Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 264 (Parte 2): Yasmin e Victor conversam e se acertam


Após ter almoçado com a melhor amiga e a mãe dela, Malu descansa na sala com elas. Graziele zapeia canais de televisão enquanto Larissa lê alguns contratos no iPad. A morena brinca violentamente com Phil, o cachorrinho da família, e ri. Graziele para em um canal de compras e olha para a amiga.
   — Não vai machucar ele.
Malu ergue a cabeça para fitar a amiga e recebe algumas mordidinhas do cão nos dedos.
   — Ele está gostando, Grazi.
A ruiva olha para o cachorro e vê que Malu está correta, mesmo assim pondera:
   — Eu sei, mas ele é velhinho.
   — É mesmo — concorda Larissa abaixando o instrumento tecnológico. — Eu ganhei ele do Henrique antes mesmo de você nascer, Grazi.
   — Para um cachorro é muita coisa! — exclama Malu. — Mas como um idoso, ele precisa se exercitar para não ficar sedentário e cheio de doenças. — Ela volta a brincar com Phil e Larissa sorri. Graziele revira os olhos sorrindo e volta a analisar os programas de televisão, parando em um jornal.

Respirando fundo, Samuel para logo atrás de Jonas na areia da praia. 
   — Jonas? 
O rapaz olha por sobre o ombro e suas pupilas dilatam-se.
   — O que você está fazendo aqui? — questiona ficando em pé de maneira defensiva. 
   — Eu vim falar com você.
   — Como assim? Como você soube que eu estaria aqui? 
   — Isso não interessa, o que eu...
   — Interessa sim! — retorque Jonas. — Como você soube? 
   — Jonas, fica calmo — pede Samuel com receio.
   — Eu estou calmo e ficaria ainda mais se você fosse embora. A propósito, eu estou esperando uma pessoa.
   — Ela não virá — Samuel conta baixinho.
   — Como assim ela não virá? O que você... Espera aí, isso foi uma armadilha? 
   — Eu precisava falar com você e se eu marcasse você não viria.
Jonas bufa.
   — Eu não acredito que a Maísa fez isso.
   — Ela não tem culpa de nada, eu convenci ela.
   — Eu conheço a Maísa, ela não é facilmente convencida. — Ele agacha e pega o seu par de tênis. — Vocês podem ter combinado o que for, mas eu não sou obrigado a ficar aqui.
Jonas tenta se afastar, mas Samuel segura no braço dele.
   — A gente precisa conversar.
   — Eu não tenho nada pra falar com você! — retorque Jonas com fúria.
   — Eu já estou sabendo de tudo.
O rosto de Jonas perde totalmente a cor e ele pergunta com a voz fraca:
   — Do que você está falando?
Samuel solta o braço do ex-amigo, sabendo que não é o seu aperto que fará o rapaz ficar, e sim suas palavras.
   — Eu estou sabendo sobre a sua mãe. 

Victor responde com raiva:
   — Eu não briguei com o seu pai! — Ele dá meia volta e caminha para dentro da mansão, sendo seguido por Yasmin, que ri.
   — Não, não brigou — ela ironiza. — Só deixou ele furioso!
O loiro para abruptamente e vira para ela, ficando com o nariz a um palmo do dela.
   — Furioso estou eu agora. Quem você pensa que é para bater na minha cara?
   — Eu estava tentando fazer o sangue circular pra sua cabeça, pra vê se você volta a pensar, porque eu acho que você perdeu essa capacidade. 
Ele revira os olhos e para perto do sofá.
   — Patético, Yasmin.
   — O meu pai está querendo a sua morte lenta e dolorosa, sabia? Ou melhor dizendo, ele quer que eu termine com você.
De braços cruzados, Victor pergunta:
   — E você vai fazer isso?
   — Óbvio que não — responde a loirinha como se aquela tivesse sido a pergunta mais sem nexo dos últimos tempos. — Mas a gente precisa fazer alguma coisa pra limpar a sua barra lá em casa.
   — Daí você resolveu me bater? — ele rebate massageando a bochecha que ainda arde.
   — Ai, para de drama, foi só um tapinha.
   — Só um tapinha? Deixa eu dar um tapinha desses em você pra ver se não dói.
   — Você não faria isso.
   — Não faria mesmo — concorda Victor sentando em uma poltrona. 
Ela caminha até ele e senta no braço da poltrona.
   — Mas falando sério, por que você foi fazer aquilo? 
   — Eu não fiz de propósito, de verdade, nem pensei na hora que falei. 
   — Foi o que eu imaginei. Você não seria burro o suficiente para dizer aquelas coisas tendo consciência do que estava falando. 
   — Eu disse para o Micael que não está querendo conversar. 
   — Ele está muito bravo!
   — Muito mesmo?
   — Muito mesmo — confirma Yasmin. — Se antes era só a minha mãe que achava que a gente deveria terminar, agora são os dois. 
   — Eu sempre soube que não seria o genro ideal. 
Yasmin escorre para o colo dele.
   — Mas é o que tem pra hoje! Eles vão ter que aceitar. 
   — É o que tem pra hoje? — repete o loiro sorrindo. 
   — Cala a boca. — Yasmin morde o lábio dele e Victor dá um selinho nela.

Os pelos da nuca de Graziele ficam eriçados quando vê uma imagem na tela da jornal.
   — Na última sexta-feira foi realizada uma busca no estúdio de tatuagem do jovem empresário Fabrício Correa na zona Sul do capital carioca — comenta a jornalista sobre a imagem do estúdio de tatuagem em questão. — A polícia procurava por provas que indicassem a relação dele com o tráfico de drogas na região de elite do Rio de Janeiro. — Em seguida aparece uma foto de Fabrício e Graziele quase cai do sofá.
   — Meu Deus do céu! — exclama aturdida. A reação dela chama a atenção de Larissa e Malu. 
   — O que foi, filha? 
Analisando a foto de Fabrício, um rapaz jovem, bonito e rico, Malu começa a ter ideia de quem ele é e o que representa para Graziele e, principalmente, para Thiago. 

Jonas está ainda mais pálido ao perguntar:
   — O que você quer dizer com isso?
Samuel suspira.
   — Eu estou sabendo que sua mãe está com câncer. — Diante do silêncio de perplexidade do outro, ele prossegue: — É por isso que eu estou aqui. Eu quero conversar com você, te ouvir. Eu sei que esse momento não deve estar sendo fácil pra vocês e eu também me preocupo, afinal eu gosto muito da tia Diana. 
   — Eu não me importo com a sua preocupação, muito menos com você. 
   — Jonas, não precisa ser assim. Você não precisa agir dessa forma, eu só estou querendo...
   — Me ajudar? Obrigado, mas eu não quero nem preciso da sua ajuda — retorque o rapaz brutalmente. 
   — Eu só estou querendo ter dar apoio — Samuel continua com calma como se não tivesse escutado ele. — Vamos esquecer o que houve. Eu já estou bem com a Malu, você já está bem com a Maísa, não tem por que a gente continuar se estranhando.
   — A Maísa era "apenas" a garota que eu estava afim, você era o meu parceiro, meu melhor amigo. Se você se acertou com a babaca da Maria Luíza não me interessa, e eu achei que tivesse me acertado com a Maísa, mas pelo visto estava enganado.
   — Ela só está pensando no seu bem — retorque Samuel. — Você pode não ter reparado, mas a Maísa está muito preocupada com você. 
   — Tão preocupada que resolveu armar essa palhaçada com você.
   — Isso não é palhaçada! Jonas, eu estou querendo acertar as coisas entre nós.
   — Pra mim está tudo muito certo do jeito que está. Eu não preciso da sua ajuda, do seu apoio, de nada que venha de você, entendeu? — Ele dá um passo para se distanciar, mas para. — Aliás, aproveita que você está bem próximo da Maísa e diz pra ela ficar bem longe de mim, ok?
   — Não, Jonas, espera! — pede Samuel assustado. — A Maísa só quis te ver bem!
   — Ela não deveria ter contado nada da minha mãe pra ninguém, ainda mais pra você.
   — Ela só estava preocupada.
   — Ela traiu a minha confiança. Mais uma vez. 
Samuel tem que morder a língua para não rebater dizendo que em razão de traição é Jonas quem é o especialista, devido ao que teve com Isabela.
   — Não afasta ainda mais as pessoas que gostam de você — diz no lugar.
   — Eu não preciso dos seus conselhos! — Jonas gira e sai caminhando em passos apressados. 
Samuel balança a cabeça, achando que foi muito pior do que ele imaginava. Ele tira o celular do bolso e disca o número de Maísa.
   — Oi! Como foi? — indaga a loira ao responder.
O rapaz suspira e diz:
   — Desculpa, Maísa, mas deu ruim.

Graziele recupera a voz e diz:
   — Nada, mãe. Eu pensei que eu conhecia esse tal de Fabrício, mas foi só impressão. 
Larissa sorri e fica em pé.
   — Acho bom ter sido só impressão mesmo. Eu, hein, o cara é traficante.
   — Ninguém tem certeza ainda — rebate a ruiva em um tom excessivamente defensivo, o que faz Larissa fica em alerta.
   — Mas eles não estão fazendo uma busca à toa, Graziele — diz a empresária com os olhos semicerrados. 
Graziele percebe que seu comportamento está deixando sua mãe desconfiada, por isso relaxa no sofá e dá de ombros.
   — É verdade, quando começam a procurar assim é porque têm quase certeza.
   — É. — Larissa encaminha-se para o corredor. — Vou buscar um suco, querem alguma coisa?
   — Não, obrigada — respondem as duas. 
Logo que fica sozinha com a amiga, Malu coloca em palavras o seu questionamento mental:
   — Esse Fabrício é amigo do Thiago, né? Você realmente conhece esse.
   — É, é sim — responde Graziele com pressa enquanto alcança seu celular na mesinha de centro. — Mas ele é mais amigo ainda do Douglas, que vive nesse estúdio. — Ela coloca o celular próximo ao ouvido. — É bom eu ver se está tudo bem com ele. 
Malu assente e fica encarando Graziele enquanto esta fala com Douglas.
   — Oi, Douglas! Eu vi uma reportagem falando que a polícia foi no estúdio do Fabrício, está tudo bem? Douglas, para de brincar, responde logo! Aham, sei. Ufa, que alívio! Cala a boca. — Ela ri. — Tchau!
   — E aí? — pergunta Malu.
   — Deu tudo certo. O Douglas nem tava lá na hora e o lance dessa investigação não vai dar em nada.
   — Como ele pode ter certeza?
   — Eu não entendi muito bem, só sei que o Fabrício tem uns conhecidos dentro da polícia que vão dar um jeito na situação.
Malu endireita-se no sofá.
   — Grazi, você tem noção do que acabou de acontecer?
   — Como assim?
   — Você ficou toda encanada quando viu a reportagem. — Ela dá de ombros. — Sei lá, só achei que esse Douglas tivesse menos importância na sua vida do que ele realmente tem. 

As rasteirinhas de Yasmin passam pela porta principal da mansão de seus pais. A jovem boceja, desejando tirar um cochilo antes do jantar. 
   — Oi, Yasmin! — Micael surpreende ela ao surgir no hall de entrada.
   — Oi, pai. 
Ele tira as chaves do bolso da calça jeans e passa por ela, mas não sai da casa.
   — Como foi a conversa com o Victor?
   — Boa — Yasmin responde hesitante. 
   — Boa? O que você quer dizer com "Boa"?
   — Eu quero dizer que eu e o Victor estamos bem. 
   — Yasmin...
   — Pai, eu gosto do Victor, ele me faz bem, nós não vamos terminar só porque vocês querem. Desculpa, mas vocês vão ter que aceitar a minha decisão. — Ela respira fundo e fica observando o pai com atenção. 


Comentários

  1. Perfeito, como todos os capítulos são!

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  2. Vc vai ser escritora ne? Serei a primeira a comprar seu livro!!!! Haha Capítulo perfeeeeeeito, como sempre ♡☆

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Faz tanto tempo que não tem uma cena da Nat e do Lucas 😟.
    Quero mais cenas da Ane e do Be, o Be podia sentir um pouco de ciúmes também!
    Saudades da Luiza e do Daniel... e do Matheus e da Fernanda!
    Grazi e Thiago, saudades deles também!
    Saudades de todos ❤❤❤❤
    Amo seu imagine!

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