Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 214: Lembranças do namoro com Jonas cercam Isabela


Yasmin coloca as mãos no muro de proteção da sacada do quarto de Victor e sente da presença dele em suas costas. Ela sorri e vira, deparando-se com o seu namorado. O casal fica se olhando por um tempo, ambos admirando a beleza do outro. Lentamente, Victor coloca uma mão na nuca dela e beija seus lábios. Yasmin envolve os ombros dele, abraçando-o.
   — Seus olhos são tão lindos — ele comenta acariciando a bochecha dela. 
Yasmin sorri. 
   — O meu avô materno costumava dizer que eu tenho os olhos da minha mãe e o olhar do meu pai. 
   — Não entendi. 
   — Os meus olhos são azuis como os da minha mãe, só que mais escuros, e o meu olhar é igual do meu pai, atrevido, astuto. 
Victor ri e dá um selinho nela. 
   — Isso é verdade. 
A loirinha empurra o loiro contra o muro, invertendo as posições. 
   — Porém, para o que eu quero fazer, não preciso muito dos meus olhos, e sim de outra parte do meu rosto. 
Victor sorri com malícia e pergunta ao colocar as mãos na cintura dela. 
   — Que parte seria essa? 
   — Você vai descobrir. — Ela começa a beijá-lo com voracidade e Victor retribui imediatamente. Eles ficam se beijando durante um longo tempo e se assustam ao ouvir a voz de Arthur chamando o filho. 
   — Victor? 
O casal se solta ofegante e retorna para o quarto. 
   — Ah, aí estão vocês! — exclama Arthur ignorando as roupas amassadas dos dois. — Vamos descer, o almoço já está pronto. 
   — Ah — fala Victor. — Vamos. 
Arthur sai do quarto, Yasmin e Victor se olham, riem e seguem o cantor. 

Dando duas batidinhas na porta, Marina entra no quarto de hóspedes. 
   — Ei — chama. — Vamos almoçar? 
   — Agora? — pergunta Brian em inglês. 
   — Sim, o almoço ficou pronto. 
Brian sorri e abaixa a tela de seu notebook. 
   — Estava assistindo uma série no Netflix.
   — É? — indaga Marina colocando um joelho na cama dele. — Que tipo de série? Gossip Girl? Pretty Little Liars?
Brian ri e joga ela na cama. 
   — Não, engraçadinha. — Marina começa a gargalhar. — Você está achando graça, é? Vou te dar motivos para rir de verdade. 
Brian coloca as mãos na barriga de Marina e faz cócegas na pele dela, que se contorce e ri. 
   — Para, Brian! — ela pede entre as gargalhadas. — Para!
Brian ri com ela, mas não atende ao seu pedido. Após alguns segundos, Marina consegue pular da cama e começa a fazer cócegas nele. Brian ri e empurra as mãos dela, falando:
   — Eu estava pegando leve com você, mas agora você vai ver. 
Marina grita e tenta chegar até a porta, mas Brian alcança ela no caminho e continua sua série de cócegas. A morena ri e se sacode nos braços dele, buscando sair do aperto e retribuir as cócegas. Seu abdômen começa a doer de tanto que ela ri e quando não vê outra saída, morde o braço de Brian. O americano solta ela e Marina volta a fazer cócegas nele. Brian ri e empurra ela contra a parede, Marina tenta se soltar, porém o loiro prende ela com o próprio corpo. Eles riem e param ofegantes. 
   Seus olhares se encontram e Brian coloca uma mão na nuca dela. Marina não consegue se mover, por isso permanece olhando fixamente para ele com a respiração entrecortada.

De mãos dadas, Daniel e Luíza saem do restaurante e ao entrarem no carro, ele fala:
   — Nós não vamos para casa. 
   — Como? — indaga Luíza e o seu olhar se estreita. — Dan, se você está pensando em ir atrás do Augusto agora, eu não...
   — Não é nada disso, Lu — ele a interrompe sorrindo. 
   — Então para onde nós vamos? 
Daniel liga o automóvel e fala enigmaticamente:
   — Você saberá no momento certo. 

Aos poucos, Brian aproxima seu rosto do de Marina e quando está à poucos centímetros da boca dela, desvia e apoia sua testa no ombro da morena. 
   — Isso não é certo — ele sussurra contra a pele dela. Marina sacode a cabeça, falando:
   — Não, não é. — Ela empurra Brian e praticamente corre até a porta. — Vamos almoçar. 

Depois de almoçar somente com Vinícius, pois Mel está em reunião na MelPhia, Isabela decide organizar seu closet. Trancada em seu quarto, ela caminha até o espaço com Nina. 
   — Está na hora de arrumar essa baguncinha aqui, né? — ela comenta com a cadelinha. 
Ela toma a decisão de arrumar primeiro o armário de roupas, pois sabe que lá está boa parte da bagunça. 
   — Eu não deveria ter deixado para arrumar depois — fala empurrando seus cabides com roupas para um lado. — Esse depois demorou semanas e agora estou eu, aqui. — Algo na parede do armário desperta o seu interesse e ela exclama: — Olha! Nina, vem cá ver. — Ela se agacha e pega seu bichinho de estimação no colo. — Esse é o meu cofre. — Ela ri. — Sim, eu tenho um cofre, mas eu não uso. Na verdade nem sei se tem alguma coisa aí dentro. — Depois de colocar Nina no chão, ela aperta os  dígitos da senha e abre o cofre. Sua pupila dilata quando os seus olhos pousam no objeto que está lá dentro. — Não acredito!
   Isabela pega uma caixa média e pesada e senta no chão, colocando o objeto em sua frente. Nina fareja a tampa e olha com curiosidade para a dona, que fita intensamente a caixa. 

Durante o almoço, Brian evita olhar para Marina e remexe em sua comida sem nenhum apetite. Após alguns segundos olhando para o nada, percebe que está encarando sem querer o rosto de Yasmin. Ele desvia o olhar e olha para os outros para ver se alguém percebeu, mas Lua, Arthur, Victor, Marina e Yasmin conversam com tranquilidade. 

Minutos depois, Daniel estaciona em frente a uma reserva ecológica.
   — Que lugar é esse? — Luíza questiona. 
   — Um lugar especial para nós — responde Daniel e ela fica se sentindo culpada, pois não faz ideia de que lugar seja esse. — Vem, nós vamos ter que andar um pouquinho até chegarmos ao lugar exato que quero que você veja.
Eles descem do carro e entram na reserva, após pegarem uma trilha na mata fechada, Luíza começa a reconhecer o ambiente. 
   — Esse lugar... — Ela sorri. — Não pode ser. 
   — Não pode ser o quê? 
O sorriso de Luíza aumenta quando vai confirmando sua ideia. 
   — Dan, não acredito que você me trouxe aqui depois de tantos anos. 
Daniel ri e dá um beijo no cabelo dela. 

Com as mãos pequenas, Isabela abre a caixa e seu coração acelera ao ver as roupas, os acessórios e os papéis que se amontam lá dentro. Ela pega um colar comprido com um pingente de bailarina do topo das roupas e ao tocar no metal se recorda do momento em que ganhou aquele presente:
   De mãos dadas e com enormes sorrisos nos rostos, Isabela e Jonas caminham por um parque de diversões no começo da noite, após passarem uma tarde nos brinquedos. Ela come um algodão doce e ele pipoca. 
   — Você está bem? — pergunta o garoto. 
   — Sim, por quê? 
   — Pensei que você fosse vomitar naquele último brinquedo — ele fala rindo. 
   — Posso te confessar uma coisa? Isso quase aconteceu.
Eles gargalham e Jonas pega um pouco do algodão doce dela para misturar com sua pipoca. 
   — Eu tenho uma coisa para te dar. 
   — O quê? — indaga Isabela com curiosidade. Eles param próximos a uma roda gigante e Jonas apalpa os bolsos.
   — Ai que susto! — exclama soltando um suspiro. — Pensei que tivesse perdido nos brinquedos. — Isabela ri e acompanha ele tirar um embrulho pequeno do bolso traseiro da calça jeans. — Pra você. 
Jonas entrega o embrulho para ela, que pega com as mãos pequenas e abre com habilidade. 
   — Que lindo, Jonas! — exclama ao ver o colar com pingente de bailarina. 
   — Para a minha bailarina linda. 
Isabela sorri.
   — Faz tanto tempo que eu não danço. 
   — Mas você sempre será minha bailarina linda. 
Eles dão um beijo e Jonas coloca o colar nela. Isabela, com um sorriso no rosto, passa a mão no pingente. 
   O pingente de bailarina brilha com a luz do closet de Isabela e ela fecha os dedos da mão, apertando o objeto na palma de sua mão. Quando começa a sentir dor na região, solta o pingente no chão e volta a analisar o conteúdo da caixa. Juntamente com os objetos que ganhou de Jonas, revive momentos que passou ao lado dele:
   Em uma manhã quente do mês de julho, Isabela sai do banheiro e sente um cheiro agradável de flores e café. Ela franze a testa levemente e caminha até a sacada de seu quarto, de onde vem o cheiro. Um sorriso de surpresa surge em seu rosto ao ver Jonas sentado na mesinha de decoração com um farto café da manhã e flores sobre a superfície de madeira. 
   — Bom dia! — Ele sorri ao levantar da cadeira. 
   — Como você entrou aqui? — pergunta Isabela rindo. 
   — Esperei você ir para o banheiro e preparei tudo. 
A morena sorri e sacode a cabeça, incrédula. 
   — Você é maluco. 
Jonas ri e coloca as mãos na nuca dela. 
   — Eu queria deixar sua manhã mais doce. 
   — Não precisava dessa mesa de café da manhã, bastava você aparecer. 
Eles sorriem e se beijam. 
   Dias depois, Isabela corre e pula na piscina da casa de Jonas. Ela mergulha e sente as mãos firmes do garoto em sua cintura, trazendo ela para a superfície. 
   — Belo salto, Bela. 
A morena sorri e tira o cabelo do rosto. 
   — Obrigado. 
Jonas suga uma gotícula de água do lábio dela e beija ela. Isabela passa os braços pelos ombros dele, ficando na ponta dos pés dentro d'água. 
   — Te amo — ela fala no ouvido dele após o beijo. Jonas dá um beijo no pescoço dela e responde em um sussurro:
   — Eu também te amo. Muito. 
   — Será que era verdade? — Isabela se pergunta sentada no chão de seu closet. Ela sacode a cabeça e fecha a caixa. — Não sei porquê ainda guardo tudo isso. Nem esses objetos, nem essas lembranças vão me fazer bem. — Ela olha para Nina. — Passado é passado, não é? — Nina late e lambe o braço dela. — O que importa é o presente. — Olhando para a caixa, repente baixinho: — O presente. 

Na cozinha da mansão de Lua e Arthur, Victor e Yasmin conversam após o almoço. A loirinha está sentada em uma banqueta com Victor em sua frente. 
   — Você reparou que o Brian não tirou os olhos de você? — ele pergunta com uma das mãos no joelho dela. 
   — Hã? 
   — O Brian ficou olhando para você durante um bom tempo no almoço. 
   — Sério? Nem notei. 
   — Pois é, ele ficou — garante Victor e Yasmin lembra da última vez que ficou sozinha com Brian. Ela engole em seco e dá de ombros. 
   — Ah, deve ser só impressão sua. 
   — Aham — ironiza Victor e para descontrair, Yasmin ri. 
   — Vai dizer que você ficou com ciúmes? 
   — Não, eu não tenho mais ciúmes do Brian. 
   — É? 
Victor puxa a banqueta de Yasmin para mais perto de si. 
   — Eu não tenho ciúmes do Brian, nem de ninguém, confio no meu potencial. 
Yasmin ri e brinca: 
   — Iludido.

Alguns minutos de caminhada se passam até que Daniel e Luíza chegam em uma cachoeira. Os olhos de Luíza ficam marejados ao ver o local em que eles se beijaram, no começo do que seria uma relação de anos. A sensação de déjà vu invade sua mente e ela lembra do momento em específico:
Daniel sorri e faz um leve carinho na perna de Luíza. Ela puxa a perna, sem graça.
   — Você já quer ir embora, né? — Daniel pergunta.
   — Tô querendo ir embora desde o momento que pisei nessa trilha.
Daniel dá um leve sorriso.
   — Desculpa, é que eu não resisto a um lugar ao ar livre.
   — Nem eu, mas não quando eu estou perdida e com fome.
Os dois sorriem e se olham por um momento. Daniel se aproxima ainda mais de Luíza.
   — Você vai virar o rosto de novo?
   — Não prefere descobrir sozinho? — desafia ela.
Daniel sorri e se inclina para beijar Luíza. Dessa vez ela não vira o rosto nem desvia, apenas deixa que o beijo aconteça. Os lábios dos dois se tocam e eles iniciam um beijo calmo e delicioso. Daniel puxa Luíza para mais perto, ela não se importa que ele esteja molhado, pois a temperatura dos dois está bem elevada. Eles param o beijo com selinhos. 
   Você é linda — Daniel elogia passando a mão pelo cabelo dela.
Luíza se afasta e pede:
   — Vamos embora.
   — Eu fiz alguma coisa errada? — ele pergunta levantando.
Pela primeira vez Luíza percebe uma insegurança em Daniel. Não consegue segurar um sorriso.
   — Eu só quero ir embora.
   — Ok, vamos.
Daniel pega sua camisa e a veste. Depois pega Luíza no colo e eles voltam para a trilha.
   — Seu joelho está melhor? — ele pergunta.
   — Tá sim, já pode me colocar no chão.
   — Não me importo de te levar. Gosto de ter você nos meus braços.
Luíza se arrepia e Daniel percebe e indaga:
   — Tá com frio?
Luíza pensa: "Não, seu bobo, é você que me causa isso." Em vez disso, diz:
   — Não, mas você deve estar, né? Tá molhado.
   — Não estou, não. — E completa em pensamento: "Estou até com calor."
Com o coração acelerado, Luíza pisca rapidamente e aperta a mão de Daniel. 
   — Como você achou esse lugar de novo? 
   — Eu tenho as minhas fontes, né? — ele brinca. 
Luíza ri. 
   — Caramba! Aquela mata fechada agora faz parte de uma reserva. 
   — Você viu como a cidade se desenvolveu pra cá? 
   — Vi. É impressionante! — exclama Luíza perplexa. 
   — Agora — fala Daniel soltando a mão dela. — Você não acha que está na hora de dar aquele mergulho que você não quis dar anos atrás? 
Luíza sorri. 
   — Acho que já passou da hora. 
Eles riem e tiram suas roupas, ficando apenas com os trajes íntimos.
   — No três — fala Luíza. — Um.
   — Dois. 
   — Três!
O casal corre e pula no rio formado pela cachoeira. Ao voltar para superfície, Luíza começa a rir. 
   — O que foi? — indaga Daniel parando na frente dela. 
Ainda rindo, a psicóloga responde:
   — Se eu soubesse que essa água é tão gostosa, tinha mergulhado daquela vez, com joelho ralado e tudo.
Eles gargalham e Daniel coloca as mãos na cintura dela. 
   — Essa cachoeira é testemunha do nosso amor. 
   — Sim! Ela é e continuará sendo, porque assim como ela está protegida aqui, nessa reserva, o nosso amor está salvo de tudo e de todos. 
   — Eu te amo — sussurra Daniel. 
   — Eu também. 
Eles se abraçam e se beijam. 

Sozinhos na sala de estar, Marina e Brian assistem televisão em silêncio. Durante o comercial do programa que assistem, ela se aproxima mais dele no sofá. 
   — Brian — chama. 
   — Oi. 
Marina pega em uma das mãos dele. 
   — Vamos esquecer o que aconteceu antes do almoço? 
   — Tudo bem. 
   — Nós não queríamos aquilo e nada aconteceu, então não tem porquê nós ficarmos nesse clima estranho. 
Brian assente. 
   — Você tem razão, é que eu não sei explicar o que aconteceu. 
   — Nem eu, mas às vezes tem coisas que não tem explicação mesmo. 
   — Você tem razão. 
Marina sorri e aperta os dedos dele. 
   — Nada vai abalar a nossa amizade, lembra? Nem nós mesmos. 
Brian ri. 
   — Você tem razão, ninguém nem nós mesmos. 
Eles se olham com sorriso no rosto e se abraçam apertado. 

Na manhã seguinte, minutos antes de tocar o sinal, Maísa desce os degraus da escada do segundo para o primeiro andar. Os corredores dessa parte do colégio estão desertos, pois as salas ficam no andar de baixo. Enquanto desce, vê Jonas subir. 
   — Ah não! — exclama revirando os olhos. Ela espera Jonas se aproximar mais para completar: — Tantas pessoas para eu encontrar logo pela manhã, tinha que ser logo você? 
   — Compartilhamos de um azar impressionante — concorda Jonas parando um degrau abaixo do dela. 
   — Você vai ficar parado no meu caminho mesmo? — ela pergunta. 
Jonas olha para os lados. 
   — Você tem outros caminhos. 
   — Você faz isso de propósito, né? 
   — Isso é você quem está dizendo. 
   — Só pode ser, cara! Parece uma braga, uma cruz que eu tenho que carregar. 
   — Uma cruz bem bonita. 
   — É uma questão de opinião. 
   — Sim e eu aposto que você concorda comigo — provoca Jonas. 
   — Eu prefiro...
   — Eu não quero saber as suas preferências — ele corta, já imaginando que ela falaria de Samuel. 
   — A verdade te incomoda?
   — Não mais do que a sua presença. 
   — Você não parece se incomodar tanto com a minha presença, já que continua parado na minha frente. 
   — É porque você... — Ele não conclui a frase. 
   — Por quê o quê? — indaga Maísa descendo um degrau, ficando frente a frente com Jonas. — Eu te faço perder as palavras? 
   — Você me faz muitas coisas, mas isso não.
Maísa sorri. 
   — O que eu faço? 
   — Você me faz sentir raiva, ódio, desprezo. 
   — Sério? — ela pergunta sem tirar o sorriso do rosto. Jonas não responde e eles ficam quietos por alguns segundos, período de tempo para o sorriso de Maísa desaparecer. Ele ergue a mão até o rosto dela e acaricia sua bochecha. Sem perceber, Maísa aproxima seu rosto do dele e Jonas faz o mesmo. Quando seus narizes estão quase se encostando, ela empurra a mão dele e volta a subir um degrau. 
   — O que você está fazendo? — indaga. — Ah, deixa pra lá! — Ela desce, esbarra nele de propósito e desce as escadas pulando. Jonas respira fundo e sobe os degraus para o segundo andar tentando compreender o que acabou de ocorrer. 

Sentada na carteira de Isabela, Yasmin comenta com a amiga:
   — Ai, hoje eu estou de TPM, vou descontar em qualquer coisa. Ou qualquer pessoa. 
Isabela sorri. 
   — Desculpinha para ser grossa?  
   — Quase isso — responde Yasmin sorrindo. Perto delas, na mesa de Vinícius, Marina e ele namoram. 
   — Eu pensei que fosse chegar atrasada — comenta a garota passando a mão pelo cabelo dele. 
   — Pensou, mas chegou antes do sinal.
   — Pois é, os meus pensamentos não estão muito certos hoje. — Eles riem. — Como foi a sua noite? 
   — Boa, eu fui até o apartamento do meu pai e a gente tocou durante o jantar.
Marina sorri levemente. 
   — União de talentos.
Vinícius gargalha. 
   — União de talentos? Para haver união, precisaria haver talento em ambas as partes. 
   — Você tem talento, seu bobo, tem muito.
   — Eu sei disso, estava me referindo ao meu pai — brinca Vinícius e eles gargalham. A risada de Marina é interrompida por Talita, que acerta a garota com sua mochila. 
   — Desculpa — pede com mau-humor. 
   — Não me viu aqui? — indaga Marina olhando por sobre o ombro para ela. 
   — Vi, mas minha mochila bateu sem querer em você — explica Talita sentando em sua carteira, que fica na frente da de Vinícius.
   — É claro que foi sem querer, porque se fosse proposital eu ia começar a achar que você tem alguma coisa contra mim.
Talita ri e olha para ela.
   — Acredite, eu não bato com a minha mochila nas pessoas que tenho algo contra. 
   — Só em mim — Marina revira os olhos.
   — Eu já disse que foi sem querer, garota! — fala Talita elevando a voz.
   — Também não precisa gritar comigo.
   — Eu estou explicando, mas você parece estar com dificuldade de entender. 
   — Está me chamando de burra? — indaga Marina começando a ficar com raiva. 
   — Se a carapuça lhe serviu! — provoca Talita.
   — Olha aqui, garota — começa Marina pulando da mesa do namorado. A discussão entre elas chama a atenção de Isabela, Yasmin, Felipe, Victor e Amanda que estão ao redor. 
   — Mari, deixa pra lá — pede Vinícius com calma.
   — Eu não vou deixar pra lá — retruca Marina. — Essa garota acerta com a mochila dela nas minhas costas e depois vem me chamar de burra? — Seu olhar se fixa no rosto de Talita, que também ficou em pé. — Quem você pensa que é? 
Enquanto elas discutem, Victor vira de costas para atender ao seu celular. 
   — Oi, mãe — fala. — Aconteceu alguma coisa para a senhora me ligar essa hora? Eu acabei de sair de casa.
Yasmin pula da mesa de Isabela se aproxima do namorado à tempo de ver a expressão vazia dele, o que indica que algo aconteceu. 
   — Está tudo bem, Victor? — perguntando com espanto e curiosidade. 


Comentários

  1. O clima esquento entre victor e yasmin, o que será que a lua disse pra ele, já to morrendo de curiosidade, continua logo pfv

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  2. O que será que aconteceu?
    Vc quer realmente me matar Rê!!! Kkkkkkkmm

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  3. Continua logo, to morrendo de curiosidade

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