Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 215: Marina e Victor ficam sabendo de acidente de carro envolvendo Arthur


Victor permanece olhando para um ponto fixo e Yasmin tem que sacudir seu braço para chamar a sua atenção.
   — O que houve? — pergunta a loira. 
   — A minha mãe me ligou e me contou uma coisa. 
   — Que coisa? 
   — Espera aí — pede Victor colocando uma mão na cintura dela para afastá-la. Os ombros de Yasmin caem por ser ignorada por ele e ela o acompanha com o olhar quando ele se aproxima de Marina. 
   — Eu sou alguém infinitamente superior à você — responde Talita e Marina se enfurece.
   — Talita, por favor — Vinícius pede segurando um braço de sua namorada. 
   — O quê? A sua namoradinha que veio com ignorância para cima de mim!
   — Você acertou sua mochila em mim, garota! — exclama a ex-líder de torcida. 
   — Marina — Victor chama e todos olham para ele, pois sua voz está bem mais grave e séria do que o habitual. 
   — O que é que é? — indaga Marina sem paciência. 
   — Eu preciso falar com você. — O loiro se aproxima dela e segura em seu outro braço. — Agora. 
Vinícius solta Marina e ela é arrastada pelo irmão para fora da sala. 
   — Qual é o problema dele? — Talita pergunta. Vinícius sacode a cabeça negativamente, com o olhar pregado na porta que os gêmeos acabaram de passar. 
   — Não sei — responde. 

Em um banco de um pequeno pátio próximo ao ginásio, Laís lê com tranquilidade quando é interrompida por Maísa. A loira senta ao lado dela, parecendo cansada fisicamente. 
   — Estava em uma maratona? — brinca Laís fechando o livro. 
   — Eu te procurei pelo colégio todo. 
   — Achou! — ri Laís e Maísa revira os olhos. 
   — Eu preciso te contar o que acabou de acontecer. 
   — O que foi? — indaga a menor com interesse. 
   — Eu estava no terceiro andar, porque fui ver se a biblioteca já tinha aberto...
   — A biblioteca fica no segundo andar — corrige Laís. 
   — Ah é! — exclama Maísa. — É que eu sempre considero o térreo como primeiro andar, por isso nunca dá certo as contas. — Laís ri e incentiva a prima a continuar. — Então — prossegue Maísa —, quando eu estava descendo encontrei com o Jonas. 
   — Vish! E aí? 
   — A gente trocou alguns insultos...
   — Novidade — corta Laís. 
   — Só que dessa vez teve uma novidade mesmo — fala Maísa se aproximando mais de Laís. 
Laís franze a testa.
   — Do que você está falando? 
   — Eu fui me aproximar do Jonas para provocar ele, né? Só que... — A frase morre e ela não continua. 
   — Só que o quê, Maísa? 
   — Não sei explicar. A gente estava se provocando, ele chegou até a dizer que eu provocava desprezo nele, mas em um determinado momento as palavras sumiram e a gente se olhou. Laís, eu sei que ele é um babaca, mas aquele olhar me atraiu de uma maneira... — Ela esfrega as mãos no rosto. — Eu não sei explicar, quando vi já estava quase com o rosto perto do dele. 
   — Vocês se beijaram? — pergunta Laís com perplexidade. 
   — Não! Não! Isso não. 
Laís coloca uma mão no joelho de Maísa e indaga com a voz macia:
   — Não precisou de beijo para ele abalar com você, né? 
Maísa demora para responder, mas acaba confessando:
   — Exatamente. 

No pátio principal do colégio, Iago e Aline conversam baixinho em um banco. Ela está com a cabeça apoiada no ombro dele e ele acaricia a palma da mão dela. 
   — Está cansada? — pergunta Iago. 
   — Um pouco, ontem um casal de amigos dos meus pais jantaram lá em casa e ficaram até mais tarde. 
   — Nossa! — exclama Iago. — O pior é quando os nossos pais nos obrigam a ficar fazendo sala para eles, né? 
   — Foi exatamente o que aconteceu — conta Aline sorrindo. 
   — Quer dar uma cochilada? Tem um tempinho para o sinal tocar. 
   — Se eu dormir, não acordo mais — brinca Aline e eles riem. Iago dá um beijo no cabelo dela e fala:
   — Se você dormir, eu te acordo. 
Aline sorri e fecha os seus dedos, apertando a mão dele.
   — Obrigada. 

Um andar acima, no corredor, Victor apoia Marina na parede. 
   — O que foi, Victor? — indaga Marina, identificando o nervosismo no olhar dele. — O que aconteceu? 
   — A mãe me ligou...
   — Oh my God! 
   — Calma — pede o loiro e a suavidade em sua voz deixa Marina em estado de alerta. 
   — Fala logo!
   — O pai sofreu um acidente de carro — informa Victor tentando ser o mais sutil possível com as palavras. 
   — C-como? — A garganta de Marina se fecha e ela quase não consegue falar. 
   — Fica calma — insiste Victor passando as mãos pelos braços dela, tentando acalmá-la. 
   — Como assim o pai sofreu um acidente? F-foi grave? 
   — Não — responde Victor. — A mãe me ligou justamente para nos tranquilizar, porque ela ficou com medo de que saísse na mídia antes da gente ficar sabendo. Ele perdeu o controle do carro e capotou — vendo que Marina arregalou os olhos, emenda: —, mas não foi nada grave. 
   — Como não foi grave? O carro capotou!
   — É, mas ele está bem, sofreu apenas alguns arranhões. 
   — Você tem certeza? 
Victor tira o celular do bolso. 
   — Quer ligar para a mãe? 
Marina encara o celular dele. 
   — Não, não precisa. 
O loiro dá um abraço nela. 
   — Fica tranquila, ele está bem. 

Dentro da sala de aula do terceiro ano A, Graziele e Malu conversam e riem sobre Ben.
   — Ele é muito legal — fala Malu. — Um garoto muito legal! É raro a gente sair junto, mas a gente sempre está se falando e zoando um com o outro. 
Próximo à elas estão os irmãos Abrahão Borges e Isabela. 
   — O que aconteceu com a Marina e com o Victor? — pergunta a morena para Yasmin. A loirinha dá de ombros, com as mãos nos bolsos da calça jeans. 
   — Eu não sei — responde com a voz sem emoção. — O Victor não me falou. 
   — Parecia algo sério — Felipe opina. Alguns segundos depois, Marina e Victor entram na sala novamente e se juntam aos amigos. Vinícius, que estava conversando com Alexandre e Danilo, se aproxima deles. 
   — Está tudo bem? — ele pergunta colocando uma mão nas costas da namorada. Marina olha para Victor, pedindo silenciosamente para que ele dê a notícia aos demais. Victor atende ao pedido dela e conta para os outros quatro. Todos ficam surpresos e preocupados de imediato, porém quando ele fala que o estado de Arthur não é grave, ficam mais aliviados. 
   — Meu Deus! Que horror, né? — comenta Isabela. 
   — Só eu acho estranho quando essas coisas acontecem? — Felipe indaga. — Porque de manhã ele estava bem, e agora está lá no hospital. Acho isso tão esquisito! 
Victor confirma com a cabeça e se apoia em Yasmin. A loirinha se afasta dele e caminha até o seu lugar no fundo da sala sem despertar estranhamento no namorado, que permanece conversando com os amigos.
   Após pegar o seu fone de ouvido na mochila, Yasmin percebe que Lorenzo está desenhando algo com concentração. Ela decide ir até ele para ver qual é o desenho. 

Minutos depois o sinal toca. Yasmin, que estava conversando com Lorenzo, vai para o seu lugar assim como os outros alunos. O professor de filosofia entra na sala e pede para que os alunos se organizem em duplas para responder atividades do livro. Victor se vira para trás. 
   — Vamos fazer juntos, né? 
Prendendo o cabelo em um rabo de cavalo, Yasmin responde:
   — Eu quero sentar com a Isa. 
   — Sério? 
   — Aham, sempre que tem alguma coisa eu sento com você. 
O rapaz observa atentamente o rosto dela, que está neutro, e assente. 
   — Tudo bem, eu sento com o Felipe. 
Assim que as duplas se organizam, a atividade começa a ser feita. Os minutos correm, levando consigo os dois primeiros tempos. A aula de matemática antecede o intervalo e após ser autorizada, Maísa vai ao banheiro. 
   Como está com a cabeça longe, preocupada com o estado de saúde do pai, Marina não consegue se concentrar na aula, nem nos exercícios que o professor pede para que eles resolvam. Enquanto alguns resolvem os exercícios, outros conversam e Marina olha fixamente para a sapatilha de Isabela, que está ao seu lado. Ao reparar que a namorada está com os pensamentos distantes, Vinícius toca nas costas dela e Marina olha por sobre o ombro. 
   — O que foi? — ela pergunta. 
   — Eu queria saber se você não quer fazer comigo. 
   — Dessa vez não, Vini, nem fazendo eu estou. 
Vinícius dá um leve sorriso e estica o braço para acariciar o rosto dela. 
   — Mari, você não precisa se preocupar. O seu pai está bem, você lembra do que a Lua falou? Ele sofreu apenas alguns arranhões. 
   — Eu sei, mas... e se ela estiver falando isso só para não deixar a gente nervoso? 
   — A Lua não faria isso com vocês. 
Marina solta um suspiro. 
   — Eu queria estar no hospital agora, não aqui. 
   — Só que você não tem outra opção — fala Vinícius com delicadeza —, então não se encane com esse tipo de coisa. 
   — Você está certo, mas eu não sei se consigo. 
   — Olha a conversa, Marina e Vinícius — repreende o professor e Marina se vira para frente, pedindo:
   — Posso ir ao banheiro? 
   — A Maísa está lá fora. 
   — Mas faz tempo que ela saiu, professor. Eu estou apertada — mente a morena, pois quer ir apenas para lavar o rosto. 
   — Tudo bem. Aproveita e apressa a Maísa. 
   — Ok. 
A adolescente levanta e sai da sala, sendo acompanhada pelo olhar por Vinícius. O corredor está vazio e ela chega sem pressa ao banheiro feminino. Ao entrar no local ouve tosses secas e uma respiração forçada e ofegante. 
   — Maísa? — fala ao se aproximar da loira, que está apoiada na pia com a cabeça abaixada. — Maísa, você está bem? — pergunta assustada. 

Aproveitando que Felipe ficou no lugar de sua namorada e irmã dele depois da aula de filosofia, Victor se vira para trás e pergunta:
   — Felipe, você sabe se está acontecendo alguma coisa com a Yasmin? 
O moreno olha para a irmã que está sentada atrás de Isabela. 
   — Olha — fala voltando a olhar para Victor. — Eu acho que não. Por quê? 
Victor dá de ombros. 
   — Nada não. 

Sua colega de classe continua tossindo e tentando respirar, porém Marina nota que ela não está conseguindo realizar o processo e fica ainda mais apavorada. — Maísa, o que está acontecendo? 
   — M-m-minha bom-bom-bombinha — pede a loira, tentando puxar o ar para os pulmões. 
   — Bombinha? Que bom... Ah, você é asmática? 
Maísa fecha os olhos e Marina coloca os braços em sua cintura, temendo que ela desmaie. 
   — S-sou — responde a garota em um sussurro quase inaudível. 
   — Ok, você tem bombinha na sua mochila? — Maísa assente com a cabeça e ela corre em direção à porta. — Fica aí, vou lá pegar!
Marina passa pela porta e corre o mais rápido que consegue até a sala, girando a maçaneta com velocidade. 
   — Desculpa, professor — pede quando todos olham espantados para ela. — Laís — fala ao se aproximar da carteira da jovem —, a Maísa está tendo uma crise de asma no banheiro. 
Várias exclamações de surpresa ecoam pela sala, incluindo a de Laís:
   — Ai meu Deus! — Ela pula de sua carteira e revira a mochila de Maísa atrás da bombinha. — Vou lá, professor! — avisa ao achar o broncodilatador. 
   Ao sentir uma cutucada de Jonas em suas costas, Pedro vira para trás. 
   — Será que foi uma coisa muito grave? — pergunta Jonas visivelmente preocupado com Maísa. Se a situação não fosse tão séria Pedro até brincaria com ele, mas o máximo que consegue dizer é:
   — Não sei. 

Minutos depois os adolescentes são liberados para o intervalo. Determinado em obter uma resposta para a sua pergunta, Jonas encaminha-se até a enfermaria pois sabe que Maísa foi levada para lá depois da crise de asma. Ele passa pelas grandes portas brancas e pergunta para a primeira enfermeira que vê:
   — Eu gostaria de saber onde está a aluna Maísa Rabelo? 
   — Jonas? — Ele ouve a voz de Maísa antes da enfermeira abrir a boca e olha para o lado esquerdo, vendo a loira deitada em uma cama rodeada por cortinas brancas. 
   — Maísa — ele fala com os olhos ficando repentinamente brilhantes. 

Quando está prestes a sair da sala de aula, Yasmin sente uma mão se fechar em seu braço e se vira, vendo Victor bem próximo. O rosto dele é sério, os olhos frios e expressão dura. 
   — E então — ele fala —, você vai ou não me contar o que está acontecendo? 
Yasmin fita intensamente os olhos dele e retorque:
   — Você quer saber mesmo o que está acontecendo? 


Comentários

  1. Será que vai ter DR de yasvic? Muito ansiosa para o próximo capítulo!!!!

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  2. Amei o capitulo, ainda bem que não aconteceu nada de mais com o arthur,continua logo pfv

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