Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 240: Acidente ocorre em iate e Yasmin e Victor temem reação dos pais dela


   — Você tem mesmo que ir? — Chay pergunta parado à porta de frente para Mel.
   — Tenho e você sabe disso — responde Mel dando um abraço nele. — Se você me contasse mais um pouco da surpresa, eu até ficaria.
   — Olha a chantagem — observa o cantor e eles riem. — É sério, eu não posso falar.
   — Sendo assim, eu estou indo.
Chay puxa Mel e dá mais um abraço nela.
   — Obrigada pela magnífica noite. 
Ela sorri e dá um beijo na bochecha dele.
   — De nada. Só que você já sabe, né? Não é pra contar disso pra absolutamente ninguém.
   — Pode deixar. 
   — E quando a gente se encontrar de novo — continua Mel com a voz vacilante, escolhendo cada palavra —, finja que essa noite não aconteceu. Nada mudou. 
   — Já entendi isso também — garante Chay com pouca paciência, irritado pelas coisas não serem do jeito dele, por ele e Mel não poderem ficar juntos. 
   — Então tchau — despede-se Mel dando um outro beijo nele. 
   — Tchau!
Chay faz um último carinho na mão dela e ela se afasta, indo para o elevador. 

Como ignorou os telefonemas dele durante os primeiros minutos de seu dia, Malu decidiu ir até a casa de Samuel, conversar com ele pessoalmente. Usando shorts jeans, blusa preta e um bota de cano curto da mesma cor, ela desce do carro de seu pai.
   — Preciso mandar alguém te buscar? — pergunta Lucas.
   — Não precisa, não. Eu pego um táxi ou vou para algum lugar com o Samuel. De táxi — acrescenta ao ver o olhar questionador do pai. 
   — Ok. Até mais tarde então! — Ele dá um beijo na testa da filha e Malu toca o interfone. Minutos depois, Samuel surge para abrir o portão. 
   — Não esperava te ver aqui. 
   — Aqui estou — Malu dá um leve sorriso. Eles ficam trocando olhares por alguns segundos. — Você não vai me convidar pra entrar? 
Samuel abre o portão e dá espaço para Malu entrar. 
   — Pensei que você não quisesse falar comigo — diz o rapaz caminhando com ela para o interior do casarão —, já que não atendeu as minhas ligações. 
   — É, eu não queria falar na hora, mas agora estou aqui. 
Samuel abre a porta principal e eles entram. Os dois ficam espantados ao verem a mãe e a avó materna dele sentadas no sofá da sala. 
   — Vocês não tinham saído? — indaga Samuel aproximando-se do centro da sala com Malu.
   — Já voltamos! — sorri Ruth e olha para Malu. — Oi, Malu. Que bom te ver!
Malu retribui o sorriso.
   — Bom ver você também. 
   — Então você é a famosa Malu — diz a avó de Samuel levantando-se do sofá. Ela puxa a morena para um abraço. — Ouvi falar de você. Muito!
A morena sorri, um pouco sem graça devido a sua atual situação com o rapaz. 
   — Eu também ouvi falar muito da senhora. Só coisas boas! — diz evitando olhar para Samuel. 
   — Até que enfim o Samuel encontrou alguém especial para ele. — A senhora faz um carinho no rosto do neto, que sorri sem expressar muita emoção. — Vocês dois fazem um casal muito bonito. — Ela empurra Malu para perto de Samuel. — Não é, Ruth? 
A mãe de Samuel sorri e confirma com a cabeça. Nem Samuel nem Malu toca no outro e dão um sorriso amarelado, porém nenhuma das mulheres notam o clima entre eles. 
   — Quando você vai pedir ela oficialmente em namoro, meu querido? — questiona a avó dele. 
   — Tudo no seu tempo, vó — responde o rapaz sorrindo levemente. 
   — Olha lá, hein? Não deixa esse tesouro escapar. 
Malu ri. 
   — Obrigada. 
Ruth fica mais séria e fala:
   — Eu fiquei sabendo que você conhece o outro filho do Elias. 
Toda a leveza e diversão do rosto de Malu desaparece. 
   — Conheço — fala tão séria quanto Ruth. 
   — O Samuel não me disse direito como vocês se conheceram, mas como isso foi acontecer? — indaga a mulher com curiosidade. 
   — Nós nos conhecemos e nos tornamos amigos — ela se restringe a dizer apenas isso. — Eu não fazia ideia de que ele era filho do Elias. 
   — Que mundo pequeno! — exclama Ruth. — Agora que vocês já sabem a verdade, continuam se relacionando? 
Malu não compreende o sentindo de se relacionar.
   — Oi? 
   — Você disse que vocês se tornaram amigos — lembra Ruth olhando intensamente para ela.
   — Ah! — exclama a morena. — Sim, a gente continua se falando. O Ben é um garoto incrível! — No instante em que vê a expressão de Ruth, Malu arrepende-se de ter dado a sua opinião sobre Ben. A desaprovação e amargura é evidente no rosto da mãe de Samuel. 
   — Hum. 
   — O que passou, passou — interrompe a avó de Samuel. — O que importa é estarmos todos aqui, bem.
   — É, mas eu não quero esse garoto frequentando nossa casa. 
Samuel, que até então esteve imóvel ao lado de Malu, diz:
   — A gente já conversou sobre isso, mãe. 
   — Eu sei, mas é sempre bom lembrar. 
   — O Ben também não faz questão de se relacionar com o Elias nem com vocês — diz Malu ficando irritada. 
   — Isso é tudo o que eu queria ouvir — fala Ruth sentando no sofá. 
Samuel coloca uma mão nas costas de Malu, assustando ela.
   — Vamos subir — ele diz. 
   — Ok. — Malu sorri para a avó dele. — Foi um prazer conhecer a senhora. 
   — O prazer foi meu, querida. 
Os dois jovens sobem as escadas e a idosa olha duramente para a filha.
   — Precisava falar assim com ela, Ruth? A menina não tem nada a ver com essa história.
   — Eu não tive a intensão de ser grossa — diz Ruth. — Só queria deixar claro que não há nada que ela faça que vá aproximar o meu filho desse moleque. 
   — Em momento algum ela disse que quer aproximá-los.
   — Ela é amiga desse moleque, mãe. Sem contar que sempre que eu falo dela e dele, o Samuel fica incomodado. Com certeza, ela já passou um papo nele, mas não conseguiu nada. E nem vai conseguir!
   — Esse garoto não pediu para ser filho do Elias, minha filha. E você se esqueceu de que a mãe dele nem sabia que o Elias era casado. O único culpado nessa história toda é o seu ex-marido.
   — Eu sei, mas só porque ele não teve culpa de nada, eu vou ser obrigada a conviver com o fruto de uma traição do meu marido? Não, mãe. Isso não!
   — Eu só acho que você não deve interferir na decisão do Samuel. Ele tem que decidir sozinho se quer ou não conhecer o meio-irmão.
   — Eu já deixei bem clara a minha opinião — diz Ruth cruzando os braços. 
Samuel fecha a porta de seu quarto e Malu cruza as pernas ao sentar na cama dele.
   — Desculpa se eu fui grossa com a sua mãe — ela diz antes que ele fale alguma coisa.
   — Tudo bem, a minha mãe não foi muito simpática ao falar dele. 
   — É, eu fiquei um pouco incomodada por causa do jeito que ela falou, porque você e o Ben são os que menos têm culpa nisso tudo. Ele não pediu para ser filho do Elias!
   — Eu sei, mas é aquilo que eu te disse — fala Samuel sentando ao lado dela —, ela vê o Ben como a personificação dos erros do Elias. É difícil para ela.
   — Eu posso imaginar, mas... enfim, eu não quero ficar falando mal da sua mãe. 
   — Muito menos eu quero ouvir você falando mal dela. 
   — Então, eu não quero que o clima fique esquisito entre a gente por causa de ontem. 
   — Eu quero te pedir desculpas por causa do jeito que eu falei — diz Samuel. — Eu fiquei irritado e não pensei no que estava dizendo. 
   — Acho que nós dois nos exaltamos. 
   — Sim. 
Malu arrasta-se para mais perto dele na cama.
   — Eu deixei que a bebida falasse por mim, não deveria ter insistido tanto pra você ir. Eu dei pouca importância pro seu problema com o Ben. Desculpa por isso. 
   — Já está tudo bem — garante Samuel, pegando na mão dela. — Está tudo bem, né? 
Malu dá um leve sorriso.
   — Sim, está. 
Os dois aproximam-se ainda mais e se beijam. 
   — Como foi o show ontem? — indaga Samuel apenas por educação, pois não tem mínima vontade de saber.
   — Foi legal — Malu responde vendo os motivos dele. — Mas não vamos ficar falando de ontem, eu quero só viver o presente. — Ela termina de falar, coloca uma mão na nuca dele e dá um beijo em seus lábios.

De mãos dadas, Isabela e Felipe chegam a uma praia. 
   — Calor, Sol, praia, Isabela — ele diz —, tem combinação melhor? 
A morena ri. 
   — Para um garoto chamado Felipe acho que não. 
   — Exatamente! — Felipe abre o guarda-Sol no lugar escolhido por eles e Isabela estende um tecido na areia para eles sentarem, porém ela é a única que realiza essa ação, já que Felipe permanece em pé e tira a camisa. — Eu vou mergulhar, você me acompanha? 
   — Agora não — diz a garota. 
Felipe agacha e dá um selinho nela. 
   — Daqui a pouco venho te buscar.
Isabela ri e dá um selinho nele. O rapaz corre em direção ao mar e Isabela deita na areia, fitando as pessoas ao redor. 

Gotas de água escorrem pelo corpo de Yasmin, que está coberto por um maiô preto decotado. Parada na extremidade da proa, ela observa o iate cortando a água. Seu olhar está parado e ela está tão concentrada, que se assusta ao sentir Victor abraçá-la por trás. 
   — Ai que susto!
Ele ri e beija a nuca dela. Yasmin entrelaça os seus dedos nos dele e abre os braços, imitando a posição dos protagonistas do filme Titanic. Eles sorriem e Yasmin vira a cabeça para dar um beijo nele, porém desequilibra-se e solta as mãos de Victor para se segurar na grade. O loiro coloca as mãos na cintura dela para lhe dar equilíbrio e sorri.
   — Nem pense em cair daqui. 
Yasmin ri e vira de frente para ele.
   — A gente tenta ser romântico e dá nisso. — Ela mordisca o queixo dele. — Talvez seja por que nós não nascemos para ser Titanic, e sim YasVic. 
Um sorriso surge no rosto de Victor.
   — YasVic?
   — Yasmin e Victor!
Eles gargalham e o rapaz rouba um beijo dela. Os dois ficam trocando beijos e carícias por alguns minutos, até que o gêmeo de Marina, diz:
   — Você sai com cada uma. 

Após nadar alguns minutos, Felipe prepara-se para sair do mar. Ele olha na direção de Isabela ainda dentro d'água e toma um susto ao ver um grande cão da raça Bull Terrier correndo rumo ao guarda-sol em que a morena está. Sem pensar duas vezes, ele sai do mar às pressas. A distância do mar até Isabela é bem maior do que a do cachorro até ela e a velocidade de Felipe e a do cão também são bem diferentes. 
   O rapaz engasga com o ar ao ver o cão chegar ao guarda-sol e fica em estado de choque ao ver que ele apenas para ao lado de Isabela. A adolescente, que se sobressaltou com a chegada do animal, senta no tecido e fala algumas palavras para ele antes de começar a acariciar sua cabeça. 
   — O que é isso? — indaga Felipe parado sob o Sol na areia. — Doutor Dolittle Seis? 
Ele começa a caminhar lentamente, receando a reação do cachorro a sua chegada, porém curioso pelo fato dele não ter atacado Isabela como demonstrou fazer. No entanto, os seus passos são interrompidos ao ver Jonas aproximar-se do guarda-sol. O adolescente se agacha ao lado de Isabela e para a perplexidade de Felipe, os dois começam a conversar com naturalidade. 

   — Já volto! — diz Yasmin tirando as mãos de Victor de seu corpo. — Vou pegar um suco.
   — Ok. 
Victor morde a orelha dela, Yasmin ri e se afasta. O rapaz fica olhando para o horizonte, navegando em seus pensamentos assim como o iate navega no mar. O som de vidro rompendo-se e um grito quebram o silêncio da embarcação. Os pelos da nuca de Victor ficam eriçados e ele corre para dentro do iate. 

   — O que está acontecendo aqui? — Felipe pergunta ao se aproximar de Isabela, Jonas e o cachorro sob o guarda-sol. O cão late para Felipe e Isabela segura em sua coleira, censurando-o:
   — Mike!
   — Você conhece esse cachorro?
   — Claro — Jonas responde por Isabela. — Acho que a minha namorada conheceria o meu cachorro, né? 
O moreno liga os pontos: o fato do cachorro ter corrido para Isabela, a jovem ter acariciado e censurado ele, Jonas chegando instantes depois perto deles, o cachorro não ter latido para Jonas, mas para ele sim. Todos os sinais são bem claros e nítidos:
   — Esse cachorro é seu — conclui Felipe.
   — É óbvio. — Jonas vira a cabeça na direção de Isabela e acrescenta: — O Mike conhece a Isabela tão bem quanto eu. 
A frase e o olhar intenso que ele lança para ela, faz com que Isabela recorde-se de toda a intimidade que eles costumavam ter um com o outro. Ela desvia o olhar do dele para fitar o namorado por uma fração de segundos antes de voltar a encará-lo.
   — É melhor você ir embora, Jonas. 
   — Ah, mas eu acabei de chegar.
   — Quanto menos tempo você ficar perto da Isabela melhor — diz Felipe com os dentes cerrados. 
   — Você se esqueceu de que eu já passei bastante tempo perto dela? — indaga Jonas ficando em pé. — E nós fazíamos coisas que você não pode nem imaginar. 
Isabela lembra das diversas vezes que ficou sozinha com Jonas, dos beijos e abraços calorosos que eles trocavam, e sente o rosto aquecer. 
   — Pois é — fala Felipe , como você mesmo disse, você já passou bastante tempo perto dela. Tempo demais!
   — Eu não sei, não acho isso. O que você acha, Isabela? 
A morena tem outra recordação: o dia em que Jonas terminou com ela e, principalmente, o buraco que ele deixou em seu peito. Ela levanta, segurando a coleira de Mike, e diz para o ex-namorado:
   — Eu nunca achei que o Felipe estivesse tão certo. 
Jonas encara ela por alguns segundos, em seguida sorri, pega o coleira de seu cachorro e sai caminhando pela praia. Felipe e Isabela se olham.
   — Eu não gostei nada disso — fala Felipe sentando no pano. 

Victor chega à cozinha do iate e vê Yasmin encostada na pia com a mão esquerda ensanguentada. 
   — Yasmin! — ele corre até ela. — O que aconteceu? 
   — Eu quebrei o copo sem querer e me cortei — conta a loirinha assustada. Só então Victor se dá conta de que caminhou descalço até ela e por sorte não cortou o próprio pé nos cacos. 
   — É melhor lavar isso. — Ele posiciona a mão de Yasmin embaixo da torneira e joga água no ferimento. O rosto da garota contorce-se em uma expressão de dor. — Está doendo muito? — indaga Victor vendo o sangue ser levado pela água.
   — Um pouco — responde Yasmin com a voz baixa. O rapaz alcança um pano e envolve a mão dela no tecido. Um funcionário chega rapidamente perto deles e indaga:
   — O que aconteceu? 
   — Ela cortou a mão — conta Victor e abre um pouco o pano para o homem ver o machucado. — O que a gente faz? 
   — Como nós já estamos retornando para o porto, é melhor levá-la direto para o pronto-socorro.
    Pronto-socorro? — repete Yasmin com espanto.
   — Sim, pode ser que tenha sido apenas um corte, mas é melhor confirmar. 
Yasmin lança um olhar frustrado para Victor, dizendo:
   — O meu pai vai me matar. 
O loiro sacode a cabeça, tão sério quanto ela.
   — Não — discorda. — Ele vai me matar. 

Vestida com um macacão preto, Graziele rega as plantas do jardim de inverno que há em sua casa ouvindo em seus fones uma música do grupo Oriente. A empregada entra no espaço e cutuca a ruiva.
   — A senhorita tem visita.
   — Se for o Thiago, diz que eu...
   — Não é o Thiago — interrompe a funcionária.
Graziele surpreende-se.
   — Não? — Ao chegar na sala e ver quem está a sua espera, um leve sorriso aparece em seu rosto. — Douglas — fala olhando para o rapaz.
   — Em carne e osso. 
   — Mais osso do que carne, né? — ela diz olhando para o corpo dele, que é magro e repleto de tatuagens. — O que você veio fazer aqui? 
   — Vim visitar o Thiago.
   — Ele não mora nessa casa.
Douglas ri.
   — Não me diga? — Ele coça o pescoço. — Eu já visitei o Thiago, agora vim te buscar pra dar um rolé. 
   — Um rolé? Não, não estou a fim.
   — Ah, vamos lá, Grazi. O Thiago me contou as paradas, acho que você precisar esfriar a cabeça.
   — Qual é a sua ideia? 
   — Dirigir sem rumo, caminhar pela praia, o que acha?
A ruiva sorri levemente.
   — Até que não é uma má ideia. 

   — O que você queria que eu fizesse? — indaga Isabela. — O Mike não sabe nem entende tudo o que o Jonas já fez comigo. 
   — Mesmo assim, eu vi que vocês estavam conversando de boa antes de eu chegar.
   — Sim — Isabela concorda sem hesitar. — Era sobre o Mike.
   — Sobre o Mike? Eu nem lembrava que esse moleque tinha um cachorro. 
   — Não? A gente vivia caminhando com ele por aí. 
   — Ok — interrompe Felipe. — Prefiro não lembrar de quando vocês eram namorados.
Isabela sorri, achando a atitude de Felipe fofa.
   — Eu também não quero lembrar — ela diz sentindo a boca amarga das lembranças de Jonas. — O que me interessa é com quem eu estou agora. — Ela dá um beijo no canto da boca dele. — Com quem eu pretendo ficar pra sempre. 

A noite cai e Jaqueline entra em um cinema olhando para os lados. Ela identifica Brian na fila dos ingressos e caminha até ele, recebendo olhares tortos de alguns clientes que acham que ela quer furar fila. 
   — Me desculpa oela demora — diz parando ao lado do americano.
   — Oi! — Brian dá um selinho nela, — Não tem problema, eu estava indo comprar os nossos ingressos. 
   — Você ia comprar para mim? 
   — Claro, por quê?
Jaqueline sorri e dá de ombros, ignorando os olhares de algumas pessoas que estranham o fato de ambos estarem falando inglês.
   — Nada. Eu me atrasei por causa do meu irmão, ele queria porque queria vir comigo.
Brian ri.
   — Por que você não deixou?
   — Você queria mesmo aquele pestinha entre a gente? 
O americano passa um braço pela cintura dela.
   — Pensando bem, não.
Eles sorriem e dão um beijo. 

Depois de ter chegado da praia, Isabela preferiu ficar na casa do namorado esperando o retorno da melhor amiga para poder conversar pessoalmente com ela sobre a sua primeira vez. Está ela, Felipe, Sophia e Micael sentados na sala conversando sobre política e a educação do país. A porta é aberta e Yasmin e Victor entram seguidos por Ulisses, que carrega as malas da moça.
   Os quatro sorriem para eles e ficam em pé. 
   — Que bom que vocês voltaram! — exclama Sophia sorridente. Isabela também sorri para a amiga, mas percebe que alguma coisa nela está diferente. 
Os olhares de Sophia e Micael percorrem o corpo da filha e fixam-se em sua mão esquerda, que está enfaixada e imóvel ao lado de seu corpo. 
   — O que foi com a sua mão, filha? — Sophia pergunta com preocupação. A loirinha permanece quieta e Victor parece uma estátua ao seu lado. 
   — O que foi que aconteceu? — Micael insiste em saber e olha para o casal de forma indagadora. 

Pseudo-silêncio. Somente o bater das ondas na areia é captado por Marina. Ela presta atenção em sua respiração, inspirando pelo nariz e expirando lentamente pela boca. Seu corpo sente a sintonia com Vinícius, que também medita em sua frente, sentado em posição de lótus assim como ela. A mente da morena está vazia, liberta de todo e qualquer pensamento, livre de questionamentos, de afazeres, de lembranças, de absolutamente tudo. 
   Seu coração dispara repentinamente, os seus olhos arregalam-se e um grito abafado deixa os seus lábios.
   Vinícius abre os olhos com a movimentação abrupta e se espanta ao ver um homem com um braço em torno do pescoço de Marina. 
   — Um piu e eu atiro nela — ameaça o homem olhando intensamente para ele. Vinícius olha para a outra mão dele e percebe um volume muito semelhante a uma arma sob a camisa dele na altura da costela de Marina. A adolescente olha desesperadamente para o namorado, temendo pela sua vida. 


Comentários

  1. Aii Rê eu tou ficando chateada com a Mel

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  2. Que capítulo perfeito! O que será que o Micael vai fazer com o Victor??
    Felipe e Isa!!! Não estou tendo uma boa impressão só Douglas ficar atrás da Grazi.
    O que vai acontecer com a Marina???

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  3. Ai meu Deus o que é isso? Tomara que não aconteça nada de mal com a Mari!

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  4. Ai meu Deus,que cena foi essa da Isabela,Felipe e Jonas (Ops Mike também)...Será que o Mika vai "matar" o Victor...Achei fofa a cena da Yasmim falando "YasVic"...Então o que falar sobre SaMu nada né....Grazi e Dodô cada vez mais proximos huum...E esse final de Marina fiquei assutada

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  5. Gente,que capitulo foi esse? "Calor,Sol,praia,Isabela,tem combinação melhor?" BeLipe os melhores

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  6. Amei o capitulo, espero que não aconteça nada demais com a marina. Acho que vc podia fazer uma cena em que a isa fique com ciumes do felipe, ja faz tempo que não tem. Continua logo pfv

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  7. Cade a Luiza e o Daniel? Quero saber o que tá acontecendo com eles e o Augusto ( pai do Dan )

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  8. A mel complica tudo está dando espaço pro chay arrumar outra

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  9. Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

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