Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 191: Marina e Vinícius finalmente conversam


Atônita, Malu caminha até a mesa de doces e salgados que os amigos prepararam. Graziele vai até a amiga e pega em seu braço direito, a puxando para mais perto dos amigos.
   — Ficamos felizes com a sua volta — fala Thiago com um sorriso no rosto. 
   — Não mais do que eu — retorque Malu. — Não aguentava mais ficar trancafiada naquele lugar. 
   — Foi para o seu bem, filha — Lucas fala calmamente. 
   — Tudo por causa daquele bandidinho de mer...
   — Malu! — censura Nathália. — Aproveita a surpresa que os seus amigos fizeram. 
Malu sorri e assente, pegando um brigadeiro. 
   — Vocês realmente são meus amigos — fala enquanto mastiga. — Tudo o que eu precisava em um momento desse era de doce. Muito doce!
Os jovens gargalham e começam a comer e conversar com Malu. Enquanto serve um pedaço de bolo, Isabela indaga para Graziele:
   — Por que a Laís não veio? 
   — Eu não chamei — responde a ruiva sem papas na língua. 
   — Sério? 
   — É, não porque eu não queria ela aqui, é que... Olha, se eu chamasse a Laísa ou a Aline ou a Daniela e não chamasse a Maísa ia ficar super estranho, e eu não podia chamar a Maísa porque ia ficar mais estranho ainda. 
   — A Mayara anda com elas e veio, então elas vão ficar sabendo de qualquer jeito. 
   — Eu sei, mas como fazer uma festa surpresa para a Malu sem chamar a Mayara? Elas são amigas. 
Isabela assente. 
   — Isso é verdade. 
   — O jeito vai ser a gente fingir que nada está acontecendo — fala a ruiva e dá de ombros. 
Reunidos na sala, todos eles conversam sobre o que Malu passou. 
   — Eu quase tive um treco quando soube que você teve aquele lance com o remédio — fala Mayara rindo. 
   — Foi assustador — diz Malu. — Eu pensei que fosse morrer. — Ela enche a boca com bolo e diz depois de engoli-lo. — Agora está tudo bem, então não precisam se preocupar. Não foi dessa vez que vocês se livraram de mim!
Eles gargalham. 

Ao som de Meghan Trainor, Anelise dirige pelas ruas à caminho do barbeiro em que o seu marido está. Depois de ouvir diversas músicas da cantora e cantar boa parte delas, ela estaciona do outro lado da rua em que fica o barbeiro e desce. O asfalto está molhado por algum motivo e os saltos dela fazem barulho nas poças d'água. 
   — Bom dia! — fala ao entrar na barbearia moderna e os presentes olham para ela, inclusive seu esposo. 
   — Já estou terminando — fala Bernardo. 
   — Tudo bem. 
Anelise senta em um sofá e cruza as pernas. Alguns clientes admiram as pernas dela e Bernardo finge não perceber o comportamento deles. Assim que seu cabelo fica pronto e sua barba aparada, ele pula da cadeira e paga o barbeiro. 
   — Agora que tosou os seus pelos, a gente pode ir? — brinca Anelise saindo da barbearia com Bernardo. Ele dá uma risada irônica e passa um braço pela cintura dela enquanto aguarda para atravessar a rua. 
   — Eu lá sou cachorro para tosar pelos? 
   — Não sei, ainda tenho minhas dúvidas. 
   — Palhaça. 
Anelise ri e vira a cabeça, dando um beijo no esposo. Em seguida, eles dão as mãos, atravessam a rua e entram no carro dela. 
   — Partiu shopping? — indaga Anelise ligando o carro. 
   — Partiu.
Eles riem e ela dá partida no veículo. 

Marina coloca seu pratinho de salgados sobre a mesinha de centro e caminha discretamente até um corredor onde assoa o nariz. Vinícius sai de uma porta, enxugando as mãos na calça jeans, e se depara com ela. Eles olham um para o outro e dão um sorriso tímido. 
   — Está tudo bem com você? — ele pergunta olhando para o lenço nas mãos dela. 
   — Sim. 
   — Você parece bem... gripada. 
Marina sorri, o que parece deixar o seu nariz vermelho ainda mais evidente. 
   — Estou praticamente dopada de tantos remédios que eu tomei. 
Vinícius ri, mas alerta:
   — Toma cuidado com a quantidade de medicamentos que você está usando, hein? 
   — Sim, senhor. 
Eles riem e ficam se olhando em silêncio por um período, até Marina dizer:
   — É melhor a gente voltar. 
   — É — concorda Vinícius. 
Na sala, Malu conversa com Mayara comendo empadinhas. Em um determinado momento da conversa, Samuel se torna o assunto. 
   — Cheguei até a pensar que se tivesse ficado com você, isso não teria acontecido — fala Malu sorrindo. 
   — Viu o que perdeu, docinho? — brinca Mayara. — Agora a fila andou e eu estou com a Vanessa. 
Malu funga. 
   — Triste realidade. — Ela gargalha e Mayara faz o mesmo. 

Vera entra no closet de Mel e informa:
   — O táxi chegou. 
   — Ah, sim! Obrigada, Verinha. 
   — Por que a senhora vai pegar um táxi? O carro da empresa não está funcionando? 
Mel sorri e pega a sua bolsa. 
   — Não é isso, é que eu pretendo voltar dirigindo o meu carro. 
   — A senhora vai comprar o carro novo? 
   — Sim! Demorou, mas finalmente eu irei comprar o meu carrinho. 
Vera sorri e vê Mel sair do closet. 
   — Faça uma boa escolha. 
   — Farei! — responde Mel deixando o quarto. 

Ao final da festa surpresa, ficam apenas a filha dos donos da casa e sua melhor amiga na sala. 
   — Gostou do que a gente preparou? — pergunta Graziele esparramada em um sofá com Malu. 
   — Adorei! De verdade. Estava precisando de uma festinha assim para lembrar quem são os meus verdadeiros amigos.
Graziele dá um leve sorriso. 
   — Ei, nada de ficar remoendo o que aconteceu. 
Malu come um beijinho e desconversa:
   — Não sei nem do que você está falando!
A ruiva sorri e mastiga um pedaço de bolo. Elas ouvem o interfone tocar, mas não se movem e nem comentam. Instantes depois a empregada corre para abrir a porta e Malu quase deixa cair o brigadeiro que segura ao ver quem é a visita inesperada. Graziele olha para a porta e fica de queixo caído.
   — O que você está fazendo aqui? — pergunta Malu levantando. Samuel, com as mãos nos bolsos da calça jeans, olha intensamente para os olhos dela.

Assim que saíram da festa de Malu, os filhos dos ex-rebeldes foram para a praça do condomínio e lá Yasmin, Victor e Felipe começaram a brincar no parquinho que fica no centro rodeado por areia. 
   — Eu amo escorregador — fala Yasmin subindo os degraus do brinquedo. Em seguida ela desliza pela rampa e pousa com suavidade na areia. Victor e Felipe se divertem na gangorra. Em um certo momento, o loiro fixa os pés na areia e reluta a subir, de modo que Felipe fique no ar. 
   — Para de graça — fala o moreno tentando reverter a situação. Victor ri e permanece imóvel. Felipe se esforça e Victor não consegue continuar preso ao chão. Eles voltam a brincar até que Felipe faz o mesmo que Victor fez. — Legal, né? 
   — Bobão — fala Victor em cima. 
Isabela, Marina e Vinícius se divertem com a situação e riem sentados em um banco. 

Após deixar o seu prato de bolo na mesinha de centro, Graziele levanta do sofá e fala:
   — Eu vou indo. 
Malu olha para ela e assente. A ruiva caminha até a porta e sai enquanto a empregada se retira da sala, de modo que Malu e Samuel ficam sozinhos. 
   — O que você está fazendo aqui? — repete Malu e Samuel anda até o sofá, dizendo:
   — Eu fui novamente te visitar hoje e recebi a notícia de que você tinha recebido alta. Então, resolvi vir até aqui! 
   — Por quê? — indaga Malu. — Não ficou claro que eu não queria te ver? Ou você achou mesmo que eu estava sempre ocupada quando você ia me visitar? 
Samuel dá um leve sorriso. 
   — Eu saquei o seu jogo. 
   — Então o que você faz aqui? 
   — Queria saber como você está. 
   — Estou bem. — Ela olha para o rosto dele, bem menos machucado. — E pelo visto você também. 
   — Você não diria isso se visse a minha barriga. 
   — Pretendo continuar sem ver — corta Malu. — Enfim, agora que você já sabe que eu estou bem, pode vazar. 
   — Para quem não se importava você parece bem nervosinha. 
   — Quer saber de uma coisa? — indaga Malu se aproximando dele. — Eu menti! Eu me importo sim com o que aconteceu. E sabe o que eu acho? Acho que você é um filha da p*ta e mereceu todos os socos que o Jonas te deu. Aliás, se eu tivesse em condições, daria a minha contribuição também. 
   — Eu disse que foi um erro, Malu. 
   — Sim, realmente foi um erro. Você não estragou só com o que nós tínhamos, mas principalmente com a sua amizade com o Jonas. 
Samuel fica em silêncio por um instante. 
   — Eu e a Maísa nos arrependemos profundamente do que fizemos. 
   — Acontece que se arrepender não muda os fatos. O que foi feito está feito e agora vocês vão ter que arcar com as consequências. 
   — Malu, me desculpa, por favor. Olha, eu fui todos os dias te visitar mesmo sabendo que você não queria me ver, estou aqui agora... acho que isso significa algo, né?
   — Eu também acho. Significa que você é um otário que não entendeu que eu não quero mais te ver!
   — Eu só quero que você me desculpe e que a gente possa voltar a ter o que a gente tinha. 
Malu ri. 
   — Você acha mesmo que é possível que isso aconteça?
Samuel cruza os braços e responde:
   — Eu acredito no meu sentimento e no seu também. 
   — Ah é? Bom pra você! Agora sai daqui. 
   — Não vou sair até ouvir de você que a gente ainda vai conversar. 
   — A gente não tem mais nada para conversar! Agora, vai embora, Samuel. 
   — Não. 
   — Eu vou ter que chamar o meu pai? 
   — Malu, por favor...
   — Não!
O rapaz pega nas mãos dela. 
   — Eu gosto de você e não quero te perder por causa de um beijo estúpido. 
   — Não posso fazer nada. 
   — Não é possível que você não sinta nem um pouco a minha falta. Nós éramos tão próximos!
   — O futuro será igual ao passado, Samuel. Quando você não significava nada para mim. 
   — Então você admite que no presente eu significo algo? 
   — Eu realmente achei que você significava alguma coisa, mas agora vi que estava enganada. — Ela puxa as mãos. — Sai!
   — Isso ainda não acabou, Malu. A nossa história ainda não acabou. — Antes que ela possa dizer ou fazer alguma coisa, Samuel rouba um beijo seu. Malu bate com a mão direita no peito dele e morde sua língua. 
   — Idiota! Some daqui. 
Samuel lambe os lábios e sai da mansão. 

Felipe sai da gangorra e caminha até o banco em que estão Isabela, Marina e Vinícius. 
   — Vem brincar com a gente? — chama pegando na mão da namorada. 
Isabela sorri e levanta, cantarolando:
   — Você quer brincar na neve?
Felipe ri e arrasta ela até o balanço. Marina e Vinícius ficam sozinhos e ela pergunta:
   — Você não quer ir brincar com eles? 
   — Estou sem disposição. Eu não preciso nem perguntar se você quer ir, né?
Marina sorri e enxuga o nariz com o lenço. 
   — Acho que não.
Eles riem e olham para os amigos. 
   — Não tiveram infância, né? — comenta Marina. 
   — Pior que tiveram. — Eles gargalham novamente. — Sabia que a gente se conheceu em um parquinho? 
   — É?
   — Sim, não foi em um parquinho literalmente, foi em um restaurante que tinha um parquinho. Foi lá que você e a Yas tiveram a primeira briga. 
Marina ri. 
   — Nem me lembrava disso!
   — Nem eu. Meu pai que me contou um tempo atrás. 
   — Ah! Eu sabia que o meu "amor" pela Yasmin vinha de tempos atrás. 
Eles riem e olham para os outros quatro que estão no balanço. Isabela e Victor são empurrados, respectivamente, por Felipe e Yasmin. Enquanto o moreno controla a força, Yasmin empurra o namorado com toda sua empolgação. Victor sobe cada vez mais alto e segura nas cordas do balanço com força para não cair. 
   — Yasmin, cuidado — alerta Isabela e a loirinha ignora, falando:
   — Relaxa, ele não vai morrer. 
Victor ri e sobe no ar mais uma vez. 
   — Eu não teria essa certeza. 
   — Está com medinho? — provoca Yasmin empurrando ele com ainda mais força. Victor ri e se segura firmemente. 
   — Ela é louca, definitivamente — fala Marina que observa tudo com Vinícius. 
   — Eles são loucos — corrige Vinícius. 
Yasmin vê que o balanço de Victor está bastante alto e forte e percebe que não conseguirá empurrá-lo mais, por isso se afasta. Victor sorri e espera que o brinquedo desacelere para pular. No entanto, um cílio entra em seu olho e ele tira uma das mãos para coçar a região. É nesse instante que ele se desequilibra e cai do balanço quando o brinquedo está no alto. 
   — Victor! — se assusta Isabela e desce do próprio balanço. Ela e Felipe correm até o loiro e Yasmin faz o mesmo. 
   — Victor — chama a loira se joelhando ao lado dele. — Victor, você está bem? 

Mel entra na garagem de sua mansão buzinando em seu carro novo. Vera surge rapidamente e fica surpresa do ver um Jeep Compass da cor branca parando em uma das vagas. 
   — Uau! É lindo — ela fala encantada. Mel desce do veículo com um sorriso de orelha a orelha. 
   — Estou apaixonada!
   — A senhora não iria comprar um mini cooper? 
   — Mudei de ideia — fala Mel rindo. — Radicalmente, né? 
   — Muito!
Elas riem e Mel deita de bruços no capô do veículo. 
   — É lindo o meu bebê. — É nesse instante que ela se lembra de que Chay pediu para que ela o chamasse quando fosse comprar o novo carro. Seu sorriso fraqueja, mas ela logo volta a ficar animada. 

Victor se remexe na areia e vira de barriga para cima, soltando um gemido. 
   — Acho que quebrei uma costela — fala sorrindo. 
   — É sério? — indaga Isabela preocupada.
Marina e Vinícius se juntam a eles. 
   — Não — responde Victor. — Só está doendo tudo mesmo. 
   — Vem, levanta — fala Yasmin pegando no braço dele. 
   — Sabia que essa brincadeira não ia acabar bem — diz Marina cruzando os braços. 
Yasmin ajuda Victor a se levantar e sacode alguns grãos de areia da roupa dele. Marina e Vinícius voltam para o banco onde estavam e Felipe e Isabela partem para o escorregador. 
   — Você está realmente bem? — pergunta Yasmin passando uma mão pelo cabelo dele. 
   — Estou. 
   — Você ficou bravo comigo? 
   — Por que eu ficaria? 
   — Porque fui eu que empurrei, né? 
   — Ah, Yas, foi só uma brincadeira. 
   — Então você não está bravo? — insiste Yasmin. 
   — Não, não estou bravo. — Ela sorri e dá um abraço apertado no namorado. — Só não me amassa muito porque está doendo. 
   — Ah, foi mal — pede Yasmin e eles riem. 
Nas escadas do escorregador, Isabela e Felipe namoram e conversam. Ela está no segundo degrau e ele na areia. 
   — Vou subir — ela diz e dá um selinho nele. 
   — Ok, te espero lá embaixo.
Isabela sorri e assente. Enquanto ela sobe os degraus Felipe rodeia o escorregador e vai parar na ponta do brinquedo. Isabela encara o namorado do alto do escorregador e senta para descer. Ao chegar no chão, ela abraça e beija Felipe. 
   — Você não quer descer? — pergunta entre os beijos. 
   — Não, aproveitei muito a gangorra. 
Isabela ri e passa a mão pelo rosto dele. 
   — Vamos brincar de outra coisa então. 
   — Eu tenho uma ótima ideia. 
Felipe olha intensamente para ela e a surpreende quando começa a fazer cócegas em sua barriga. Isabela começa a rir e se contorce tentando se livrar dos braços dele. 
   — Para! — pede entre os risos. — Para, Iago, para. 
Felipe tira as mãos de Isabela no instante em que ouve o nome de Iago. Ela toma consciência do que disse e olha ofegante para ele. 
   — É... desculpa. Saiu — se justifica com culpa. 
   — Não, está tudo bem — garante Felipe, porém seu olhar fica mais frio. — Vamos sentar um pouco. 
Felipe dá meia volta e vai para o banco em que Marina e Vinícius estão, Isabela morde um lábio e xinga baixinho:
   — Droga!

Deitada em sua cama, Malu relembra de alguns momentos com Samuel: 
"Malu desliga e guarda o celular na bolsa. 
   — Espero que sua mãe demore o tempo suficiente para a gente conversar — diz Samuel nas costas dela. A morena morde o lábio com raiva e vira para ele.
   — O que você está fazendo aqui?
   — Vim falar com você. 
   — Sobre o quê? — pergunta cruzando os braços.
   — Sobre a Mayara. Quero saber por que ela reagiu daquele jeito quando viu a gente se beijando.
   — Não é da sua conta. 
   — Custa responder?
   — Por que você não volta lá pra dentro? Aposto que a Jaqueline está te esperando. 
   — Eu sei que você viu a gente ficando — conta Samuel. 
   — E daí? Eu não me importo com quem você fica ou deixa de ficar. Não me interessa! 
   — Pelo visto interessa para a Mayara com quem você fica ou não. 
   — Por que você quer saber tanto sobre a Mayara? — berra Malu. — Volta para aquela merda de festa e me deixa em paz.
Samuel se aproxima dela e pega em seus ombros.
   — Malu, se acalma!
   — Eu não quero me acalmar! Eu quero que você fique longe de mim. A gente não deveria ter ficado, você não entende isso?
   — Por que não? A gente está se entendendo depois de tanto tempo de guerra. — Ele acaricia o rosto dela. — Eu estou gostando de te conhecer."
"Malu levanta quando Samuel se aproxima dela.
   — Finalmente eu te encontrei. 
   — Sentado batendo papo com a Luciana você não ia me achar mesmo. 
   — Eu estava atrás de você desde que a gente saiu da cabine fotográfica. 
   — Pra quê?
   — Aquilo que você falou para o Pedro, que me beijar foi um erro. É verdade?
Malu gargalha.
   — Feri os seus sentimentos, foi?
   — Isso não é engraçado — censura Samuel dando um passo em direção a ela.
   — Ah, convenhamos que é sim. Nós sempre nos odiamos, já nos insultamos várias vezes e agora, por uma frase boba que eu disse, você ficou sentido.
   — Uma frase boba?
Malu passa a mão na testa.
   — Ai, Samuel, é óbvio que não foi um erro te beijar. Agora que eu entendo o que sinto, percebo que nunca foi. Só disse aquilo pra retorquir o Pedro. 
   — É sério?
Maria Luíza envolve os ombros de Samuel com os seus braços.
   — Escuta bem, porque eu vou dizer apenas uma vez. Eu gosto de você, a cada dia mais."
"Um canto da boca de Samuel se ergue em um meio sorriso e ele morde um lábio de Malu. 
   — Você é uma boa companhia? — pergunta dando beijinhos no queixo dela. 
   — Boa não, ótima. — Ela leva uma das mãos até o pescoço dele e o puxa para um beijo. Samuel retribui o beijo imediatamente e abraça Malu, encostando-a na parede. Ela passa os braços pelos ombros dele, sentindo as mãos de Samuel envolvendo sua cintura. Malu interrompe o beijo, ofegante, e diz:
   — É melhor a gente voltar pra lá e se mandar."
"Malu tenta se levantar, mas Samuel a puxa pelo braço de volta para o chão. — Ai! — ela reclama batendo com as costas na parede. 
   — Quer beijinho pra passar? 
   — Você beijaria minhas costas? — ela indaga rindo. 
   — Beijaria, mas pra isso você teria que tirar o uniforme. 
   — Ah claro, já vou ficar só de sutiã aqui no corredor — ironiza Malu. 
Samuel inclina o tronco na direção dela. 
   — Se você quiser a gente pode ir para um lugar mais tranquilo depois do colégio. 
Malu sorri a poucos centímetros do rosto dele. 
   — Você acha que eu sou dessas que você passa um papinho e eu já vou para a cama com você? 
   — Preciso responder? 
Malu dá um tapa na testa dele. 
   — Vai tomar no meio do seu...
Samuel a corta com um selinho. 
   — Olha a boca. 
   — Eu te xingo pra não te bater. 
Ele sorri e inconscientemente coloca uma mão na perna dela. 
   — Mas eu adoro apanhar sabia? — ele brinca dando um sorriso sedutor. 
   — Ah é? Você é gosta de apanhar é? 
   — Aham, mas só em alguns momentos — responde Samuel abusando da perversão indireta. 
   — É muito bom saber disso. 
Malu segura no cabelo acima da nuca dele e o beija intensamente, puxando os fios com força durante o beijo. Mesmo sentindo a região doer, Samuel retribui o beijo com fervor. 
   — Você é muito palhaço — diz Malu depois da carícia. 
Samuel ri e dá mais um selinho nela. 
   — Sabe, eu não gosto de apanhar na hora H não, mas se você fosse a pessoa a bater em mim, eu até aceitaria. 
Malu coloca uma mão no peito dramaticamente. 
   — Uau! Essa é a coisa mais linda que já me disseram. 
Os dois começam a rir compulsivamente."
"   — O que aconteceu? — Malu pergunta parando junto aos amigos no fundo da sala. — Eu encontrei com o Jonas e o olho dele tava vermelho pra caramba. 
   — O Victor bateu nele — conta Vinícius.
   — Pelo visto também apanhou — Malu diz observando o maxilar avermelhado do namorado de Yasmin. 
   — Acredite — fala Samuel — o Jonas mais apanhou do que bateu. 
   — E você não tentou apartar? 
   — Eu não — responde Samuel. — O Jonas merecia apanhar. 
Malu ri enquanto Yasmin fala:
   — Você é tão bipolar. 
   — Yasmin — o garoto desce da própria mesa —, vou te explicar um negócio. Eu sou amigo do Jonas, só que eu não aceito que ele faça gracinhas com a minha vida. Eu não me importo dele zoar os outros, tanto faz para mim, mas com a minha vida não. A partir do momento em que ele brinca com os meus assuntos, eu lavo as minhas mãos e deixo ele arcar com as consequências dos seus atos. 
   — E ele brincou com qual assunto? — pergunta Felipe com curiosidade. — Porque você nem se mexeu para separar ele do Victor. A coisa deve ser importante. 
   — Não foi nada demais — responde Samuel, porém Yasmin conta ao mesmo tempo:
   — Ele falou da Malu."
"O jovem inclina o tronco e dá um beijo demorado na mão dela. 
   — Fica bem, tá? — pede acariciando o cabelo dela. 
   — Estou tentando.
[...]
Eles sorriem e a enfermeira volta a entrar no quarto. 
   — Tempo acabado. 
Samuel revira os olhos e olha para Malu. 
   — Te vejo em breve, enquanto isso tenta não ir para a emergência, tá bom? 
Malu ri. 
   — Pode deixar."

Com a garganta apertada, Malu imagina o momento em que ele e Maísa se beijaram e sente vontade de gritar. Depois de controlar seus sentimentos, fala com convicção:   — Foi bom enquanto durou. 

Yasmin, Victor, Felipe, Isabela, Vinícius e Marina se reúnem e decidem ir embora. 
   — Vinícius — chama Marina com a voz anasalada. — Fica mais um pouco. 
Yasmin e Victor se olham com malícia, mas ninguém faz nenhum comentário. 
   — Então a gente já vai indo — fala Felipe. Ele dá um beijo na testa da namorada e caminha com a irmã para um lado da praça. 
   — Eu te levo para casa — diz Victor e passa um braço em torno dos ombros de Isabela. 
   — Obrigada. 
Marina e Vinícius voltam a se sentar no banco e ela fala:
   — Não adianta eu ficar adiando essa conversa, né? É melhor a gente colocar todos os pingos nos "is" de uma vez por todas. 

Com as mãos cheias de sacolas, Anelise e Bernardo chegam em casa. 
   — Ainda bem que a gente almoçou no shopping — fala Bernardo trancando a porta — porque aqui em casa não tem nada. 
Anelise ri. 
   — É porque você não faz nada. 
   — Ah, sou eu que não faço nada, né? 
Ela continua rindo, deixa as compras sobre uma poltrona e se joga no sofá. 
   — Estou exausta. 
Bernardo senta ao lado dela. 
   — Eu também. 
Eles se olham e caem na gargalhada. Depois de se recuperar, Anelise senta no colo dele e eles começam a se beijar ardentemente. 

No caminho para casa, Felipe conta para Yasmin que Isabela o chamou de Iago. 
   — Ah, foi sem querer — Yasmin tenta defender a amiga. 
   — Eu sei, mas foi estranho. Sem contar que doeu, né? 
   — Sério?
   — Sim, queria ver se o Victor te chamasse pelo nome de uma ex-ficante dele se você ia gostar. 
   — Não iria, mas às vezes acontece. Você tem que entender ela, foi sem querer. 
   — Eu sei. Vamos deixar isso pra lá!
Yasmin atende ao pedido do irmão, pois viu o quanto ele ficou mexido pelo ocorrido.

Em outra rua, Isabela também conta para Victor o que aconteceu no parquinho. 
   — Que mancada, hein grande anã? — ele opina. 
   — Escapou. Eu não sei como isso foi acontecer!
   — O Felipe ficou bolado? 
   — Ele disse que não, mas eu sei que ficou. 
   — E agora? 
   — Não faço a mínima ideia do que fazer. 
   — Quer a minha opinião?
   — Já que não tenho outra melhor — ela fala dando de ombros. 
   — Ei! — Eles riem e Victor sugere: — Por que você não faz alguma surpresa para ele? 
   — Hã?
   — O Felipe sempre faz surpresas para você e você nunca fez nada pra ele, eu acho. Então, por que não faz alguma coisa? Nada muito grande, porque não é pra tanto. 
Isabela assente, compreendendo-o. 
   — Entendi. — Ela olha para o horizonte, pensativa. — Até que não é uma má ideia, Victor. 

Vinícius começa a se explicar:
   — Com relação ao beijo do carnaval fora de época, eu queria que você soubesse que foi ela quem me beijou, eu não tive nada a ver, tanto que empurrei ela. 
   — É, eu vi tudo. Vi que foi ela quem apareceu e te beijou sem mais nem menos. 
   — Pois é, e foi horrível. 
Marina sorri. 
   — Não precisa mentir. 
   — Eu não estou mentindo — garante Vinícius. — Qualquer beijo que não seja o seu, é horrível para mim. 
   — Pra mim também — concorda Marina. — E eu queria te dizer que o lance do sonho ficou para trás. Eu não quero mais pensar nisso, não quero mais falar sobre isso, enfim, não existiu e nem existirá aquilo. 
Vinícius acaricia os dedos dela. 
   — Isso quer dizer...? 
   — Quer dizer que o tempo acabou — fala Marina sorrindo. — Quer dizer que nós estamos de volta e que eu estou mais apaixonada do que nunca. — Ela se aproxima dele no banco. — Esse tempo só me fez perceber, Vini, o quanto eu te amo e que você é o homem da minha vida. Não quero pensar nem no passado e nem no futuro, quero apenas viver o presente com você. 
Vinícius sorri e coloca uma mão na nuca dela. 
   — E eu faço questão de tornar esse presente o melhor do mundo!
Eles sorriem um para o outro e aproximam seus rostos. 
   — Eu te amo — fala Marina. 
   — Eu também te amo. Muito!
O casal aproxima ainda mais seus rostos e estão prestes a se beijar quando Marina se afasta abruptamente e espirra para o outro lado. Ela enxuga o nariz e olha para o namorado, que ri. 
   — É melhor a gente esperar você sarar — fala Vinícius e eles gargalham. — Mesmo assim, quero ficar bem pertinho de você. 
Marina sorri e abraça o namorado. Vinícius dá um beijo no topo da cabeça dela e acaricia suas costas e a palma de uma de suas mãos. Ela fecha os olhos e tenta inspirar o aroma agradável do perfume dele, mas como está com o nariz entupido não consegue. Mesmo assim, afunda o rosto no peito dele e sente o calor do corpo dele passar para o seu, assim como, sente o coração dele bater e tem a certeza de que tem um lugar especial ali. 


Comentários

  1. Ai Deus, que capítulo incrível. Adorei que eles voltaram 😍.
    CONTINUA, please!!!

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  2. Ai q perfeito Vinicius e marina de volta, a mel devia ter chamado o chay pra comprar o carro assim eles podiam se aproximar

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  3. Arrazou quero a 5 ,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,20,21,21,22,23,24,24,26,27,28,29,30,31,32,33,34,35,36,37,38,39,40,41,42,43,44,45,46,47,48,49,50 temps

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  4. Continua logo to curiosa

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  5. O samuel tem q sofrer um pouco pela malu,mas eles tem que ficar junto

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  6. Posta rê,eu n aguento tanta curiosidade!!

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