Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 197: Mel ganha flores de Chay, mas se decepciona com o cantor


O rosto de Mel expressa o espanto que ela está sentindo. Após um curto período para se recuperar, ela pede para a governanta:
   — Coloca em um vaso de flores, por favor. 
   — Sim, senhora. — Vera sai com o buquê e Mel volta a se recolher no sofá. 
   — Estou de volta — fala pegando o telefone. 
   — Que bom. Aconteceu alguma coisa? — pergunta Reinaldo e ela identifica um tom de preocupação na voz dele. 
   — Não — responde para tranquilizá-lo e acrescenta em um tom melancólico: — Ocorreu apenas um engano aqui em casa. 
Ao pronunciar estas palavras, Mel constata que gostaria que Reinaldo fosse o mandante das flores, e não Chay. Essa constatação faz parte de seu coração entristecer, mas outra parte vibra. 

Em um sofazinho pequeno de couro, Malu, Samuel, Pedro e Jonas se espremem e ouvem as palavras de Joaquim. 
   — Esses dois policiais vieram ao colégio para pegar as imagens das câmeras de segurança do colégio que serão usadas no processo contra o homem que tentou assaltar o Samuel e acabou ferindo vocês. Eles decidiram aproveitar que estão aqui para colher novos depoimentos de vocês quatro. — Ele olha para os policiais, dando a palavra à eles. 
   — Como o diretor Joaquim explicou — fala um policial de cabelos alaranjados. — Nós estamos aqui para colher novos depoimentos de vocês. Isso será importante para o andamento do processo contra o criminoso. 
   — Nós somos obrigados a falar? — pergunta Jonas na ponta do sofá ao lado de Pedro. 
   — Não, mas por que vocês se negariam? Afinal, isso ajuda a encarcerar o homem que feriu vocês. 
Jonas assente e fica mudo. 
   — Então — fala o policial barrigudo que permanecia calado. — Quem vai ser o primeiro? 
Os quatro ficam em silêncio, até que Samuel diz:
   — Pode ser eu. 
   — Ok. — O policial liga um gravador. — Samuel Hamid, correto? 
   — Sim. 
   — Você pode nos contar do que se lembra daquele dia, Samuel? 
   — Posso. O meu dia estava normal até a saída do colégio. Eu atravessei a rua com o Pedro e o Jonas e quando nós estávamos caminhando para o carro, um homem parou a gente e falou para eu entregar o meu celular. Por instinto, eu segurei o celular e empurrei ele, daí ele tirou uma arma de dentro da calça e me deu uma coronhada. Ele ia atirar, mas o Jonas empurrou o braço dele e a bala acertou o Pedro de raspão. Depois ele deu uma coronhada no Jonas e saiu correndo pela rua. 
   — Vocês têm alguma coisa para acrescentar? — indaga o policial ruivo para Pedro e Jonas. 
   — Não — respondem os dois garotos e Jonas acrescenta:
   — Ele falou tudo o que aconteceu. 
O policial barrigudo assente e olha para Malu. 
   — Foi neste momento que você foi baleada, né? — Malu confirma com a cabeça. — Conte-nos como foi. 
A morena está sentada entre Pedro e Samuel no sofá e sente os olhares deles em seu rosto quando começa a narrar o que se passou:
   — Eu estava na calçada do lado do colégio com uns amigos. Quando o cara atirou pela primeira vez, todo mundo começou a correr e a esbarrar na gente. Eu e uma amiga minha... 
   — Graziele Castro, confere? 
   — Sim. Eu e a ela ficamos apavoradas e eu abracei ela. — A garganta de Malu fica apertada e ela tem dificuldade em continuar. — Depois de alguns segundos eu senti uma queimação muito forte no braço esquerdo e soltei a Grazi. Quando eu olhei para o meu braço vi sangue escorrer pela minha pele, então de repente tudo começou a girar e ficar escuro e eu desmaiei. 
   — Entendi. Você não viu o homem atirar, então? 
   — Não, foi tudo muito rápido.
   — Ele atirou às cegas para a calçada — complementa Samuel. — Sem se importar se iria acertar ou não alguém. 
Os policiais assentem e fazem mais algumas perguntas. Enquanto Jonas responde a um questionamento, Samuel se atenta ao comportamento de Malu. A garota está tensa como uma pedra ao seu lado e sua respiração está entrecortada e irregular. Sem pensar muito, ele coloca uma mão no joelho dela e começa a afagá-lo, tentando deixar a morena mais tranquila. Malu aceita por alguns segundos da carícia, mas logo empurra a mão dele de seu corpo. 

Depois de sentar Anelise novamente na cadeira, Bernardo se agacha na frente dela e dá as seguintes instruções:
   — Abaixa a cabeça lentamente. — Ele coloca uma mão na nuca dela e a ajuda a inclinar a cabeça para o chão. — Isso, encaixa a cabeça entre os joelhos. — Bernardo levanta com rapidez e enche uma colher com achocolatado. — Agora erga a cabeça devagar. 
Anelise começa a levantar a cabeça aos poucos e Bernardo coloca a colher com achocolatado na boca dela. 
   — Está melhorando — fala a blogueira imediatamente. 
   — Sua glicemia caiu — informa Bernardo com as mãos nos joelhos dela. — É comum quando se fica muito tempo em jejum. 
Aos poucos a boca e a pele dela vão ficando mais coradas. 
   — Já estou me sentindo bem melhor. 
Bernardo levanta, apaga o fogo da frigideira, onde estão as omeletes queimadas, e prepara um misto-quente para a esposa. 
   — Come — fala colocando um prato com o alimento na mesa. — Você precisa se alimentar. 
Anelise pega o pão com as mãos ainda geladas e começa a comer. 
   — Nossa, que susto eu levei — ela fala mastigando. 
   — Susto levei eu quando te vi daquele jeito. 
   — Eu estava suando frio. 
   — É isso que dá ficar sem comer, mocinha. 
Anelise dá um leve sorriso e continua comendo o misto-quente. Bernardo dá um beijo no cabelo dela e joga as omeletes queimadas no lixo. 

Durante a aula de biologia, a professora pede para que os alunos se sentem em duplas para resolverem alguns exercícios de genética. Victor senta ao lado de Yasmin na última carteira e ela conta com um sorriso no rosto:
   — Eu tive uma ideia!
   — Que ideia? 
   — Que tal se a gente saísse hoje a noite? 
   — Como assim, Yas? — indaga Victor franzindo a testa. — Você está de castigo, lembra? 
   — Eu sei, mas é só eu dar uma escapulida. A gente poderia ir à praia, eu amo ver o mar a noite. Que tal? 
O loiro pensa por um momento, pesando os prós e os contras. 
   — Ai, Yasmin, eu não sei. Você está de castigo, se o seu pai descobrir só vai piorar as coisas. 
Yasmin ri. 
   — Você está com medo, Victor? 
   — Estou por você. Não quero que você se ferre mais. 
   — Se a gente fizer bem feito o meu pai nem vai desconfiar. Vai, Victor, vamos!
   — Yasmin, Victor! — chama a professora. — É para fazer o exercício, e não ficar de conversa fiada. 
   — Foi mal, professora — diz Yasmin e olha para o livro. — E aí? — sussurra para o namorado. — Topa ou não? 
   — Não sei, deixa eu pensar um pouco. 
A loirinha sorri e começa a ler o enunciado da primeira questão. 

Horas mais tarde o sinal toca e os adolescentes são liberados. Antes que ela possa escapar assim como fez na saída da sala de Joaquim, Samuel segura no braço de Malu.
   — Me solta! — pede a garota. 
   — Você está bem? — ele pergunta. 
   — Estou, agora tira a mão de mim — exige Malu. 
   — Você estava pálida quando saiu da sala do Joaquim. 
   — Eu não gosto de relembrar o que aconteceu naquele dia. 
   — Nem eu. Eu só queria que você soubesse que eu ainda estou aqui, estou apenas esperando passar um tempo para que você possa colocar os pensamentos em ordem. 
   — Com os pensamentos em ordem ou não, eu vou querer você bem longe de mim. Agora, me solta!
   — Malu, eu não desisto fácil e nem sou vencido pelo cansaço. — Após dizer isto, ele tira os dedos do braço dela e Malu caminha apressadamente para a saída da sala, fingindo não se importar com as palavras dele. 

Mel entra na sala de jantar e vê as flores que recebeu de Chay em um vaso no centro da mesa. Ela se senta em sua cadeira, na cabeceira da mesa, e fica observando as rosas vermelhas em silêncio por um longo tempo. Após pensar em diversas coisas, decide ligar para o cantor. Ela disca o número dele e coloca o celular no ouvido. Seu coração acelera ainda mais a cada toque da chamada e praticamente sai pela boca quando ouve uma voz feminina atender:
   — Alô? 
Perplexa, Mel desliga na cara da mulher. 
   — Não acredito nisso! — fala com a boca seca. 

Em frente ao colégio, os jovens se despedem de seus namorados antes de entrarem nos carros que foram buscá-los. Isabela fica na ponta dos pés para beijar Felipe e brinca:
   — Preciso de um banquinho. 
Felipe tira ela do chão, erguendo o corpo dela até que o rosto esteja na altura do seu. 
   — Não precisa mais.
Isabela sorri e dá um beijinho nele. 
   — Agora me coloca no chão que eu preciso ir. 
   — Sim, senhora. — Felipe ri e coloca os pés dela no chão. — Mais tarde a gente se vê? 
   — Quem sabe? — indaga Isabela misteriosamente. Eles sorriem um para o outro e ela caminha em direção ao carro dirigido por Evaldo. 
Próximos à eles, Marina e Vinícius conversam. 
   — Vou passar a tarde no salão hoje — ela conta. 
   — Sério? 
   — Sim, vou fazer tudo o que eu tenho direito. 
   — Por quê? 
Marina dá um giro sem sair do lugar e responde:
   — Porque eu sou diva, queridinho.
Eles riem e se beijam. 
   — Enquanto você fica ainda mais linda, eu malho. 
   — Só não malha muito porque eu não quero você maromba. 
   — Nem eu me quero assim. — Eles riem mais uma vez. — Agora eu tenho que ir. Tchau, linda!
   — Tchau, amor!
O casal dá um selinho e Vinícius entra no carro com a irmã.
   — Vamos, Yas — chama Felipe passando pela loirinha e por Victor à caminho do carro.
   — Já estou indo! — Ela olha para o namorado e pergunta: — E aí, a gente vai ou não fazer aquilo? 
   — Você tem certeza de que quer fazer isso? 
   — Absoluta. 
   — Ok, então quem sou eu para dar pra trás? 
Yasmin ri e comemora. 
   — Então mais tarde a gente se vê. Tchau! 
   — Tchau! — Ela gira para caminhar até o carro, mas Victor pega em seu braço e a puxa para perto novamente. — Faltou alguma coisa, você não acha? 
Yasmin ri, abraça e dá um beijo no namorado. 
   — Anda logo, Yasmin! — apressa Felipe de dentro do automóvel. — Eu estou com fome!
   — Você ouviu, né? — ela fala entre o beijo. — Eu tenho que ir. Fui! 
A loirinha se desvencilha do abraço de Victor e corre para o carro. 

Durante a tarde, Yasmin tenta apelar para Sophia pra sair do castigo. Ela vai até o quintal, pois sabe que sua mãe está lá pegando Sol. 
   — Oi, mãe — diz sentando no chão ao lado da espreguiçadeira da empresária. 
   — Oi, Yasmin. 
   — A senhora está sabendo do que aconteceu ontem? — pergunta em um tom inocente. 
Sophia dá um leve sorriso. 
   — Estou. 
   — E o que a senhora acha? 
   — Que o seu pai tem razão. 
Yasmin fica de queixo caído. 
   — Até a senhora, mãe? 
   — Você desrespeitou o Micael. 
   — Eu não fiz isso! Foi ele quem criou um caso porque achou que eu estava fazendo amor com o Victor. 
   — E você foi malcriada com ele. 
   — Talvez eu tenha exagerado no uso das palavras — assume Yasmin —, mas não precisava ele ser tão cruel comigo. 
   — O seu pai só quer o seu bem. 
   — Me afastando do Victor? Não vejo bem nisso. — Ela torce o nariz para as próprias palavras. — Eca, não acredito que eu disse isso! — Sophia ri e continua tomando o seu banho de Sol. — Então, mãe, a senhora poderia dar uma aliviada nesse castigo, né? 
   — Se o seu pai acha que você merece esse castigo, então você vai continuar de castigo. 
   — Desde quando a senhora abaixa a cabeça para tudo o que o pai diz? — questiona Yasmin. 
Sophia tira os óculos escuros e encara a filha severamente. 
   — Eu não abaixo a cabeça para o Micael, reconheço quando ele está certo. E nesse caso, ele está certo. 
   — Mas, mãe...
   — Vai querer discutir comigo também, Yasmin? 
A loirinha engole em seco. 
   — Não — responde baixinho. 
   — Hum. — Sophia recoloca os óculos. — Foi o que eu pensei. 
Yasmin fica olhando para a mãe por alguns segundos, porém se levanta em seguida e entra na mansão emburrada. 

O Sol se despede de mais um dia e dá lugar a Lua no céu. Victor caminha até o escritório de Arthur e dá duas batidinhas na porta antes de entrar. 
   — Atrapalho, pai? 
   — Não. 
Victor senta em uma poltrona em frente à mesa do pai e pergunta:
   — Pai, o senhor poderia me emprestar a chave do carro? 
   — Não — responde Arthur instantaneamente. 
   — É só para dar uma volta aqui dentro do condomínio, ninguém vai me pegar. 
   — E pra que você quer dar uma volta no condomínio? 
   — Porque eu estou com saudades de dirigir e é sempre bom esfriar a cabeça um pouco. 
   — Hum — Arthur emite com desconfiança. — E para dar uma volta no condomínio precisa se arrumar todo? — indaga olhando para as roupas do filho. 
   — Eu não saio de casa de qualquer jeito. 
Arthur ri. 
   — Conta outra, Victor, você nunca foi vaidoso. 
   — Agora eu estou namorando a Yasmin, lembra? Acho que ela me contagiou. 
Ainda rindo, Arthur joga as chaves do carro para Victor. 
   — Só não demora muito. 
O loiro sorri e levanta. 
   — Valeu, pai! — Ele sai do escritório e manda uma mensagem para Yasmin: "Parte 1 concluída com sucesso."

Mel aproveita a sua banheira com hidromassagem para relaxar. Ela está com os olhos fechados, a boca entreaberta e o corpo submerso na água. Seu celular começa a tocar e ela vê na tela uma foto do ex-marido. Uma onda de raiva e ressentimento invade o seu corpo, levando embora toda a tranquilidade em que ela estava. 
   — Oi, Chay — fala secamente ao atender. 
   — Mel? Eu soube que você me ligou. 
   — Sim, liguei. 
   — Foi por causa das flores? 
Mel identifica a animação através do tom de voz dele e fica com ainda mais raiva. 
   — Sim, mas eu mudei de ideia quando ouvi uma mulher atendendo ao seu celular. 
   — Ah, era a Paola. 
O queixo de Mel despenca como se estivesse em queda livre. 
   — Como é? A loira da passagem de som que a Isabela comentou? E a que eu vi saindo de um restaurante com você? acrescenta em pensamento. 
   — A nova funcionária da minha equipe? Sim. 
   — Desde quando os seus funcionários atendem ao seu celular, Chay? — questiona Mel enfurecida. 
   — Desde quando eu estou ocupado para atender. 
   — Ah, sim. Você quer que eu acredite nisso? 
   — Como assim? O que você quer dizer? 
Mel esbraveja:
   — Eu quero dizer, Chay, que você só pode estar me fazendo de trouxa. Uma hora me chama para almoçar, outra me manda flores, mas ao que tudo indica está com outra. 
   — Você acha que eu e a Paola estamos juntos? — indaga Chay. 
   — Sim e eu estou certa, não estou? Seja sincero. 

Em seu closet, Yasmin termina de se arrumar no exato momento em que Victor manda outra mensagem para ela. 
   — Estou parado do outro lado da rua — lê a loirinha. Ela pega sua bolsa, calça os saltos altos e sai do quarto tomando cuidado para não fazer nenhum ruído. Com delicadeza, desce a escada, conferindo a todo momento se Sophia ou Micael estão se aproximando. — Beleza, deu tudo certo — sussurra ao chegar no térreo e caminha apressadamente para o hall. 
Seu coração dispara ao entrar no saguão e ver Micael de braços cruzados em frente à porta. 
   — Pretendendo sair, Yasmin? — pergunta o músico. 


Comentários

  1. Agora o chay ficou em uma saia justa? Será que chegou a hora de descobrirmos quem é a paola? As cenas das yasmim estão sendo bem divertidas kkkk.

    ResponderExcluir
  2. O loiro pensa por um momento, pesando os prós e os contras.
    — Ai, Yasmin, eu não sei. Você está de castigo, se o seu pai descobrir só vai piorar as coisas.
    Yasmin ri.
    — Você está com medo, Victor?
    — Estou por você. Não quero que você se ferre mais.
    Amo o Victor com esse jeito romântico descomprometido, é bonitinho mas não deixa de ser ele. 😍😍😍 Melhor casal!

    ResponderExcluir
  3. Sabia que não ia dar certo essa escapadinha da Yas com o Victor, mas ta sendo muito engraçado essa castigo dela kkkkkk
    continuaaa

    ResponderExcluir
  4. A yasmim se ferrou coitada :/
    Continua ta mto bom

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Veja mais

Mostrar mais

Postagens mais visitadas deste blog

Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - 1º Capítulo: Os rebeldes se reencontram

Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 85: Isabela reencontra Jonas no primeiro dia de aula