Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 243: Isabela e Vinícius ficam assustados ao saberem do acidente com a avó


   — Chay? Chay? — Anelise caminha por entre os carros do estacionamento de seu prédio indo em direção ao carro do esposo. — Até que enfim você atendeu! Onde estava o seu celular? 
   — Eu estava em uma reunião de negócios — justifica Chay. — Aconteceu alguma coisa? 
   — A mãe sofreu um acidente em casa.
   — Como? 
   — Eu não tenho muitas notícias, eu e o Bernardo estamos indo para o hospital agora. 
   — Meu Deus! Como isso foi acontecer? 
   — Eu não sei, Chay! Eu não sei!
Enquanto abre a porta do carro para ela, Bernardo pede:
   — Fica calma, amor. 
Anelise olha de relance para ele e entra no veículo. 
   — Qual é o hospital que ela está? 
A jornalista passa o endereço para o irmão e eles desligam. 
   — Amor? — Ela olha para Bernardo com os olhos com lágrimas. — Você acha que foi grave? 
Bernardo, que está saindo com o carro da garagem, dá de ombros.
   — Não sei, Ane. 
   — Você é médico! 
Ele dá um leve sorriso e entra na rua, pisando com força no acelerador. 
   — Eu não sei como é o estado clínico dela, Ane. Eu não posso dar uma opinião. 
Anelise coloca os pés no banco e esconde o rosto entre os joelhos.
   — Ai, mãe! 

Vinícius está parado à porta da sala de jantar com uma mão na cintura de Marina. O casal está com os olhos pregados em Isabela e Victor, que soltam as mãos lentamente. 
   — Então, gente — Marina pressiona os dois. 
   — Eu estou jantando com a Isa, algum problema? — indaga Victor.
   — Mas você não acabou de chegar de viagem? 
   — Cheguei. 
   — Pensei que você fosse estar com a Yas, não com a minha irmã — diz Vinícius sem a intenção de ser grosseiro. 
   — Acontece que o Micael pediu para gente ir embora — conta Isabela e os dois recém chegados franzem a testa.
   — Como assim? — Vinícius pergunta. Os dois contam sobre o ocorrido na mansão dos Abrahão Borges.
   — Que coisa louca! — exclama Marina. 
   — Louca mesmo — Vinícius concorda.
   — Vocês vão se juntar à gente? — Isabela convida.
Marina assente e Vinícius dá um beijo na bochecha dela, dizendo:
   — Vou preparar uma coisinha especial para gente. 
   — O jantar está pronto — Isabela interrompe.
   — Eu sei, mas eu quero fazer uma coisinha pra Marina comer. 
   — Não precisa, Vini — diz Marina passando a mão pelos cachos dele.
   — Eu faço questão. — Eles sorriem e dão um selinho. — Rapidinho eu faço. Já volto!
Vinícius vai para a cozinha enquanto Marina senta à mesa com o irmão e a cunhada. 
   — Por que vocês estavam de mãos dadas?
   — A gente estava conversando — Victor responde.
   — E pra conversar precisa ficar de mãos dadas? 
   — Eu estava elogiando a Isa, a gente falava do Jonas — Victor explica. — Mas isso não é da sua conta, né irmãzinha? 
Marina dá um tapa na coxa dele.
   — Vai se ferrar! 

Após Nícolas dormir, Luíza e Daniel recolhem-se em seu quarto. Ela prende o cabelo em um coque e lava o rosto enquanto Daniel troca de roupa. 
   — Você está bem, Luíza? — pergunta o arquiteto. 
   — Estou. — Ela responde e sai do banheiro com o rosto vermelho. 
   — Não disse que foi apenas uma sensação? 
Luíza dá um leve sorriso e senta na cama diante dele.
   — Eu estou tentando acreditar nisso. 
   — Acredite. — Ele passa a mão pelo rosto dela. — Vamos dormir agora? 
   — Vamos! Amanhã a minha equipe vai visitar um manicômio público e eu preciso estar descansada. — Luíza deita na cama e se cobre com o cobertor. 
   — Tenho uma reunião importante também — conta Daniel enquanto se deita ao lado dela. 
   — Os dois dias serão agitados. — Ela se aconchega no peito dele e esconde o rosto em seu pescoço.
   — Dorme bem, meu amor. — Daniel dá um beijo no cabelo dela e fecha os olhos.

O corpo de Jaqueline está apoiado em uma parede da área externa do shopping, no estacionamento. As mãos de Brian acariciam as costas e os braços dela enquanto sua boca fica inebriada com o sabor do beijo de Jaqueline. 
   Os seus corpos estão unidos em todos os pontos e se movem no mesmo ritmo. Jaqueline está relaxada com a cabeça encostada na parede e uma de suas mãos faz carinho no cabelo de Brian enquanto eles se beijam. O casal trocam carícias durante o beijo aproveitando do fato de estarem sozinhos na região. Quando os carinhos começam a ficar mais quentes e ousados, Jaqueline coloca uma mão no peito do americano e afasta ele.
   — É melhor nós irmos embora — diz ofegante. 
   — Você quer mesmo isso? — Brian pergunta com rapidez em um sussurro baixo próximo à clavícula dela. 
   — O quê? — Jaqueline mal ouve o que ele diz e por isso não consegue traduzir a frase em pensamento. 
   — Você quer mesmo isso? — Ele indaga olhando nos olhos dela. Mesmo estando tentada a dizer não, Jaqueline assente:
   — Quero. Já está ficando tarde. 
   — Eu pensei que você não tivesse horário para chegar em casa.
   — Não tenho, mas eu acho melhor a gente ir. 
   — Por? 
Jaqueline sorri e dá um selinho nele.
   — É melhor a gente ir antes que eu perca a cabeça e faça coisas que me arrependerei. 
   — Você acha que vai se arrepender? — ele pergunta dando beijos no ombro dela.
   — No momento sim. 
   — É? 
Jaqueline empurra um pouco Brian para poder olhar no rosto dele.
   — A gente está se conhecendo agora, Brian. 
   — Eu sei, mas é que eu estou apenas de férias aqui. — Ele dá um selinho nela. — Tenho medo de não aproveitar o suficiente do Brasil, da cidade, dos meus novos amigos, de você. 
   — A gente pode aproveitar cada minuto dessas férias se você quiser. 
   — Eu quero muito. — O americano volta a beijá-la e Jaqueline retribui com fervor. Minutos depois, a loira afasta o quarterback. 
   — Vamos embora! — Ela pega na mão dele e arrasta ele até o ponto de táxi.

   — Já volto! — diz Marina levantando da mesa. Ela sai da sala de jantar, deixando Isabela e Victor sozinhos mais uma vez. Depois de cruzar um corredor, entra na cozinha que está vazia, exceto por Vinícius. Os braços dela percorrem o peito dele em um abraço por trás. — Você estava demorando — sussurra no ouvido dele. 
   — Nem tanto — Vinícius responde pegando na mão dela e virando de frente pra ela.
   — Foi muito tempo para mim — Marina diz com a voz ainda baixa. 
   — Estou fazendo a nossa comida.
A ex-líder de torcida olha as panelas borbulhando no fogão.
   — Você leva jeito pra isso.
Vinícius ri.
   — Eu nunca cozinhei, agora que estou me arriscando mais. É relaxante. 
Marina passa a mão pelo rosto dele, sorrindo.
   — Espero que você se arrisque mais vezes, porque eu adoro a sua comida. Na verdade, adoro tudo o que você faz. 
Eles trocam um olhar carinhoso e dão um beijo, porém Vinícius interrompe o afeto dando uma leve empurrada na namorada.
   — É melhor você ficar longe.
Marina ri.
   — Por quê?
   — Lembra o que aconteceu da última vez que nós ficamos juntos enquanto eu cozinhava? 
   — A única vez, você quer dizer, né? — Marina ri recordando de quando eles estavam na cozinha, se beijaram e tocaram fogo em um pano de louça. 
   — Sim, porque a madame não pisa na cozinha.
Marina sorri.
   — Eu piso, sim.
   — Só pra pegar água ou comida.
   — É uma pisada de qualquer forma.
Vinícius ri e puxa a namorada para mais um beijo. Eles se beijam por alguns segundos, mas dessa vez Marina é quem se afasta.
   — Cuidado! Não podemos tocar fogo em nada. 
   — Só em nós mesmos.
Eles sorriem e dão um selinho. 

Chay entra no hospital correndo, desesperado. Ele começa a procurar pela irmã e fica um pouco menos nervoso ao vê-la caminhando de um lado para o outro em um corredor.
   — Ane! — diz ao se aproximar.
   — Chay! — Anelise joga-se nos braços do irmão e Bernardo, sentado em uma cadeira, ergue a cabeça para visualizar o recém-chegado.
   — Vocês já têm notícias da mãe? — indaga o cantor.
   — Sim, ela está em observação.
   — Isso quer dizer que ela está bem?
   — Está — confirma Anelise e Chay solta um suspiro de alívio.
   — O que ela teve? 
   — Ela caiu na cozinha e machucou um braço e o quadril. 
   — Mas não foi nada grave, né?
   — Não. O pai resolveu trazer ela porque ela estava com muitas dores e também por causa da idade, né? 
   — E cadê ele? — indaga Chay olhando em volta.
   — Está no banheiro. 
Chay respira fundo e senta ao lado de Bernardo.
   — O estado dela realmente não é grave, né? — indaga ao médico apenas para se certificar.
   — Não, ela só precisa descansar que vai se recuperar. — Bernardo acompanha Anelise, que volta a andar. — Eu disse para ela sentar um pouco, relaxar, mas nada. 
   — Mãe é mãe, né? 
Bernardo assente e apoia a cabeça na parede, fechando os olhos.
   — Amor? — chama Anelise parando na frente dele.
   — Hum? — Bernardo abre os olhos.
   — Agora que o Chay chegou, você quer ir para casa? Eu sei que o seu dia foi difícil e cansativo, é melhor você descansar. 
   — Não, eu vou ficar com você. 
   — Eu fico com ela, Bernardo — garante Chay vendo o cansaço estampado no rosto do outro. — Não vou sair daqui mesmo.
   — Não tem problema, eu fico — insiste Bernardo e Anelise solta um suspiro de frustração. Chay, vendo que os dois precisam ficar sozinhos, levanta e diz:
   — Vou ver se encontro o João Paulo no banheiro. Já volto!
Chay afasta-se e Anelise senta na cadeira dele. 
   — Bê, vai pra casa — pede com a voz suave. 
   — Eu estou bem, amor, de verdade.
   — Eu também! Não precisa ficar aqui comigo. 
Bernardo pega na mão dela.
   — Eu não vou te deixar sozinha.
   — Agora que eu sei que a minha mãe está bem, eu estou melhor. 
   — Que bom!
Anelise dá um leve sorriso e beija o ombro do esposo.
   — Vai pra casa descansar, amanhã você tem que trabalhar.
   — Eu vou sobreviver. É só tomar um cafezinho!
   — Você não pode ficar se entupindo de cafezinho. Como médico, você deveria saber disso.
Ele sorri.
   — Eu sei, mas o café é um bom amigo em certos momentos.
   — A cama também. 
   — Concordo — ele olha para ela com malícia e Anelise sorri, balançando a cabeça.
   — Bê, por favor. 
   — Não insiste, Ane, eu vou ficar e ponto.
Anelise revira os olhos, mas dá um beijo curto no marido.
   — Você é um cabeça dura. 
   — Sou. 
Ela sacode a cabeça e faz um carinho no cabelo do esposo. 

Na manhã seguinte, durante o café da manhã, Mel decide contar aos filhos do acidente doméstico que a avó paterna deles sofreu. 
   — Ontem a noite — começa —, a Hérica teve um pequeno incidente em casa. 
   — Como assim, mãe? — indaga Vinícius com os olhos atentos.
   — Ela caiu na cozinha.
Isabela quase deixa cair o copo de suco de sua mão.
   — O quê? Foi grave? Como ela está?
Vendo o desespero nos rostos dos filhos, Mel apressa-se em dizer:
   — Não foi nada grave! Ela caiu e machucou o braço e o quadril, mas já está bem e se recuperando.
   — Ela ainda está no hospital? — pergunta Vinícius.
   — Acho que sim, parece que ela vai receber alta sete horas — conta Mel. — Foi o que o Chay me disse, pelo menos.
Isabela troca um olhar com o irmão e diz com convicção:
   — Nós queremos ir vê-la!
   — Nem pensar! Vocês têm aula.
   — Não tem condições de nós irmos para a aula, mãe — diz Vinícius. — A gente nem vai conseguir se concentrar.
   — Ah, vão sim! — exclama Mel. — Ela está bem, gente. Quando vocês chegarem em casa, nós vamos até o apartamento dela, ela já estará em casa mesmo.
Isabela tenta argumentar:
   — Mãe...
   — Não, Isa, vocês vão para o colégio e fim de papo. 
Isabela e Vinícius olham-se, indignados e preocupados. 

Com a mochila em um dos ombros, Graziele chega ao colégio e se depara com Thiago na porta da sala. 
   — Bom dia! — diz sorrindo.
   — Bom dia!
Eles dão um abraço e Thiago faz carinho no cabelo dela.
   — Dormiu bem? — indaga o rapaz.
   — Dormi e você?
   — Também. O Douglas me contou da zoeira que vocês fizeram ontem.
Graziele ri com descrença.
   — Zoeira? Eu não achei nem um pouco zoeira. 
Thiago sorri.
   — Deve ter sido engraçado.
   — Não, não foi. A Marina ficou apavorada, tadinha. 
   — É, isso não deve ter sido tão engraçado.
   — Não foi nada engraçado.
Ele sorri e acaricia os braços dela.
   — Relaxa, agora já foi mesmo.
Graziele sorri de lado.
   — O Douglas é um maluco, isso sim. 
Malu chega e pula sobre os amigos.
   — Oi, gente! — exclama sorridente. 
   — Oi! — respondem os dois. A morena começa a falar descontroladamente e Thiago e Graziele apenas riem e assentem, trocando alguns olhares meigos durante a conversa. 

Dentro da sala de aula, Samuel e Pedro conversam no fundo da sala quando Jonas chega e começa a falar de Maísa sem se importar com a presença de Samuel. 
   — Eu estou me surpreendendo muito com ela — diz sorrindo.
   — É? — indaga Pedro depois de olhar novamente para Laís e Maísa para ver se Daniela já chegou e está com elas. — Por quê?
   — Porque ela é tão madura e tão segura de si. Sei lá — ele dá de ombros —, ela está sempre me surpreendendo positivamente.
   — Isso é bom! — apoia Pedro enquanto Samuel permanece imóvel e silencioso.
   — É, é muito bom.
   — Sabe quem não gosta muito dessa aproximação de vocês? — Tanto Jonas quanto Samuel acreditam que Pedro falará de Samuel, porém o garoto diz: — A Laís.
   — Ah! — Jonas exclama com surpresa, depois assente. — É, é verdade. É porque ela nunca gostou de mim, desde quando eu namorava a Isa.
   — Isabela — corrige Pedro. 
   — Pra mim ela sempre será Isa. — Ele ri e olha para a janela com ar de melancolia. — Eu lembro que eu dizia que ela que as pessoas chamavam ela de Isa porque o Bela ficou todo pra ela. 
Pedro ri.
   — Bateu saudade? 
   — Sabe que as vezes bate? — confessa Jonas esquecendo-se por um momento que Samuel está lá. — Mas aí eu lembro de como era quando nós estávamos juntos e penso: não, eu não quero voltar a namorar, ainda mais com ela.
Pedro ri novamente.
   — Como se ela fosse querer voltar a namorar com você. 
   — É, eu fui um babaca com ela. — Ele dá de ombros. — Mas o que importa é que agora eu estou enrolado com uma loira, não com uma morena. 
   — Pelo jeito as coisas entre você e a Maísa tendem a ficar sérias, hein parceiro? 
   — Acho que não, nós dois estamos curtindo ficar assim. Apenas assim.
   — Jonas — Samuel chama e os outros dois rapazes olham para ele. 
   — O que você quer? 
   — Eu só quero te dar um aviso. 
Jonas cruza os braços.
   — Que aviso?
   — Não magoa a Maísa. 
   — Eu não vou magoar a Maísa.
   — Você dizia a mesma coisa da Isabela.
   — O que aconteceu com a Isabela foi um erro.
   — É — concorda Samuel —, um erro que eu deixei pra lá. Só que com a Maísa eu não vou ficar de braços cruzados.
   — Você quer me colocar medo? — ri Jonas.
   — Não — Samuel responde com leveza —, estou apenas te avisando. — Ele pula da mesa e caminha para a saída da sala, passando por Thiago, Graziele e Malu. 
   — Não vai dar nem bom dia? — Malu ri e ele olha para o trio.
   — Ah, não vi vocês aí!
   — P*rra, a gente está quase cobrindo a porta — ela fala sorrindo. 
   — Ainda não foi o suficiente — corta Samuel sem sorrir. Thiago e Graziele se olham com curiosidade e voltam a observar Samuel.
   — É — concorda Malu sem emoção na voz. Ela volta a olhar para os amigos e Samuel coloca uma mão na cintura dela.
   — Vamos conversar lá na escada.
   — Tá. — A morena volta-se para os amigos e diz: — Já volto.
Ela se afasta com Samuel. Os dois cruzam com Vinícius e Isabela que estão chegando. Os irmãos entram na sala e vão até Marina e Victor, que estão conversando próximos ao lugar dela.
   — Oi — fala Isabela com a voz arrastada.
   — O dia não começou bem, hein grande anã? — comenta Victor.
Vendo a expressão fechada do namorado, Marina indaga pegando na mão dele:
   — Aconteceu alguma coisa? 
   — Aconteceu.
   — O quê? 
Vinícius senta em sua mesa e conta para os gêmeos:
   — A minha avó caiu em casa e se machucou um pouco.
O casal fica espantado e Isabela acrescenta:
   — O pior é que a minha mãe não deixou a gente ir visitar ela.
   — Mas se ela está bem — diz Victor —, vocês podem visitar ela depois que saírem do colégio.
   — Acontece que o quanto antes nós virmos ela, melhor — Vinícius fala.
   — O importante é que ela está bem — pondera Marina.
   — Nossa, eu fiquei tão preocupada! — exclama Isabela massageando as têmporas.
Victor dá um chutezinho na perna dela.
   — Relaxa, grande anã, vaso ruim não quebra. 
   — Victor!? Você nem conhece a minha avó direito.
   — Eu sei, mas ela é da sua família, isso já basta.
   — Respeita a minha avó, por favor — pede Vinícius e ao olhar para ele, Victor constata que ele fala sério. 
   — Foi mal — diz encostando em uma mesa.
   — Você só fala besteira mesmo. — Isabela aproxima-se dele.
   — Vocês é que não entendem o meu senso de humor.
   — Conta outra. — A garota coloca a cabeça no ombro dele.
   — Só não vou te zoar por causa da sua avó, grande anã. 
   — Fica quietinho, Victor, estou precisando de um abraço. Só isso — ela dá um leve sorriso.
   — Oh, tadinha! Deixa o Felipe chegar que ele te abraça — brinca e Isabela revira os olhos, dando um passo para se afastar dele. Porém, Victor segura na cintura dela e puxa ela de volta.
   — Vou te abraçar, grande anã, vou te abraçar.
Isabela tenta relutar, mas como é mais magra e menor que Victor, acaba presa ao abraço dele. Marina sorri ao observar os dois e olha para o namorado, que permanece com o rosto sério.
   — Ei — ela chama dando beijinhos no rosto dele. — Sua avó está bem, amor. Não fica se preocupando!
   — Como eu não vou me preocupar, Mari? 
   — Ela está bem! — insiste Marina apertando a mão dele. — Olha, lembra que eu vim pra cá pro Brasil por causa da minha avó? Todo mundo achava que ela ia morrer logo, mas ela está mais bem do que a gente! — Ela sorri. — Fica tranquilo, amorzinho, de verdade. 
Vinícius faz um carinho na mão dela e apoia sua testa na dela.
   — Obrigada por me acalmar.
   — Acho que é a primeira vez que as situações se invertem, porque é sempre você quem está me acalmando. 

Yasmin e Felipe descem do carro e logo que entra no colégio, são abordados por uma menina do segundo ano que é colega da loirinha.
   — O que aconteceu com a sua mão, Yas? — indaga preocupada.
   — Eu cortei sem querer — Yasmin responde. 
   — Foi sério? 
   — Não muito — ela responde dando um leve sorriso. — Agora eu preciso ir para a sala.
Felipe e a irmã vão para o primeiro andar. Após cumprimentarem os amigos e ficarem sabendo do ocorrido com a mãe de Chay, os dois começam a conversar com os seus namorados. Yasmin chama Victor para o lugar deles no fundo da sala para conversar a sós com ele.
   — O que aconteceu? — indaga Victor. — Você está tensa.
   — Eu estou de castigo — Yasmin conta sem rodeios.
   — Como é?
   — Eu estou de castigo — repete a loirinha. 
Victor cruza os braços.
   — Você não ficou de boca calada, né?
Yasmin dá de ombros.
   — Eu não consegui.
   — O que eu te disse, Yasmin? Não adianta a gente bater de frente com eles.
   — Eu sei, mas eu não consegui me controlar. Você sabe que eu não controlo a minha boca. 
   — Acontece que agora a gente se ferrou por causa dessa sua falta de controle.
Yasmin fica nervosa por causa da reação de Victor.
   — Quem se ferrou fui eu.
   — Quem se ferrou foi você? — indaga o loiro cruzando os braços. — Apenas você? Você realmente acha isso? 
Ela passa a mão pelo cabelo, dá um passo na direção dele e apoia a testa no peito dele.
   — Eu estou tão estressada! Eu não acredito que eu estou de castigo.
   — Isso que dá ter a língua maior do que a boca.
Yasmin ergue a cabeça, ficando com o rosto a centímetros do dele.
   — Car*lho, você vai ficar me dando bronca? Virou meu pai? 
   — Não — responde Victor —, eu só quero colocar um pouco de juízo na sua  cabecinha.
   — Victor, faça mil favor — ri Yasmin. — Você quer me ensinar como lidar com pais? 
   — Eu só quero o seu bem, p*rra!
   — Então para de ficar falando essas coisas, eu fico me sentindo pressionada. 
Victor coloca as mão na cintura dela e dá alguns passos, fazendo Yasmin encostar as costas na parede. 
   — Você está se sentindo pressionada? — O tom de voz de Victor fica mais grave, seu olhar mais intenso e suas mãos mais firmes na pele dela. — Você ainda não viu o que eu posso fazer — ele dá um leve sorriso e prende o corpo de Yasmin contra a parede.
   — Para! — pede Yasmin sorrindo. — A gente está em uma sala de aula.
   — Infelizmente. — Victor dá um passo para trás, dando espaço para Yasmin sair. 

Aos poucos, Anelise desperta e olha ao redor em busca de Bernardo, porém não o encontra.
   — Bê? — chama e o seu esposo sai do banheiro já pronto para ir trabalhar. — Já está indo? — indaga sentando na cama.
   — Estou. Estou atrasado até!
Anelise engatinha até a beira da cama e puxa o marido para mais perto.
   — Bom trabalho, meu amor! — Ela dá um selinho nele e faz um carinho em seu rosto, vendo as olheiras proeminentes e a pele fina. — Mais tarde eu vou fazer um jantar pra gente, tá?
   — Tá bom! Fica bem, minha linda. — Bernardo dá um beijo nela e sai do quarto. Anelise se joga na cama novamente e fica pensativa, sentindo-se culpada pelo estado físico do marido.

Antes de ir para o seu escritório na sede da MelPhia, Mel resolve passar no apartamento de Hérica para ver como ela está. Ela deixa o carro estacionado em frente ao prédio e entra no edifício. Após ser identificada na portaria, ela caminha até o elevador e surpreende-se quando a porta abre.
   — Bom dia! — sorri Chay.
   — Chay? — Ela não esconde o espanto. 


Comentários

  1. Aii Rê até quando há Mel vai continuar assim com Chay? Eu não vejo a hora deles voltarem há ser um casal novamente!!

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  2. Só acho ou que o Victor e a Isa não podem passar de uma amizade...
    Tadinha da Herica, ainda bem que não foi nada grave!
    Jonas falando da Maisa... Amo!!!
    Eu acho que o Brian tinha que ficar no Brasil com a Jaqueline, estou amando eles!

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  3. Ainda bem que não foi nada de mais com a Hérica! Apego máximo com os casais!

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  4. Awn, tão fofinha essa amizade de IsaVic, mas é só amizade mesmo, tá? E Brian e Jaqueline, eu não vou com a cara da Jack, e Brian eu amava ele com a Mari, mas agora eu amo Maricius. SaMu é o "casal" mais sem noção.
    Beijos, posta logo.

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  5. Aí, aí tá demais Rê mas cadê ChaMel?
    IsaVic é lindo a amizade deles olha mas é só amizade, eu shippo em BeLipe MariCíus
    Jonas e Maisa demais

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