Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 219: Convite de Brian surpreende adolescentes e provoca ações igualmente inesperadas


Os braços de Marina estão esticados nos ombros de Brian e as mãos dele repousam no quadril dela.
   — O que você está fazendo aqui? — ela pergunta acima do falatório dos alunos. 
   — Vim fazer uma surpresa para todos vocês. 
   — Você está cheio das surpresas, né? — brinca a morena sorrindo. 
   — É para deixar as coisas mais animadas. 
Eles riem e Marina pega na mão dele, puxando o americano para perto do seu grupo de amigos. 
   — Oi! — cumprimenta Brian em português.
Isabela e Yasmin sorriem com o sotaque dele.
   — Oi! — respondem as duas e Felipe. Victor permanece em silêncio encostado na parede. 
   — Eu vim — fala Brian ainda em português — cha... chamar. É... vocês. Para. Almoçar. C-comigo. 
   — Que bonitinho! — exclama Isabela rindo. 
   — Chega a ser fofo ele falando em português — Yasmin comenta no ouvido de Victor. 
   — Quando era eu vocês riam, ele é fofo — retruca o loiro em um sussurro. Yasmin ri e volta a olhar para Brian. 
   — Então, vocês almoçam comigo? — ele pergunta em seu idioma de origem. 
   — Lá em casa? — Marina indaga. 
   — Não, em um shopping. 
   — Nós nem trocamos de roupa — Victor fala a primeira desculpa que surge em sua mente. Brian abre a boca para lamentar, porém Isabela entrega:
   — Você nem se importa com isso, Victor. 
   — Vocês se importam — responde o loiro. 
   — Eu vou sem problemas. 
   — Eu também — fala Marina sorridente. Victor olha para Yasmin com esperança. 
   — Por mim nós vamos agora! — exclama a adolescente e ele revira os olhos. 

Samuel, Pedro e Daniela conversam sob uma árvore do outro lado da rua. Pedro abraça Daniela por trás e beija sua nuca. 
   — Estou aqui — lembra Samuel e eles riem. De mãos dadas com Jonas, Jaqueline atravessa a rua, cruzando entre os carros. 
   — A gente veio se despedir de vocês — ela fala. 
   — Por quê? — indaga Pedro. — Vocês vão morrer? 
Daniela e Jonas riem. 
   — Idiota — fala Jaqueline. — É que nós estamos indo para a casa da Lu almoçar com os pais dela. 
Todos começam a gargalhar, exceto Daniela. 
   — Tem algum problema com os pais dela? — pergunta a garota.
   — O pai dela é mega evangélico — conta Pedro. 
   — O pai da Luciana? — indaga Daniela de queixo caído. 
   — São as ironias da vida — fala Jaqueline rindo. 
   — E você vai almoçar na casa dela, Jonas? — pergunta Pedro. 
   — Maldito momento em que eu aceitei o convite — responde o garoto e eles riem. 
   — Cuidado, hein! O pai dela pode achar que você está indo lá para pedir a filha dele em casamento.
Todos gargalham e Jonas passa um braço em torno da cintura de Jaqueline. 
   — Por sorte o pai dela nem sabe que a gente já ficou. 
   — Será que Deus não contou para ele? — Pedro provoca e Daniela dá um tapa na mão dele.
   — Não brinca com coisa séria. 
   — Glória a Deus! — exclama Jaqueline e eles riem novamente, exceto Daniela. — Estou brincando, é errado brincar com Deus. 
   — Desde quando você é religiosa? — pergunta Jonas. 
   — Desde sempre, quase todos os finais de semana eu vou na igreja. 
   — Ela vai bastante pra compensar a quantidade de pecados — fala Samuel. 
   — Cala a boca — pede Jaqueline chutando a perna dele. — Enfim, tchau pra vocês! Tchau, Pedro. Tchau, Dani. Tchau, Sam!
   — Tchau, Pedro — despede-se Jonas. — Tchau, Daniela. 
   — Tchau! — responde o casal para ele e Jaqueline. 
   — Você não vai dar tchau para o Sam? — indaga a loira propositalmente. Jonas revira os olhos e se vira para atravessar a rua. Jaqueline lança um olhar brincalhão para Samuel e segue Jonas até o carro de Luciana. 

Evaldo leva Isabela, Vinícius, Marina e Brian ao shopping. A namorada de Felipe está sentada no banco da frente e sua cunhada entre o atual e o ex-namorado no banco de trás. Marina ri e conversa com Brian, acariciando o antebraço de Vinícius. 
   — Como você aprendeu falar aquela frase em português? — ela pergunta. 
   — Eu pedi para a sua mãe me ensinar. 
Marina ri. 
   — Você aprendeu mais alguma coisa? 
   — Não! — responde Brian e eles gargalham. 
   — Mas você lembra como se fala as coisas básicas, né? Eu te ensinei lá nos Estados Unidos. 
Brian sorri, erguendo os ombros. 
   — Faz tempo, né? 
   — Não faz nem um ano! — exclama Marina sorrindo. 
   — Em menos de um ano muitas coisas acontecem, esquecer de algumas palavras é uma coisa comum. 
   — Sim, muitas coisas acontecem — fala a morena apertando suavemente o braço do namorado —, mas o que eu ensinei era muito simples. 
   — Pra você, né?
Os dois riem. 
   — Você não lembra de absolutamente nada mesmo? 
Brian pensa por alguns instantes. 
   — Eu lembro de Oi — ele fala a última palavra em português, assim como as seguintes: — Tchau, obrigada, desculpa... te amo, sim, não, você. 
Um sorriso faz-se presente no rosto de Marina desde o momento em que ela ouviu Brian pronunciar te amo em português, pois se recordou das vezes em que ensinou a declaração para ele, todas elas seguidas de beijos e abraços. O carro freia ao parar em um sinaleiro e ela volta para o presente. A pele de Vinícius sob a sua mão parece estar mais quente ao seu ver e outro sorriso surge em seus lábios quando ela vê o filete de prata no dedo anelar direito dele, símbolo da união entre eles. Ao notar que ainda não responde à Brian, fala:
   — Viu, você ainda se lembra. 
   — É, mais do que eu esperava. 
Eles riem e continuam conversando durante o percurso. 

Aproveitando que Jonas está com fones de ouvido, Jaqueline conta para Luciana no banco de trás do carro:
   — Eu peguei o Victor me olhando hoje.
A morena sorri. 
   — Sério? 
   — Sim, naquela hora que eu tava dançando. — Um sorriso de encantamento aparece em seu rosto. — Foi bom ver ele olhando para mim sem que eu provoque isso, sabe? Ele estava olhando porque queria, não porque eu tava fazendo alguma coisa para chamar a atenção dele. 
   — Você estava dançando — lembra Luciana. 
   — Ah, mas não era para ele, nem pra ninguém. Eu estava zoando. 
   — É verdade — concorda a garota rindo. — Um olhar dele causa tudo isso em você? 
   — Era isso que eu ia comentar com você. Eu estou muito feliz por causa desse olhar, por mais bobo que ele pareça, mas... sei lá, algo parece fora do lugar. 
   — Como assim, Jack? 
   — Eu não sei explicar direito, mas parece que aquela vontade louca de ficar com ele desapareceu, entende? Não sinto mais desejo de ficar com ele a todo e qualquer custo. É claro que ficar com o Victor seria um sonho pra mim, mas — ela dá de ombros —, eu quero que seja por mim, sabe? Não porque eu armei algo, como no Buraco Negro, e sim porque ele realmente quer ficar comigo. 
   — Isso é um pouco mais difícil. — Ao tomar consciência do que disse, Luciana emenda: — Não quero você não seja uma garota atraente, mas...
   — Eu entendi o que você quis dizer — corta Jaqueline dando um sorriso entristecido. — Ele gosta da insuportável da Yasmin. 
   — É — confirma a outra baixinho. 
   — É isso que está diferente! — exclama Jaqueline. — Eu estou me amando mais, eu não quero ficar com alguém contra a vontade da pessoa, por mais que seja o Victor. Vários garotos querem ficar comigo, Lu, eu não preciso ficar me rebaixando por garoto nenhum. 
Luciana coloca uma mão no joelho de Jaqueline, sorrindo com orgulho. 
   — É assim que se fala, amiga. 

Em um restaurante de fast-food, Laís e Alexandre almoçam. Os dois dividem uma mesa em um canto do estabelecimento. 
   — Eu lembro que vim aqui com a Marina — ele fala em um determinado momento. — A gente sentou nessa mesma mesa.
Ele ri, mas Laís não o acompanha. 
   — Você faz isso com todas — fala tirando suas próprias conclusões. 
   — Claro que não. 
Ela sorri. 
   — Não deve ser o que os funcionários daqui devem pensar. 
Olhando diretamente para os olhos dela, Alexandre fala com calma:
   — Eu não me importo com o que os funcionários pensam. Sei que eu não faço isso com todas. Sei também que... — Ele desvia o olhar por uma fração de segundos, envergonhado — que você é única. 
Laís fica encarando ele por mais tempo do que o necessário, espantada pelas palavras dele. O comportamento dela faz Alexandre começar a se arrepender do que disse e ele fita o seu sanduíche. 
   — Isso é o que você diz para todas também? — pergunta Laís e ao erguer o olhar para o rosto dela, ele percebe que não passa de uma brincadeira, ficando aliviado pelo clima voltar a ficar descontraído. 

Em um grupo relativamente grande, os filhos dos ex-rebeldes entram no shopping com Brian. Eles falam ao mesmo tempo uns com os outros e riem. Enquanto alguns falam em inglês com Brian, outros não se importam de falar em português paralelamente.
   — Espera aí! — pede Brian parando abruptamente. 
   — O que foi? — indaga Isabela. 
   — Nós estamos indo na direção errada — fala o loiro apontando para uma placa acima das cabeças deles. — A praça de alimentação fica para o outro lado. 
Eles riem e Felipe fala:
   — O gringo está mais atento do que a gente. 
   — Isso porque as duas aqui — Marina aponta para Yasmin e Isabela — vivem nesse shopping. 
   — Esse falatório que me deixou perdida — justifica-se Isabela e eles caem na gargalhada. 
   — Vamos pro lado certo! — chama Yasmin e eles mudam de direção. 

No estúdio de tatuagem em que foi surpreendido por Yasmin, Thiago conversa com alguns amigos, incluindo Fabrício e Douglas. 
   — Estou sabendo que alguém vai fazer aniversário — comenta Douglas olhando diretamente para o rapaz, que fuma um cigarro sentado em um sofá antigo. 
   — Quem te contou? — pergunta Thiago. 
   — Uma certa ruivinha. 
   — Você continua falando com a minha namorada? — indaga o adolescente com a voz controlada, porém com um resquício de raiva no olhar. 
   — Estou brincando, parceiro — responde Douglas gargalhando. — Vi no seu facebook. 
   — Entendi — fala Thiago dando uma tragada. 
Fabrício questiona:
   — Vai ter festa? 
   — Interessado? 
   — Em uma festa? Sempre! — Eles riem. 
   — Não, e mesmo que tivesse você não estaria na lista de convidados. 
   — Ah, é, mano? 
Mais risos ecoam no estúdio. 
   — Não vai ter festa — conta Thiago. — O meu aniversário caiu no mesmo dia que a festa junina do colégio, então eu vou comemorar lá. 
   — Opa, adoro uma festa junina! — Douglas demonstra animação. 
   — A entrada custa cinquenta reais, no dia deve ser mais caro. 
   — Cinquenta Dilmas? — indaga o rapaz de queixo caído. — Mas nem morto que eu vou! Foi mal, parça, mas não rolar minha presença na sua festinha coletiva. 
Thiago ri e coloca uma mão sobre o peito. 
   — Que pena! — ironiza. 

Após saírem do restaurante, Alexandre e Laís pegaram a rua lateral rumo à um ponto de táxi. A região tem um fluxo intenso de carros, porém quase nenhum pedestre transita por ali. Eles conversam e caminham tranquilamente. 
   — Será que não é perigoso andar por aqui a essa hora? — indaga Laís com cautela. 
Alexandre abaixa o olhar para encarar o rosto dela, que por uma hora ou outra é iluminado pelos raios de Sol que atravessam as folhas das árvores que margeiam a calçada. 
   — Relaxa, Laisinha, está comigo, está com Deus. 
Ela ri. 
   — Ah, claro — ironiza. — Nem o cabelo comprido de Deus você tem mais. 
   — Sente saudades? 
   — Sinceramente? 
   — Sempre.
Laís ri e fala:
   — Não. 
   — Sério? — Alexandre pergunta com espanto. — Eu pensei que você gostasse do meu cabelo de Rapunzel. 
   — Eu gostava, em partes, era bonito, só que quando eu te abraçava parecia uma menina. 
Alexandre gargalha. 
   — Uma menina? 
   — Era esquisito. 
   — E como você quer me abraçar muito, era uma forçação de barra, né? 
Laís sente as bochecha queimarem e dá um leve sorriso. Alexandre ri e eles caminham por alguns metros em silêncio. Sem romper essa quietação, ele aproxima lentamente sua mão da dela e entrelaça seus dedos nos dela. A ansiedade invade o seu peito e para a sua felicidade, Laís não se afasta. 
   — Sabe — ela fala com naturalidade —, eu até gosto desses lugares mais desertos. Me transmitem calma. 
   — Isso é verdade — apoia Alexandre. — Então vamos ficar um pouco aqui? 
   — Pode ser.
Eles se aproximam de uma árvore e ficam sob a sombra dela. Laís sobe na muretinha que a rodeia e coloca as mãos nos ombros de Alexandre. 
   — Agora estou do seu tamanho — brinca. Alexandre ri e coloca as mãos na cintura dela. 
   — Não me importo com o seu tamanho reduzido. Para falar a verdade, esse é um dos seus charmes. 
Laís sorri e olha para a rua, sentindo as bochechas aquecerem-se mais uma vez. Alexandre aproveita para observar o rosto dela com atenção, ficando fascinado pelos traços meio asiáticos que a caracterizam. Ele vai aproximando o seu rosto aos poucos do dela e quando Laís vira o rosto para encará-lo, seus narizes se tocam. Os dois se olham por alguns instantes e fecham os olhos, unindo seus lábios. 

Reunidos em uma mesa da praça de alimentação, que está amarrotada de gente, os adolescentes conversam freneticamente. Conforme seus pedidos vão ficando prontos, eles levantam para apanhá-los. 
   — Não colocaram o sachê do sal pra minha batata frita — comenta Victor analisando sua bandeja. Uma mão masculina oferece um sachê para ele e ao levantar os olhos vê que o dono dela é Felipe. Eles dão um leve sorriso um para o outro e Victor aceita o sachê. — Valeu. 
   — Imagina — responde Felipe. Ele começa a comer o próprio sanduíche e segundos depois a mesa volta ao falatório, porém Yasmin não participa da conversa. Sentada ao lado do namorado, ela acompanhou a simplória e rápida reconciliação dele com o seu irmão. A simplicidade e sinceridade do gesto de Felipe comoveu ela profundamente e despertou o seu lado emocional. Com isto dentro de si, ela olha para Marina que conversa empolgadamente com Vinícius e Isabela. 


Comentários

  1. Meu Deus!!! Como eu amo esse imagine!!
    Não existe melhor, faz parte do meu dia-a-dia ficar pensando no que vai acontecer no próximo capitulo.

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    1. Obrigada \o/
      Algum vez já acertou os fatos do capítulo seguinte? rsrs :)

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    2. Não diretamente, você me surpreende muito!

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  2. Vc poderia fazer o Chay sofrer um Acidente.

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  3. O chay podia sofrer um acidente envolvendo a Isa eo Vini

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  4. Que capítulo perfeito ( não muito diferente dos outros kkkkkkk) mega ansiosas para o próximo!!!!

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  5. Vai demorar a primeira vez de yasvic :( ?

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  6. Aah, não vai ter mais armações da Jaqueline? Pooooxa só Porq ela era a minha personagem preferida 😪

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    1. O amor próprio da Jaqueline aflorou ainda mais, mas isso não significa que a bondade também... rsrsrs

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  7. você vai posta hj ???

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