Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 221: Lua surpreende Yasmin e Vinícius e fica intrigada
No final do ensaio, os amigos de Ben se dispersam pela casa, deixando o rapaz e Malu sozinhos na garagem. Ela levanta do sofá e caminha até ele, que guarda as baquetas.
— Não guarda, não — pede parando ao seu lado.
— Por quê?
— Eu quero tocar.
Ben sorri.
— Desde quando você toca bateria?
— Eu não toco — responde Malu com simplicidade. — Por isso preciso de você pra me ensinar.
— Você precisa de mim? — provoca Ben.
Malu sorri e aproxima os seus lábios dos dele.
— Só para isso — responde e senta na banqueta em que ele estava minutos antes.
Ben sacode a cabeça, sorrindo, e entrega as baquetas para ela.
— Ok, vamos lá. — Ele passa algumas instruções para Malu e ela executa perfeitamente. — Até que você fez direitinho — fala em tom de surpresa.
Malu vira na direção dele.
— Eu tenho talento.
Ben ri.
— Vai com calma, John Bonham.
Malu levanta, mas Ben não se afasta, o que faz com que eles fiquem muitíssimo próximos.
— Vocês levam jeito — ela elogia em voz baixa.
— Isso é o seu jeito de falar que nós arrasamos?
— Menos, bem menos — ri a morena e Ben olha fixamente para a sua boca. — Já dá pra tocar em barzinhos.
Ben sorri.
— Nós já tocamos para um público, tá? Aliás, você me lembrou de uma coisa.
— Do quê? — indaga Malu ficando intrigada.
— A banda que leva jeito vai tocar na festa junina do seu colégio.
Malu dá um sorriso incrédulo.
— Você está falando sério?
— Sim!
— Nossa, por essa eu não esperava.
— Pois é. — Ele coloca uma mão na nuca dela. — Já posso me preparar para te ver de caipira?
— Pode — responde Malu rindo. — E você vai me ver bastante, porque eu vou dançar três quadrilhas.
— Sério? Por quê?
— Porque vão ter três quadrilhas, a do terceiro A, a do terceiro B e a das duas salas juntas. Como o meu par é do outro terceiro ano, ele vai dançar a quadrilha da minha sala comigo e eu com ele a da sala dele.
— Nossa, que confusão! — Ben ri, descendo sua mão para a cintura dela. — Não seria mais fácil pegar um par da sua sala mesmo?
— Não tinha ninguém que valesse a pena.
— O garoto que quase me atropelou não é da sua sala?
Ao pensar em Samuel, Malu sente o seu estômago agitar-se.
— Você quer mesmo falar dele? — indaga olhando para a boca de Ben. Ele sorri e envolve a cintura dela com os braços.
— Não mesmo.
Malu ri e eles começam a se beijar.
Sem chamar a atenção da mãe e do homem que a acompanha, Isabela corre por entre o jardim e entra na garagem. Evaldo, o motorista, não esconde o espanto por vê-la entrar abruptamente no espaço.
— Desculpa te assustar — pede a adolescente com a respiração ofegante.
— Tudo bem, Dona Isabela. — O senhor continua limpando o carro.
No portão da mansão, Mel despede-se de Reinaldo.
— Adorei o nosso almoço — fala a empresária.
— Eu também. É sempre agradável passar um tempo ao seu lado — Reinaldo diz pegando delicadamente na mão dela. Mel dá um leve sorriso e continua encarando o olhar charmoso de Reinaldo conforme ele se aproxima.
— A gente deveria se encontrar com mais frequência — ele opina.
— O problema é achar um horário em comum nas nossas agendas — comenta Mel sorrindo.
Reinaldo ri.
— Isso é verdade.
Ambos se calam. Aos poucos, Reinaldo vai aproximando seu rosto do de Mel, porém quando eles estão quase se beijando, Mel desvia e dá um beijo na bochecha dele.
— Foi um prazer almoçar com você. Tchau, Reinaldo!
O publicitário dá um leve sorriso e Mel consegue ver a frustração em seus olhos. Em parte ela fica comovida, mas não irá contra os seus instintos, e no momento não tem vontade de beijá-lo.
Yasmin envolve as mãos de Vinícius com as suas mãos e segura firme em seus dedos.
— Vini, não fica assim.
— Como eu não vou ficar? Eu não sou de ferro, Yas!
— Eu sei, ninguém é. Acontece que... Olha, o que eu vou dizer é bem raro, então... — Ela respira fundo e conclui: — A Marina não está te desrespeitando, eu vejo que sempre que está todos nós ela tenta integrar o Brian no grupo. Em momento algum ela se isolou com ele, Vini.
— A barriga dela estava vermelha das cócegas que ele fez!
Yasmin engole em seco.
— Ah, eles são amigos.
Vinícius revira os olhos.
— Não sei se estou preparado para ver essa amizade da minha namorada com o ex dela.
— Ei, tenta ficar calmo — pede Yasmin apoiando a cabeça no ombro dele. — Quando ele for embora, tudo vai passar.
— O problema é que eu não sei se o meu namoro com a Marina vai durar até a ida do Brian.
— Você está falando da boca pra fora.
— Não, não estou.
Yasmin revira os olhos e coloca o rosto no pescoço de Vinícius, dando um beijinho na região.
— Fica calmo — sussurra contra a pele dele.
— O que está acontecendo aqui?
Os dois afastam-se um do outro e olham para Lua que está parada no final da escada.
— A gente só estava conversando — Yasmin responde ficando em pé.
— Hum. — Lua não consegue esconder a desconfiança.
— É que a separação dos meus pais ainda não é um assunto superado pra mim — mente Vinícius.
— Posso imaginar.
Yasmin olha de Lua para Vinícius e fala:
— Vou pegar a água para o Arthur.
— Não precisa — corta Lua. — Eu mesma pego.
A produtora musical vai em direção à cozinha, deixando o genro e a cunhada espantados.
— Eu hein! — exclama Yasmin. — Vem, vamos subir antes que ela volte.
Vinícius dá um leve sorriso e se encaminha para o primeiro andar com a amiga.
Ao colocar a cabeça para fora da garagem e ver que tanto Mel quanto o carro do homem desapareceu, Isabela pula para fora da garagem e corre até o portão. Minutos depois ela chega à mansão de Sophia e Micael.
— Não conseguiu esperar até a noite? — pergunta Felipe sorrindo ao abrir a porta de seu quarto para ela. A adolescente não retribui o sorriso e entra rapidamente no cômodo.
— A minha mãe está saindo com um outro cara! — conta jogando-se na cama dele.
— Como? — Felipe não esconde o choque e bate a porta.
Isabela senta e conta o que viu e Felipe mantém-se neutro até ela terminar de falar.
— Sabe o que eu acho? — ele pergunta no final. — Que não foi nada demais.
— Como não? — indaga Isabela de olhos arregalados.
— Ele poderia ser um colega de trabalho, um negociante, um amigo, qualquer um, amor.
— Não, Fê! Eu senti que não era isso.
— Nem sempre os sentimentos estão corretos.
— Mas dessa vez eu tenho quase certeza.
— Quase não é 100%.
— Felipe!?
— Eu estou tentando ver todos os lados, Isabela. A gente não pode julgar uma coisa que não temos certeza, entende?
Isabela deita mais uma vez.
— Eu não sei se estou pronta para ver a minha mãe com outro. Como se já não bastasse o meu pai estar talvez com uma loira bonitona.
— Se você está tão em dúvida, porque não pergunta para ela? Questiona quem é esse cara, eu tenho certeza de que a Mel vai te responder com sinceridade.
— Eu não vou perguntar! Quero ver até quando a minha mãe vai ficar escondendo isso da gente.
— Isa, isso não é certo. Você vai ficar se remoendo até quando?
— Eu preciso ver até quando a minha mãe vai ficar levando esse... mistério.
Felipe suspira e passa a mão no rosto.
— Tudo bem, se você quer isso.
Isabela deita-se de costas e esconde o rosto no travesseiro. Felipe fica observando a namorada por alguns segundos e deita sobre ela.
— Não fica assim, Isa. — Ele beija sua nuca e começa a acariciar seu cabelo.
Minutos depois, Vinícius resolve ir embora.
— Queria que você ficasse mais um pouco — Marina fala segurando nas mãos dele.
— Eu tenho que ir, meu pai combinou de passar lá em casa daqui a pouco. — Mesmo não gostando de mentir, principalmente para a namorada, Vinícius prefere evitar prolongar o assunto com ela.
— Tudo bem. — Ela percebe que algo está incomodando Vinícius, mas, assim como ele, não fala nada. — Mais tarde a gente se vê?
— Não sei. Talvez amanhã.
Marina assente e dá um beijo no namorado, que não retribui com o mesmo fervor de sempre.
Victor e Yasmin só param de jogar quando o jantar é anunciado. Ele tenta fazê-lá ficar para a refeição, mas Yasmin nega pois não quer rever Lua depois da situação embaraçosa durante a tarde, fato que não contou ao namorado. Assim que a namorada passa pela porta principal, Victor dirige-se à sala de jantar, onde já estão sua irmã e sua mãe.
— Eu queria dar uma palavrinha com vocês — Lua diz olhando para a porta do cômodo. — Antes que o Arthur chegue.
— Aconteceu alguma coisa, mãe? — Marina pergunta ficando preocupada.
— Não, quer dizer, que eu saiba não.
— Do que a senhora está falando? — indaga Victor.
Lua entrelaça as mãos sobre a mesa e conta:
— Hoje à tarde eu vi uma cena um tanto quanto... curiosa.
Marina pergunta:
— O que a senhora viu?
— Olha, eu sei que todos vocês são muito amigos, íntimos uns dos outros. Sei também que a Isabela, o Vinícius, o Felipe e a Yasmin foram criados praticamente como irmãos. Só que mesmo com essa criação, a Isabela e o Felipe começaram a namorar, então a Yasmin e o Vinícius também poderiam.
— Hã? — Marina franze a testa. — Do que a senhora está falando, mãe?
— Em que tudo isso que a senhora falou se relaciona com o que a senhora viu? — questiona Victor.
— Eu vi a Yasmin e o Vinícius conversando e... e eles estavam tão próximos que me espantou.
— O que a senhora quer dizer com próximos? — A curiosidade de Marina aflora.
— De mãos dadas e com os rostos bem perto. Olha, eu não quero me meter em nada de vocês, mas vocês são meus filhos, eu me preocupo com o bem-estar de vocês. Eu não acho que a Yasmin e o Vinícius ficariam um dia, mas como mãe eu me preocupo. Ainda mais que ela é bem... livre, né?
— Mãe, respeita a minha namorada, por favor? — pede Victor com seriedade. — Sem contar que nós já estamos seis meses juntos e nunca estivemos tão bem.
— Eu sei, filho! Eu só não quero que você se magoe.
— É mais fácil eu magoar ela do que ela me magoar.
— Também não é assim, ela não é essa flor que se cheire.
— Nem eu. A senhora mesmo vive falando que eu mudei desde que nós chegamos aqui no Brasil e eu comecei a namorar. Qual é, mãe?
— Gente! — pede Marina. — Vamos ficar calmos. Mãe, eu já senti ciúmes do Vini com a Yasmin, mas hoje percebo o quanto isso foi bobo. Eu tenho certeza de que eles jamais ficariam e que em hipótese alguma o Vinícius me trairia dessa forma. Nós nos amamos.
— Eu sei, mas...
— Desculpe o atraso — fala Brian entrando na sala de jantar.
Lua muda de assunto e começa a falar em inglês:
— Estava tomando banho?
— Sim, precisava depois da tarde agitada. — Ele olha para os gêmeos, fixando-se principalmente em Marina e pergunta: — Está tudo bem?
— Claro — responde Victor sorrindo gentilmente.
A manhã de quinta-feira surge um pouco mais amena do que a do dia anterior. Logo no primeiro tempo, os alunos ouvem as últimos informações a respeito da festa junina do dia seguinte.
— Como foi combinado com o diretor — fala Yasmin parada em frente ao quadro com Laís —, nós ficaremos responsáveis pela barraca dos jogos e o terceiro B pelo correio elegante. Eu queria agradecer ao pai do Danilo, que foi o responsável pelos prêmios da nossa barraca.
— Arrasou, Danilo! — exclama Malu do fundo da sala.
— Vocês não sabem, mas a casa do Danilo é igual ao clipe de California Gurls — brinca Alexandre.
— Você conhece bem o clipe, hein? — zoa Maísa e a turma cai na gargalhada.
— Eu não, mas a Jaqueline sim — Aexandre fala fazendo referência ao dia anterior.
A loira ri e retorque:
— Ah, você viu, né?
— Quem não?
Eles riem e Jaqueline olha de relance para Victor, que sorri olhando para ela. A loira sente o seu rosto se aquecer e ao olhar diretamente para ele, desaponta-se, pois Victor já está olhando para Yasmin que voltou a falar.
— E como a festa junina é um evento grandioso, amanhã não terá aula.
A sala vibra e o professor pede silêncio.
— A gente conta com a colaboração de vocês amanhã, gente — fala Laís. — Não faltem, tragam suas roupas para as quadrilhas e venham bem animados.
— Pode deixar, Laisinha! — sorri Felipe.
Quando o sinal toca para o intervalo, os jovens saem. Graziele olha para Malu e diz:
— Vou indo antes que o sanduíche de peito de peru acabe.
Malu sorri e assente.
— Ok. — Ela fica sozinha e arruma sua mesa.
— A festa junina é amanhã — fala Samuel parando ao lado.
— Eu tenho calendário, mas obrigada por avisar — corta Malu rispidamente.
— O que eu quis dizer é que ainda dá tempo de você trocar de par.
Malu ri.
— Eu trocaria o Gabriel por quem, você?
— Exatamente.
Ela levanta.
— Faça mil favor, né?
— Seria uma boa troca.
— Na sua opinião.
— Na sua também.
— Desde quando você sabe o meu gosto, moleque?
— Eu tenho te observado tanto ultimamente que estou me sentindo expert em você.
Malu revira os olhos.
— Cruz credo! — Ela empurra Samuel e caminha rapidamente para a porta.
No segundo andar, que é a área mais deserta do colégio, Laís e Alexandre se beijam em um corredor. Durante o afeto, ele passa a mão com delicadeza pelas costas dela e Laís acaricia seu cabelo. Eles param o beijo com selinhos e Alexandre diz:
— Parece que amanhã vai ser bem legal.
Laís se apoia nele.
— Sim, mas os preparativos têm sido tão cansativo.
Alexandre faz carinho nos braços dela.
— Eu sei que você é capaz.
Laís sorri e dá mais um beijo nele.
— Vou lá conversar com as meninas, antes que elas morram de saudades.
Alexandre ri.
— Beleza.
Eles dão um último beijo e Laís desce.
No grupo do whatsapp o qual faz parte, Thiago fica sabendo da super festa que terá no mesmo galpão que teve dias anteriores.
— Não vai dar para eu ir — ele fala gravando um áudio. — Amanhã é a festa junina do colégio, lembram?
"Putz, então você vai perder" digita Douglas. "Essa vai ser a festa mais f*da do ano!"
Seu comentário deixa Thiago ainda mais desejoso para ir a festa, mas sabe que não pode.
Em uma rodinha perto da lanchonete, Isabela, Marina, Laís e Maísa conversam.
— Ontem eu vi o seu ex-namorado na hora da saída — Laís conta para Marina.
— É, ele passou aqui.
— Como ele é lindo! — exclama a morena.
— Eu nem vi — comenta Maísa.
— Perdeu, amiga — ri Laís e acrescenta para Marina: — Foi uma troca complicada, hein?
Elas riem.
— Foi, mas eu não me arrependo. O Vinícius é tudo o que eu sempre quis e mais um pouco.
— Ai, como o amor é lindo!
— Você que o diga, né amiga? — provoca Maísa.
— Como assim? — indaga Isabela com curiosidade. Laís sorri com timidez, porém acaba contando para as outras duas que ficou e continua ficando com Alexandre.
Horas mais tarde, um pouco depois do almoço, Isabela recebe a visita da costureira responsável pelas roupas do sexteto para as quadrilhas.
— Eu fiz todos os ajustes que a senhorita pediu — informa a senhora entregando as diversas sacolas para a adolescente.
— Vera! — chama Isabela por sobre o ombro. — Vem me ajudar aqui.
A governanta entra na sala e por pouco não pisa em Nina, que está parada atrás da dona. Isabela entrega metade das sacolas para ela e fica com as demais.
— Muito obrigada! — agradece para a costureira. — Com essas suas mãos você faz ouro.
A senhora sorri.
— Imagina.
— A minha mãe já mandou o pagamento, né?
— Sim.
— Então está tudo certo?
— Certíssimo.
A garota sorri.
— Ótimo! Espero ver a senhora lá, hein?
A costureira sorri timidamente.
— Eu não vou, não.
— Ué, por quê?
— Os ingressos são muito salgados — responde sem olhar nos olhos de Isabela.
— Ah, compreendo. — Uma ideia vem à sua mente. — Espera só um instante.
Ela dá meia volta e corre até as escadas com as sacolas nas mãos, sendo seguida por Nina. Minutos depois retorna trazendo três envelopes nas mãos.
— Aqui — diz entregando para a senhora. — Três convites para a nossa festa.
— Ah, não. Eu não posso aceitar, Dona Isabela.
— Aceite — insiste a adolescente. — Olha, faz parte do pagamento.
— Não, a sua mãe já foi bem generosa com a quantia.
— Eu faço questão. — Ela encara a senhora com um sorriso sincero no rosto. — Por favor. A senhora pode levar o seu marido, ou os seus filhos, seus netos.
A senhora analisa os convites e acaba pegando-os das mãos de Isabela.
— Muito obrigada!
— Imagina. Então a gente se vê amanhã — despede-se sorrindo.
Quando a senhora afasta-se, Vera comenta:
— Generosidade e bondade reinam nessa família.
Isabela sorri e passa um braço pelos ombros dela.
— Vamos ver o resultado final das roupas?
Rindo, as duas sobem para o primeiro andar seguidas por Nina.
Disposto a comprar alguns presentes para os seus familiares, Brian decidiu ir a outro shopping, dessa vez sozinho. Ele entra e olha algumas vitrines até decidir entrar em uma loja. Após observar detalhadamente cada peça, ele resolve chamar uma vendedora para ajudá-lo a escolher melhor um vestido para a sua irmã.
— Por favor — fala em inglês — qual desses dois vestidos você recomenda para a minha irmã? — Ao ver o olhar confuso da vendedora, ele indaga: — Você fala inglês?
A moça olha para trás, observando as outras vendedoras, se vira para Brian e sussurra:
— Me desculpa, mas eu não estou te entendendo.
Brian fica analisando o rosto dela e tenta através de sua expressão entender o que ela falou, mas não obtém êxito. Ele força ao máximo seu cérebro e fala depois de alguns minutos em português:
— Você no falar englesh?
— Não.
— Hum, você... — Ele não consegue mais lembrar de nenhuma palavra que ouviu recentemente para usá-la, por isso aponta para as outras funcionárias. A vendedora reage diferentemente da reação que o americano esperava, arregalando os olhos e sacudindo a cabeça freneticamente.
— Espera aí! — pede fazendo sinais com a mão. Brian entende e assente.
— Ok. — Com o olhar, acompanha a moça aproximar-se de uma outra cliente, uma adolescente de cabelos compridos e loiros.
— Com licença — diz a vendedora —, você pode me ajudar com ele?
A garota olha espantada para ela.
— Oi?
— Você sabe falar inglês?
— Sei — responde a adolescente em um tom de desconfiança.
O alívio é aparente no rosto da moça diante da resposta dela.
— Você pode me ajudar com ele? — pergunta. — Ele está pedindo alguma coisa, mas eu não entendendo e não posso pedir ajuda para as outras funcionárias, porque é minha primeira semana e... você sabe, eu quero causar uma boa impressão.
A loira assente, compreendendo a situação.
— Entendi. Tudo bem, eu te ajudo.
— Então vem comigo. — As duas caminham até Brian. — Pergunta para ele o que ele quer.
— Oi! — a menina fala em inglês primeiramente.
— Oi! — responde Brian.
— Ela quer saber pra quê você precisa de ajuda.
— Eu quero a opinião dela para escolher um vestido — conta Brian.
— Ah. — A garota traduz para a vendedora.
— Entre quais vestidos ele está em dúvida?
A loira faz a pergunta para Brian e ele pega dois vestidos: um verde musgo na altura dos joelhos com as costas nuas e outro branco rendado.
— Eu prefiro o rendado — a vendedora opina.
— Ela prefere o rendado — a menina conta para Brian.
— O rendado? — Ele analisa o vestido com ainda mais atenção.
— É, mas eu prefiro o verde. É mais sofisticado.
— Você acha?
— Não tenho dúvidas. Sem contar que a modelagem dele é mais bonita.
Brian sorri.
— Eu não entendo muito disso.
— Então siga a sua intuição.
— Sabe o que a minha intuição está dizendo? — ele indaga enquanto a vendedora permanece olhando confusa para eles.
— O quê? — pergunta a garota loira.
— Que é para eu levar os dois.
Eles riem.
— Espertinha a sua intuição — comenta a garota.
— Fala para ela embrulhá-los, por favor?
A garota assente.
— Ele vai levar os dois — diz para a moça.
— Ok, vou embrulhar para ele. — Ela pega os vestidos das mãos de Brian e se afasta.
— Então — diz a loira —, você veio dos Estados Unidos?
— Sim, estou passando férias aqui.
— Entendi. Está sendo complicado se virar aqui? — pergunta com interesse.
— Quando eu saio com os meus amigos brasileiros, não. Sozinho fica complicado.
Eles riem.
— Por que você não chamou eles para vir com você?
— Eu não queria incomodá-los demais.
Ela assente.
— Faz sentido.
— Você fala perfeitamente inglês, já foi para algum país que fala a língua?
— Sim, para alguns.
— Quais?
A garota passa a mão nos fios loiros.
— Estados Unidos, Inglaterra, Irlanda e Austrália.
— Uau, bastante para uma garota tão jovem.
Ela sorri.
— Eu adoro viajar nas férias.
— Eu também!
Eles riem e a vendedora volta.
— Aqui. — Ela entrega as sacolas para Brian.
— Você aceita comer alguma coisa comigo para a gente conversar um pouco sobre as suas viagens? — ele convida a garota. — Eu me interesso muito por isso.
— Eu adoraria, mas eu estou no meu horário.
— Puxa, que pena!
— Fica para uma próxima vez, quem sabe.
— Sim, tomara que você apareça quando eu estiver perdido com o português. — Eles sorriem um para o outro, despedem-se e Brian vai pagar sua compra enquanto a loira continua analisando as peças da loja.
Ao sentar-se, minutos depois, em uma café, Brian constata:
— Puxa, eu nem perguntei o nome dela.
De mãos dadas, Yasmin e Victor entram em uma das maiores lojas da Melphia da cidade. O rapaz não esconde o seu desagrado por estar ali, ao contrário de Yasmin que está com um sorriso de orelha a orelha.
— Dá para tirar essa cara de c* sujo? — ela pergunta sorrindo para o namorado.
— É a cara que eu tenho.
— Ai, Victor, ontem a gente jogou até tarde, custa você vir fazer compras comigo?
— A gente jogou até tarde porque era um interesse dos dois, agora fazer compras é um interesse só seu.
Yasmin solta da mão dele.
— Não quer me acompanhar, não me acompanha.
— Por que você não falou isso lá no condomínio? — indaga o loiro e ela revira os olhos.
— Fala sério! — diz distanciando-se.
Victor senta em uma das poltronas que estão ao redor de uma mesinha de centro com champanhe e quitutes. O local é reservado aos clientes que fazem grandes compras, mas ao verem que trata-se do filho de Lua Blanco e Arthur Aguiar, as vendedoras não se opõem por ele estar ali.
Yasmin é recebida por uma vendedora que é extremamente simpática com ela, porém a loirinha logo se livra dela, pois prefere fazer suas compras sozinha.
— Eu conheço muito bem tudo o que está aqui, obrigada mesmo assim — diz despachando a moça. Ela começa a caminhar pela loja e mesmo estando chateado com ela, Victor não deixa de observar e cobiçar o seu corpo quando este aparece em seu campo de visão. Seu olhar esfria e sua expressão endurece ao ver Breno entrar na loja.
— Quando a gente acha que não pode piorar — resmunga consigo mesmo. Ele acompanha todos os passos até o rapaz ver e se aproximar de Yasmin.
Os dois conversam e riem por longos minutos. Yasmin entrelaça um de seus braços no de Breno e caminha até Victor.
— Olha quem apareceu! — exclama sorridente.
— Oi, Victor — cumprimenta Breno com educação.
— Oi, Breno — o loiro retribui.
— Ele veio comprar um agrado para a mãe dele — conta Yasmin. — Não é fofo?
Mesmo Yasmin comportando-se com sua empolgação costumeira, Victor enxerga a provocação em seus olhos e torce para que ela também veja a raiva escondida em seu olhar.
— Muito — responde sorrindo.
— Adivinha aonde ela vai usar a roupa que ele vai comprar? — indaga Yasmin com o mesmo sorriso no rosto.
— Aonde? — Victor questiona em uma perfeita encenação de interesse.
— Conta pra ele — pede Yasmin para Breno.
O rapaz, que está alheio das provocações e sentimentos escondidos nos olhares dos dois, fala sorrindo:
— Ela me convenceu a ir com a minha mãe na festa junina do colégio de vocês.
Dessa vez, Victor tem que se esforçar ao máximo para não transparecer o incomodo.
— Sério? — questiona forçando um sorriso agradável de surpresa.
— Não é demais? — Yasmin sorri provocadoramente para o namorado, querendo irritá-lo ainda mais.
MEU DEUS!!! Como eu amo isso!!!
ResponderExcluirLua viajando na maionese!!
Yasmim provocando Victor amo, meu casal favorito... Agora espera até terça!!!
será que Mel ainda alguma coisa por Chay? pra ter virado o rosto quando Reinaldo o beijou
ResponderExcluirBrian conheceu uma loira. Hummmmm
ResponderExcluirUma ideia... Eu amo o Lorenzo! Acho que podia entrar uma menina linda no colégio, e ela ficar com ele!!
ResponderExcluirPfv posta hj !!
ResponderExcluirEu preciso de mais capítulos!!!
ResponderExcluirPasso o dia imaginando como vai ser o próximo capítulo! Estou pirando!
Ai assim você me deixa louuuuuuuuquinh.I Love BeLipe ♡ Bjus Tifanny
ResponderExcluirCade você???
ResponderExcluirImagine perfeito mais sera que pode ter mais partes chay e mel
ResponderExcluirPerfeito. Mais pode ter mais partes chay e mel
ResponderExcluir