido Yasmin desperta lentamente e aos poucos sua memória vai aflorando. Ela pula do beliche e ao olhar para a parte debaixo, enxerga Isabela sentada no colchão com o olhar distante.
— Isa? — chama.
— Hã? — Ela olha para a amiga. — Falou alguma coisa?
— Você tá bem? — indaga a loirinha sentando na cama de Marina. — Você está distante.
— Estou pensando. Tentando entender o que aconteceu ontem.
— Ai, nem me fale nisso! Só de pensar eu já fico com raiva.
— Eu também. Não acredito que o Felipe embarcou nessa onda do Victor.
— Meu irmão e o meu namorado fizeram essa caca comigo.
— Mas quem se ferrou mais foi a Marina.
— É — concorda Yasmin.
Em outro quarto, Felipe e Victor também acordam e conversam a respeito do mesmo assunto.
— As meninas ficaram bem boladas — comenta Felipe encostado no batente da porta do banheiro.
Victor permanece deitado na cama coberto por um fino lençol.
— Daqui a pouco passa.
— Mas você não acha que talvez a gente tenha pegado pesado?
— Mas foi só um susto, Felipe — responde Victor coçando os olhos com o lençol.
— A Marina se machucou — lembra o moreno.
— Mas isso foi algo que não foi diretamente culpa nossa.
Felipe olha com descrença para ele.
— Victor?
— Ok, a gente teve a ver, óbvio, mas a gente não planejou isso. Relaxa, depois eu vou conversar com a Marina.
— É que eu tava pensando... Nós vamos seguir o plano?
— Não entendi.
— O Vinícius.
O rosto do loiro ilumina-se.
— Ah! Sei. Vamos, não?
— Não sei, o pessoal já está p*to com a gente.
— Ah, mas a gente investiu tanto dinheiro nisso.
Felipe ri.
— Verdade, foi um investimento e tanto na câmera e nas outras coisas.
— Pois é, eu não acho que a gente tenha que voltar atrás. E você?
O outro pensa por um instante e confirma com a cabeça.
— Vamos continuar.
— Isso aí! Ninguém vai ficar bravo com a gente pra sempre.
— Aposto que quando eles virem os vídeos das pegadinhas vão se esquecer na hora das chateações.
Os dois riem.
Perto da hora do almoço, Luíza desce até o estacionamento para pegar o carro e ir buscar o filho na festinha de férias do colégio. Antes de entrar no veículo, seu celular toca.
— Oi, Mel — fala atendendo.
— Oi, Lu! Como vai?
— Bem.
Mel está na cobertura em que Reinaldo mora, sentada em uma mesa à beira da piscina.
— Bem mesmo? — questiona com desconfiança.
— Mais ou menos. — Ela suspira. — Tem acontecido tantas coisas, Mel.
— Que coisas? — Mel preocupa-se de imediato. A mão de Reinaldo pousa com suavidade no ombro dela e ela dá um leve sorriso para ele, então o empresário caminha e se senta em sua frente.
— Coisas muito sérias para falar por telefone, quando a gente se encontrar mais tarde eu conto.
— Ok, foi para isso que eu liguei, para confirmar o nosso encontro.
— Por mim está de pé!
Mel assente.
— Tudo bem, a Anelise também confirmou.
— Ok, então mais tarde a gente se vê, tô indo buscar o Ni no colégio.
— Certo, manda um beijo para ele.
Luíza sorri levemente.
— Tá bom. — Elas se despedem, Luíza liga o motor e dá partida no automóvel.
Mel coloca o celular sobre a mesa e olha para a piscina, o olhar distante. Sentindo a tensão que irradia dela, Reinaldo pergunta:
— Aconteceu alguma coisa?
— A minha irmã — fala Mel. — Ela estava nervosa, preocupada, tem alguma coisa muito séria acontecendo.
— Fica tranquila — ele pede massageando o braço dela. — Tudo vai ficar bem.
Mel sorri.
— Como não acreditar com você falando desse jeito?
Tirando proveito das sombras da floresta, Isabela caminha sozinha pela orla. Seu pensamento vagueia por coisas aleatórias e ela se assusta quando Felipe aparece em sua frente, saindo do meio das árvores.
— Caramba! Chega de sustos, você não acha?
É Felipe que fica assustado com o comportamento de Isabela.
— Hã? Não, não Isa, eu não quis te assustar.
— Dessa vez não, né? — devolve a morena cruzando os braços.
— Isa, eu sei que a gente não conversou sobre ontem e que você deve estar chateada...
— Devo não, eu estou chateada!
— Isa — ele pronuncia como um pedido. — Não fica brava, por favor. A nossa intenção nunca foi deixar você ou a Yasmin chateadas.
— Vocês machucaram a Marina.
— A gente não queria isso. Aconteceu, infelizmente!
— E vocês não parecem estar muito preocupados com isso, né? Tanto que nem foram falar com ela. Sabia que ela acordou super cedo por que não conseguiu achar uma posição confortável para dormir?
— Sério? — Felipe fica espantado.
— Sim, e vocês dormindo tranquilamente.
— Nossa, coitada!
— Pois é, mas não adianta nada suas palavras agora, o erro já foi feito.
— Isa, entende uma coisa — ele pede segurando nos braços dela. — Foi só uma brincadeira, você sabe como a gente gosta de zoeira. Não era para vocês ficarem bravas nem ninguém sair machucado.
— Mas aconteceu! — exclama Isabela irritada. — Vocês foram infantis, Felipe! A gente sempre falou que não tinha graça e vocês insistem em continuar com essa palhaçada.
— Mas é engraçado pra gente! E se vocês vissem os vídeos iriam concordar com a gente.
Isabela revira os olhos.
— Não é bacana ficar fazendo brincadeira a custa dos outros.
— Ok, ok. Olha, a gente não concorda nesse assunto e não vamos chegar a nenhuma conclusão discutindo desse jeito. Eu prometo pra você que eu e o Victor vamos parar de fazer pegadinhas com você!
— Isso não apaga o que vocês já aprontaram.
— Isa!? Por favor, eu estou tentando me redimir.
Ela olha intensamente para ele.
— Tudo bem.
Felipe sorri e abraça ela com força.
— Obrigado, minha pequena. A intenção nunca foi chatear ninguém, pelo ao contrário.
— Ok, vamos parar de conversar sobre isso. O que importa é que vocês vão parar.
Ele segura o rosto dela entre as mãos e a beija intensamente.
Antes de almoçar, Yasmin resolveu tomar um banho e lavar o cabelo. Assim que termina, desliga o chuveiro e puxa duas toalhas para dentro do box, uma para o seu corpo e outra para enrolar o cabelo. Ela abre o box e solta um gritinho seguido de um palavrão raivoso.
— O que você está fazendo aqui? — indaga olhando para Victor, que está encostado na porta com as mãos nos bolsos.
— Vim conversar com você.
— Conversar comigo? Não tinha uma ocasião melhor?
O olhar dele desce lentamente pelo corpo dela e ele sacode a cabeça em negativa.
— Não vejo ocasião melhor.
O olhar de Yasmin se estreita e ela caminha até ele.
— Sai da frente, eu quero sair.
— Não.
— Sai, Victor!
— Não, eu vim conversar com você e nós vamos conversar.
— Eu não quero conversar com você!
— Mas a gente precisa. Eu sei que você está p*ta comigo, por causa de ontem.
— Não deveria? — Ela rebate dando um passo para trás e cruzando os braços na frente do corpo.
— Não, foi uma pegadinha. Era pra vocês se assustarem e depois rirem do próprio susto.
— Acontece que não teve graça. Vocês poderiam ter matado a gente do coração sabia?
Ele sorri.
— Isso não ia acontecer.
— Ai, para de ser debochado, moleque!
— Eu não estou sendo debochado.
— É essa sua cara de... de merda!
— Você não acha a minha cara de merda e nós dois sabemos disso.
— Sai da minha frente — ela volta a pedir.
— A conversa ainda terminou.
— Sai-da-minha-frente — ela repete pausadamente.
— A gente ainda tem o que conversar.
— Eu não quero conversar! Sai! — Ela avança na direção dele e começa a dar tapas em seu peito. Victor segura nos pulsos dela e a afasta. Nesse instante, a toalha cai do corpo de Yasmin diretamente para o chão. Victor olha instantaneamente para o corpo dela e solta os seus pulsos.
— Coloca a tolha — pede olhando para o lado. — Assim fica difícil de conversar.
Yasmin, bufando de raiva, alcança a toalha e volta a se cobrir.
— Deixa eu passar, Victor, eu tô falando sério.
— Não, eu também estou falando sério, a gente tem que conversar.
— Eu não quero conversar, car*lho! — Ela tenta novamente acertar um tapa nele, mas dessa vez Victor é mais rápido e segura em seu pulso antes da ação.
— Por que você é sempre apela para a violência comigo?
— Porque você me dá raiva.
— Você também me dá raiva, me dá nervoso — ele inverte as posições e a prende contra a porta — me dá estresse, me dá prazer, me dá tesão, me dá tudo isso.
O loiro dá um beijo no ombro dela e vai seguindo uma linha até o pescoço.
— Para, Victor — pede Yasmin, mas sua voz sai fraca.
— Não vamos ficar brigados por besteira, vamos?
— Não é besteira.
Ele afasta o rosto para olhar nos olhos dela e coloca as mãos em seu pescoço.
— Yas, esquece isso. Você também é da zoeira, não fica ligando pra besteiras.
— Vocês já conversaram com a Marina?
— Ainda não — ele responde. — Vamos falar com ela depois do almoço.
— Eu acho mais importante você se reconciliar com a sua irmã do que comigo.
— Isso vale pra você e para o Felipe também, né?
— Não toca no nome desse babacão. O que é dele está aguardado! Aliás, o que é de vocês está guardado.
— Como assim?
— Vocês vão receber o que merecem, deixe estar.
Victor sorri e dá um beijinho curto nela.
— Quero só ver.
Yasmin arranha a bochecha dele.
— Te odeio.
— Eu também.
Eles se beijam com voracidade e Victor tenta abrir a toalha dela, mas Yasmin não permite. Os dois ficam mais alguns minutos trocando carícias no cômodo.
Muiiiiiiiito boooooooooooooooom!!!!!
ResponderExcluirA cada capítulo que se passa eu me apaixono mais pela sua fic. Sem dúvida é uma das melhores que já li!!!!
ResponderExcluirVai postar quando?
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