Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 175: Marina apronta com Vinícius
Suados e com os antebraços vermelhos e no caso de Vinícius, um pouco inchados, o casal de namorados se jogam na grama da parte da frente da casa dela.
— Vamos entrar? — chama Marina ofegante. — Cansei.
— Eu também, a gente correu pela casa toda.
Marina ri e apoia a cabeça no peito de Vinícius.
— Eu ganhei!
— Eu deixei você ganhar. — Ele ri e dá um beijo no cabelo dela. Marina ergue a cabeça e toca os lábios de Vinícius com os seus. Os dois ficam aos beijos durante uns dez minutos e são interrompidos por Lua.
— As crianças não vão entrar, não? — pergunta da porta principal. Marina solta Vinícius e senta na grama.
— A gente não é mais criança, mãe.
Lua ri.
— Quem é que estava brincando de pega-pega?
Gargalhando, Vinícius levanta da grama e pega nas mãos de Marina, ajudando ela a se levantar também. Eles caminham até a porta e passam por Lua, que fala:
— Vocês estão todos sujos e suados.
— Foi oferecimento da OMO — responde Marina —, porque se sujar faz bem.
Os três gargalham e os adolescentes sobem para o quarto dela. No cômodo, Marina tira a blusa enquanto Vinícius coloca a mochila que trouxe na cama dela.
— Vou tomar banho — ela informa caminhando para o banheiro com uma toalha no ombro.
— Ok.
— Tem toalha limpa no meu closet — diz de dentro do cômodo.
Vinícius assente e tira da mochila sua escova de dentes. Minutos depois, Marina, que está lavando o cabelo de olhos fechados, sente a presença de alguém dentro do banheiro. Sem pensar duas vezes abre os olhos e enxerga Vinícius se despindo.
— Vim tomar banho com você.
Ela sorri e abre o box de vidro. Vinícius se junta a ela sob o chuveiro e eles começam a tomar banho juntos.
Victor termina de escovar os dentes no banheiro de Yasmin enquanto ela caminha para o próprio closet. O loiro sai do banheiro com uma toalha entre as mãos enxugando a boca e constata que ela está trancada no closet. Sem pensar, ele vai até o espaço e abre a porta de correr. Sentindo que o tempo parou e tudo ao seu redor congelou, ele fita as costas nuas dela, observando as pintinhas que ela tem e principalmente seus glúteos, que não estão completamente despidos por causa de uma calcinha amarela pequena. Ele praticamente ouve um estalo de dedos mental que o desperta do transe. Piscando rapidamente, assiste Yasmin pegar uma regata e colocá-la com agilidade antes de ver ela se virar para ele.
— Victor? — ela repreende.
— Desculpa — pede o loiro. — Eu não imaginei que você tivesse trocando de roupa.
— O que eu estaria fazendo com a porta fechada? — A pergunta dela sai mais grosseira do que ela gostaria.
— Menos, Yasmin, eu não vi nada demais!
— Então por que você está com essa cara de bobo alegre?
— Sei lá, gostei do que vi.
— Fazia quanto tempo que você tava aí? O que você viu exatamente?
— Eu acabei de chegar, só vi você de costas. — Yasmin assente e não fala nada. — Aliás — Victor continua diante do silêncio dela — você não pode falar de mim, quem foi que viu quem pelado aqui?
— Foi sem querer — Yasmin se explica pegando um short de algodão.
— Assim como foi sem querer agora.
— Tá bom, Victor, já entendi. Vamos deixar isso pra lá!
Yasmin tenta sair do closet, mas Victor fecha a porta atrás de si antes que ela chegue lá.
— O que você está fazendo? — pergunta a loirinha encarando o olhar dele.
— Você é linda.
— Eu sei, agora abre a porta.
Victor ri e se apoia na porta, cobrindo a maçaneta com seu corpo.
— O que foi, Yasmin?
— Nada — ela responde e coloca as mãos na cintura.
— Parece que você está... nervosa. — O loiro segura uma risada, saboreando o gosto de sua provocação.
— Por que eu estaria nervosa?
Victor se aproxima dela, mas não toca em nenhuma parte de seu corpo.
— Porque você tem medo de ficar sozinha comigo.
— Eu não tenho medo de ficar sozinha com você.
— Não é o que os seus olhos estão dizendo.
— Ai, quer saber, Victor? — Yasmin passa a mão no cabelo e dá a volta na penteadeira, deixando o móvel entre ela e Victor. — Eu não estou nervosa por estar sozinha com você, eu estou nervosa pelo que pode acontecer quando eu fico sozinha com você. — Ela começa a falar sem pausas. — Porque quando a gente está sozinho e se beija, as coisas mudam, o clima esquenta, a gente perde o controle e quando a gente está quase lá, eu travo sem explicação. Não consigo entender ainda porque isso acontece, não sei se é porque não é o momento certo, não sei se é porque eu não me sinto confortável, não sei se é porque eu sou nova pra isso, eu não sei!
Victor apoia as mãos na ponta da penteadeira, o ar zombeteiro deixou seu corpo conforme Yasmin falava.
— Desculpa, eu não quero te pressionar.
— Você não me pressiona, eu me pressiono.
— Então para de se pressionar — ele aconselha com simplicidade. — As coisas têm que fluir com naturalidade para dar certo.
— É aí que a coisa complica, Victor! Por exemplo, hoje mais cedo as coisas estavam fluindo com naturalidade até a hora H, daí eu travei e saí do seu quarto daquele jeito.
— Vamos fazer o seguinte? Vamos deixar isso pra lá, na hora que for pra acontecer vai acontecer. Sexo tem que ser uma coisa boa e prazerosa para os dois, não uma coisa tensa.
Yasmin contorna a penteadeira, voltando a se aproximar dele.
— E se eu travar sempre?
— Você não vai travar sempre.
— E se demorar pra eu destravar?
Victor dá de ombros e envolve a cintura dela, trazendo a loira para a sua frente.
— Eu vou te esperar.
Yasmin sorri com as costas apoiadas em sua penteadeira.
— Você não disse isso — fala impressionada.
— Por quê? Falei alguma coisa errada? — ele pergunta preocupado e o sorriso de Yasmin aumenta.
— Não, é que você falou certo demais.
— Hã?
Yasmin coloca uma mão na nuca dele.
— Deixa pra lá. — Ela puxa o rosto dele para o seu e eles se beijam. Victor para o beijo com um selinho e passa um braço por trás dos joelhos dela, a erguendo do chão.
— Vem, vamos dormir.
Marina e Vinícius deixam o banheiro enrolados em toalhas brancas. Sob a água não aconteceu o que aconteceu na banheira dela, apenas beijos quentes e algumas mãos bobas. Ela vai para o seu closet enquanto ele pega a mochila. Instantes depois a morena se junta a ele já vestida com um babydoll.
— O meu braço tá doendo — ela reclama sentando na cama.
— O meu também. — Vinícius enxuga os pés despreocupadamente e Marina olha para os braços dele, ficando espantada.
— Amor, o seu braço ficou machucado! — Ela chega mais perto dele na cama.
— Depois passa — ele responde relaxado.
— Ficou com marca — a morena observa os vergões na pele avermelhada dele.
— É que a minha pele é sensível.
Marina assente após ouvir a explicação.
— Eu não bati com muita força.
— Imagina se tivesse batido.
Vinícius levanta com a toalha e vai para o closet dela.
— Ah, Vini, você bateu com mais força — ela retorque analisando as vermelhidões de seus antebraços.
— Foi sem querer. — Ele retorna para o quarto com as mãos livres.
— Eu não me importo — fala Marina deitando na cama. — Faz parte da graça de brincar.
— Têm algumas meninas que não gostam.
— Ah, eu não vou morrer por causa disso.
Vinícius ri e deita perto dela.
— Não gostei de bater em você, nem por brincadeira.
— Isso aí, eu não aceito apanhar de homem nenhum.
— Nenhuma mulher deveria aceitar.
— Mas você acha que elas escolhem? — retorque Marina acariciando os cabelos molhados dele.
— Algumas parece que gostam .
— Eu acho que não, amor. Quem gostaria de passar por isso?
Vinícius olha para ela.
— Você já viu Casos de Família?
— Já ouvi falar, mas nunca vi.
— Então, as vezes aparecem mulheres lá que gostam de apanhar. Os caras bates nelas, daí elas devolvem e assim eles ficam.
— Credo! Como alguém consegue ter uma relação dessas?
— Pois é, a base do relacionamento não é o amor, é a porrada.
— Deus me livre! — Ela afasta a mão da cabeça dele e levanta da cama. — Vem, vamos secar o cabelo.
— Vamos? — repete Vinícius. — Por que esse verbo está na primeira pessoa do plural?
— Porque nós vamos secar os nossos cabelos.
— Eu nunca seco o meu cabelo.
— Mas hoje você vai secar. Você está achando que vai dormir com essa juba molhada no meu travesseiro?
— Eu não durmo de cabelo molhado, faz mal.
— Nossa, você tem que se ver falando isso, fica muito gay — brinca Marina.
— Bobona, mas é sério, já já o meu cabelo seca.
— O que é que custa, amor? O secador não vai te comer.
— Não, Mari, parece que está me queimando.
Marina gargalha e vai até a cama.
— Vem, Vinícius — ela fala puxando o braço dele. — Vem!
Não querendo contrariar a namorada, Vinícius levanta e deixa ser levado para o closet. Ela senta no namorado de frente para um espelho e pega o seu secador.
— Ai — solta Vinícius encolhendo os ombros com receio.
— Relaxa, amor.
Ela liga o secador e começa a secar os cachos dele.
— Ai, está esquentando — Vinícius se remexe e Marina começa a rir.
— Vinícius, para de ser fresco.
— Está quente!
— Vini, está no nível mais fraco.
Vinícius remexe por mais algum tempo, mas acaba cedendo e deixa Marina secar o seu cabelo.
— Terminou? — indaga quando ela desliga o secador.
— Sim, agora vou passar para o babyliss.
— Babyliss? — questiona Vinícius de olhos arregalados. — Eu sei o que faz um babyliss e você não vai fazer no meu cabelo.
— Eu já liguei, já tá quente, eu não posso desperdiçar energia.
— Ah não, amor!
Marina dá um beijo na nuca dele.
— Para, Vini, só pra eu ver como vai ficar.
— Vai ficar feio. — Ele vira para trás. — Vamos fazer o seguinte, a gente faz amanhã, já está tarde. Vamos dormir!
— Não, amanhã você vai me enrolar.
— Não vou, não.
— Jura? — Vinícius fica quieto. — Viu, sabia? — Ela vira o corpo dele. — Vai, fica quietinho.
Vinícius fecha a cara e Marina começa a definir os cachos dele.
Com o coração leve como um balão de ar solto ao céu, Felipe observa Isabela dormindo de bruços ao seu lado. Ele admira o corpo despido dela tentando encontrar um defeito, mas como está tão apaixonado por ela não enxerga nada. Depois de cultuar o corpo dela, coloca os pés para fora da cama, pega e veste sua cueca e levanta, pegando a embalagem do preservativo. Ele vai até o banheiro, joga a embalagem fora e encara o seu reflexo no espelho.
— Eu consegui — fala baixinho para não acordar ela. Um sorriso instantâneo e apaixonado surge no rosto dele. Instantes depois, sai do banheiro e retorna para a cama, onde abraça Isabela e tenta adormecer.
Abraçados na cama dela, Yasmin e Victor tentam dormir. Ele está com a cabeça apoiada nos seios dela e ela alisa o cabelo dele com os dedos.
— Era legal — ele relembra da vida que levava nos Estados Unidos. — A gente curtia muito.
— E aqui você não curte?
Ele ri.
— Curto, mas é diferente.
— Você gosta mais de lá ou daqui?
— Sei lá, eu não consigo escolher. Eu amo lá, mas eu também aprendi amar aqui. Vou falar uma coisa fofa, presta atenção — ele avisa sorrindo.
— Fala.
— Eu aprendi amar aqui em parte por sua causa.
— Ai meu Deus, você está muito fofo hoje — ri Yasmin abraçando a cabeça dele.
— Estou no paraíso — Victor brinca fazendo referência à localização da sua cabeça.
— Idiota. — Ela solta a cabeça dele e volta a acariciar seu cabelo.
— Ah! — Victor se levanta com rapidez. — Eu estava esquecendo de uma coisa.
— O quê? — indaga a loirinha.
— Posso ir no seu closet?
Yasmin franze a testa.
— Pode, mas por quê?
— Quero ver uma coisa. — Ele entra no closet dela e por lá fica por um tempo.
— Victor? — chama Yasmin sentando na cama. — O que você está procurando?
O loiro passa pela porta com as mãos nos bolsos.
— Fecha os olhos — pede.
— Por quê? O que você acha que tem no meu closet que eu nunca vi?
— Fecha, Yas.
Ela ri e atende ao pedido dele. Assim que vê que a loirinha está de olhos fechados, Victor caminha até o interruptor e apaga a luz.
— Você abriu os olhos? — pergunta.
— Claro, você apagou a luz, eu não vou ver nada mesmo.
Victor ri.
— Mesmo assim, fecha os olhos.
— Ai, Victor, o que você está aprontando? — ela pergunta fechando os olhos mais uma vez.
— Relaxa.
Ele retorna para a cama e pega na mão dela.
— Achei isso lá em casa — ele fala e Yasmin franze a testa sentindo ele colocar algo em seu dedo anelar.
— Você pegou um anel no meu closet ou achou na sua casa? — indaga e ao terminar a pergunta entende o que exatamente Victor está colocando no dedo dela. — Ai, Victor! — ela fala sorrindo.
— Pra você nunca esquecer do nosso lance, que mesmo na escuridão aparece. — Ele dá um selinho nela. — Pode abrir o olho.
Yasmin abre os olhos e ergue a mão, enxergando o anel vermelho fluorescente que Victor deu para ela na festa dele na fazenda.
— Minha coisa porca e linda! — ela fala e olha para o dedo anelar direito dele, onde também está o anel que se destaca no escuro.
Victor sorri e dá um beijo nela. Eles deitam na cama sem cessar o beijo e Yasmin afasta sua boca da dele segundos depois.
— Vamos dormir — fala deitando a cabeça no tórax dele.
— Boa noite, coisa.
— Sonhe comigo.
— Aí não vai ser sonho, vai ser pesadelo.
Yasmin gargalha.
— Você sonhou comigo esses dias.
— Nem me fala desse sonho.
— Por quê?
— Porque o meu corpo fica... agitado.
Ela ri.
— Eu te excito? — pergunta dando uma lambidinha na pele dele.
— Yasmin, para — pede o loiro.
— Você está excitado agora? — se diverta a garota.
— Yasmin!?
Yasmin gargalha.
— Tá bom, parei. — Ela apoia a cabeça novamente.
— Vamos dormir.
Ele começa a passar a mão pelo comprimento do cabelo dela.
— Credo! — exclama Vinícius pulando da cadeira ao se ver no espelho. — Eu estou horrível!
Marina se curva, tendo uma crise de riso.
— Você está horrível.
— Como eu tiro isso? — pergunta o jovem passando a mão pelo cabelo, abrindo os cachos. — Marina, faz alguma coisa.
Ela continua rindo descontroladamente e começa a ficar sem ar, querendo parar mas sem conseguir.
— Eu não consigo — ela ri — eu não consigo parar.
— Para, Marina — ele pede começando a se desesperar. — Tira isso de mim!
— Tô tentando parar, mas não dá. — A morena gargalha e tenta respirar ao mesmo tempo.
— Marina!
Dois minutos depois, ela consegue driblar a crise de riso.
— Passou, passou.
— Como eu tiro isso de mim?
Ainda vermelha e ofegante, Marina analisa o cabelo dele.
— Ah, você já desfez todos os cachos mesmo.
— Não desfiz não, ainda está estranho o meu cabelo.
— Não está, Vinícius, acredita em mim. Só você percebe a diferença.
Ele se observa no espelho.
— Tem certeza?
— Tenho. Agora deixa eu secar o meu cabelo.
O garoto abre espaço para ela sentar na cadeira e permanece encafifado com o próprio cabelo. Marina liga o secador mais uma vez e só tira a umidade de seu cabelo.
— Pronto — fala após alguns minutos.
— Tô pensando em molhar o meu cabelo de novo.
— Ah não! — reclama Marina guardando tanto o secador quanto o babyliss. — A gente vai dormir, amanhã é segunda e a gente tem aula.
— Como eu vou aparecer no colégio desse jeito?
Marina sorri e coloca as mão nos ombros dele.
— Relaxa, Vini, você vai dormir, seu cabelo vai amassar, vai ficar tudo natural amanhã.
— Jura?
— Juro, meu lindinho. Vamos dormir agora?
— Vamos.
Eles caminham para fora do closet e se jogam na cama.
Na manhã seguinte, Maria Luíza acorda com o despertador e esconde a cabeça sob o travesseiro.
— Não quero ir para o colégio! Não quero acordar agora!
O toque do celular permanece e ela alcança o aparelho para desligá-lo. Em seguida joga as cobertas para o lado e levanta, arrastando os pés para o banheiro. Em outro canto da cidade, Maísa desperta e um sorriso desabrocha de seu rosto ao lembrar do ocorrido da noite anterior: Ela e Jonas foram ao cinema e durante todo o filme ele tentou beijá-la porém não conseguiu.
— Jonas, Jonas, Jonas — ela cantarola ficando em pé. — Você ainda vai comer na minha mão.
Uma hora depois, os adolescentes começam a chegar ao colégio Otávio Mendes.
— Bom dia! — cumprimenta Laís ao passar pela porta. Os únicos na sala são Alexandre, Danilo, Iago e Aline.
— Bom dia — eles falam e Laís deixa sua mochila em sua carteira antes de se juntar a Alexandre e Danilo.
— Estou vazando — fala Danilo e caminha para perto de Iago e Aline.
— O que está acontecendo com ele? — indaga Laís.
— Está tentando unir a gente.
Laís gargalha.
— Parece que todo mundo está tentando unir a gente.
— Como assim?
— A Maísa fica falando de nós dois.
Alexandre dá um passo na direção dela.
— Se todos dizem é porque tem alguma coisa, concorda?
Laís ri.
— Alê, Alê.
— Alê o quê?
— Nada.
Ele, que está com a cabeça abaixada para olhar para o rosto dela, diz:
— Eu cortei meu cabelo faz tempo e você nem falou nada.
— Desde quando a minha opinião importa?
— Faz um tempo que passou a importar.
Laís sorri, ficando envergonhada com a resposta dele.
— Ficou bonito — ela responde sem olhar para os olhos dele.
— Amiga!
Laís e Alexandre viram as cabeças em direção à voz e encontram Maísa colocando a mochila apressadamente sobre a própria mesa.
— Eu preciso te contar como foi ontem — fala parando ao lado deles. Diante das expressões dos dois, pergunta: — Estou atrapalhando?
Alexandre solta um suspiro enquanto Laís responde:
— Não, está tudo bem. Vamos lá pra fora e você me conta. — Ela volta a fitar Alexandre. — Depois a gente se fala.
— Tudo bem.
Ela passa pela porta com Maísa e cruza com Samuel no corredor. Ele se aproxima de Maísa e coloca uma mão na cintura dela, surpreendendo Laís.
— Se fez de difícil ontem, né? — ele pergunta sorrindo no ouvido dela.
— Ele te contou? — indaga Maísa virando a cabeça para olhá-lo. Eles ficam com os rostos próximos e Laís chega à conclusão de que formariam um casal bonito.
— Contou, né? Ele é meu amigo — responde Samuel em tom de obviedade.
— Eu não sabia que garotos falavam disso.
— Você não estava indo falar exatamente isso com a Laís?
— Tava.
— Pois é, o Jonas foi mais rápido e me contou ontem a noite.
Maísa ri.
— Ele ficou como?
— Frustrado.
O sorriso dela aumenta e Maria Luíza passa por eles rumo à sala.
— Era isso que eu queria.
— Você está se divertindo, né?
— Muito.
Samuel ri e se afasta dela, indo para a sala.
— Desde quando você e o Samuel são tão íntimos?
— A gente tem se aproximado conforme eu e o Jonas vamos ficam mais próximos.
— A Malu que pareceu não ter gostado.
— A Malu passou por aqui?
— Sim e com uma cara de poucos amigos.
Maísa sorri.
— A Malu sempre está com cara de poucos amigos.
Laís ri e admite:
— Isso é verdade. Mas agora me conta sobre ontem.
Maísa se agita e começa a narrar sua ida ao cinema com Jonas para a amiga. Samuel anda para o seu lugar observando Malu.
— Bom dia — ele diz.
— Bom dia.
Samuel senta em seu lugar.
— Chegou faz tempo?
Maria Luíza vira para trás, fitando-o.
— Cheguei quando você tava de papinho com a Maísa.
— E esse tom de nojinho na voz?
— Tom de nojinho?
— Você gosta da Maísa?
— Gosto, ela é legal. — Ele sorri radiante com a resposta dela. — Porquê desse sorriso?
— Se você ficou p*ta da cara por causa do meu papinho com a Maísa e gosta dela, a única explicação é ciúmes.
— Como?
— Você ficou com ciúmes de mim com ela.
Malu ri.
— Você é tão iludido.
— Admite.
— Nunca. — Malu levanta e sai da sala ao mesmo tempo que Lorenzo entra.
Minutos depois, a maioria dos alunos já estão na sala de aula. Lorenzo está na mesa de Iago com seu caderno de desenhos. Eles conversam e Iago conta sobre a decisão de Isabela, que está em sua carteira conversando com Felipe.
— Poxa, cara, que azar — fala Lorenzo.
— Pois é, mas ela está feliz, então eu também fico feliz.
— É, assim que tem que ser.
Jonas entra na sala e se acomoda na carteira de Malu para conversar com Samuel. Carteiras à frente, Isabela diz para Felipe:
— Eu prefiro ficar um pouco distante.
Felipe assente e se afasta ainda mais dela.
— Eu entendo. Quando você vai falar com ele?
Isabela sorri.
— Meu Deus! Ontem eu fiquei tão emocionada que não te contei.
— Contou o quê?
— Eu já tinha decidido — ela conta com um sorriso meigo no rosto. — Eu escolhi você.
— É sério?
— Aham, eu passei a tarde no Parque de Diversões com o Iago e tive a confirmação que a gente sempre foi amigo, apenas isso. Eu só quero ficar distante porque mesmo com isso é estranho, né?
Felipe aperta as coxas.
— Estou me controlando para não te beijar.
Isabela ri e olha para a porta, assistindo Yasmin e Victor entrarem.
— Oi, gente! — fala a loirinha.
— Oi — responde Isabela.
— Trouxe as minhas coisas? — pergunta Felipe sem rodeios para Victor.
— Trouxe a sua mochila — o loiro responde —, você deixou arrumada, né?
— Deixei.
— Então está tudo aqui.
Yasmin interrompe:
— Do que vocês estão falando?
— Como a gente dormiu um na casa do outro, a gente combinou de trazer a mochila do outro — conta Victor.
— É, tipo, eu trouxe a mochila do Vinícius, o Vinícius vai trazer a do Victor e o Victor trouxe a minha — Felipe explica.
— Nossa, deu um nó na minha cabeça — brinca Yasmin.
— Mas e o uniforme e a calça? — pergunta Isabela para o namorado. — Você chegou de terno lá em casa.
— É tudo do Vinícius.
Isabela ri.
— E o meu modelito hoje é todo do Felipe — acrescenta Victor e as duas garotas riem.
— Vou deixar a minha mochila lá no meu lugar — fala Yasmin se afastando deles. Ela passa pela carteira de Iago, passa pela de Malu onde está Jonas e chega no fundo da sala.
— Vou encher o saco dela — informa Victor e se afasta dos amigos um milésimo de segundo depois que Lorenzo deixa a mesa de Iago. O garoto franzino pretende ir para o fundo da sala e rodear por lá para chegar em sua carteira do outro lado. Quando está passando pela mesa de Malu, sente seu pé acertar algo e cai de rosto no chão, seu caderno escapa de sua mão fazendo folhas soltas se espalharem pelo piso. As risadas de Jonas, Pedro e Samuel ecoam em seus ouvidos e a voz de Victor surge atrás dele:
— Deixa eu te ajudar, cara. — Ele passa por Lorenzo e se agacha próximo a cabeça dele, onde o caderno caiu. Lorenzo ergue o tronco e começa a recolher seus desenhos juntamente com Victor. Yasmin observa de seu lugar, que é bem perto do ocorrido, sentindo o ódio por Jonas aflorar. Victor pega as folhas soltas e as reúnem. O primeiro desenho chama a sua atenção e ele vira a folha, que estava de cabeça para baixo.
Sua expressão se esvazia ao fitar o perfil de Yasmin desenhado por Lorenzo. A loirinha, que está posicionada às costas do loiro, também vê seu retrato e pula da mesa em que estava sentada. Seu coração se agita, temendo a reação de Victor.
O que você achou desse capítulo? Qual você acha que será a reação do Victor? Deixe sua opinião aqui nos comentários. :)
ResponderExcluirCapítulo DIVO!!!! Parte de mim torce para o Victor relevar porque eu gosto do Lorenzo e ele em uma treta com o Victor ia se ferrar, só que a outra parte ama um barraco, então estou na dúvida kkkkkkk
ResponderExcluirA Marina fazendo babyliss foi Hilário e pelo jeito ataque de risos é uma coisa incomum entre os gêmeos kkkkkk
ResponderExcluir*em comum
ResponderExcluirTomara que o Victor não faça nada!!
ResponderExcluirDivo, perfeito, genaltecer, brilhante. O seu Imagine é tudo isso!
ResponderExcluirFoi mto engraçado a Marina fazendo babyliss no Vini. Não gostava muito deles, mas estou começando a me apaixonar pelo casal
ResponderExcluirQuero que o Victor quebre o pau só pra as coisas ficaram ainda mais quentes kkkkk
ResponderExcluirE a Rainha dos Imagines ataca novamente!
ResponderExcluirP-e-r-f-e-i-t-o! Eu adooro Samuel e Malu e fica louca com qualquer cena deles, mesmo que chega um pequena. Eu não quero que o Victor faça alguma coisa, porque o Lorenzo ia ficar morrendo de medo e eu gosto dele kkkk Sem contar que a Yasmin poderia ficar brava com ele de novo.
ResponderExcluirSou apaixonada por Maricius, eles são divertidos, tranquilos e românticos... Como não shippar e se apegar? kkk Adorei a conversa que a Yasmin teve com o Victor, é importante que ele entenda que ela tem o tempo dela e não forçar nada nem pressionar ela. Felipe encantado com a Isabela é tipo eu quando ele os capítulos, fico procurando um defeito na história mas não acho, porque é perfeito kkkkkk Estou aguardando ansiosamente pelo namoro da Malu com o Samuel e a primeira vez deles, porque do jeito que eles são parece que a coisa promete kkkkk Laís e Alexandre são uns fofos e eu quero que a Maísa faça o Jonas sofrer bastante hahaha Concordo com a Laís que ela e o Samuel formariam um casal bonito, mas eu amo ele com a Malu então não vou nem torcer hahaha
ResponderExcluirNão quero que o Victor faça nada porque o Lorenzo é meio "inocente" e é só um desenho do perfil da Yasmin. Seria pior se fosse ela nua hahahaha Porém acho que ele vai fazer algo, porque ele não confia no Lorenzo e acha ele falso. CHEGA LOGO SÁBADO!!
*é tipo eu quando leio os capítulos
ExcluirMagnifico!!
ResponderExcluirQueria que o Victor relevasse, o Lorenzo é muito inocente. Ele não faz por mal,coitado! Seu imagine é o melhor que eu já li! 👏😍
ResponderExcluirQuero barraco! hahahaha
ResponderExcluirMaravilhoso! Felipe observando o corpo da Isabela foi meigo.
ResponderExcluirCadê chamel ? 😥
ResponderExcluirEstá a cada capítulos mais incrível! Estou morrendo de curiosidade para saber o que o Victor vai fazer.
ResponderExcluirE como todo mundo diz, você sempre acaba na melhor parte kkkkkkkk É só pra deixar a gente curiosa!
ResponderExcluirSimplesmente maravilhoso
ResponderExcluirmuito top sua web Rê
Parabéns por tamanha criatividade
Capítulo perfeito,ameii.Como faz para fazer parte do grupo do WhatsApp??
ResponderExcluirÉ só mandar seu nome com o número com DDD por dm no twitter (@AdooroRebelde) ou pela ask (ask.fm/adoororebelde) :D
ExcluirObg :)
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