Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 174: Felipe e Isabela voltam a namorar

   — Aceito — responde Isabela com lágrimas no rosto. — Aceito, aceito, aceito!

Felipe sorri e levanta, passando os braços pela cintura da ex/futura/atual namorada. Isabela fica na ponta dos pés e recebe a boca do moreno na sua. O beijo é lento e delicado, tendo como trilha sonora o cricrilar dos grilos. Felipe acaricia as costas dela por sobre a camisola enquanto a garota envolve os seus ombros com força. 

   O jovem para o beijo dando selinhos nos lábios dela. 

   — Toca de novo — pede Isabela, sentindo os dedos de Felipe deslizarem por suas bochechas enxugando suas lágrimas. 

   — De novo?

   — Sim, só assim vou acreditar que é real. 

Felipe sorri e pega na mão dela. 

   — Só se você ficar do meu lado. 

   — Eu faço esse sacrifício — Isabela brinca rindo junto com o namorado. Os dois sentam no banco almofadado e Felipe seca as mãos na calça mais uma vez e Isabela comenta: — Você fica lindo de terno. 

   — E você fica linda de camisola. — Os dois riem e Felipe respira fundo, se concentrando na canção que começa a tocar segundos depois. Isabela assiste o moreno tocar River Flows in You mais uma vez, analisando os dedos dele percorrem as teclas com leveza e os braços se movendo com rapidez. Como está mais calmo, Felipe toca mais relaxado e saboreia cada segundo da música e a presença de Isabela ao seu lado. Assim que termina, começa a tocar Bella's Lullaby novamente e o coração de Isabela se agita ainda mais. Ela sorri, ainda sem acreditar que Felipe aprendeu a música especialmente para ela. 
   Assim que encerra a música, Felipe se vira para Isabela, que sorri e coloca uma das mãos no pescoço dele. 
   — Você passou anos da sua vida sendo um sapo — ela diz —, mas agora você é um príncipe. 
   — E como todo príncipe, eu preciso de uma princesa. 
Com os lábios roçando nos dele, Isabela diz:
   — Não precisa mais. — Ela dá um selinho nele. — Eu estou aqui. 
   — Espera — fala Felipe levando uma mão ao bolso. — Deixa eu gravar isso. 
Isabela ri e se aproxima ainda mais dele. Felipe coloca uma mão na coxa dela e a outra nas costas antes de beijá-la. Durante o beijo, Isabela começa a ouvir o barulho de fogos e sorri ainda com os lábios em contato com os de Felipe. 
   — Você é demais — ela fala pausadamente e olha para o céu, onde fogos de artifícios explodem em diversas cores. — Felipe, isso não é real!
O moreno morde o lóbulo da orelha dela. 
   — Ficou mais real? 
Arrepiada, Isabela responde:
   — Ainda não sei. 
A queima de fogos dura aproximadamente cinco minutos e ao final dela, Isabela volta a chorar. 
   — Por que você está chorando? — pergunta Felipe passando a mão nas costas dela de maneira carinhosa. 
   — V-você fez t-tudo i-isso pra m-mim! — ela responde soluçando. — Eu não merecia. 
   — Só quem pode dizer se você merecia ou não, sou eu. E eu te garanto, você merece muito!
Isabela seca as suas lágrimas. 
   — Eu te amo — ela diz olhando para os olhos do filho de Sophia e Micael. 
   — Eu também te amo. 
   — Obrigada por não desistir de mim. 
   — Enquanto o meu coração bater, eu não vou desistir de você. 
Ela sorri e o beija novamente. Felipe puxa o corpo de Isabela para o seu e intensifica o beijo. 

Sentados de pernas cruzadas no tapete do quarto dela, Yasmin e Victor jantam a pizza trazida por ele. 
   — Só você pra me fazer sair da dieta — ela fala mastigando. 
   — Coisa que você precisa muito de dieta — ironiza o loiro. 
   — É porque eu faço dieta que tenho esse corpitcho, meu bem. 
   — Até gorda eu te comeria. 
Yasmin arqueia as sobrancelhas e ironiza: 
   — Uau, que poesia!
Victor gargalha e afaga o joelho dela enquanto bebe um gole de refrigerante. 
   — Eu tenho um poeta dentro de mim, honey. — Ele arrota e Yasmin deita no tapete com um pedaço de pizza nas mãos. 
   — Nossa, você está um cocô hoje, Victor! 
   — Desculpa, pessoa linda que não peida e arrota. 
   — Eu não faço mesmo isso! 
O loiro ri e pega outro pedaço de pizza. 
   — Senta, Yas. Assim, deitada, eu não consigo ver seus olhos. 
   — Você não consegue ficar sem olhar para os meus olhos, né? — ela provoca sentando novamente. 
   — Não, é a única coisa bonita em você. 
   — Vou lembrar dessas palavras quando você quiser me beijar. Vou dizer: "Não são só os meus olhos que são bonitos? Então fica olhando pra eles."
Victor gargalha. 
   — O resto não é bonito, mas dá pra aproveitar. 
Yasmin estica a perna e chuta a coxa do namorado. 
   — Babaca. — Ela entorna o copo de Coca-Cola. — Você é muito babaca. 
   — Eu sei, você também é. 
A loirinha fica de joelhos, aproximam-se do namorado, que acredita que ela irá beijá-lo. Ao contrário disso, Yasmin arrota no rosto dele. 
   — Filha da p*ta — ele xinga empurrando o rosto dela com a mão aberta. Yasmin ri e lambe a palma da mão dele, sentando no tapete. 
   — Aprendi a arrotar. 
   — Palhacinha. — O celular dele bipa ao seu lado, chamando a atenção do casal. Victor dá a entender que limpará a mão no tapete e Yasmin alerta:
   — No meu tapete, não! 
Ele passa a mão na bermuda e pega o celular. 
   — Não acredito — fala caindo na gargalhada. 
   — O que foi? — pergunta Yasmin com curiosidade. Victor estica o celular para ela, que lê em voz alta:
   — Hi, Victor! When you go back to NY? I miss you, baby. — Ela ri. — Quem é essa v*dia? 
   — Ei, ela é minha amiga. 
   — Really, baby? 
O loiro ri. 
   — Ela é minha amiga, qual é o problema dela sentir minha falta? 
   — Nenhum, mas por que ela está interessada na sua volta para Nova York? 
Victor sorri maliciosamente. 
   — Você não faz nenhuma ideia? 
   — Você já ficou com ela? 
   — Não — ele responde. 
   — Victor Aguiar, você falou que não ia mais mentir pra mim. 
O loiro gargalha. 
   — Eu realmente não fiquei com ela. 
   — Sei, assim como eu não fiquei com o Gabriel? 
   — Quem é Gabriel? 
   — Você não conhece o Gabriel do terceiro B? 
   — Não, mas você já ficou ele? 
   — Você ficou com essa garota? 
   — Não, juro. — Yasmin assente, acreditando nele. — Você ficou com esse Gabriel? 
Yasmin sorri. 
   — Não. 
   — Jura? 
Ela engatinha até o loiro e senta ao seu lado. 
   — Juro, meu porquinho. — Com um sorriso no rosto, dá um beijo nele. 

Em cima de uma cadeira da cozinha, Marina conversa com Vinícius, que está em sua frente. 
   — Você falou que era Pega-pega — ele diz. 
   — Mas isso é pega-pega. 
   — Não — discorda Vinícius. — Isso é Pique no Alto. 
   — E tem diferença? 
   — É claro, Pega-pega não tem pique, já Pique no Alto o próprio nome está dizendo.
Marina revira os olhos e pula da cadeira, esticando o braço direito para o namorado. 
   — Ok, pode dar. 
Vinícius segura no pulso dela. 
   — Eu não queria começar. 
   — Vai logo — apressa Marina. — Faz parte da brincadeira. Sem contar que eu vou me vingar. 
O garoto ri, une o indicador com o dedo médio e os passa pelo antebraço de Marina, aquecendo a região.
   — Pra que isso? — ela pergunta. 
   — É porque dói mais. 
Marina estreita os olhos. 
   — Vou lembrar disso. 
Rindo, Vinícius ergue a mão e acerta os dois dedos no antebraço dela, fazendo Marina xingar baixinho. 
   — Desculpa — ele pede sorrindo. 
   — Car*lho, você pegou pesado. 
   — Eu nem dei com força, Mari. 
   — Imagina se tivesse dado. Vou me vingar, você vai ver. 
   — Estou tremendo de medo — ironiza Vinícius. 
   — Vai, vamos voltar a brincar. Está comigo, né? 
   — Sim.
   — Então corra, bonitinho, porque se eu te pegar você vai sentir muita dor. 
Vinícius ri e sai correndo da cozinha pela porta dos fundos. Marina vai atrás dele descalça e cruza a porta. O garoto rodeia a piscina, seguido de perto pela namorada e quando está prestes a entrar no corredor lateral da mansão, Marina o agarra pela cintura. 
   — Te peguei, bonitinho. 
   — Já que me pegou, mereço um beijinho.
Pegando no pulso dele, Marina diz:
   — Você merece isso. — Sem hesitar, ela atinge a pele dele com seus dedos indicador e médio. 
Vinícius sente a área arder e assiste a região ficar vermelha instantaneamente. 
   — Caramba, Mari, você é forte. 
   — Isso é só o começo. — Ela ri e corre pelo corredor rumo à entrada da mansão. — Está com você!
Vinícius vai atrás dela rindo. 

Isabela fecha a porta com o quadril, sentindo as mãos de Felipe pressionarem sua cintura. Ele prende o corpo dela na porta com o seu e beija o pescoço dela. Isabela se arrepia e leva suas mãos à gravata dele, abrindo-a. 
   — Senta na cama — pede entre os beijos. 
   — Como?
   — Senta na cama — repete a garota e Felipe dá um selinho nela, antes de atender o pedido. Com a gravata nas mãos, Isabela caminha lentamente até a frente dele, onde para lançando um olhar intenso para ele. Ela ergue as mãos acima da cabeça, esticando a gravata, enquanto remexe o quadril sedutoramente. Sem pressa, se agacha e próximo ao chão, abaixa as mãos passando a gravata na frente dos olhos. Em seguida levanta e joga a gravata para o lado, se aproximando dele. 
   Felipe toca na cintura dela e Isabela abre os botões do paletó dele, retirando a peça de seu corpo. Depois disso volta a ficar parada na frente dele e vira de costas, rebolando um pouco ao abaixar as alças da camisola. O moreno, sentindo o corpo reagir à cena, observa a camisola deslizar pelo corpo dela rumo ao chão. Usando apenas lingerie, Isabela fica de frente para ele mais uma vez e se aproxima do jovem para abrir os botões de sua camisa. Felipe acaricia a cintura dela, descendo as mãos para o quadril enquanto os dedos de Isabela abrem sua camisa, expondo sua pele bronzeada e os músculos de seu abdômen. Ela senta no colo dele e cruza as pernas, Felipe passa um braço pelo colo dela, segurando em suas coxas com firmeza enquanto o outro braço envolve suas costas. Eles começam a se beijar calorosamente, degustando do sabor adocicado um do outro, até que Isabela interrompe o beijo levantando do colo dele. 
   A morena caminha até o interruptor ao mesmo tempo que Felipe deita de barriga para cima em sua cama, abrindo o zíper da calça social. Isabela apaga a luz, imergindo o quarto em uma pseudo-escuridão, poi os abajures permanecem acesos. Ela retorna para a cama e fica em pé sobre o colchão, com seus pés entre os de Felipe, que no momento está apenas de trajes íntimos. 
   Isabela leva as mãos às próprias costas e desprende o sutiã. Felipe senta na cama e ergue os braços, trazendo o corpo dela para o seu. Sentada no colo dele em sua cama, Isabela fecha os olhos e sente as mãos e a boca de seu namorado percorrerem o seu pescoço e tronco. Ela joga a cabeça para trás e suspira, totalmente entregue à paixão. 
   Logo em seguida, o jovem deita na cama e inverte as posições, deixando Isabela sob seu corpo. Ela apoia a cabeça em um de seus travesseiros e recebe a boca de Felipe na sua com prazer. Durante o beijo, deixa as suas mãos percorrerem as costas dele e começa a passar as unhas pela pele dele, descendo lentamente, provocando um gemido abafado no garoto. Quando suas mãos chegam à cueca dele, Isabela abaixa a peça sem hesitar e Felipe ajuda ela a tirá-la de seu corpo. O moreno coloca os braços dela ao lado de sua cabeça no travesseiro e começa a distribuir beijos a partir de seu queixo, indo lentamente para o umbigo. 
   Isabela geme sentindo a boca dele explorar seu corpo e fecha os olhos mais uma vez, sentindo não só o contato físico, mas o emocional. Ela recorda do olhar de Felipe que se ilumina quando ele sorri, relembra do som da risada dele e se atenta ao seu próprio corpo, prestando atenção em como ele reage ao estar em contato com o corpo de Felipe. Suas pernas se movem e um gemido deixa sua boca quando Felipe beija carinhosamente e demoradamente um dedo abaixo de seu umbigo. Ele remove a última peça de roupa que havia no corpo dela com delicadeza e retorna para cima com rapidez. Eles voltam a se beijar e cada um estica um braço para apagar os abajures. O quarto entra no breu completo e eles se entregam um ao outro, cessando a saudade e o desejo. 

Próximo capítulo | Capítulo anterior