Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 287: Isabela encontra objeto e pressiona Felipe e Victor
— Cheguei primeiro!
— Um segundo — retorque Victor logo atrás dela.
— Um segundo que faz toda a diferença. Vai, pega logo a pipoca pra gente fazer.
— De microondas ou de fogão?
— Fogão — Yasmin responde sentando à mesa. — Não estou afim de sentir aquela gordura da pipoca de microondas na minha boca.
— É, tira o gosto do meu beijo, né?
Ela ri.
— Palhaço.
Victor abre vários armários da cozinha até finalmente encontrar um saco com milho de pipoca.
— Tá fechado.
— Abre, ué.
Ele caminha até a pia e pega uma faca no escorredor. A loirinha fica enrolando uma mecha do cabelo distraidamente, olhando para ele de costas. Suas sobrancelhas arqueiam-se ao ouvir Victor xingar baixinho e exclamar:
— Ai! Ai! Ai! Ai!
— O que foi? — ela levanta de um salto e corre até ele. — Victor, como você foi fazer isso? — pergunta assustada vendo sangue gotejar do dedo dele.
— A faca escapou — ele fala com o rosto contorcido de dor.
— Tá doendo muito?
— Car*lho, você ainda pergunta?
— Coloca em baixo d'água — sugere Yasmin assustada, pois o sangue não para de escorrer.
— Vai doer.
— É melhor, Victor. — Ela abre a torneira. — Vai, enfia aí.
— Tá doendo muito, Yasmin!
— É melhor — repete a loira. — Vai!
Victor não estica o braço e Yasmin tem que forçá-lo. Sua expressão vai ficando vazia ao ver o dedo de Victor sob a água, pois assim que todo o sangue desce pelo ralo sua pele fica branca como sempre foi, sem nenhuma marca ou algo parecido.
— O que é isso? — Ela olha sobressaltada para ele. A risada de Victor começa baixinha e vai aumentando até se tornar uma gargalhada forte e alta. — Não acredito nisso, Victor!
Victor continua rindo e acompanha ela se afastar enfurecida.
— É pegadinha!
— P*ta que pariu! Até quando vocês vão continuar com isso?
— Até a gente ir embora.
— Para, com, isso — fala pausadamente com ar de ameaça. — Senão a gente vai se vingar de vocês.
— Vocês não têm o mesmo talento que eu e o Felipe — desdenha o loiro.
— Está duvidando?
— Eu estou afirmando.
— Ok, acredite no que você quiser. — Ela caminha apressadamente para fora da cozinha.
— Espera, Yasmin, eu não sei fazer pipoca!
Marina está sentada no colo de Vinícius de frente para ele. Os dois trocam beijos acalorados, aproveitando da privacidade do jardim.
— Desculpa, casal! Desculpa, casal! — exclama Felipe surgindo dos arbustos de repente.
Vinícius se assusta e afasta um pouco Marina.
— O que é isso? — indaga sorrindo enquanto sua namorada senta ao seu lado.
— Foi mal aí, atrapalhar o clima de vocês.
— Espero que seja por um bom motivo — Marina fala sorrindo e arrumando o cabelo.
— É pro Vini, mas não pra você.
— Como assim? — questiona o outro garoto.
— Você tem que ver o teremim que a gente achou num quarto lá da outra casa! — conta com animação e Vinícius sorri.
— Um teremim? — fala com os olhos brilhando de interesse.
— Sim, vim te chamar pra ir lá ver!
Visivelmente interessado no instrumento, Vinícius faz que vai levantar, mas hesita e olha para Marina, pois sabe que depois da declaração que ela fez com o ukulele a jovem tem o interesse de ficar com ele.
Marina nota a hesitação dele e sorri com tranquilidade.
— Vai lá!
— Você não quer ir com a gente?
— Não — responde ela já que Felipe chamou estritamente Vinícius e também por não ter curiosidade pelo instrumento. — Vou ficar com o ukulele.
— Você toca desde quando? — pergunta Felipe sorrindo.
— Aprendi, querido.
— Ela fez uma surpresa pra mim — conta Vinícius deixando o jardim junto com Felipe.
— Sério?
— Aham, ela tocou uma música fofa pra mim.
— Oh, que amorzinho! — zoa Felipe bagunçando os cachos de Vinícius. Assim que chega no quarto em questão, o entusiasmo de Vinícius infla como um balão de ar.
— Uau, que demais! — exclama indo até o teremim. — Nunca toquei um.
— Ninguém aqui tocou — ri Thiago. Ele, Vinícius, Felipe e Samuel ficam se divertindo com o instrumento.
Marina bem que tenta ficar no jardim tocando ukulele, mas o Sol forte começa a incomodá-la.
— Com o Vinícius até dava pra aguentar — fala consigo mesma —, mas sozinha não rola.
Ela levanta com o ukulele preso entre os dedos, caminha para o casarão e entra pela porta da cozinha, deparando-se com Victor sozinho no cômodo.
— Marina! — ele exclama em tom de alívio. — Ainda bem que você apareceu.
— Por quê?
— Você sabe fazer pipoca no fogão?
A morena ri e deixa o ukulele de Vinícius sobre a mesa de madeira.
— Sei, o Vini me ensinou.
— Então me ajuda aqui, a Yasmin me largou sozinho.
Marina coloca óleo na panela enquanto pergunta:
— Por que ela te deixou aqui sozinho?
— Só porque eu fingi cortar o meu dedo. Usei até sangue falso! — completa em tom de triunfo.
Marina ri.
— Você e o Felipe continuam pregando sustos na Isabela e na Yasmin?
— Claro, o melhor ainda está por vir.
— Quero só ver.
— E você verá, irmãzinha — ele rebate com ar de mistério.
Luíza aguarda impacientemente a chegada do esposo e do filho encostada em uma parede perto da porta principal. Ela respira aliviada ao ver Daniel chegar com Nícolas.
— Meu amor! — corre e abraça Nícolas com força.
— Oi, mãe. — Com agilidade, a criança desvencilha-se dos braços de Luíza e sobe correndo as escadas. Daniel solta um suspiro e olha para a esposa.
— Ele está bravo porque disse que viu um homem tirando fotos da gente, mas eu não acreditei. — Ele passa a mão na testa. — Eu não queria, mas eu acho que o Nícolas está precisando mesmo de terapia.
— Ele está certo! — Luíza fala nervosa.
— Como assim?
A psicóloga olha para o topo da escada, onde o filho desapareceu e volta encarar Daniel.
— Vamos conversar lá no escritório.
Daniel pega na mão dela e os dois caminham para o cômodo que fica na lateral da sala de estar.
— O que está acontecendo? — indaga Daniel fechando a porta ao passar.
Luíza caminha impaciente pelo espaço.
— Eu não sei nem por onde começar.
— Lu, eu não estou entendendo nada.
Ela para, respira fundo e narra tudo o que viu para Daniel. Durante o relato, ele senta em um sofá e vai ficando cada vez mais pálido. Por fim, Luíza fala com lágrimas nos olhos:
— O Nícolas sempre esteve certo, Dan.
Ele passa as mãos no rosto e balança a cabeça.
— Não acredito nisso! — O sangue começa a subir para a sua cabeça. — Não acredito nisso, Luíza! — Ele levanta de um salto e arremessa um porta-canetas contra a parede.
Luíza senta onde ele estava e começa a chorar.
— Quando isso vai acabar, Daniel? — Ela rapidamente enxuga as lágrimas e levanta. — Você tem noção do que está acontecendo? Eles estão seguindo a gente! Tirando fotos! O que eles querem?
— Coisa boa não é — responde Daniel friamente. — Eu não tinha te falado, Luíza, mas eu coloquei um investigador atrás do meu pai de novo.
— E aí?
— E não descobriu nada do que a gente não saiba. Então, seja o que for que eles estejam fazendo estão fazendo muito bem feito, sem deixar sinais.
Luíza abraça o próprio corpo.
— Eu estou com medo.
— Fica calma — ele pede suavizando a voz. — Eu não vou deixar que nada aconteça com você ou com o Nícolas.
Ela estica o braço e segura no pulso dele, puxando-o para perto de si.
— Eu não quero passar por tudo aquilo de novo. — A psicóloga não precisa explicitar o que quer dizer, Daniel sabe muito bem a que ela se refere: a tortura que sofreu nas mãos de Marisa e Míriam anos atrás.
Durante a tarde, o calor na fazenda chega ao seu ponto máximo e em busca de frescor a maioria dos jovens agrupam-se na sala, onde há um ar-condicionado mais potente do que nos outros cômodos.
Vinícius, Brian e Thiago estão estirados no tapete, o primeiro lê um livro, o segundo ouve música e o último cochila. Samuel e Marina brincam com o ukulele de Vinícius enquanto Yasmin e Malu correm pelo espaço, ignorando o calor e os olhares tortos de Jaqueline que lixa as unhas.
Marina deixa o ukulele com Samuel e deita no tapete junto com Brian. Vinícius olha de relance para os dois e volta a ler calmamente.
— Está bronzeado, hein? — ri Marina.
— Foi a caminhada que a gente deu hoje — conta Brian e ela passa a mão pelo cabelo dele.
— Foi legal?
— Sim! A gente passou por um lago, a gente precisa ir lá juntos, Mari, só nós dois.
— Só nós dois? — ela sorri maliciosamente em tom de brincadeira.
— É — Brian sorri, mas logo fica sério. — Eu quero mergulhar junto com você. — Ele faz uma pausa. — Depois daquela babaquice que eu fiz quando a gente era criança, nós nunca nadamos juntos. Agora que você já superou o trauma, eu quero compartilhar esse momento com você.
Marina sorri e dá um beijo na bochecha dele.
— Com certeza será incrível.
— Pois é, esse lago é lindo, você tem que ver.
— Eu já vi — responde Marina — e acho melhor a gente não ir lá.
— Por quê?
Ela pensa nas palavras que vai usar.
— É... é que é um lugar especial pra mim e para o Vinícius — conta, as lembranças do momento que passou com o namorado no lago invadindo sua mente.
— Ah, então pode ser na piscina mesmo.
Marina ri.
— Sim, a gente podia mergulhar de noite, sem esse Sol de rachar.
— É uma ótima ideia.
Eles sorriem e permanecem conversando no tapete.
Em um dos quartos masculinos, Felipe, Isabela, Victor e Graziele brincam de não piscar os olhos separados em duplas.
— Você piscou! — acusa Isabela sentada no chão de pernas cruzadas.
— Não pisquei não — devolve Victor diante dela.
— Claro que piscou!
— Não pisquei.
— Victor, assume!
— Não tem o que assumir.
— Você é muito competitivo, meu Deus!
— Mas eu não pisquei.
Envolvida pela conversa dos dois, Graziele acaba piscando e Felipe vence.
— Ganhei — fala sorrindo para ela.
— Eu assumo que perdi — comenta a ruiva rindo e olhando para Isabela e Victor que continuam discutindo.
— O que é que custa assumir? Aquela hora eu pisquei e assumi!
— Mas eu não pisquei.
Isabela revira os olhos.
— Não quero mais brincar com você.
Ele ri.
— Para de drama, Isabela.
— É verdade. — Ela descruza as pernas e Victor tenta segurá-la, mas Isabela fica em pé e caminha até o armário. — Isso é imaturidade, você sabe disso, né?
Felipe puxa Graziele até uma cama, onde eles apoiam as costas e ficam observando com sorrisos nos rostos a discussão dos dois.
— Mas eu não pisquei, grande anã.
Isabela volta a revirar os olhos e olha para trás, pois a porta do armário não se fecha nem com o peso dela.
— Por que não está fechando? — questiona deixando a briguinha de lado.
— É porque tá uma bagunça — Felipe responde rindo.
Isabela abre a porta e cai diversos itens aos seus pés.
— Eu avisei! — fala seu namorado em suas costas. Ela agacha para recolher as coisas e fica surpresa ao ver uma cartela de comprimidos entre elas.
— De quem é esse remédio? — indaga olhando para trás.
Graziele olha para os meninos, que ficam sérios de repente.
— Remédio? — repete Felipe fazendo-se de desentendido.
— É, Felipe, re-mé-dio. Qual de vocês está tomando isso? E, principalmente, por quê?
O moreno fica olhando para a namorada em silêncio enquanto ela aguarda por respostas.
— É meu — assume Victor em tom neutro.
— Seu?
— É.
— Ele é pra quê? — questiona Graziele com curiosidade.
O loiro hesita por um segundo e responde:
— Insônia.
— Desde quando você tem insônia? — Isabela está visivelmente desconfiada.
— Costuma acontecer quando eu viajo.
— Sei.
— Ué, não posso nem tomar remédio agora? Larga do meu pé, grande anã — ri Victor, mas Isabela permanece encarando intensamente ele.
— Chegamos!
Os quatro olham para a porta que foi escancarada repentinamente. Yasmin e Malu estão paradas sorrindo de orelha a orelha.
— Viemos animar isso aqui — ri Malu correndo até o centro do quarto. — Que caras de pamonha são essas?
Felipe levanta e caminha até Isabela, tirando os objetos das mãos dela e enfiando no armário novamente.
— A gente tava brincando de ver quem pisca primeiro — conta Graziele.
— Nossa, fiquei no tédio só de imaginar — comenta Malu e olha para trás. — Você ficou no tédio também?
A loirinha que cobiçava o namorado com o olhar, fita a amiga.
— Estou formando teias de aranha — responde.
Victor levanta do chão e caminha até ela, passando os braços ao seu redor.
— Posso tirar essas teias e outras coisas também — responde olhando para o corpo dela.
— Não — Malu é quem fala, posicionando-se entre eles dois. — Sem pegação aqui.
— É, sem pegação — concorda Yasmin olhando para o namorado com um sorriso debochado.
— Idiotas. — Ele ri e senta em uma cama.
Yasmin e Malu começam a zoar com eles e minutos depois deixam o quarto arrastando Isabela e Graziele consigo. Victor e Felipe se olham instantaneamente.
— Por que você tinha que deixar o remédio no armário? — questiona Felipe.
— Onde eu ia deixar? — rebate Victor. — Mas ela acreditou, né?
— Acho que sim, mas ficou desconfiada. Ah, ficou.
— Ah, aí já é problema dela.
— A gente precisa logo zoar com o Vinícius — ri Felipe só de imaginar a ideia.
— É, mas hoje a noite é das meninas.
Os dois riem, mas o loiro fica sério rápido.
— Espera aí — fala erguendo um braço. — A Yasmin e a Isabela não estão dormindo no mesmo quarto, elas precisam estar juntas.
Felipe assente e pensa por um momento.
— Deixa comigo.
— O que você vai fazer?
— Vou falar com a Jaqueline para ela trocar de quarto.
— E você acha que ela vai topar?
— Querido, eu tenho os meus talentos — ri Felipe.
— Ah, é? Lembra que a Jaqueline é afim de mim, não de você — gargalha Victor.
— Então fala você com ela, já que é tão poderoso assim.
— Eu não! A Yasmin me mata.
— Ui, preocupado com a namoradinha.
— Namoradinha é a sua, né? Quantos ela tem de altura? Um metro e meio? — diverte-se o loiro.
— Menos — responde Felipe e eles caem na gargalhada.
Depois de uma manhã agitada no hospital em que trabalha, Bernardo finalmente descansa no sofá de seu apartamento com Anelise. A jornalista surge com um balde de pipoca e afunda ao lado dele.
— Estou livre do trabalho no resto da semana — ela comemora.
Bernardo passa um braço pelas costas dela, trazendo ela para si.
— Sério?
— Aham, ganhei uma folguinha.
— Que bom, Ane!
Ela dá um beijinho no pescoço dele.
— E você?
— Sem folga por enquanto — ele ri.
— Mas você está tranquilo, né?
Bernardo gargalha.
— Estou, amor. Cansado, mas satisfeito com o meu trabalho.
— É isso que importa. — Ela se estica para deixar o balde de pipoca sobre a mesinha de centro e Bernardo olha intensamente para o corpo dela. — Sabe o que mais importa?
— O quê? — ele pergunta.
— Você e eu. Eu e você. — Ela ri e senta no colo dele. Imediatamente Bernardo começa a beijá-la. Eles vão deitando no sofá e quando estão quase despidos, Anelise pede em um sussurro:
— Pega a camisinha.
— Você quer? Não prefere ver o que pode acontecer sem ela?
Anelise ri e beija o ombro dele.
— Não, eu sei bem o que pode acontecer sem ela.
— E não está afim de arriscar?
— Bê!?
— Isso, bebê. — Bernardo ri no pescoço dela.
— Pega logo o preservativo, eu não posso ser mãe agora.
Bernardo levanta apenas de cueca e some no apartamento, retornando minutos depois com o que a esposa pediu.
— Sabia que a minha família já está cobrando um filho nosso? — comenta sentando no sofá e puxando Anelise para seu colo.
— Sério? Você quer ser pai agora?
— Eu quero o que você quiser.
— Essa decisão não cabe só a mim — fala Anelise com as mãos nos ombros dele.
— Eu sei, mas quando você quiser eu estou pronto.
Ela sorri e dá um beijo nele.
— Mas eu não quero agora — fala em seguida. — A gente está trabalhando muito, nem pensar ter um filho agora.
Bernardo sorri e joga ela para o lado.
— Então vamos praticar muito — fala rindo.
Victor e Felipe chegam à sala e o moreno caminha até Jaqueline, que está encostada sozinha na janela.
— Olhando o jardim? — fala parando ao lado dela.
— É, é bem bonito aqui.
— Concordo. Então, Jaque, eu quero falar uma coisa com você.
A loira estranha o fato dele a chamar por seu apelido, mas não fala nada a respeito.
— Que coisa?
— Você poderia trocar de quarto hoje a noite?
— Por que eu faria isso?
— Ah. — Ele passa a mão pelo cabelo dela. — Não posso explicar agora.
— O que você está aprontando, Felipe? Primeiro me pediu para sair do banheiro, agora para trocar de quarto, o que está rolando?
— Não posso te contar. Só troca de quarto, por favor, e não fala que fui eu quem te pedi.
— Só se a Yasmin trocar comigo, porque eu não vou aturar ficar no mesmo quarto que ela.
— Excelente! — Ele sorri e dá um beijo na bochecha dela. — Sabia que seria ótimo negociar com você, Jaque.
Ela dá um sorriso amarelo e volta a fitar o jardim. Felipe afasta-se e caminha até Isabela, Graziele e Malu.
— Você estava de papinho com a Jaqueline? — comenta sua namorada estranhando.
— Pois é, vocês não falam com ela, eu fui falar com a coitadinha.
Isabela dá um leve sorriso e recebe um beijo do namorado.
Brian coloca uma mão nas costas de Jaqueline e ela se vira, achando que Felipe retornou.
— Ah, é você — fala abrindo um sorriso.
— Pensou que fosse quem?
Jaqueline dá de ombros.
— Ninguém. — Ela dá um selinho nele. — O que nós vamos fazer de noite?
Brian hesita.
— Eu vou dar um mergulho com a Mari. — Ele explica brevemente a história que há entre ele, Marina e água e Jaqueline assente.
— Entendi! — Mesmo compreendendo, ela não gosta muito.
Na hora do jantar, Marina e Brian evitam comer muito, apenas conversam com os amigos. Em certo momento, Felipe cutuca Jaqueline e fala para ela:
— Diz que você quer mudar de quarto, mas não fala que fui eu quem te pedi.
Ela revira os olhos e minutos depois, chama a atenção para si.
— Gente, eu quero mudar de quarto.
— Como assim? — indaga Graziele.
— Eu quero trocar de quarto.
— Por quê? — Malu questiona estreitando os olhos e Samuel aperta a coxa dela, pedindo silenciosamente para ela se controlar.
— Porque sim.
— Porque sim não é resposta — Marina fala.
— É porque você ronca!
Marina fica surpresa.
— Eu não ronco.
— Não ronca mesmo — fala Vinícius.
— É — concorda Brian e o clima fica ainda mais estranho. Depois disso, mesmo com eles falando em inglês Brian prefere não opinar mais.
— Eu quero trocar de quarto — volta a repetir Jaqueline.
— Ai, cacete troca então! — Yasmin se estressa. — E troca de lugar comigo, porque eu não quero dormir no mesmo ambiente que você.
— Chega, né gente? — pede Isabela querendo continuar sua refeição. — A Jaqueline troca de quarto e a Yasmin dorme comigo e com a Marina.
Eles voltam a comer e ninguém nota o olhar travesso que Victor e Felipe trocam.
Victor continua rindo e acompanha ela se afastar enfurecida.
— É pegadinha!
— P*ta que pariu! Até quando vocês vão continuar com isso?
— Até a gente ir embora.
— Para, com, isso — fala pausadamente com ar de ameaça. — Senão a gente vai se vingar de vocês.
— Vocês não têm o mesmo talento que eu e o Felipe — desdenha o loiro.
— Está duvidando?
— Eu estou afirmando.
— Ok, acredite no que você quiser. — Ela caminha apressadamente para fora da cozinha.
— Espera, Yasmin, eu não sei fazer pipoca!
Marina está sentada no colo de Vinícius de frente para ele. Os dois trocam beijos acalorados, aproveitando da privacidade do jardim.
— Desculpa, casal! Desculpa, casal! — exclama Felipe surgindo dos arbustos de repente.
Vinícius se assusta e afasta um pouco Marina.
— O que é isso? — indaga sorrindo enquanto sua namorada senta ao seu lado.
— Foi mal aí, atrapalhar o clima de vocês.
— Espero que seja por um bom motivo — Marina fala sorrindo e arrumando o cabelo.
— É pro Vini, mas não pra você.
— Como assim? — questiona o outro garoto.
— Você tem que ver o teremim que a gente achou num quarto lá da outra casa! — conta com animação e Vinícius sorri.
— Um teremim? — fala com os olhos brilhando de interesse.
— Sim, vim te chamar pra ir lá ver!
Visivelmente interessado no instrumento, Vinícius faz que vai levantar, mas hesita e olha para Marina, pois sabe que depois da declaração que ela fez com o ukulele a jovem tem o interesse de ficar com ele.
Marina nota a hesitação dele e sorri com tranquilidade.
— Vai lá!
— Você não quer ir com a gente?
— Não — responde ela já que Felipe chamou estritamente Vinícius e também por não ter curiosidade pelo instrumento. — Vou ficar com o ukulele.
— Você toca desde quando? — pergunta Felipe sorrindo.
— Aprendi, querido.
— Ela fez uma surpresa pra mim — conta Vinícius deixando o jardim junto com Felipe.
— Sério?
— Aham, ela tocou uma música fofa pra mim.
— Oh, que amorzinho! — zoa Felipe bagunçando os cachos de Vinícius. Assim que chega no quarto em questão, o entusiasmo de Vinícius infla como um balão de ar.
— Uau, que demais! — exclama indo até o teremim. — Nunca toquei um.
— Ninguém aqui tocou — ri Thiago. Ele, Vinícius, Felipe e Samuel ficam se divertindo com o instrumento.
Marina bem que tenta ficar no jardim tocando ukulele, mas o Sol forte começa a incomodá-la.
— Com o Vinícius até dava pra aguentar — fala consigo mesma —, mas sozinha não rola.
Ela levanta com o ukulele preso entre os dedos, caminha para o casarão e entra pela porta da cozinha, deparando-se com Victor sozinho no cômodo.
— Marina! — ele exclama em tom de alívio. — Ainda bem que você apareceu.
— Por quê?
— Você sabe fazer pipoca no fogão?
A morena ri e deixa o ukulele de Vinícius sobre a mesa de madeira.
— Sei, o Vini me ensinou.
— Então me ajuda aqui, a Yasmin me largou sozinho.
Marina coloca óleo na panela enquanto pergunta:
— Por que ela te deixou aqui sozinho?
— Só porque eu fingi cortar o meu dedo. Usei até sangue falso! — completa em tom de triunfo.
Marina ri.
— Você e o Felipe continuam pregando sustos na Isabela e na Yasmin?
— Claro, o melhor ainda está por vir.
— Quero só ver.
— E você verá, irmãzinha — ele rebate com ar de mistério.
Luíza aguarda impacientemente a chegada do esposo e do filho encostada em uma parede perto da porta principal. Ela respira aliviada ao ver Daniel chegar com Nícolas.
— Meu amor! — corre e abraça Nícolas com força.
— Oi, mãe. — Com agilidade, a criança desvencilha-se dos braços de Luíza e sobe correndo as escadas. Daniel solta um suspiro e olha para a esposa.
— Ele está bravo porque disse que viu um homem tirando fotos da gente, mas eu não acreditei. — Ele passa a mão na testa. — Eu não queria, mas eu acho que o Nícolas está precisando mesmo de terapia.
— Ele está certo! — Luíza fala nervosa.
— Como assim?
A psicóloga olha para o topo da escada, onde o filho desapareceu e volta encarar Daniel.
— Vamos conversar lá no escritório.
Daniel pega na mão dela e os dois caminham para o cômodo que fica na lateral da sala de estar.
— O que está acontecendo? — indaga Daniel fechando a porta ao passar.
Luíza caminha impaciente pelo espaço.
— Eu não sei nem por onde começar.
— Lu, eu não estou entendendo nada.
Ela para, respira fundo e narra tudo o que viu para Daniel. Durante o relato, ele senta em um sofá e vai ficando cada vez mais pálido. Por fim, Luíza fala com lágrimas nos olhos:
— O Nícolas sempre esteve certo, Dan.
Ele passa as mãos no rosto e balança a cabeça.
— Não acredito nisso! — O sangue começa a subir para a sua cabeça. — Não acredito nisso, Luíza! — Ele levanta de um salto e arremessa um porta-canetas contra a parede.
Luíza senta onde ele estava e começa a chorar.
— Quando isso vai acabar, Daniel? — Ela rapidamente enxuga as lágrimas e levanta. — Você tem noção do que está acontecendo? Eles estão seguindo a gente! Tirando fotos! O que eles querem?
— Coisa boa não é — responde Daniel friamente. — Eu não tinha te falado, Luíza, mas eu coloquei um investigador atrás do meu pai de novo.
— E aí?
— E não descobriu nada do que a gente não saiba. Então, seja o que for que eles estejam fazendo estão fazendo muito bem feito, sem deixar sinais.
Luíza abraça o próprio corpo.
— Eu estou com medo.
— Fica calma — ele pede suavizando a voz. — Eu não vou deixar que nada aconteça com você ou com o Nícolas.
Ela estica o braço e segura no pulso dele, puxando-o para perto de si.
— Eu não quero passar por tudo aquilo de novo. — A psicóloga não precisa explicitar o que quer dizer, Daniel sabe muito bem a que ela se refere: a tortura que sofreu nas mãos de Marisa e Míriam anos atrás.
Durante a tarde, o calor na fazenda chega ao seu ponto máximo e em busca de frescor a maioria dos jovens agrupam-se na sala, onde há um ar-condicionado mais potente do que nos outros cômodos.
Vinícius, Brian e Thiago estão estirados no tapete, o primeiro lê um livro, o segundo ouve música e o último cochila. Samuel e Marina brincam com o ukulele de Vinícius enquanto Yasmin e Malu correm pelo espaço, ignorando o calor e os olhares tortos de Jaqueline que lixa as unhas.
Marina deixa o ukulele com Samuel e deita no tapete junto com Brian. Vinícius olha de relance para os dois e volta a ler calmamente.
— Está bronzeado, hein? — ri Marina.
— Foi a caminhada que a gente deu hoje — conta Brian e ela passa a mão pelo cabelo dele.
— Foi legal?
— Sim! A gente passou por um lago, a gente precisa ir lá juntos, Mari, só nós dois.
— Só nós dois? — ela sorri maliciosamente em tom de brincadeira.
— É — Brian sorri, mas logo fica sério. — Eu quero mergulhar junto com você. — Ele faz uma pausa. — Depois daquela babaquice que eu fiz quando a gente era criança, nós nunca nadamos juntos. Agora que você já superou o trauma, eu quero compartilhar esse momento com você.
Marina sorri e dá um beijo na bochecha dele.
— Com certeza será incrível.
— Pois é, esse lago é lindo, você tem que ver.
— Eu já vi — responde Marina — e acho melhor a gente não ir lá.
— Por quê?
Ela pensa nas palavras que vai usar.
— É... é que é um lugar especial pra mim e para o Vinícius — conta, as lembranças do momento que passou com o namorado no lago invadindo sua mente.
— Ah, então pode ser na piscina mesmo.
Marina ri.
— Sim, a gente podia mergulhar de noite, sem esse Sol de rachar.
— É uma ótima ideia.
Eles sorriem e permanecem conversando no tapete.
Em um dos quartos masculinos, Felipe, Isabela, Victor e Graziele brincam de não piscar os olhos separados em duplas.
— Você piscou! — acusa Isabela sentada no chão de pernas cruzadas.
— Não pisquei não — devolve Victor diante dela.
— Claro que piscou!
— Não pisquei.
— Victor, assume!
— Não tem o que assumir.
— Você é muito competitivo, meu Deus!
— Mas eu não pisquei.
Envolvida pela conversa dos dois, Graziele acaba piscando e Felipe vence.
— Ganhei — fala sorrindo para ela.
— Eu assumo que perdi — comenta a ruiva rindo e olhando para Isabela e Victor que continuam discutindo.
— O que é que custa assumir? Aquela hora eu pisquei e assumi!
— Mas eu não pisquei.
Isabela revira os olhos.
— Não quero mais brincar com você.
Ele ri.
— Para de drama, Isabela.
— É verdade. — Ela descruza as pernas e Victor tenta segurá-la, mas Isabela fica em pé e caminha até o armário. — Isso é imaturidade, você sabe disso, né?
Felipe puxa Graziele até uma cama, onde eles apoiam as costas e ficam observando com sorrisos nos rostos a discussão dos dois.
— Mas eu não pisquei, grande anã.
Isabela volta a revirar os olhos e olha para trás, pois a porta do armário não se fecha nem com o peso dela.
— Por que não está fechando? — questiona deixando a briguinha de lado.
— É porque tá uma bagunça — Felipe responde rindo.
Isabela abre a porta e cai diversos itens aos seus pés.
— Eu avisei! — fala seu namorado em suas costas. Ela agacha para recolher as coisas e fica surpresa ao ver uma cartela de comprimidos entre elas.
— De quem é esse remédio? — indaga olhando para trás.
Graziele olha para os meninos, que ficam sérios de repente.
— Remédio? — repete Felipe fazendo-se de desentendido.
— É, Felipe, re-mé-dio. Qual de vocês está tomando isso? E, principalmente, por quê?
O moreno fica olhando para a namorada em silêncio enquanto ela aguarda por respostas.
— É meu — assume Victor em tom neutro.
— Seu?
— É.
— Ele é pra quê? — questiona Graziele com curiosidade.
O loiro hesita por um segundo e responde:
— Insônia.
— Desde quando você tem insônia? — Isabela está visivelmente desconfiada.
— Costuma acontecer quando eu viajo.
— Sei.
— Ué, não posso nem tomar remédio agora? Larga do meu pé, grande anã — ri Victor, mas Isabela permanece encarando intensamente ele.
— Chegamos!
Os quatro olham para a porta que foi escancarada repentinamente. Yasmin e Malu estão paradas sorrindo de orelha a orelha.
— Viemos animar isso aqui — ri Malu correndo até o centro do quarto. — Que caras de pamonha são essas?
Felipe levanta e caminha até Isabela, tirando os objetos das mãos dela e enfiando no armário novamente.
— A gente tava brincando de ver quem pisca primeiro — conta Graziele.
— Nossa, fiquei no tédio só de imaginar — comenta Malu e olha para trás. — Você ficou no tédio também?
A loirinha que cobiçava o namorado com o olhar, fita a amiga.
— Estou formando teias de aranha — responde.
Victor levanta do chão e caminha até ela, passando os braços ao seu redor.
— Posso tirar essas teias e outras coisas também — responde olhando para o corpo dela.
— Não — Malu é quem fala, posicionando-se entre eles dois. — Sem pegação aqui.
— É, sem pegação — concorda Yasmin olhando para o namorado com um sorriso debochado.
— Idiotas. — Ele ri e senta em uma cama.
Yasmin e Malu começam a zoar com eles e minutos depois deixam o quarto arrastando Isabela e Graziele consigo. Victor e Felipe se olham instantaneamente.
— Por que você tinha que deixar o remédio no armário? — questiona Felipe.
— Onde eu ia deixar? — rebate Victor. — Mas ela acreditou, né?
— Acho que sim, mas ficou desconfiada. Ah, ficou.
— Ah, aí já é problema dela.
— A gente precisa logo zoar com o Vinícius — ri Felipe só de imaginar a ideia.
— É, mas hoje a noite é das meninas.
Os dois riem, mas o loiro fica sério rápido.
— Espera aí — fala erguendo um braço. — A Yasmin e a Isabela não estão dormindo no mesmo quarto, elas precisam estar juntas.
Felipe assente e pensa por um momento.
— Deixa comigo.
— O que você vai fazer?
— Vou falar com a Jaqueline para ela trocar de quarto.
— E você acha que ela vai topar?
— Querido, eu tenho os meus talentos — ri Felipe.
— Ah, é? Lembra que a Jaqueline é afim de mim, não de você — gargalha Victor.
— Então fala você com ela, já que é tão poderoso assim.
— Eu não! A Yasmin me mata.
— Ui, preocupado com a namoradinha.
— Namoradinha é a sua, né? Quantos ela tem de altura? Um metro e meio? — diverte-se o loiro.
— Menos — responde Felipe e eles caem na gargalhada.
Depois de uma manhã agitada no hospital em que trabalha, Bernardo finalmente descansa no sofá de seu apartamento com Anelise. A jornalista surge com um balde de pipoca e afunda ao lado dele.
— Estou livre do trabalho no resto da semana — ela comemora.
Bernardo passa um braço pelas costas dela, trazendo ela para si.
— Sério?
— Aham, ganhei uma folguinha.
— Que bom, Ane!
Ela dá um beijinho no pescoço dele.
— E você?
— Sem folga por enquanto — ele ri.
— Mas você está tranquilo, né?
Bernardo gargalha.
— Estou, amor. Cansado, mas satisfeito com o meu trabalho.
— É isso que importa. — Ela se estica para deixar o balde de pipoca sobre a mesinha de centro e Bernardo olha intensamente para o corpo dela. — Sabe o que mais importa?
— O quê? — ele pergunta.
— Você e eu. Eu e você. — Ela ri e senta no colo dele. Imediatamente Bernardo começa a beijá-la. Eles vão deitando no sofá e quando estão quase despidos, Anelise pede em um sussurro:
— Pega a camisinha.
— Você quer? Não prefere ver o que pode acontecer sem ela?
Anelise ri e beija o ombro dele.
— Não, eu sei bem o que pode acontecer sem ela.
— E não está afim de arriscar?
— Bê!?
— Isso, bebê. — Bernardo ri no pescoço dela.
— Pega logo o preservativo, eu não posso ser mãe agora.
Bernardo levanta apenas de cueca e some no apartamento, retornando minutos depois com o que a esposa pediu.
— Sabia que a minha família já está cobrando um filho nosso? — comenta sentando no sofá e puxando Anelise para seu colo.
— Sério? Você quer ser pai agora?
— Eu quero o que você quiser.
— Essa decisão não cabe só a mim — fala Anelise com as mãos nos ombros dele.
— Eu sei, mas quando você quiser eu estou pronto.
Ela sorri e dá um beijo nele.
— Mas eu não quero agora — fala em seguida. — A gente está trabalhando muito, nem pensar ter um filho agora.
Bernardo sorri e joga ela para o lado.
— Então vamos praticar muito — fala rindo.
Victor e Felipe chegam à sala e o moreno caminha até Jaqueline, que está encostada sozinha na janela.
— Olhando o jardim? — fala parando ao lado dela.
— É, é bem bonito aqui.
— Concordo. Então, Jaque, eu quero falar uma coisa com você.
A loira estranha o fato dele a chamar por seu apelido, mas não fala nada a respeito.
— Que coisa?
— Você poderia trocar de quarto hoje a noite?
— Por que eu faria isso?
— Ah. — Ele passa a mão pelo cabelo dela. — Não posso explicar agora.
— O que você está aprontando, Felipe? Primeiro me pediu para sair do banheiro, agora para trocar de quarto, o que está rolando?
— Não posso te contar. Só troca de quarto, por favor, e não fala que fui eu quem te pedi.
— Só se a Yasmin trocar comigo, porque eu não vou aturar ficar no mesmo quarto que ela.
— Excelente! — Ele sorri e dá um beijo na bochecha dela. — Sabia que seria ótimo negociar com você, Jaque.
Ela dá um sorriso amarelo e volta a fitar o jardim. Felipe afasta-se e caminha até Isabela, Graziele e Malu.
— Você estava de papinho com a Jaqueline? — comenta sua namorada estranhando.
— Pois é, vocês não falam com ela, eu fui falar com a coitadinha.
Isabela dá um leve sorriso e recebe um beijo do namorado.
Brian coloca uma mão nas costas de Jaqueline e ela se vira, achando que Felipe retornou.
— Ah, é você — fala abrindo um sorriso.
— Pensou que fosse quem?
Jaqueline dá de ombros.
— Ninguém. — Ela dá um selinho nele. — O que nós vamos fazer de noite?
Brian hesita.
— Eu vou dar um mergulho com a Mari. — Ele explica brevemente a história que há entre ele, Marina e água e Jaqueline assente.
— Entendi! — Mesmo compreendendo, ela não gosta muito.
Na hora do jantar, Marina e Brian evitam comer muito, apenas conversam com os amigos. Em certo momento, Felipe cutuca Jaqueline e fala para ela:
— Diz que você quer mudar de quarto, mas não fala que fui eu quem te pedi.
Ela revira os olhos e minutos depois, chama a atenção para si.
— Gente, eu quero mudar de quarto.
— Como assim? — indaga Graziele.
— Eu quero trocar de quarto.
— Por quê? — Malu questiona estreitando os olhos e Samuel aperta a coxa dela, pedindo silenciosamente para ela se controlar.
— Porque sim.
— Porque sim não é resposta — Marina fala.
— É porque você ronca!
Marina fica surpresa.
— Eu não ronco.
— Não ronca mesmo — fala Vinícius.
— É — concorda Brian e o clima fica ainda mais estranho. Depois disso, mesmo com eles falando em inglês Brian prefere não opinar mais.
— Eu quero trocar de quarto — volta a repetir Jaqueline.
— Ai, cacete troca então! — Yasmin se estressa. — E troca de lugar comigo, porque eu não quero dormir no mesmo ambiente que você.
— Chega, né gente? — pede Isabela querendo continuar sua refeição. — A Jaqueline troca de quarto e a Yasmin dorme comigo e com a Marina.
Eles voltam a comer e ninguém nota o olhar travesso que Victor e Felipe trocam.
Eita que esses meninos sei não viu! Necessito do próximo Capítulo URGENTE!!!!
ResponderExcluirTa perfeito Renata!!!
Ai meuuuuu deuuuuuus >-<
ResponderExcluirMaravilhoso,posta logo! !!
ResponderExcluirBernardo e Ane são maravilhosos <3 A Luíza e o Dan não tem paz... tadinhos!
ResponderExcluirEu estou me surpreendendo com o tanto que estou gostando da Jaque!
YasVic pouquinhas cenas, mas sempre as amo.
Brian não segura a língua... kkkk
Saudades da Aline e do Iago!!
Posta mais!!!!
Eita que esses meninos sei não viu! Necessito do próximo Capítulo URGENTE!!!!
ResponderExcluirTa perfeito Renata!!!