Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 260: Aparição em coquetel deixa Chay e Mel perplexos

   — Boa noite! — cumprimenta Chay falando ao microfone. — Boa noite a todos. Hoje é uma noite muito especial para mim e para todos aqueles que trabalham comigo. Essa noite, eu tenho a honra de exibir pela primeira vez o documentário sobre a minha carreira! — Os presentes aplaudem e ele aguarda o silêncio com um sorriso no rosto para prosseguir: — Foi extremamente prazeroso gravar esse registro e rememorar situações engraçadas e outras nem tanto desses anos solos. Um agradecimento especial aos meus parceiros nesse momento, a toda a equipe de gravação e edição e aqueles que ajudaram esse projeto a sair do papel. Gostaria também de pedir desculpas aos meus filhos — ele busca Isabela e Vinícius na multidão —, pois estive um pouco ausente enquanto gravava às escondidas o documentário. Vocês sabem que eu faço isso por vocês. — Ele abre mais um sorriso conquistador e completa: — Pois bem, vamos parar de enrolação e partir para o teatro aqui ao lado para que vocês possam assistir ao melhor documentário do ano.
Chay gargalha e desce do palco.

Em meio aos convidados do evento, Malu caminha rumo ao teatro, mas a mão de Samuel fecha-se em seu braço com firmeza. 
   — O documentário estará logo logo disponível no Netflix — ele diz no ouvido dela —, vamos fazer algo mais interessante.
A garota busca o olhar dele e enxerga toda a malícia por trás dos seus olhos negros. 
   — Vamos! — ela aceita e pega no pulso dele, arrastando-o para o banheiro mais próximo. Como todos foram assistir ao documentário de Chay, o espaço está vazio. Malu tranca a porta assim que eles passam e olha para Samuel, que está apoiado na pia com os olhos cravados nela. 
   A morena sorri e caminha até ele. Os braços de Samuel circundam a cintura dela e a trazem para perto de si. 
   — Você está linda hoje.
   — Obrigada, meu futuro namorado.
Ele fica surpreso e ri.
   — Futuro namorado?
   — É, porque ainda não é o momento certo para me pedir em namoro. — Os dois gargalham e Samuel morde o queixo dela. 
   — Eu não consigo acreditar no que a gente está tendo. 
Malu pensa sobre o que ele disse e assente. 
   — É bizarro mesmo, porque desde que a gente se conhece a gente se implica. 
Ele sorri e gira Malu, erguendo o corpo dela para que ela fique sentada no tampo da pia. 
   — Eu gostava de odiar você — ele diz. 
   — E agora você odeia gostar de mim? 
Samuel ri.
   — Exatamente. 
Eles riem e começam a se beijar. Os beijos intensificam-se e Malu puxa com força o cachecol do pescoço dele enquanto Samuel tira o casaco de pele dela. 

Os olhos de todos os presentes no teatro estão fixos na tela em que é projetado o documentário de Chay. A primeira cena a passar é um vídeo amador de Chay compondo em um quarto de hotel, a mesma cena que foi usada como divulgação. No entanto, dessa vez há um foco no caderninho que está no colo dele, em que estão escritas as palavras que formam a música mais famosa do seu novo álbum.    
   — Cansado, Chay? — pergunta uma voz.

O cantor ergue o olhar acima da lente da câmera, fitando a pessoa.

   — Sim. — Ele balança suavemente a cabeça enquanto passa a mão no cabelo bagunçado e sorri. Em seguida fita diretamente a câmera e completa: — Mas faria tudo de novo. 

A tela fica preta por dois segundos e em seguida surge a empresária de Chay, dizendo:

   — Essa turnê está sendo uma das maiores da carreira do Chay. Muita gente está envolvida nesse projeto e foi uma delas que comentou que tudo aquilo deveria estar sendo gravado. — Ela sorri. — Foi ali o início de tudo. 

O próximo corte é de Chay, sentado em uma cadeira na sacada de um quarto de hotel. 

   — Foi muito complicado o fim da banda — diz olhando para o mar abaixo. — Só que eu não poderia abandonar os palcos nem os meus fãs. Hoje em dia, olhando onde eu cheguei e tudo o que eu construí, tenho certeza que tomei a decisão certa. 

A empresária de Chay aparece na sacada, chamando ele:

   — Vamos?

Chay sorri e levanta, olhando para a câmera com entusiasmo.

   — Estamos indo para o estúdio. — Ele entra no quarto e a câmera acompanha ele. — Hoje será o primeiro dia de gravação do álbum! Estou tão animado!

A próxima imagem mostra o cantor entrando na cabine do estúdio com uma música do CD de fundo. Ele conversa com os produtores, acerta os últimos detalhes nos instrumentos, checa o retorno e começa a cantar. Sua voz une-se com a música de fundo e na sequência Chay surge em um palco apresentando a mesma música para milhares de fãs. 

   Ele sai do palco secando o rosto em uma toalha branca e diz sorridente:

   — Foi incrível!

   — Incrível — o produtor do álbum diz. — Essa é a palavra que define o conteúdo que o Chay nos mandou no comecinho do CD. Cada letra, cada melodia, tudo era muito harmonioso e completo. — Ele sorri, sentado em uma cadeira giratória no centro de um estúdio musical. — Lembro que me arrepiei quando ouvi pela primeira vez o álbum completo. Sinceramente, acho que esse foi o trabalho mais sincero e profundo que o Chay já fez. 

O poster do documentário surge na tela com a melodia do primeiro sucesso solo de Chay tocando ao fundo. A imagem desaparece aos poucos, dando espaço a outras de Chay criança. O narrador do documentário fala pela primeira vez:

   — Roobertchay Domingues da Rocha Filho é um cantor carioca que explodiu com a banda Rebeldes. Contudo, sua veia musical pulsava desde pequeno.

Um vídeo amador aparece e Chay toca guitarra com seu pai. Quando acaba, ele dá lugar a uma sequência de fotos do cantor, mostrando o crescimento dele.

   — Em sua adolescência, Chay montou uma banda com seus amigos Mel Fronckowiak, Lua Blanco, Sophia Abrahão, Arthur Aguiar e Micael Borges: a banda Rebeldes. O sexteto, formado por três casais, surgiu sem nenhuma ambição, mas conquistou toda a América Latina e alguns países europeus, chegando também a fazer shows na Ásia e nos Estados Unidos. 

Várias fotos de capas de revistas que os seis fizeram acompanham a fala do narrador. 

   — Infelizmente, após anos de sucesso, o grupo anunciou que a banda chegaria ao fim, pois Arthur Aguiar e Lua Blanco mudariam-se para os Estados Unidos. A notícia causou desespero nas centenas de milhares de fãs, que acompanharam o sucesso avassalador dos Rebeldes. Apesar do término da banda, os quatro integrantes que permaneceram no Brasil continuaram a brilhar nos caminhos que seguiram. — Uma foto do lançamento da grife MelPhia surge na tela seguida por outra do primeiro show solo de Micael. — Chay Suede passou a subir aos palcos sozinho, mas o seu talento e carisma preenchia a ausência dos cinco ao seu lado. Não demorou muito e o cantor criou mais um império, agora com o seu trabalho solo.

Um vídeo de Chay recebendo um prêmio internacional começa a passar e ele agradece em inglês:

   — Muito obrigado a todos aqueles que estiveram ao meu lado por toda a minha carreira! Todos vocês contribuíram para que, de alguma forma, eu estivesse aqui essa noite. Obrigado!

   — Além da sua voz, Chay compartilhou com o país outros talentos — acrescenta o narrador. 

O depoimento de Chay na sacada antes de ir ao estúdio volta a aparecer.

   — Eu me recordo do primeiro contrato que eu assinei que não era musical. — Ele sorri. — Foi uma parceria com uma marca de roupas para lançar uma linha com o meu nome. Lembro que na época saíram boatos de que a Mel teria ficado muito brava por eu ter assinado com uma outra marca que não fosse a MelPhia, na verdade ela esteve presente em todo o processo criativo da linha, mais do que eu até. — Uma gargalhada escapa de seus lábios. 

"A marca Chay Suede não parou com apenas uma linha de vestuário" diz o narrador.

   — Chay? Chay? — chama uma jornalista enquanto o cantor sorri para fotógrafos em uma espécie de tapete vermelho. Ele olha para ela e se aproxima educadamente. — Boa noite, Chay!

   — Grande noite — ele sorri. 

   — Sim, grande noite para você. Como é lançar o seu primeiro perfume? 

Chay olha para ela e responde com um sorriso no rosto.

   — A sensação é igual ao aroma da minha fragrância, enebriante. 

Imagens do dia do lançamento do perfume de Chay passam em série.

   — Mesmo com todo o sucesso, Chay nunca perdeu o foco em seu principal objetivo: escrever e cantar músicas — o narrador fala antes de mais uma parte da entrevista com Chay na sacada ser exibida. 

   — Eu amo compor! Até mais do que cantor, acho. Através das minhas composições eu me expresso. Tudo é inspiração e tudo pode se tornar música e eu não estou me referindo apenas a coisas bacanas e bonitas. Não, a inspiração pode estar em qualquer lugar e em qualquer pessoa. Desde os meus filhos ao catador de latinhas na rua, tudo e todos que me rodeiam servem de inspiração. Isso é a parte interessante de compor, você sente e se deixa ser sentido para que depois transforme aquilo em palavras, melodias. É como se fosse uma terapia, uma mágica terapia!

   O documentário é exibido, contando partes da carreira de Chay entrelaçadas com depoimentos dele e de sua equipe. Ao final, todos aplaudem ensurdecidamente. 

   Isabela está com os olhos marejados e busca o olhar de Felipe. 

   — Estou chocada!

Felipe sorri e dá um abraço apertado na namorada.

   — O seu pai arrasou, hein?

   — Muito!

Extasiados pelo documentário, os convidados retornam para o coquetel e Chay passa a ser cumprimentado por todos. 

Também surpresos e animados pelo documentário, Marina e Vinícius caminham de mãos dadas até o bar para tomarem uma taça de champanhe. Enquanto eles conversam um colunista amigo de Chay aproxima-se deles.

   — Boa noite — cumprimenta sorridente. 

O casal olha para ele e Vinícius reconhece o homem de imediato ao contrário de Marina que sorri apenas por educação. 

   — Boa noite — respondem. 

   — Sou Rogério Antonielle, prazer. 

   — O prazer é nosso — Vinícius diz com gentileza. 

   — Posso bater um papo com vocês?

   — Sim — responde Marina bebericando seu champanhe. 

Rogério puxa uma banqueta para perto do casal e se senta com eles. 

   — O que vocês acharam do documentário? 

   — Eu sou meio suspeito para falar, né? — brinca Vinícius e eles riem. — Eu achei incrível! Não tenho palavras para descrever o quão maravilhoso foi para mim.

   — Antes de começar, o Chay pediu desculpas a você e a Isabela por ter ficado distante para gravar o documentário, quer dizer que vocês não sabiam de nada? 

   — Não sabíamos — nega Vinícius prontamente. — Foi uma grande surpresa para a gente quando ficamos sabendo do documentário — ele sorri. 

Rogério assente, sorrindo também, e olha para Marina.

   — E você, Mari? Posso te chamar assim?

Ela sorri.

   — Pode.

   — Então, como foi para você ver o documentário?

   — Foi impressionante! Mesmo sendo filha de quem sou e genra...

   — Nora — Vinícius corrige carinhosamente e eles riem.

   — Nora — conserta Marina e Rogério comenta:

   — Ainda está se acostumando com o português, né Mari?

   — Sim! — ela confirma e prossegue seu raciocínio: — Então, mesmo sendo nora do Chay eu não conhecia a carreira dele por completo. Eu fiquei impressionada com a quantidade de coisas que ele já fez e agora compreendo por que ele tem tantos fãs e fiéis seguidores. Ele é um artista como não há igual!

   — Nem o seu pai? — provoca Rogério sorrindo. 

Marina ri.

   — O meu pai está em outra categoria. 

   — Boa! — Ele olha para os dedos unidos deles sobre o balcão e acrescenta: — Vocês fazem um casal muito bonito.

   — Obrigado — agradecem os dois ao mesmo tempo. 

   — Imagina, só fui sincero. — Rogério pula de sua banqueta. — Foi um prazer conversar com vocês. Muito obrigado pela oportunidade!

   — O prazer foi nosso — responde Marina simpática. — Até mais!

   — Até mais! — responde Rogério afastando-se deles. 

Vinícius olha com espanto para Marina.

   — É você mesma? 

   — Oi? — ela se surpreende. 

   — Você foi tão simpática com o Rogério que eu fiquei em dúvida se era você que estava ao meu lado.

Marina ri e dá um tapa no braço dele.

   — Seu bobo! 

Assim como os demais presentes, Graziele e Thiago conversam sobre o documentário de Chay quando um garçom aborda eles. 

   — Champanhe? — oferece. 

A primeira reação de Graziele é aceitar a bebida, mas quando se recorda da situação de Thiago, que está resolutamente proibido de ingerir qualquer coisa que tenha álcool em sua composição, muda de ideia. 

   — Não, obrigada — diz e o homem olha para Thiago. O rapaz fita intensamente as taças, deixando Graziele apreensiva e o garçom confuso, em seguida pisca os olhos rapidamente e imita a ruiva:

   — Não, obrigado. 

Sua ex-namorada nem disfarça ao suspirar de alívio quando o funcionário toma distância. 

   — Você achou que eu ia aceitar, né? — comenta ele.

   — Eu? Claro que não! — exclama Graziele de forma exagerada e Thiago ri.

   — Você é uma péssima mentirosa. 

Graziele evita o olhar de Thiago ao responder:

   — É que você ainda está no começo do tratamento, então eu fico com medo que você tenha alguma recaída. — Ele volta a encará-lo. — Mas fiquei orgulhosa de você agora. 

Thiago sorri e fala sem constrangimento:

   — Eu estou me esforçando para melhorar. Não somente por mim, mas para recuperar tudo aquilo que eu perdi. 

Graziele entende o significado por trás das palavras dele e desvia o olhar sem saber o que dizer. Ela avista Malu e Samuel dançando — embora não haja música — a alguns metros e acena para eles.

   — Malu!

A garota para de se mexer e vira em sua direção. Ela sorri para a amiga e puxa Samuel até eles.

   — E aí? 

   — Vocês estavam dançando sem música? — indaga Thiago com curiosidade. 

   — A vida é assim — brinca Malu dando uma piscadela para ele. O quarteto ri e Graziele comenta:

   — Eu não lembro de ter visto vocês durante a exibição do documentário. 

   — Sério? — Malu finge estar surpresa. 

   — A gente estava lá — mente Samuel. 

Graziele percebe que o cabelo de sua melhor amiga está um tanto quanto bagunçado e ao olhar para Samuel vê por entre seu cachecol que seu pescoço tem marcas demasiadamente vermelhas. 

   — Sei — ela diz sorrindo. 

Com uma taça de champanhe nas mãos, Yasmin caminha suavemente pelo coquetel indo de encontro a Victor, que também caminha em sua direção. Eles dão um leve sorriso e param um de frente para o outro. 

   — Documentário bacana — opina ele. 

   — Também achei. 

Eles ficam em silêncio e Yasmin beberica seu champanhe. Os segundos passam e o silêncio começa a ficar constrangedor. 

   — Parece que a temperatura está caindo ainda mais, né? — ela comenta apenas para quebrar o momento incômodo. 

   — Nem percebi — responde Victor com simplicidade.

   — Você já está acostumado com o frio — Yasmin ri de maneira forçada e ele dá um leve sorriso. Ela volta a beber e se pergunta mentalmente como foi que eles chegaram a esse ponto de completo embaraçamento, pois já passaram horas juntos apenas absorvendo a tranquilidade que o silêncio traz. Uma imagem surgem em sua cabeça e ela se recorda de que geralmente eles se tocavam sutilmente enquanto suas bocas mantinham-se fechadas. 

   Como se o seu pensamento tivesse poder instantâneo, Yasmin sente a mão de Victor tocar no cós de sua calça, deslizando lentamente pelo tecido rosa pastel. Ele pega a ponta do laço de corda e ameaça desfazê-lo, porém Yasmin cobre a mão dele com a sua.

   — Não! Vai estragar meu look. 

O rapaz sorri levemente mais uma vez, contudo agora é sincero. Ele ergue a mão e acaricia o rosto dela, que fecha os olhos.

   — Por que você veio de chapéu? — ele indaga e Yasmin espanta-se, abrindo os olhos repentinamente. 

   — Faz parte da composição do look.

Victor ri e não fala nada.

   — Por que você veio de gravata borboleta? — ela rebate. 

   — Eu poderia dizer que faz parte da composição do look — eles riem —, mas foi sugestão da Marina. 

   — Ah! Por isso está tão feio. 

   — Você acha? 

   — Não, mas é praticamente contratual que eu tenho que implicar com a Marina. 

Eles riem e quando menos esperam estão aos beijos. 

O olhar de Sophia analisa ao redor e encontra algo que desperta o seu interesse. Uma mulher magra com o cabelo castanho acobreado conversa com outra pessoa. Seu rosto fino e olhos marcantes deixam uma impressão familiar na loira.

   — Um doce para o meu doce — Micael fala no ouvido dela esticando um beijinho de leite ninho em sua frente. Sophia olha para o marido.

   — Oi?

   — Trouxe um doce para você.

Ela pega o beijinho e sorri para ele, porém seus olhos voltam-se na direção em que a mulher esbelta estava, porém ela não se encontra mais lá. 

   — Oi, gente!

Felipe e Isabela olham para trás ao ouvirem uma voz conhecida. 

   — Iago! — ela exclama e se joga nos braços dele. A forma como ela reage deixa Felipe um pouco incomodado. — O que você está fazendo aqui? — indaga Isabela soltando o jovem, que recebe um cumprimento de cabeça de Felipe.

   — O mesmo que você — responde Iago olhando novamente para Isabela, que ri.

   — Eu sei que é por causa do documentário do meu pai, mas não sabia que os seus pais eram próximos do meu. 

   — Não são! — responde Iago rindo. — Bom, não que eu saiba. Eu não vim com os meus pais — ele conta diante da expressão curiosa de Isabela —, a minha tia que me trouxe. 

   — Ah! — exclama Isabela compreendendo. 

   

Não muito distante deles, Mel conversa com o ex-marido.

   — O seu documentário ficou brilhante, Chay!

   — Não falso? 

   — Hã? 

   — Falso brilhante — ele sorri fazendo referencia a uma de suas músicas. 

Mel gargalha.

   — Bobo!

   — Fiquei impressionada com o sucesso do seu documentário — diz alguém por trás deles. Ambos ficam paralisados, Chay chocado por ouvir depois de tantos anos a voz que ele adorou ouvir por um período de sua vida e Mel por lembrar do timbre da pessoa que a causou tantas dores de cabeça. 

Os olhos azuis de Sophia acham novamente a mulher que ela acredita conhecer e quando vê com quem ela está atualmente, as peças encaixam em sua cabeça.

   — É ela! — exclama pegando com força no braço de Micael. 

   — É ela quem? — indaga seu esposo com confusão.

   — Olha quem está ali! — indaga a loira em estado de perplexidade. 

   — Falando nela — diz Iago —, olha ela ali! 

Isabela e Felipe olham na direção em que o garoto aponta e enxergam uma mulher magra juntamente com os pais dela. 

   — Vamos lá para eu apresentar ela para vocês — chama Iago caminhando até o trio. Vendo que eles estão em silêncio, ele não se importa de dizer ao se aproximar: — Com licença! Tia Júlia, essa é a Isabela Fronckowiak e o Felipe Borges. 

Mel e Chay ficam duplamente chocados. 

   — Tia? — ele questiona com a voz rouca. 

Felipe, que apenas observava a todos, pergunta para o ex-casal.

   — Vocês se conhecem? 

Mel, Chay e Júlia trocam um olhar demorado e é Mel quem responde:

   — Nós somos antigos conhecidos. 

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