Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 275: Vinícius surpreende Marina com pedido de casamento


Micael olha por sobre o ombro para Sophia e pergunta:
   — Você não guardou o meu celular na sua bolsa? 
O rosto de sua esposa ilumina-se.
   — Verdade! Eu guardei. — Eles sorriem um para o outro e não percebem o suspiro de alívio de sua filha. A loirinha olha de relance para Felipe, que permanece fitando com naturalidade os pais. 
   — Podemos entrar agora? — chama Sophia quando Micael retorna para perto deles.
   — Podemos — ri o cantor.
Felipe coloca as mãos nos ombros de Yasmin e guia a irmã para dentro da mansão junto com os seus pais. Escondido entre os arbustos, Victor ri baixinho da reação da namorada.

As ruas do condomínio estão desertas e bem iluminadas. A única pessoa que transita por elas é Thiago e ao contrário do meio ao redor dele, seu íntimo está agitado e borbulhante. Seus pensamentos são tão intensos e rápidos que chegam a deixá-lo tonto. 
   Uma mistura de imagens e vozes preenchem sua cabeça, entre elas uma recordação de uma ocasião com Douglas e outros amigos seus:
   Diversos moradores de casarões de um bairro luxuoso da cidade conseguem ouvir vozes alteradas e gargalhadas elevadas, mas nenhum deles sai à rua para ver o que se passa. Em um grupo consideravelmente grande, Thiago caminha em direção a um casarão que eles sabem que está abandonado. Chegando lá, Douglas e Mike escancaram os portões de ferro e eles entram rindo. 
   Nas mãos de Thiago estão uma garrafa de cerveja e um cigarro aceso, ao qual ele dá uma tragada de minuto em minuto. Uma das garotas do grupo, Cíntia, chuta um vaso de cerâmica e este cai e quebra no chão, provocando um baque surdo e mais gargalhadas. Thiago passa a mão pela cintura dela e diz em seu ouvido:
   — Não seja tão descuidada, mocinha. 
Cíntia ri e fica de frente para ele.
   — Se você me segurar, eu não vou quebrar mais nada. — Eles riem e dão um beijo intenso. Douglas pula sobre os dois, interrompendo a carícia.
   — Deixem para continuar lá dentro, é mais confortável. — O trio ri e Thiago puxa a garota para dentro do casarão, onde eles terminam o que começaram do lado de fora.
   Thiago para ao lado de um poste, no condomínio, e respira fundo na tentativa de clarear sua mente. O rosto sorridente de Graziele surge na sua cabeça com diversas frases que ela já disse para ele. [...] é bom você ter saído dessa história toda. Sua respiração volta a ficar acelerada. Eu também te amo muito! Ele obriga suas pernas a voltarem a andar e aos poucos regressa para casa. As palavras ditas por Graziele continuam zunindo em seus ouvidos. [...] a gente só quer o seu bem.
   Imagens de outras situações que ele já passou voltam a aparecer por trás de seus olhos e a voz de Graziele continuam preenchendo os seus ouvidos: 
   Thiago e Fabrício fumam e conversam no estúdio de tatuagem do segundo. Pode contar comigo para qualquer coisa, tá? Ele e Douglas riem demasiadamente enquanto assistem Mike fingir assaltar um frentista. Você é muito importante para mim. Na companhia de três garotas, Thiago e Douglas andam de carro em alta velocidade por uma rua e param bruscamente quando furam um sinal e quase batem em outro veículo, eles se olham e começam a rir. Você vai se controlar. Thiago bebe uma garrafa de vodka sozinho no estúdio de tatuagem de Fabrício, sem pensar em nada. Confio no seu potencial e sei que você vai sair dessa. Ele dá cambalhotas na areia de uma praia sem tirar o cigarro dos lábios, quando para olha para os amigos e ri. Um dia de cada vez. Sozinho, Thiago fuma na sacada do seu quarto, aproveitando que os pais não estão em casa. Eu sempre estarei aqui. Thiago e uma garota transam no banheiro do estúdio de Fabrício. O que interessa pra mim é o seu bem estar. Em uma piscina, Thiago fita o céu através dos óculos escuros, fumando um cigarro distraidamente. Se cuida. 
   Uma lembrança mais forte interrompe a voz de Graziele. 
   Depois de ter ficado por quase uma hora olhando para o teto, Thiago levanta da cama usando apenas sua cueca. Ele cobre o corpo despido de Graziele e fica olhando para ela por alguns segundos. Com a garganta apertada, afasta-se da cama e vai até a sacada. Ao olhar ao redor, recorda-se que era ali que ele costumava fumar seu cigarro.
   — É por essa razão que eu vou perder a garota mais importante da minha vida. — Seus olhos lacrimejam e ele sente o coração ficar apertado. — Por que tudo tem que ser tão difícil? — se pergunta passando as mãos pelo rosto. — A culpa disso tudo é minha. Minha! Por causa dos meus atos a minha família vai se voltar contra mim e a Grazi... Só Deus sabe o que a Grazi vai fazer. — As lágrimas escapam de seus olhos e ele olha para baixo. 
   Eu não quero que você se culpe por nada. Novamente a voz de Graziele ecoa em sua mente e disposto a afastar tudo de si, Thiago começa a correr pelas calçadas do condomínio, querendo mais do que nunca se abrigar no escuro de seu quarto.

Minutos depois, Yasmin termina sua rotina de produtos noturnos, já vestida com uma de suas camisolas favoritas, uma longa preta de cetim. Ela penteia os fios loiros, pensando longe. Assim que ouve o bater suave de sua porta, larga a escova sobre a penteadeira e caminha para fora do closet.
   — Até que enfim você conseguiu subir, né? — comenta, acreditando que é Victor.
   — Foi muito difícil subir — brinca Felipe sentado na cama dela.
   — Ah, é você. 
   — Sim, soy yo.
   — O pai e a mãe já foram dormir? — ela questiona sentando ao lado dele.
   — Acho que sim. Relaxa, que daqui a pouco o seu príncipe consegue subir.
Yasmin ri.
   — O príncipe está mais para sapo, né?
   — Se você diz. — Felipe sorri, dando de ombros. Em seguida, fica em pé e caminha até a porta. — Vou dormir, quero estar no décimo sono quando... você sabe.
A loirinha gargalha.
   — Nós não somos você e a Isabela, tá? 
   — Oi? — Felipe para com a mão na maçaneta.
   — Falei alguma coisa? — questiona Yasmin controlando a risada.
   — Nós somos bem discretos, ok?
   — Ah, são — ela responde em tom irônico.
   — Somos sim, a não ser que você fique com os ouvidos muitíssimos atentos.
Yasmin ri.
   — Claro, eu adoro ouvir o meu irmão com a minha melhor amiga.
   — Vai saber, né? — provoca Felipe rindo.
Ela alcança uma almofada e arremessa nele.
   — Vaza, Felipe. 
O moreno ri e abre a porta, dando de cara com Victor.
   — Ai, car*lho, que susto! — exclama o loiro.
   — Digo o mesmo, meu caro.
Eles riem e passam um pelo outro. 
   — Não fala muito, Victor — sussurra Yasmin para o namorado. — Era só o que faltava ouvirem sua voz.
   — Sim, senhora. — Ele olha para Felipe. — Vai ficar parado aí?
   — Definitivamente não. — O filho homem de Sophia e Micael sai rapidamente e Victor fecha a porta.
   — Agora somos apenas nós dois — ele fala em tom baixo para a namorada, que permanece sentada no centro da cama.

A lua ilumina o torso de Thiago, que está sentado à beira da piscina de sua casa. Assim que chegou, suado e ofegante, ele se encaminhou diretamente para os fundos, sem sequer entrar na mansão. Ele fita a água plácida, controlando os pensamentos. A maior loucura mental já passou, mas ele ainda tem que se esforçar bastante para não reviver nenhum momento e, principalmente, controlar a sede que faz sua garganta ficar apertada. Se fosse apenas uma sede qualquer, bastaria entrar na mansão e beber algo, porém Thiago consegue muito bem diferenciar esta sede. Seu consciente sabe que o que ele mais deseja ingerir nesse momento é alguma coisa que contenha álcool. Uma parte de seu cérebro entende que é crucial para o seu tratamento que ele mantenha distância de qualquer bebida alcoólica, além da nicotina. Contudo, uma parte que cresce progressivamente não compreende e fica lhe dizendo: Você nunca foi alcoólatra, você não tem problemas com a bebida. Você só exagerou e entrou em coma porque estava pilhado. Um gole não faria mal nenhum. Apenas um gole. Você consegue parar, se controlar. 
   O lado racional reprime a voz, mas ela volta a surgir de tempos em tempos. Esgotado, Thiago levanta e caminha para dentro da mansão. Todos os funcionários já foram para suas casas ou para os seus aposentos na mansão. Ele cruza o terreno e chega à sala, encontrando um bilhete dos pais.
   — Fomos a um jantar de negócios, voltaremos tarde. — Assim que termina de ler, ele confere as horas no relógio digital da estante: 4:17. Forçando as perna, sobe as escadas, lutando contra a sede. 
   Ao chegar em seu quarto, para diante da estante onde costumava esconder os maços de cigarro e fica pensativo. Minutos se passam e Thiago permanece exatamente onde está, sem mover nenhum músculo. Seu olhar vazio começa a esquentar e subitamente ele segura na lateral da estante e a joga contra o chão. Diversos livros, revistas, CDs e outros objetos espalham-se pelo tapete e outros quebram. Thiago segue em direção à cama e atira os travesseiros no chão e puxa o lençol antes de virar o colchão e jogá-lo para o lado. Ele também empurra os porta-retratos e livros das duas mesinhas de cabeceira, fazendo-os cair perto da estante. 
   Em seguida, ofegante, ele parte rumo à mesa de estudos e destrói tudo o que encontra pela frente, inclusive o seu notebook e um retrato seu com Graziele. Ele chuta e soca os móveis e quebra vários objetos ao tacá-los nas paredes. O rapaz só para quando quebra tudo no cômodo, mas nada é suficiente para controlar o que ele está sentindo e pensando. Cada vez mais desesperado por tranquilidade interna, ele caminha até o banheiro.

Yasmin sorri para Victor quando ele se aproxima da cama dela. O loiro engatinha até ela e dá um beijo em seus lábios.
   — Estava esperando por esse momento — admite sorrindo.
   — Chegou — Yasmin responde. 
Victor tira os sapatos e volta a ficar em pé para apagar a luz. O quarto mergulha na pseudo escuridão e eles deitam juntos na cama. Victor fica por sobre Yasmin e começa a distribuir beijos pelo rosto e colo dela, dando alguns selinhos e mordidas. Yasmin tira a camisa dele e joga no chão. Ela fica arrepiada ao sentir o toque das mãos firmes dele em sua coxa, erguendo sua camisola. Juntamente com o arrepio de prazer, vem um calafrio de medo.
   — Victor — chama com a cabeça apoiada no travesseiro.
   — Oi — ele responde beijando o queixo dela. Ela olha para o teto enegrecido e se lembra de que eles têm muitíssima intimidade um com o outro para dizer:
   — Eu... eu estou um pouco receosa. 
Demora um tempo para Victor recordar-se do significado da palavra, mas assim que ele o faz, seu corpo relaxa sobre o de Yamin e ela sente uma baforada de ar quente com cheiro de menta, que sai quando ele ri. 
   — Receosa pelo o quê, Yas? — indaga passando a ponta dos dedos pelo rosto dela, descendo até o pescoço e tronco. A carícia provoca uma agitação interna em Yasmin, mas ela se mantêm firme.
   — Essa... essa é a segunda vez que a gente transa. 
   — Faz amor — corrige Victor dando um beijo demorado no pescoço dela. 
A loirinha ri e vira a cabeça na direção da boca dele. Eles se beijam demoradamente, Yasmin fazendo carinho na nuca dele, até a loirinha para e continua a conversa:
   — Eu estou com medo de dar alguma coisa errada.
   — A primeira vez não foi boa? 
   — Acho que foi.
Victor fica desapontado.
   — Acha?
Ela sorri e beija o canto da boca dele.
   — É que a primeira vez para a mulher é mais complicada fisiologicamente falando do que para o homem, mas apesar de tudo foi ótimo. 
O loiro não entende muito o raciocínio dela, mas diz:
   — Então por que você está tensa? Quanto mais a gente fizer, melhor vai ficar. 
Ela ri.
   — Eu sei, mas... é complicado.
   — Não pensa muito. — Ele dá um beijo no queixo dela. — Apenas sinta. Não é bom, você e eu aqui?
   — É maravilhoso — confessa Yasmin.
   — Então curte, porque eu curto muito. — Victor vai descendo pelo corpo dela, tracejando uma linha de beijos. — Eu curto cada parte de você. 
Yasmin sorri e vai relaxando cada vez mais conforme Victor beija sua pele. 

Poucas horas depois, já com o Sol de sexta-feira brilhando no céu, Brian observa Marina preparar uma bolsa para levar à praia. 
   — Precisa mesmo de tudo isso? — ele questiona.
   — É bom precaver — responde a morena guardando um filtro solar. — Sem contar que todo mundo vai, então sempre tem um que esquece alguma coisa.
   — E você é a mãezona? — questiona o americano rindo.
   — Não — nega Marina de imediato. — Sou apenas solidária. 
Eles riem. Do lado de fora do quarto, Victor cruza o corredor até o próprio quarto com algumas marcas da noite anterior no corpo.

Alguns minutos depois, Isabela, Vinícius e Felipe chegam ao local em que combinaram com os demais na praia. 
   — Vai, abram o lençol — pede Isabela colocando as bolsas que trouxe na areia. Ainda sonolento, Felipe ajuda Vinícius a abrir o lençol e esticá-lo na areia. Em seguida, a garota senta sobre ele com as bolsas.
   — Não sei por que a gente veio tão cedo — comenta Felipe dando um bocejo.
   — A gente toma café da manhã de manhã — explica Isabela com obviedade. 
   — E por que a gente veio tomar café da manhã de manhã aqui? — questiona Felipe.
   — Porque eu tive a ideia e a maioria topou. 
   — Vocês meninas toparam — retruca o moreno.
   — Eu também topei — corrige Vinícius muito mais disposto do que ele.
   — Sim, meninas. — Ele ri.
   — Nossa, que engraçado ele está hoje — ironiza Vinícius com a irmã.
   — Normal — responde Isabela colocando alguns itens para o desejum sobre o lençol.

Não muito distante dali, em um restaurante à beira da orla, Maísa, Alexandre e Iago aguardam a chegada de Laís, Aline, Mayara e Daniela.
   — Uma pena o Danilo não poder vir — comenta Alexandre.
   — As vezes eu me pergunto se você deveria estar ficando com a Laís ou com o Danilo — Maísa brinca e ri com Iago.
   — Engraçadinha — devolve Alexandre e olha para Iago. — Por que o Lorenzo não vai vir? 
O garoto, que estava olhando para o cardápio, responde:
   — Ele está viajando.
   — Eu vi no Instagram — comenta Maísa. — Ele está no Rio Grande do Sul, né?
   — Sim, foi visitar a família.
   — Falando em Instagram — Alexandre começa —, sabem o que eu vi ontem?
Maísa responde:
   — Fotos.
   — Nossa, Maísa, guarda as suas piadas para mais tarde, no circo, ok? — Ele e Iago riem.
   — O que você viu? — pergunta o melhor amigo de Lorenzo.
   — Eu vi uma foto da Maísa e do Jonas em uma baladinha. 
A loira revira os olhos por causa do tom de desagrado na voz dele.
   — E daí?
   — E daí que eu queria saber o que está rolando entre vocês.
   — A gente está ficando, simples.
   — Não parece ser tão simples assim o que vocês têm — analisa Alexandre. — Vai, Maisinha, conta pra gente.
   — Contar o quê? — questiona a jovem enquanto Iago olha de um para o outro.
   — Como é o lance do Jonas com você. Sério, eu tenho curiosidade.
   — Fofoqueiro.
   — Nem sou, é porque é estranho ver o Jonas com alguém que não seja a Isabela, pensei que só ela fosse inocente o suficiente para namorar com ele.
   — Eu não sou inocente demais — devolve Maísa. 
   — Mas o Jonas está começando a querer te enrolar como fazia com ela.
   — Como você sabe? — indaga a loira espantada e Alexandre ri com ar de triunfo.
   — Eu não sabia, apenas joguei verde. Viu como mais dia ou menos dia esse garoto vai te fazer de trouxa igual fez com a Isabela? Ele é assim, Maísa!
   — Ele tem seus problemas.
   — Essa é a desculpa para enganar as garotas? 
   — Sabe o que eu acho? — Iago fala pela primeira vez sobre o assunto. 
   — Fala — pede Maísa cansada de ouvir Alexandre.
   — O Jonas deve ter algum problema de relacionamento, por isso ele trata as meninas com quem se envolve assim. Não é que ele queira fazê-las de idiota ou algo assim, ele só não se importa o suficiente para não fazer. Dá pra entender?
   — Buguei — responde Alexandre rindo.
   — Eu entendi — Maísa fala em tom pensativo. — Você está querendo dizer que o Jonas não liga para as meninas que ele se relaciona porque ele não se envolve de verdade com elas.
   — Exatamente. Mas isso não quer dizer que ele sempre vai ser assim, quando ele encontrar uma garota que ele realmente goste, vai mudar. — Ele dá um leve sorriso. — Essa garota pode ser você, Maísa.
   — Não coloca caraminholas na cabeça dela, Iago — pede Alexandre e eles voltam a rir.

Após acordar e tomar um banho, Graziele desce para tomar café da manhã ainda com os fios molhados. Pelo silêncio na casa, deduz que os pais não chegaram. A confirmação vem quando vê a vaga do carro de Henrique vazia na garagem. Ela retorna para dentro da mansão e se encontra com a animal de estimação da família, o cachorro Phil.
   — Oi, bebê — sorri pegando-o no colo. — Vamos tomar café? Hoje seremos só eu e você, para lembrar os velhos tempos. — Ela ri e segue para a sala de jantar com ele ainda nos braços.

Logo que todos se reúnem na praia, eles começam a comer o que Isabela e Yasmin trouxeram. A loirinha e Brian não participam da conversa, pois estão mexendo em seus respectivos celulares, ela no Instagram e ele conversando com Jaqueline no Whatsapp. O detalhe não passa despercebido por Isabela, que pede:
   — Vamos colocar os nossos celulares aqui dentro? 
Marina olha para a bolsinha na mão dela.
   — Por quê?
   — Pra gente poder aproveitar a presença do outro, conversar — ela responde olhando diretamente para Yasmin.
   — Credo, estava apenas respondendo alguns comentários. — Ela bloqueia a tela e coloca o celular dentro da bolsinha como os outros.
   — Guarda lá — pede Marina dando um cutucão em Brian. 
   — Ah, desculpa — ele fala entregando o celular para Isabela.
   — Imagina — responde ela —, faz parte da nossa geração essa conexão excessiva. Mas a gente pode ir contra isso pelo menos por um momento.
   — A gente pode continuar comendo? — questiona Victor olhando para uma empadinha.

Graziele caminha em passos lentos até a sala depois de se alimentar. Ela senta no sofá com preguiça e coça os olhos, pensando em algo para fazer. Seu olhar cai sobre o telefone na mesinha de centro e ela resolve verificar se há algum recado. Entre mensagens de amigos de seu mãe e familiares de seu pai, destaca-se a voz de Fernanda, que diz em tom assustado:
   — Larissa? Sou eu, Fernanda. — Há uma pausa e Graziele ouve a ex-sogra fungar. — Nós estamos no hospital, Larissa! — Ela começa a chorar. — O Thiago... a empregada encontrou ele caído no banheiro cheios de hematomas e cortes. O vidro do box estava destruído e todo o quarto foi revirado, as coisas estão todas quebradas. Eu não sei o que aconteceu, Larissa, estou tão preocupada! Eu temo pela...
Graziele larga o telefone, incapaz de ouvir mais uma palavra sequer de Fernanda. Ela escorrega do sofá e se agacha no chão, encaixando a cabeça entre os joelhos com as mãos nos ouvidos.
   — De novo não! De novo não, de novo não — repete com os olhos cheios de lágrimas.

De mãos dadas, Vinícius e Marina caminham pela orla da praia. Eles conversam sobre assuntos aleatórios até que Marina para de repente e caminha até um canteiro com flores brancas.
   — Olha que lindas! — exclama pegando algumas flores que estão caídas ao redor. Ela as prende com um elástico de cabelo e comenta: — Parece um buquê, né? 
Diante da frase dela, Vinícius tem uma ideia.
   — Quer casar comigo? 
Marina olha assustada para ele.
   — Oi? 
   — Quer casar comigo? — ele repete com a voz mais firme. 


Comentários

  1. To preocupada com o Tiago, acho q a Grazi e ele tem q voltar logo. Continua logo pfv

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    Respostas
    1. Está sendo bastante difícil o tratamento do Thiago, né? Embora exista sentimento, será que o casal ainda tem volta?

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  2. OMG 😱😱😱
    Eu li o título desse capítulo duzentas vezes!!!
    Yasvic cada vez mais perfeito!!!
    Tadinho do Thiago e da Grazi!
    Concordo com o que o Iago disse sobre o Jonas.
    Re, não acredito nesse pedido. Como pode???
    Preciso da continuação!!

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  3. Uau! Renata que capítulo maravilhoso tadinho do Thiago :(
    Que retardado o Vinicius kkkkkkkkk

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