Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 182: Marina descobre o que Thiago vem escondendo


Durante o filme A proposta, Jonas passa um braço pelos ombros de Maísa e ela encosta no peito dele. O garoto fita pelo canto de olho o rosto dela, que demonstra concentração no filme, e se controla para não roubar um beijo dela, pois sabe que se fizer isso Maísa irá embora e ele não quer que ela vá. A loira olha repentinamente para ele e comenta rindo:
   — Essa cena é hilária. 
Eles percebem ao mesmo tempo o quanto estão perto um do outro. Jonas leva uma mão à nuca dela com suavidade sem interromper o contato visual e Maísa coloca uma das mãos na coxa dele. Os dois aproximam ainda mais seus rostos e Jonas dá um beijo no queixo dela. Em seguida Maísa retribui beijando o canto da boca dele e eles dão um selinho antes de dar um beijo curtíssimo. Quando Jonas tenta aprofundar o afeto, Maísa se afasta deixando um gostinho de quero mais. Ele lambe o lábio que ainda está com o gosto doce da boca da loira e ela segura um sorriso.

Depois de ter lavado o rosto e pescoço, Marina desce e sai despercebida da mansão. Ela caminha em passos lentos pela rua do condomínio indo em direção à praça, tentando esvaziar a mente de modo que não pense no sonho que acabou de ter. Ao chegar à praça vê um garoto sentado em um banco de costas para ela e o reconhece após alguns segundos. 
   — Oi, Thiago — fala surgindo atrás dele. O rapaz se assusta e tenta esconder o cigarro em suas mãos, mas como percebe que Marina já viu, desiste. — Você está fumando? — ela pergunta não tanto espantada como Thiago imaginava enquanto senta ao lado dele. — A Graziele comentou que você tinha parado. 
   — É o que todo mundo pensa — Thiago fala em um sussurro, provocando a expressão de surpresa que esperava logo de cara em Marina.
   — Você está mentindo que parou de fumar? — indaga a morena se esquecendo por completo do problema relacionado ao sonho. 
   — Sim. 
   — Por quê? 
Ele olha para ela pela primeira vez durante a conversa.
   — Porque eu não quero parar. 
   — Mas faz mal. 
Thiago revira os olhos. 
   — Pelo menos eu vou morrer feliz. 
   — Você quer dizer morrer jovem feliz. 
   — Tanto faz. 
Marina sacode a cabeça. 
   — E você pretende esconder isso de todo mundo até quando? 
   — Não sei — responde Thiago dando de ombros. 
A adolescente olha intensamente para ele e apoia as costas no encosto do banco, cruzando os braços. 
   — Você está ficando cada vez mais parecido com aqueles seus amigos. 
   — Você não conhece os meus amigos — retorque Thiago dando uma tragada em seu cigarro. 
   — Esqueceu que eu já fui em uma das festinhas que você frequenta? — Thiago não fala nada e ela sacode o braço dele. — Você não é assim!
Ele puxa o braço, exclamando:
   — Sai pra lá, garota, você nem me conhece direito. 
   — Sei o suficiente pra ver que você não está indo para o caminho certo. 
   — Eu decido qual é o caminho certo. 
   — Você é muito mal de escolha. 
   — Me deixa em paz, Marina. 
   — Não, não deixo. — Ela sacode o braço dele mais uma vez. — Dá para parar de ser indiferente? — Como Thiago continua em silêncio, ela levanta com uma ideia em mente. — Quero ver se você vai continuar indiferente assim quando eu contar para os seus pais e para a Graziele o que eu estou vendo. 
Thiago também levanta e encara ela de perto.
   — Você não vai contar nada. 
   — Duvida? 
Ele fecha uma das mãos no braço dela. 
   — Você vai ficar quietinha — fala em tom de ameaça. 
   — Você está querendo me amedrontar? — Marina se indigna. 
   — É um conselho. 
A morena sacode a cabeça com incredulidade e puxa o braço com força. 
   — Você está mudando muito, Thiago. Mais um pouco e os seus amigos não te reconhecerão. 
   — Isso não é problema seu.
   — É, realmente não é problema meu. Eu vou sair daqui antes que a sua burrice me contamine. — Ela dá um passo para trás, mas não se vira. — E pode ficar tranquilo, eu não vou contar pra ninguém dessa sua estupidez. Se você quer morrer, que morra. 
Ela começa a caminhar de volta para a rua em que veio torcendo para que Thiago fique assustado com as palavras que ela usou e acorde para a realidade. 

Abraçados, Yasmin e Victor se despedem na calçada em frente a casa dela. Eles dão um beijo e Yasmin diz:
   — Adorei passar o dia com você. 
   — É que a gente fica muito tempo longe, né? — ironiza o loiro e dá um selinho nela. — É melhor eu ir, preciso tomar um banho. 
   — Precisa mesmo, você está com cheiro de hospital — brinca Yasmin. 
   — E mesmo assim você está nos meus braços me beijando. 
   — Larga de ser convencido, garoto. 
   — Olha quem fala. 
Eles riem e Victor beija Yasmin novamente. 
   — Você é um trouxa mesmo — ela fala lambendo os lábios. 
   — Você também, é por isso que eu te amo. 
Yasmin ri e dá um selinho nele. 
   — Você o quê? 
   — Eu te amo — Victor repete com tranquilidade. 
   — É tão bom ouvir você falar isso. 
   — Por quê? Você é tão carente que fica feliz em ouvir eu falar que te amo? 
   — Não, bobão, é porque você dizer que ama uma pessoa é raridade. 
Victor ri. 
   — É mesmo. Então aproveita porque eu te amo. Só você. 
   — É claro, né? Você queria amar outras? 
Eles riem. 
   — Até que não seria uma má ideia. 
A loirinha dá um tapinha no braço dele. 
   — Larga de ser babaca. 
Victor gargalha mais uma vez e dá o último beijo nela. 
   — Vou indo. Até amanhã!
   — Até! — Ela vê Victor se afastar e entra na mansão. 
Quando está próximo de sua casa Victor vê Marina chegando também.
   — E aí, estava aonde? — indaga abrindo o portão. 
   — Dando uma volta. 
   — Pela casa do Vinícius? — Victor ri com malícia, mas não provoca o sorrisinho bobo que Marina dá quando ele fala do namorado dela. — O que foi? 
   — Eu tive um sonho muito esquisito. 
   — Vamos entrar, daí você me conta. 
Os gêmeos caminham para dentro da mansão e quando estão sentados no sofá da sala, Marina narra sobre o sonho que teve. Quando ela termina Victor exclama:
   — Caramba!
   — O que será que isso quer dizer?
   — Na verdade nada, os sonhos nada são do que sua mente trabalhando sem nenhum comando, porque o...
   — Não me vem com essa história! — corta Marina. 
   — Essa história se chama ciência, maninha. 
   — Eu estou falando sério — ela diz angustiada. 
   — Eu também.
   — Ai, Victor. 
Marina revira os olhos e levanta do sofá, mas Victor a puxa de volta fazendo ela cair em seu colo. 
   — Fica, vamos conversar sobre isso. 
Marina sai do colo dele e senta em sua frente mais uma vez. 
   — Você não vai ficar de graça?
   — Eu não estava de graça. 
   — Você entendeu o que eu quis dizer. 
   — Tudo bem, tudo bem. Vou me controlar. 
Marina passa a mão no cabelo. 
   — Então, o que você acha? 
   — Sinceramente? 
   — É. 
   — Acho que você tem que esquecer tudo isso. 
   — Você acha?
   — Sim, Mari. Não é porque você sonhou com o Brian que você não ama o Vinícius. 
   — E se for uma mensagem do meu subconsciente? — indaga a garota preocupada. 
   — Mensagem?
   — É, uma foma dele me dizer que o meu destino é esse. Ai meu Deus! E se for igual o Vinícius que sente quando as pessoas que ele ama está em perigo? 
Victor se controla para não rir. 
   — Acho que não é isso. 
   — Estou confusa!
O loiro pega nas mãos dela. 
   — Marina, foi só um sonho. 
Ela assente. 
   — É, foi só um sonho. Só um sonho. 
Victor levanta. 
   — Vem, vamos subir. Hoje eu vou até dormir com você pra te tranquilizar, combinado? 
   — Nossa! — Marina se surpreende. — Obrigada. 

Depois de jantarem, Mel e Reinaldo decidem caminhar no calçadão da praia de Copacabana que fica em frente ao restaurante. Eles andam lado a lado, aproveitando a brisa da noite e a companhia um do outro. 
   — Qual foi a situação mais constrangedora que você já passou no trabalho? — pergunta Mel. 
Reinaldo pensa por um momento. 
   — Acho que foi uma vez que uma mulher começou a me cantar, falando que tava ensaiando para um comercial que a gente estava produzindo. 
Mel ri. 
   — Sério? Como foi? 
   — O comercial era sobre peças íntimas e a dona da marca estava presente nas gravações e ela começou a mostrar para os modelos que iriam fazer o comercial como era para eles ficarem e ela me usou como modelo também. — Ele ri. — Foi muito constrangedor porque a ideia era eles se beijarem e a gente ia gravando pequenos cortes exibindo as peças. 
   — Ela te beijou? — indaga Mel espantada. 
   — Não, mas ficou me acariciando. O pior é que na época eu era casado, então não estava pra isso, né? Sem contar que era o meu ambiente de trabalho. 
Mel gargalha. 
   — Posso imaginar o quanto foi constrangedor. 
   — Sim, eu fiquei vermelho. 
   — Oh, tadinho. 
Os dois riem com descontração e decidem sentar em um banco. 
   — E você? — pergunta Reinaldo. — Já passou por um situação embaraçosa? 
   — Ah, sim, diversas vezes. A maioria foi na época da banda, mas já teve umas situações chatas em eventos da grife. 
   — Me conta uma — pede o empresário com interesse. 
Mel puxa na memória uma dessas situações e começa a rir com a lembrança. 
   — Teve uma vez — começa controlando os risos — que eu fui em uma inauguração com a Sophia e a gente ia fazer presença vip, sabe? — Ela ri. — E para a nossa homenagem tinham uns covers dos Rebeldes. Eles não eram nada parecidos com a gente, Reinaldo! — Os dois gargalham. — De verdade. A moça que era a minha cover era muito menor do que eu e tava usando uma peruca preta para imitar o meu cabelo. A gente teve que tirar fotos juntas e todo mundo reparou que não tínhamos nada a ver e ficou aquele clima esquisito, sabe? 
Reinaldo ri. 
   — Nossa, que horror!
   — Sim, eu só queria ir embora dali o mais rápido possível. 
Eles riem e se olham com profundidade. 
   — Então — Mel fala se levantando —, vamos indo? Eu estou um pouco cansada. 
   — Claro. 
Eles caminham para o restaurante para buscar os seus carros. No estacionamento, Reinaldo e Mel se despedem. 
   — Obrigado por jantar comigo — ele agradece. 
   — Imagina, o prazer foi meu. 
   — Vamos repetir isso um dia? 
Mel sente uma agitação em seu íntimo devido ao olhar charmoso com que Reinaldo a observa. 
   — Claro — confirma sorrindo e abre a porta de seu carro. — Até mais, Reinaldo. 
Eles se abraçam e Mel se sente acolhida imediatamente pelo aperto de Reinaldo e não deixa de saborear do perfume agradável dele. O empresário dá um beijo na bochecha dela e eles se soltam. 
   — Até mais! — ele fala sorrindo. Mel entra em seu carro e Reinaldo bate a porta para ela. 
Mesmo sabendo que ele não está vendo o interior do carro por causa do vidro escuro, Mel se controla para não sorrir e liga o motor. 

Maria Luíza acorda na manhã seguinte tomando consciência do lugar em que está, evitando assim dores e lágrimas. 
   — Bom dia, aparelhos — fala olhando para as máquinas que monitoram o seu corpo. — Bom dia, bracinho que irá se recuperar logo para eu poder ir para casa — se dirige ao seu braço esquerdo e olha para cima. — Bom dia, teto azul. — Ela bate os pés um no outro e comenta para si: — A essa hora todo mundo deve estar se preparando para ir pro colégio. 
Bem longe dali Samuel faz exatamente o que Malu acredita. Tomando cuidado para não molhar o curativo que refez ao acordar, toma um banho quente e em seguida sai com um toalha enrolada no quadril. Maísa também se apronta para ir ao colégio e relembra da noite anterior com um sorriso de satisfação no rosto. 
Por volta das sete horas da manhã os adolescentes chegam ao colégio. Laís está conversando com Alexandre, porém interrompe o assunto ao ver Maísa passar pela porta. 
   — Depois a gente se fala, tá? 
   — Ok. — Ele se aproxima de Danilo enquanto ela vai até a prima e melhor amiga. 
   — Como foi? — pergunta. 
   — Bom dia pra você também — ri Maísa. 
   — Me conta! — pede Laís com ansiedade.
   — Pra quem não queria que eu fosse você está bem interessadinha, né? 
   — Agora que o erro já foi feito... — Laís dá de ombros. 
   — Foi do jeito que eu queria — conta a loira. 
   — Vocês ficaram? 
   — Não, quer dizer, a gente deu um beijinho sem graça em uma hora e depois disso nada. 
   — Beijinho sem graça? 
   — É, nem selinho nem beijão, sabe? 
Laís ri. 
   — Sei, mas ele não tentou nada? 
   — Por incrível que pareça não. Só na hora que a gente foi se despedir que ele deu um beijo perto demais da minha boca, mas eu desviei. 
Laís sorri. 
   — Seria um sonho se ele se apaixonasse por você e você o esnobasse, mas eu não acho que isso vá acontecer. 
   — Por que não?
Laís responde sem hesitar:
   — Porque a paixão do Jonas por ele mesmo é muito grande, não permite que ele sinta a mesma coisa por alguém. 
Isabela e Vinícius são os primeiros do seu grupo a chegar no colégio.
   — Ah, vamos, Vini — tenta convencer a garota. — O pai falou que vai ser legal. 
   — Legal ver ele passando som? — indaga Vinícius. — A gente já viu isso milhões de vezes. 
   — Mesmo assim, é um tempo que a gente vai passar com ele. 
   — Tudo bem, talvez eu vá. 
Isabela sorri orgulhosa e vê quando Victor e Marina entram. Ela percebe que quando Marina olha para o seu irmão fica tensa, porém não compreende o motivo. Os gêmeos se aproximam e Victor cumprimenta:
   — Oi, gente!
   — Oi — respondem Isabela e Vinícius. 
   — Olá — fala Marina e eles respondem novamente. Vinícius dá um selinho nela e Marina retribui, mas não tira a expressão tensa que Isabela continua tentando decifrar. 
   — Está com inveja? — pergunta Victor no ouvido dela, fazendo a garota desviar o olhar. Isabela vira a cabeça para fitá-lo e afasta o rosto, pois seus narizes quase se encostam. 
   — Óbvio que não — responde e Victor ri. 
   — Então por que você está observando o beijo deles? — pergunta o loiro baixinho só para ela ouvir. 
   — A Marina está estranha — Isabela conta no mesmo tom que ele. 
   — Estranha? — Victor se faz de desentendido. — É só impressão sua. 
   — Não, não é. 
Ele passa um braço pelos ombros dela. 
   — Claro que é, grande anã. 
Isabela olha novamente para Marina e Vinícius, que conversam baixinho, e continua vendo algo de diferente na garota. Uma risada conhecida faz os quatro olharem para a porta. Yasmin entra gargalhando abraçada em Lorenzo seguida de perto por Felipe, que está impassível. 
Isabela sente os músculos de Victor se contraindo e segura no pulso dele do braço que está em seus ombros. 
   — Não é nada demais — fala erguendo a cabeça para olhar para o rosto dele. 
   — É, não é nada demais — concorda o garoto olhando para ela, porém os seus músculos continuam tensos. 
Yasmin e Lorenzo se separam e ele vai para o seu lugar enquanto ela e Felipe se juntam aos amigos.
   — Bom dia! — eles se cumprimentam e Felipe puxa Isabela dos braços de Victor para beijá-la. Yasmin fica ao lado do namorado e dá um selinho nele. 
   — Eu tenho uma notícia para todos vocês — fala a loirinha olhando para todos. 
Felipe, que está sentado em uma mesa ao lado de Isabela, franze a testa com curiosidade enquanto Marina e Vinícius olham para a loirinha. 
   — Que novidade? — pergunta Isabela. 
   — O Iago e o Lorenzo confirmaram que vão para o Carnaval fora de época também!
Os músculos da mandíbula de Victor se sobressaem e Felipe ergue as sobrancelhas.
   — Que história é essa? — pergunta o moreno.
Yasmin indaga com naturalidade:
   — A Isabela não te contou que a gente chamou os dois? 
Victor não se altera, porém Felipe fica ainda mais surpreso. 
   — Ah, vocês chamaram? — ele pergunta olhando para a namorada. 
   — Chamamos — Isabela responde tentando transparecer calma.
Yasmin olha para o namorado e para o irmão e coloca as mãos na cintura, perguntando:
   — Ah, fala sério! Vocês não vão criar caso por causa disso, vão? 


Comentários

  1. kkk sinto cheiro de ciumes no ar.

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  2. shiiii será que o Felipe e o Victor vão ficar com ciúmes.

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  3. adorei o capítulo foi incrível,amei muito.

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  4. ai Deus O Thiago tem parar de fumar.

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  5. kkkk a Malu é uma piada gente mesmo no hospital ela não perde o jeito engraçado.

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  6. Renata vc escreve tão bem,magnífico.

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  7. Já estou louca pra saber a reação de victor e Felipe
    muito curiosa
    muito bom
    muito perfeito
    simplesmente o melhor

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  8. Posta tá muito Bom minha amiga tbm amassar seus imagines teve Perfeita

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  9. Será que Marina e Vinicius esta perto de acabar?

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