Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 277: Presença de Reinaldo na mansão de Mel incomoda Isabela
Após o almoço, em um bistrô, Reinaldo aguarda pacientemente Mel. Sentado em uma mesa para dois, ele observa as pessoas ao redor distraidamente enquanto brinca com o porta-guardanapos. Minutos se passam e ele permanece sozinho na mesa. Como já analisou todos os outros clientes, resolve usar alguns guardanapos de papel para fazer origamis.
— Mil desculpas! — Mel fala desabando na cadeira diante dele.
Reinaldo ergue os olhos para ela e sorri com gentileza.
— Você avisou que ia se atrasar.
— Cinco minutos, não trinta!
Ele sorri.
— Não se preocupa com isso.
Mel coloca a bolsa nas costas da cadeira e olha para ele, ou melhor, para o que ele estava fazendo.
— Uau — comenta vendo diversos guardanapos transformados em vários objetos. Só então Reinaldo percebe que fez muitos origamis. Ele recolhe todos eles e os amaça, formando um único amontoado de papel. — Não! — exclama Mel tardiamente.
— Oi? — Ele olha surpreso para ela.
— Eu queria ficar com pelo menos um.
— Que isso! — Reinaldo ri genuinamente. — Havia muito tempo que eu não fazia nada, nem saíram bons.
Ela sorri e pega na mão dele por sobre a mesa.
— Eu me interesso pelas coisas que você faz.
Reinaldo olha intensa e carinhosamente para ela.
— Você não está bem, né? — comenta segundos depois, desviando o foco de si mesmo.
— Não — Mel responde e solta a mão dele para esfregar o rosto. — O meu afilhado foi internado novamente hoje.
— Sério? O que aconteceu?
— Eu acho que nunca te contei, ele tem problema com cigarro. Se eu não me engano, não faz nem um mês que todos nós descobrimos isso.
— Ele fumava escondido? — questiona Reinaldo com uma ruguinha de preocupação se formando na testa.
— Sim. Vou te contar tudo. — Ela respira fundo e recomeça: — O Thiago, meu afilhado, começou a fumar escondido dos pais dele. Todos os amigos dele sabiam, inclusive os meus filhos, mas ninguém falava nada, porque achava que era só um momento. Ele começou a namorar a Graziele, filha da Larissa Vasconcelos e do Henrique Castro, não sei se você os conhece.
— Conheço — conta Reinaldo. — Ele é veterinário, né?
— Sim. — Ela coça os olhos. — Então, o Thiago começou a namorar a Grazi e ela insistiu tanto que ele resolveu parar de fumar, porque ele realmente achava que era só um passatempo e ele pararia logo que decidisse parar. Acontece que ele já estava viciado, né, e não conseguiu parar. Como ele não queria decepcionar os amigos, principalmente a Graziele, resolveu fumar às escondidas.
"Só que teve um dia que a Yasmin, filha da Sophia, descobriu que ele tava fumando e colocou ele na parede: ou ele contava para os pais ou ela contaria. Pelo o que eu soube, eles estabeleceram um prazo até o fim do mês passado e os dias foram passando, passando e o Thiago não tinha coragem de contar tudo, ele estava envergonhado, decepcionado consigo mesmo e com medo de perder o apoio da família e da namorada. Até que chegou o dia do aniversário dele, que também foi o dia da festa junina do colégio.
"Ele foi na festa junina com todo o pessoal, curtiu, dançou quadrilha, mas ele estava muito nervoso porque o prazo estava acabando. Quando ele foi embora, não foi para casa, e sim para uma outra festa, mais barra pesada. Ele costumava a frequentar esse tipo de festas com os outros amigos dele e resolveu ir nessa para esfriar a cabeça. Quando chegou lá, decidiu beber tudo o que podia para tentar relaxar. Resultado, ele bebeu muito e entrou em coma alcoólico."
Reinaldo abre a boca, perplexo.
— Caramba! — interrompe Mel.
— Pois é. Foi desse jeito que todo mundo descobriu o que ele tinha.
— E por que ele foi parar no hospital de novo?
A empresária respira fundo e conta o que sabe. Ao fim, comenta em tom de desabafo:
— Eu estou muito preocupada! Tenho medo de que ele não consiga enfrentar esse momento.
Reinaldo afaga as mãos dela, tentando transmitir forças a ela.
— Eu sei o que ele deve estar sentindo.
— Eu tento me colocar no lugar dele, mas é tudo tão instável.
Ele aperta ainda mais as mãos dela.
— O que eu estou querendo dizer, Mel, é que eu já passei pelo o que ele está passando.
Mel olha espantada para ele.
— Como?
— Eu também tive problemas químicos quando era mais jovem e quero que você saiba que eu posso ajudá-lo e estou disposto a isso. Não deve estar sendo nenhum pouco fácil estar no lugar dele agora.
Ela assente e enxuga algumas lágrimas que se formaram em seus olhos.
— Meu Deus, Reinaldo! Eu não esperava por isso.
— Pois é, todo mundo tem um passado e uma história para contar, né?
Mel assente novamente.
— Com certeza. E sim, nós aceitamos a sua ajuda. Eu tenho certeza que os pais dele ficarão muito gratos por isso.
Como não poderia visitar Thiago durante a tarde, Graziele resolveu ir para casa com os pais. Depois de ter almoçado, ela recebeu a melhor amiga em seu quarto.
Malu está sentada ereta na cama da ruiva, atenta a cada palavra que ela diz.
— Eu sinceramente não sei mais o que sentir — confessa Graziele. — Não sei, não sei. Tem horas que eu fico com raiva, depois percebo que ele não tem controle da situação, daí fico com pena, mas lembro que ele não gostaria que eu sentisse pena, então tento ser o mais amorosa possível, só que o diabinho na minha cabeça me faz lembrar que ele mentiu pra mim, me enganou, daí eu volto a ficar com raiva.
— É como se fosse um ciclo — analisa Malu com uma seriedade que raramente é visível nela.
— É exatamente como um ciclo. E agora tem mais essa, eu não posso visitá-lo. Ele mesmo pediu por isso! — exclama Graziele aborrecida.
— O Thiago está com as emoções muito conturbadas, Grazi — pondera Malu.
— Eu sei, e você acha que eu estou diferente? É muito difícil pra mim essa situação, sabia? Eu queria odiar o Thiago por ter mentido pra mim, mas eu me importo com ele, simplesmente não consigo me afastar dele nesse momento. Embora agora ele tenha feito isso no meu lugar — acrescenta com amargura.
— Ele só não quis te ver por agora — Malu argumenta —, talvez quando ele receber alta queira te ver. Ele deve estar confuso, Grazi, você mesma disse que vocês quase ficaram ontem.
— Nem fala nisso — pede a ruiva. — Eu estou tentando não se sentir culpada pelo o que aconteceu.
— Você acha que tem culpa? — Malu ri sem humor. — Ninguém tem culpa de nada, Grazi.
— Eu sei, mas às vezes eu acho que fui eu quem provocou essa bagunça toda nos sentimentos do Thiago.
— Eu vejo o quanto você se importa com o Thiago, mas você também tem que lembrar dos seus sentimentos. Não é bom pra você ficar se culpando desse jeito!
Graziele sente vontade de chorar, mas nenhuma lágrima surge em seus olhos, por isso ela esconde o rosto sob o travesseiro.
— Eu só queria que nada disso tivesse começado.
Malu se aproxima dela e afaga o seu ombro.
— Pensa pelo lado positivo, isso tudo é necessário para o Thiago ficar bom.
As mãos e os antebraços de Thiago estão com hematomas que variam entre o roxo e o verde. Esparadrapos cobrem alguns cortes mais profundos em seu corpo enquanto outros permanecem expostos. Suas pernas, principalmente dos joelhos para baixo, também estão feridas, porém ninguém é capaz de ver devido ao cobertor azul.
Seus olhos vagam pelo quarto e se fixam na porta ao som da maçaneta.
— Filho! — exclama Fernanda entrando aos tropeços pelo quarto. Mateus segue a esposa, mais comedido.
— Oi, mãe — ele responde sem olhar nos olhos dela.
— A gente ficou tão preocupado com você. — Fernanda passa a mão pelo cabelo dele enquanto os seus olhos esquadrinham o restante de seu corpo.
Eles ficam conversando por alguns minutos de assuntos aleatórios até que Mateus, sentado ao pé da cama do filho, pede com a voz suave:
— Explica melhor o que houve pra gente, filho.
Thiago hesita por um instante, mas acaba se abrindo.
— Ontem eu, a Malu e a Graziele — sua voz treme minimamente quando pronuncia o nome da ex-namorada — saímos e sem querer encontramos o Felipe, a Isa, todo o pessoal. — Ele faz uma pausa demorada, mas prossegue: — O Felipe estava bebendo cerveja e... e me deu vontade de beber também. A vontade foi crescendo tanto, que eu não consegui ficar perto dele. Aquilo mexeu tanto com os meus sentidos que eu quase briguei com um moleque lá da sala. Foi então que eu percebi que eu não tô melhor do que quando eu comecei o tratamento, eu não consegui controlar a vontade e aquilo foi me frustrando cada vez mais.
O adolescente respira fundo, todo o tempo fita as próprias mãos.
— Eu e a Graziele fomos embora e como ela tava sozinha, eu resolvi ficar na casa dela. A gente... a gente quase ficou de novo. Naquele momento, eu cheguei a esquecer completamente de tudo, dos acontecimentos anteriores, do meu problema, até a sede passou. Só que... só que a gente não chegou a se beijar. — Ele fecha os olhos. Mateus olha para Fernanda e eles trocam um olhar preocupado, eles voltam a encarar Thiago, pois ele prossegue ainda de olhos fechados: — A Graziele disse que ainda doía. Foi aí que a minha ficha caiu. — Os olhos deles se abrem novamente. — Nada do que eu faça vai mudar o que aconteceu. Nada. Eu nunca vou conseguir apagar todo o sofrimento que eu causei nas pessoas, a minha vida nunca mais será a mesma. E... e eu não sei se vou conseguir enfrentar essa fase. Eu sou fraco, eu não tenho forças para resistir! — Lágrimas rolam como cascatas por seu rosto. — Quando eu cheguei em casa, não consegui controlar tudo o que eu estava sentindo. Eu só queria ficar em paz com a minha consciência, mas eu não conseguia! Foi... foi quando eu perdi o controle. Eu não sei ao certo como isso foi acontecer, quando eu vi já tinha feito. Só que mesmo quebrando tudo, descontando toda a minha raiva nos móveis, a sede não tinha passado e eu fui ficando cada vez mais desesperado. Eu decidi tomar banho, quando eu fui tirar a calça, perdi o equilíbrio e caí. Foi tudo muito rápido, eu não tomei consciência do que estava acontecendo. Quando percebi estava caído no chão, vários cacos de vidro ao meu redor e o box quebrado. O meu corpo todo tava doendo e eu vi que algumas partes sangravam um pouco. Eu estava suado, cansado e cada parte de mim doía. A dor foi crescendo tanto que abafou os meus pensamentos e, finalmente, eu consegui relaxar. Mesmo sangrando, machucado e culpado, o cansaço venceu e eu apaguei ali. Acordei um pouco depois com o grito da Maria. Ela chamou uma ambulância e eu fui trazido pra cá.
O rapaz levanta os olhos até os rostos dos pais. Fernanda está olhando para baixo, chorando silenciosamente. O relato de seu filho, principalmente a frase "A dor foi crescendo tanto que abafou os meus pensamentos e, finalmente, eu consegui relaxar.", fez ela reviver o drama de sua adolescente. Por outro lado, Mateus permanece com a expressão neutra, embora os seus olhos estejam vermelhos.
— Você chegou a brigar com a Graziele? — ele pergunta.
— Não.
— E por que você não deixou que ela te visitasse? — indaga Mateus com curiosidade.
Thiago está tão cansado de esconder os seus sentimentos e aflições dos pais, que resolve abrir o jogo.
— Eu estou com vergonha. Vergonha do que eu me tornei, vergonha do que eu fiz ela passar. Ela deve estar sofrendo por minha causa e... eu acho melhor ela ficar longe de mim.
— Ela está preocupada com você, Thi — conta Fernanda.
— Eu posso imaginar. É por isso que eu quero que ela não fique perto de mim, isso está acabando com a Grazi. A nossa proximidade não faz bem pra nenhum de nós dois.
— Você tem certeza dessa decisão? — pergunta Mateus.
— Não, eu não tenho certeza de mais nada. A minha vida está de cabeça para baixo.
— Calma, filho — pede Fernanda pegando na mão dele. — Pensa que ainda hoje você vai receber alta e vai voltar pra casa.
— Não sei se eu prefiro ir para casa ou ficar aqui — responde Thiago para o choque dos pais.
— Como assim, Thiago? — devolve Mateus.
— Eu tenho medo de não me controlar — assume o adolescente. — Aqui, pelo menos, eu sou monitorado o tempo todo.
— A sua consciência é o seu monitoramento — fala Mateus com calma. — Vai dar tudo certo, Thiago, acredite em mim.
O restaurante que acolheu Maísa, Laís, Iago, Aline, Alexandre, Mayara e Daniela para o café da manhã, recebe agora o grupo dos filhos dos ex-rebeldes para o almoço. O grupo mais Brian está espalhado e conversa freneticamente.
Yasmin se estica sobre a mesa, chamando Isabela.
— O que foi, Yas? — questiona a morena.
— Me dá o meu celular, a gente já passou muito tempo aproveitando um a presença do outro. Já tô cansada do Victor — completa rindo.
— Ela mente com uma facilidade — brinca o loiro ao lado da namorada. Isabela sorri das graças deles e resgata o celular de Yasmin em sua mochila.
— Esse, né?
— É — Victor é quem confirma. — Eu que dei pra ela.
— Cala a boca! — pede Yasmin ao pegar o aparelho. — Que saudades do meu, baby! — A loirinha liga os seus dados e recebe várias notificações. Ela entra em seu Whatsapp e ignora algumas conversas para focar na de Malu, que está com o texto em Caps Lock.
Isabela continua conversando animadamente com Brian em inglês, Felipe e Victor também dialogam, porém em português, e Marina e Vinícius estão ausentes da mesa. Nenhum deles nota que conforme vai lendo a mensagem de Malu, o rosto de Yasmin vai perdendo a cor.
— Gente!
Todos olham para ela em estado de alerta ao sentir a tensão em sua voz.
— O que foi, Yas? — Isabela repete a pergunta, mas dessa vez com preocupação.
Yasmin recupera a voz.
— O Thiago foi internado hoje de novo.
Do lado de fora do restaurante, sentados no meio fio da calçada, Marina e Vinícius conversam enquanto o pedido deles não chega.
— Sabe o que eu lembrei — fala Marina —, a gente se... se casou — a palavra causa um embrulho no estômago dela — mas não temos nenhuma aliança.
Vinícius sorri.
— É verdade. — Ele olha ao redor. — Não seja por isso.
Marina acompanha os movimentos dele com o olhar e um sorriso no rosto. Vinícius levanta, caminha até o tronco da árvore que está projetando sombra neles e pega um graveto que está caído ao chão. Ele retorna para perto dela e senta ao seu lado.
— Pronto — fala com simplicidade. Ele quebra o graveto ao meio e com alguns movimentos com os dedos forma dois anéis. — Marina, agora estamos oficialmente casados. — Ele coloca a aliança no dedo anelar esquerdo dela. — Te amo.
— Eu também te amo, meu cacheadinho — ela sorri e também coloca a aliança nele. Os dois chegam mais perto um do outro e se beijam.
Após o beijo, Marina começa a rir e apoia a testa no ombro dele.
— Isso tudo parece tão infantil.
Ainda com o braço nas costas dela, Vinícius sorri.
— Parece, mas a gente está feliz e é isso o que importa, né?
— Sim — concorda Marina erguendo a cabeça. — A nossa felicidade é o mais importante, marido.
Eles riem e se beijam novamente.
— Gente — chama Yasmin com urgência. O casal se separa e olha para cima, enxergando a loirinha e Isabela.
— Desculpa atrapalhar — completa Isabela com educação.
— O assunto é sério.
— Muito sério.
Vinícius fica em pé.
— Vocês vão falar ou não?
Isabela limpa a garganta.
— O Thiago foi parar no hospital hoje de manhã.
Marina levanta com rapidez.
— Como é?
Yasmin lança um olhar torto para ela enquanto Isabela explica:
— A Malu mandou uma mensagem no celular da Yas, mas como a gente tava longe dos telefones, ela só foi ver agora.
— Caramba! — exclama a ex-líder de torcida. — Será que foi algo sério?
— Como se você se importasse — resmunga Yasmin para si mesma, mas todos escutam.
— Eu me importo sim! — devolve Marina.
— Você nem liga para o Thiago, garota.
— Por que você está falando isso? Só por que eu conheci ele esse ano?
— Não, não é por isso — responde Yasmin com impaciência. — É porque você soube que ele estava fumando e não contou pra ninguém, nem fez nada para mudar isso.
— Ah é, eu deveria ameaçar o Thiago? — Marina lança indireta que somente Yasmin entende.
— Gente! — interrompe Isabela. — Não é momento para discussões.
— A Isa tem razão — apoia Vinícius segurando no cotovelo da namorada.
No início da noite, Fernanda e Mateus comparecem à mansão de Mel a pedido dela.
— Que bom que vocês vieram — fala Mel encontrando-os na sala.
— Você disse que o assunto era sério — Mateus diz.
— Mas confesso que não foi fácil deixar o Thiago sozinho agora — Fernanda completa tirando alguns fios de cabelo do rosto.
— O Thiago está sozinho? — questiona Mel com preocupação.
— Ele está com a Maria, nossa empregada de maior confiança — responde Mateus com calma.
— Só que eu fico tensa assim mesmo — sua esposa acrescenta.
— Eu posso imaginar — Mel responde com compreensão. — Eu estou muito aflita com a essa situação. É por isso que eu chamei vocês, eu tenho uma pessoa para lhes apresentar.
— Quem?
Mel levanta e olha para o corredor.
— Reinaldo — chama. Fernanda e Mateus olham para o corredor e veem o empresário aparecer.
— Boa noite — ele sorri com gentileza.
— Boa noite — respondem os dois.
— Esse é o Reinaldo, amigo meu — apresenta Mel. — Ele... ele pode ajudar vocês dois nesse momento.
— Nos ajudar? — indaga Fernanda com confusão.
Reinaldo assente e todos eles sentam.
Douglas estaciona a sua moto em frente à mansão de Larissa e Henrique. Ele desce, apoia o capacete no guidão e pega o celular no bolso. Minutos depois, Graziele surge. Sua aparência está bem diferente do que ele costuma ver.
— Oi, ruivinha — fala suavemente.
— Oi, Douglas — ela responde com a voz cansada.
— Você não está nada bem, né?
— Como eu poderia estar? — devolve Graziele, apoiando-se no portão.
— Eu sei. Eu fui ver o Thiago lá na casa dele, mas não me deixaram entrar, sabia?
— Não, mas eu estou na mesma situação que você.
— Como assim? — questiona Douglas cruzando os braços.
— O Thiago não autorizou a minha visita no hospital.
— Sério?
— Sim — confirma Graziele. — Mas eu nem quero ficar falando sobre isso.
— É, deve doer, né?
— Douglas.
— Desculpa, não foi por mal — ele fala com sinceridade.
A ruiva assente e olha para a rua antes de fitá-lo novamente.
— Você quer falar mais alguma coisa?
— Não, só vim ver como você está mesmo.
— Tá, eu vou entrar, ok? Eu estou muito esgotada.
— Ok — responde Douglas e ela gira para poder regressar para a mansão. No entanto, Douglas aproxima-se dela e puxa o seu braço. O movimento é tão rápido que por pouquíssimos centímetros a boca de Graziele não encosta na dele.
— Douglas? — ela indaga confusa, presa no abraço dele.
— Se cuida, ruivinha — ele pede apertando-a. — O Thiago gosta muito de você, ele não quer que você fique assim por ele.
Graziele não tem forças para responder nada, por isso se deixa ser abraçada em silêncio.
— É sério — fala Isabela com seriedade. — Eu vi a Fernanda e o Mateus chegando.
— Por que eles viriam aqui, hoje, depois de tudo o que aconteceu? — questiona Vinícius ainda com o pé atrás.
— Sei lá, é isso que eu quero saber. — Ela olha para o final do corredor, onde fica a escada. — Vamos lá dar uma espiada?
— Isabela? Você querendo fazer isso?
Isabela dá de ombros.
— É por uma boa causa e se alguma coisa séria aconteceu com o Thiago?
— Eles não viriam pessoalmente contar, ligariam — simplifica Vinícius.
— Se você não quer saber, eu quero — Isabela retruca com sua voz fina e caminha rumo à escada. — Mudou de ideia? — questiona vendo Vinícius ir atrás dela. O rapaz apenas dá de ombros.
Os dois caminham em passos leves até a escada e se esgueiram para chegar ao topo sem serem vistos.
Isabela paralisa no alto da escada ao enxergar quem está na sala junto com sua mãe, Mateus e Fernanda. Ela olha sobressaltada para o irmão, questionando em um sussurro:
— O que ele está fazendo aqui?
Ta perfeita o imagime, meu coração doi so de pensar que a mel e o Reinaldo estão cada vez mais próximos
ResponderExcluirObrigada! Fica assim não :)
ExcluirContinuuaa ♥
ResponderExcluirChorei na conversa do do Thi com os pais deles
ResponderExcluirA Mel nao pode ficar com o Reinaldo,a Iza tem que fazer alguma coisa pra nao deixar .
Posta mais pf
O Thiago abriu o coração para os pais, não é? Será mesmo que a Isabela pode fazer alguma coisa pra impedir a união da mãe com o Reinaldo?
ExcluirSério que o próximo capítulo é apenas terça?
ResponderExcluirO que será que vai acontecer, e o imagine continua cada vez mais misterioso e maravilhoso kkkkkkk
Necessito de outro capítulo urgente!!!
Fala sério o Lorenzo deixou de assistir o filme comigo para ler o imagine q nem cena dele tem :(
Muito triste, obrigada Lorenzo! Hahaha
Thaynara kkkkkk
A terça-feira chegou! \o/ kkkkk
ExcluirObrigada pelo elogio ;)
O Lorenzo te decepcionou, Thaynara? Poxa vida! kkkkkk
Re, como vc pode escrever tão bem???
ResponderExcluirEstou morrendo de dó da Grazi e do Thiago.
Eu sei que muitos podem ser contra, mas eu gosto do Reinaldo... Acho que sou a única kkkk.
Só sei que seu imagine esta cada vez melhor!
Quero ChaMel de volta!!
ResponderExcluirAmeiii! Achei ótimo o Thiago ter falado aquilo pros pais dele.Acho q ele precisava desabafar um pouco. A cada dia q passa eu gosto mais do Douglas cara...
ResponderExcluirAssim, eu gosto muito do Chay e da Mel junto e tal,mas eu acho q a Mel já tá totalmente em outra,e eu acho q seria legal se a Isabela parece de frescura(Ui,q pesado) e apoiasse mais a mãe véi!! A vida é dela,quem decide é ela! Ponto e acabou!hahaha
Cara,assim,eu gosto da Marina e tals... mas a Yas ACABOU com ela véééiii!hahaha (Acho q não gosto muito da Mari por causa de eu "Shippar" a Yas e o Vini juntos...sei lá.
Minha relação com a Marina é de amor e ódio!Hahaha!Uma montanha russa TOTAL! hahaha