Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 182: Marina descobre o que Thiago vem escondendo
Durante o filme A proposta, Jonas passa um braço pelos ombros de Maísa e ela encosta no peito dele. O garoto fita pelo canto de olho o rosto dela, que demonstra concentração no filme, e se controla para não roubar um beijo dela, pois sabe que se fizer isso Maísa irá embora e ele não quer que ela vá. A loira olha repentinamente para ele e comenta rindo:
— Essa cena é hilária.
Eles percebem ao mesmo tempo o quanto estão perto um do outro. Jonas leva uma mão à nuca dela com suavidade sem interromper o contato visual e Maísa coloca uma das mãos na coxa dele. Os dois aproximam ainda mais seus rostos e Jonas dá um beijo no queixo dela. Em seguida Maísa retribui beijando o canto da boca dele e eles dão um selinho antes de dar um beijo curtíssimo. Quando Jonas tenta aprofundar o afeto, Maísa se afasta deixando um gostinho de quero mais. Ele lambe o lábio que ainda está com o gosto doce da boca da loira e ela segura um sorriso.
Depois de ter lavado o rosto e pescoço, Marina desce e sai despercebida da mansão. Ela caminha em passos lentos pela rua do condomínio indo em direção à praça, tentando esvaziar a mente de modo que não pense no sonho que acabou de ter. Ao chegar à praça vê um garoto sentado em um banco de costas para ela e o reconhece após alguns segundos.
— Oi, Thiago — fala surgindo atrás dele. O rapaz se assusta e tenta esconder o cigarro em suas mãos, mas como percebe que Marina já viu, desiste. — Você está fumando? — ela pergunta não tanto espantada como Thiago imaginava enquanto senta ao lado dele. — A Graziele comentou que você tinha parado.
— É o que todo mundo pensa — Thiago fala em um sussurro, provocando a expressão de surpresa que esperava logo de cara em Marina.
— Você está mentindo que parou de fumar? — indaga a morena se esquecendo por completo do problema relacionado ao sonho.
— Sim.
— Por quê?
Ele olha para ela pela primeira vez durante a conversa.
— Porque eu não quero parar.
— Mas faz mal.
Thiago revira os olhos.
— Pelo menos eu vou morrer feliz.
— Você quer dizer morrer jovem feliz.
— Tanto faz.
Marina sacode a cabeça.
— E você pretende esconder isso de todo mundo até quando?
— Não sei — responde Thiago dando de ombros.
A adolescente olha intensamente para ele e apoia as costas no encosto do banco, cruzando os braços.
— Você está ficando cada vez mais parecido com aqueles seus amigos.
— Você não conhece os meus amigos — retorque Thiago dando uma tragada em seu cigarro.
— Esqueceu que eu já fui em uma das festinhas que você frequenta? — Thiago não fala nada e ela sacode o braço dele. — Você não é assim!
Ele puxa o braço, exclamando:
— Sai pra lá, garota, você nem me conhece direito.
— Sei o suficiente pra ver que você não está indo para o caminho certo.
— Eu decido qual é o caminho certo.
— Você é muito mal de escolha.
— Me deixa em paz, Marina.
— Não, não deixo. — Ela sacode o braço dele mais uma vez. — Dá para parar de ser indiferente? — Como Thiago continua em silêncio, ela levanta com uma ideia em mente. — Quero ver se você vai continuar indiferente assim quando eu contar para os seus pais e para a Graziele o que eu estou vendo.
Thiago também levanta e encara ela de perto.
— Você não vai contar nada.
— Duvida?
Ele fecha uma das mãos no braço dela.
— Você vai ficar quietinha — fala em tom de ameaça.
— Você está querendo me amedrontar? — Marina se indigna.
— É um conselho.
A morena sacode a cabeça com incredulidade e puxa o braço com força.
— Você está mudando muito, Thiago. Mais um pouco e os seus amigos não te reconhecerão.
— Isso não é problema seu.
— É, realmente não é problema meu. Eu vou sair daqui antes que a sua burrice me contamine. — Ela dá um passo para trás, mas não se vira. — E pode ficar tranquilo, eu não vou contar pra ninguém dessa sua estupidez. Se você quer morrer, que morra.
Ela começa a caminhar de volta para a rua em que veio torcendo para que Thiago fique assustado com as palavras que ela usou e acorde para a realidade.
Abraçados, Yasmin e Victor se despedem na calçada em frente a casa dela. Eles dão um beijo e Yasmin diz:
— Adorei passar o dia com você.
— É que a gente fica muito tempo longe, né? — ironiza o loiro e dá um selinho nela. — É melhor eu ir, preciso tomar um banho.
— Precisa mesmo, você está com cheiro de hospital — brinca Yasmin.
— E mesmo assim você está nos meus braços me beijando.
— Larga de ser convencido, garoto.
— Olha quem fala.
Eles riem e Victor beija Yasmin novamente.
— Você é um trouxa mesmo — ela fala lambendo os lábios.
— Você também, é por isso que eu te amo.
Yasmin ri e dá um selinho nele.
— Você o quê?
— Eu te amo — Victor repete com tranquilidade.
— É tão bom ouvir você falar isso.
— Por quê? Você é tão carente que fica feliz em ouvir eu falar que te amo?
— Não, bobão, é porque você dizer que ama uma pessoa é raridade.
Victor ri.
— É mesmo. Então aproveita porque eu te amo. Só você.
— É claro, né? Você queria amar outras?
Eles riem.
— Até que não seria uma má ideia.
A loirinha dá um tapinha no braço dele.
— Larga de ser babaca.
Victor gargalha mais uma vez e dá o último beijo nela.
— Vou indo. Até amanhã!
— Até! — Ela vê Victor se afastar e entra na mansão.
Quando está próximo de sua casa Victor vê Marina chegando também.
— E aí, estava aonde? — indaga abrindo o portão.
— Dando uma volta.
— Pela casa do Vinícius? — Victor ri com malícia, mas não provoca o sorrisinho bobo que Marina dá quando ele fala do namorado dela. — O que foi?
— Eu tive um sonho muito esquisito.
— Vamos entrar, daí você me conta.
Os gêmeos caminham para dentro da mansão e quando estão sentados no sofá da sala, Marina narra sobre o sonho que teve. Quando ela termina Victor exclama:
— Caramba!
— O que será que isso quer dizer?
— Na verdade nada, os sonhos nada são do que sua mente trabalhando sem nenhum comando, porque o...
— Não me vem com essa história! — corta Marina.
— Essa história se chama ciência, maninha.
— Eu estou falando sério — ela diz angustiada.
— Eu também.
— Ai, Victor.
Marina revira os olhos e levanta do sofá, mas Victor a puxa de volta fazendo ela cair em seu colo.
— Fica, vamos conversar sobre isso.
Marina sai do colo dele e senta em sua frente mais uma vez.
— Você não vai ficar de graça?
— Eu não estava de graça.
— Você entendeu o que eu quis dizer.
— Tudo bem, tudo bem. Vou me controlar.
Marina passa a mão no cabelo.
— Então, o que você acha?
— Sinceramente?
— É.
— Acho que você tem que esquecer tudo isso.
— Você acha?
— Sim, Mari. Não é porque você sonhou com o Brian que você não ama o Vinícius.
— E se for uma mensagem do meu subconsciente? — indaga a garota preocupada.
— Mensagem?
— É, uma foma dele me dizer que o meu destino é esse. Ai meu Deus! E se for igual o Vinícius que sente quando as pessoas que ele ama está em perigo?
Victor se controla para não rir.
— Acho que não é isso.
— Estou confusa!
O loiro pega nas mãos dela.
— Marina, foi só um sonho.
Ela assente.
— É, foi só um sonho. Só um sonho.
Victor levanta.
— Vem, vamos subir. Hoje eu vou até dormir com você pra te tranquilizar, combinado?
— Nossa! — Marina se surpreende. — Obrigada.
Depois de jantarem, Mel e Reinaldo decidem caminhar no calçadão da praia de Copacabana que fica em frente ao restaurante. Eles andam lado a lado, aproveitando a brisa da noite e a companhia um do outro.
— Qual foi a situação mais constrangedora que você já passou no trabalho? — pergunta Mel.
Reinaldo pensa por um momento.
— Acho que foi uma vez que uma mulher começou a me cantar, falando que tava ensaiando para um comercial que a gente estava produzindo.
Mel ri.
— Sério? Como foi?
— O comercial era sobre peças íntimas e a dona da marca estava presente nas gravações e ela começou a mostrar para os modelos que iriam fazer o comercial como era para eles ficarem e ela me usou como modelo também. — Ele ri. — Foi muito constrangedor porque a ideia era eles se beijarem e a gente ia gravando pequenos cortes exibindo as peças.
— Ela te beijou? — indaga Mel espantada.
— Não, mas ficou me acariciando. O pior é que na época eu era casado, então não estava pra isso, né? Sem contar que era o meu ambiente de trabalho.
Mel gargalha.
— Posso imaginar o quanto foi constrangedor.
— Sim, eu fiquei vermelho.
— Oh, tadinho.
Os dois riem com descontração e decidem sentar em um banco.
— E você? — pergunta Reinaldo. — Já passou por um situação embaraçosa?
— Ah, sim, diversas vezes. A maioria foi na época da banda, mas já teve umas situações chatas em eventos da grife.
— Me conta uma — pede o empresário com interesse.
Mel puxa na memória uma dessas situações e começa a rir com a lembrança.
— Teve uma vez — começa controlando os risos — que eu fui em uma inauguração com a Sophia e a gente ia fazer presença vip, sabe? — Ela ri. — E para a nossa homenagem tinham uns covers dos Rebeldes. Eles não eram nada parecidos com a gente, Reinaldo! — Os dois gargalham. — De verdade. A moça que era a minha cover era muito menor do que eu e tava usando uma peruca preta para imitar o meu cabelo. A gente teve que tirar fotos juntas e todo mundo reparou que não tínhamos nada a ver e ficou aquele clima esquisito, sabe?
Reinaldo ri.
— Nossa, que horror!
— Sim, eu só queria ir embora dali o mais rápido possível.
Eles riem e se olham com profundidade.
— Então — Mel fala se levantando —, vamos indo? Eu estou um pouco cansada.
— Claro.
Eles caminham para o restaurante para buscar os seus carros. No estacionamento, Reinaldo e Mel se despedem.
— Obrigado por jantar comigo — ele agradece.
— Imagina, o prazer foi meu.
— Vamos repetir isso um dia?
Mel sente uma agitação em seu íntimo devido ao olhar charmoso com que Reinaldo a observa.
— Claro — confirma sorrindo e abre a porta de seu carro. — Até mais, Reinaldo.
Eles se abraçam e Mel se sente acolhida imediatamente pelo aperto de Reinaldo e não deixa de saborear do perfume agradável dele. O empresário dá um beijo na bochecha dela e eles se soltam.
— Até mais! — ele fala sorrindo. Mel entra em seu carro e Reinaldo bate a porta para ela.
Mesmo sabendo que ele não está vendo o interior do carro por causa do vidro escuro, Mel se controla para não sorrir e liga o motor.
Maria Luíza acorda na manhã seguinte tomando consciência do lugar em que está, evitando assim dores e lágrimas.
— Bom dia, aparelhos — fala olhando para as máquinas que monitoram o seu corpo. — Bom dia, bracinho que irá se recuperar logo para eu poder ir para casa — se dirige ao seu braço esquerdo e olha para cima. — Bom dia, teto azul. — Ela bate os pés um no outro e comenta para si: — A essa hora todo mundo deve estar se preparando para ir pro colégio.
Bem longe dali Samuel faz exatamente o que Malu acredita. Tomando cuidado para não molhar o curativo que refez ao acordar, toma um banho quente e em seguida sai com um toalha enrolada no quadril. Maísa também se apronta para ir ao colégio e relembra da noite anterior com um sorriso de satisfação no rosto.
Por volta das sete horas da manhã os adolescentes chegam ao colégio. Laís está conversando com Alexandre, porém interrompe o assunto ao ver Maísa passar pela porta.
— Depois a gente se fala, tá?
— Ok. — Ele se aproxima de Danilo enquanto ela vai até a prima e melhor amiga.
— Como foi? — pergunta.
— Bom dia pra você também — ri Maísa.
— Me conta! — pede Laís com ansiedade.
— Pra quem não queria que eu fosse você está bem interessadinha, né?
— Agora que o erro já foi feito... — Laís dá de ombros.
— Foi do jeito que eu queria — conta a loira.
— Vocês ficaram?
— Não, quer dizer, a gente deu um beijinho sem graça em uma hora e depois disso nada.
— Beijinho sem graça?
— É, nem selinho nem beijão, sabe?
Laís ri.
— Sei, mas ele não tentou nada?
— Por incrível que pareça não. Só na hora que a gente foi se despedir que ele deu um beijo perto demais da minha boca, mas eu desviei.
Laís sorri.
— Seria um sonho se ele se apaixonasse por você e você o esnobasse, mas eu não acho que isso vá acontecer.
— Por que não?
Laís responde sem hesitar:
— Porque a paixão do Jonas por ele mesmo é muito grande, não permite que ele sinta a mesma coisa por alguém.
Isabela e Vinícius são os primeiros do seu grupo a chegar no colégio.
— Ah, vamos, Vini — tenta convencer a garota. — O pai falou que vai ser legal.
— Legal ver ele passando som? — indaga Vinícius. — A gente já viu isso milhões de vezes.
— Mesmo assim, é um tempo que a gente vai passar com ele.
— Tudo bem, talvez eu vá.
Isabela sorri orgulhosa e vê quando Victor e Marina entram. Ela percebe que quando Marina olha para o seu irmão fica tensa, porém não compreende o motivo. Os gêmeos se aproximam e Victor cumprimenta:
— Oi, gente!
— Oi — respondem Isabela e Vinícius.
— Olá — fala Marina e eles respondem novamente. Vinícius dá um selinho nela e Marina retribui, mas não tira a expressão tensa que Isabela continua tentando decifrar.
— Está com inveja? — pergunta Victor no ouvido dela, fazendo a garota desviar o olhar. Isabela vira a cabeça para fitá-lo e afasta o rosto, pois seus narizes quase se encostam.
— Óbvio que não — responde e Victor ri.
— Então por que você está observando o beijo deles? — pergunta o loiro baixinho só para ela ouvir.
— A Marina está estranha — Isabela conta no mesmo tom que ele.
— Estranha? — Victor se faz de desentendido. — É só impressão sua.
— Não, não é.
Ele passa um braço pelos ombros dela.
— Claro que é, grande anã.
Isabela olha novamente para Marina e Vinícius, que conversam baixinho, e continua vendo algo de diferente na garota. Uma risada conhecida faz os quatro olharem para a porta. Yasmin entra gargalhando abraçada em Lorenzo seguida de perto por Felipe, que está impassível.
Isabela sente os músculos de Victor se contraindo e segura no pulso dele do braço que está em seus ombros.
— Não é nada demais — fala erguendo a cabeça para olhar para o rosto dele.
— É, não é nada demais — concorda o garoto olhando para ela, porém os seus músculos continuam tensos.
Yasmin e Lorenzo se separam e ele vai para o seu lugar enquanto ela e Felipe se juntam aos amigos.
— Bom dia! — eles se cumprimentam e Felipe puxa Isabela dos braços de Victor para beijá-la. Yasmin fica ao lado do namorado e dá um selinho nele.
— Eu tenho uma notícia para todos vocês — fala a loirinha olhando para todos.
Felipe, que está sentado em uma mesa ao lado de Isabela, franze a testa com curiosidade enquanto Marina e Vinícius olham para a loirinha.
— Que novidade? — pergunta Isabela.
— O Iago e o Lorenzo confirmaram que vão para o Carnaval fora de época também!
Os músculos da mandíbula de Victor se sobressaem e Felipe ergue as sobrancelhas.
— Que história é essa? — pergunta o moreno.
Yasmin indaga com naturalidade:
— A Isabela não te contou que a gente chamou os dois?
Victor não se altera, porém Felipe fica ainda mais surpreso.
— Ah, vocês chamaram? — ele pergunta olhando para a namorada.
— Chamamos — Isabela responde tentando transparecer calma.
Yasmin olha para o namorado e para o irmão e coloca as mãos na cintura, perguntando:
— Ah, fala sério! Vocês não vão criar caso por causa disso, vão?
— Oi, Thiago — fala surgindo atrás dele. O rapaz se assusta e tenta esconder o cigarro em suas mãos, mas como percebe que Marina já viu, desiste. — Você está fumando? — ela pergunta não tanto espantada como Thiago imaginava enquanto senta ao lado dele. — A Graziele comentou que você tinha parado.
— É o que todo mundo pensa — Thiago fala em um sussurro, provocando a expressão de surpresa que esperava logo de cara em Marina.
— Você está mentindo que parou de fumar? — indaga a morena se esquecendo por completo do problema relacionado ao sonho.
— Sim.
— Por quê?
Ele olha para ela pela primeira vez durante a conversa.
— Porque eu não quero parar.
— Mas faz mal.
Thiago revira os olhos.
— Pelo menos eu vou morrer feliz.
— Você quer dizer morrer jovem feliz.
— Tanto faz.
Marina sacode a cabeça.
— E você pretende esconder isso de todo mundo até quando?
— Não sei — responde Thiago dando de ombros.
A adolescente olha intensamente para ele e apoia as costas no encosto do banco, cruzando os braços.
— Você está ficando cada vez mais parecido com aqueles seus amigos.
— Você não conhece os meus amigos — retorque Thiago dando uma tragada em seu cigarro.
— Esqueceu que eu já fui em uma das festinhas que você frequenta? — Thiago não fala nada e ela sacode o braço dele. — Você não é assim!
Ele puxa o braço, exclamando:
— Sai pra lá, garota, você nem me conhece direito.
— Sei o suficiente pra ver que você não está indo para o caminho certo.
— Eu decido qual é o caminho certo.
— Você é muito mal de escolha.
— Me deixa em paz, Marina.
— Não, não deixo. — Ela sacode o braço dele mais uma vez. — Dá para parar de ser indiferente? — Como Thiago continua em silêncio, ela levanta com uma ideia em mente. — Quero ver se você vai continuar indiferente assim quando eu contar para os seus pais e para a Graziele o que eu estou vendo.
Thiago também levanta e encara ela de perto.
— Você não vai contar nada.
— Duvida?
Ele fecha uma das mãos no braço dela.
— Você vai ficar quietinha — fala em tom de ameaça.
— Você está querendo me amedrontar? — Marina se indigna.
— É um conselho.
A morena sacode a cabeça com incredulidade e puxa o braço com força.
— Você está mudando muito, Thiago. Mais um pouco e os seus amigos não te reconhecerão.
— Isso não é problema seu.
— É, realmente não é problema meu. Eu vou sair daqui antes que a sua burrice me contamine. — Ela dá um passo para trás, mas não se vira. — E pode ficar tranquilo, eu não vou contar pra ninguém dessa sua estupidez. Se você quer morrer, que morra.
Ela começa a caminhar de volta para a rua em que veio torcendo para que Thiago fique assustado com as palavras que ela usou e acorde para a realidade.
Abraçados, Yasmin e Victor se despedem na calçada em frente a casa dela. Eles dão um beijo e Yasmin diz:
— Adorei passar o dia com você.
— É que a gente fica muito tempo longe, né? — ironiza o loiro e dá um selinho nela. — É melhor eu ir, preciso tomar um banho.
— Precisa mesmo, você está com cheiro de hospital — brinca Yasmin.
— E mesmo assim você está nos meus braços me beijando.
— Larga de ser convencido, garoto.
— Olha quem fala.
Eles riem e Victor beija Yasmin novamente.
— Você é um trouxa mesmo — ela fala lambendo os lábios.
— Você também, é por isso que eu te amo.
Yasmin ri e dá um selinho nele.
— Você o quê?
— Eu te amo — Victor repete com tranquilidade.
— É tão bom ouvir você falar isso.
— Por quê? Você é tão carente que fica feliz em ouvir eu falar que te amo?
— Não, bobão, é porque você dizer que ama uma pessoa é raridade.
Victor ri.
— É mesmo. Então aproveita porque eu te amo. Só você.
— É claro, né? Você queria amar outras?
Eles riem.
— Até que não seria uma má ideia.
A loirinha dá um tapinha no braço dele.
— Larga de ser babaca.
Victor gargalha mais uma vez e dá o último beijo nela.
— Vou indo. Até amanhã!
— Até! — Ela vê Victor se afastar e entra na mansão.
Quando está próximo de sua casa Victor vê Marina chegando também.
— E aí, estava aonde? — indaga abrindo o portão.
— Dando uma volta.
— Pela casa do Vinícius? — Victor ri com malícia, mas não provoca o sorrisinho bobo que Marina dá quando ele fala do namorado dela. — O que foi?
— Eu tive um sonho muito esquisito.
— Vamos entrar, daí você me conta.
Os gêmeos caminham para dentro da mansão e quando estão sentados no sofá da sala, Marina narra sobre o sonho que teve. Quando ela termina Victor exclama:
— Caramba!
— O que será que isso quer dizer?
— Na verdade nada, os sonhos nada são do que sua mente trabalhando sem nenhum comando, porque o...
— Não me vem com essa história! — corta Marina.
— Essa história se chama ciência, maninha.
— Eu estou falando sério — ela diz angustiada.
— Eu também.
— Ai, Victor.
Marina revira os olhos e levanta do sofá, mas Victor a puxa de volta fazendo ela cair em seu colo.
— Fica, vamos conversar sobre isso.
Marina sai do colo dele e senta em sua frente mais uma vez.
— Você não vai ficar de graça?
— Eu não estava de graça.
— Você entendeu o que eu quis dizer.
— Tudo bem, tudo bem. Vou me controlar.
Marina passa a mão no cabelo.
— Então, o que você acha?
— Sinceramente?
— É.
— Acho que você tem que esquecer tudo isso.
— Você acha?
— Sim, Mari. Não é porque você sonhou com o Brian que você não ama o Vinícius.
— E se for uma mensagem do meu subconsciente? — indaga a garota preocupada.
— Mensagem?
— É, uma foma dele me dizer que o meu destino é esse. Ai meu Deus! E se for igual o Vinícius que sente quando as pessoas que ele ama está em perigo?
Victor se controla para não rir.
— Acho que não é isso.
— Estou confusa!
O loiro pega nas mãos dela.
— Marina, foi só um sonho.
Ela assente.
— É, foi só um sonho. Só um sonho.
Victor levanta.
— Vem, vamos subir. Hoje eu vou até dormir com você pra te tranquilizar, combinado?
— Nossa! — Marina se surpreende. — Obrigada.
Depois de jantarem, Mel e Reinaldo decidem caminhar no calçadão da praia de Copacabana que fica em frente ao restaurante. Eles andam lado a lado, aproveitando a brisa da noite e a companhia um do outro.
— Qual foi a situação mais constrangedora que você já passou no trabalho? — pergunta Mel.
Reinaldo pensa por um momento.
— Acho que foi uma vez que uma mulher começou a me cantar, falando que tava ensaiando para um comercial que a gente estava produzindo.
Mel ri.
— Sério? Como foi?
— O comercial era sobre peças íntimas e a dona da marca estava presente nas gravações e ela começou a mostrar para os modelos que iriam fazer o comercial como era para eles ficarem e ela me usou como modelo também. — Ele ri. — Foi muito constrangedor porque a ideia era eles se beijarem e a gente ia gravando pequenos cortes exibindo as peças.
— Ela te beijou? — indaga Mel espantada.
— Não, mas ficou me acariciando. O pior é que na época eu era casado, então não estava pra isso, né? Sem contar que era o meu ambiente de trabalho.
Mel gargalha.
— Posso imaginar o quanto foi constrangedor.
— Sim, eu fiquei vermelho.
— Oh, tadinho.
Os dois riem com descontração e decidem sentar em um banco.
— E você? — pergunta Reinaldo. — Já passou por um situação embaraçosa?
— Ah, sim, diversas vezes. A maioria foi na época da banda, mas já teve umas situações chatas em eventos da grife.
— Me conta uma — pede o empresário com interesse.
Mel puxa na memória uma dessas situações e começa a rir com a lembrança.
— Teve uma vez — começa controlando os risos — que eu fui em uma inauguração com a Sophia e a gente ia fazer presença vip, sabe? — Ela ri. — E para a nossa homenagem tinham uns covers dos Rebeldes. Eles não eram nada parecidos com a gente, Reinaldo! — Os dois gargalham. — De verdade. A moça que era a minha cover era muito menor do que eu e tava usando uma peruca preta para imitar o meu cabelo. A gente teve que tirar fotos juntas e todo mundo reparou que não tínhamos nada a ver e ficou aquele clima esquisito, sabe?
Reinaldo ri.
— Nossa, que horror!
— Sim, eu só queria ir embora dali o mais rápido possível.
Eles riem e se olham com profundidade.
— Então — Mel fala se levantando —, vamos indo? Eu estou um pouco cansada.
— Claro.
Eles caminham para o restaurante para buscar os seus carros. No estacionamento, Reinaldo e Mel se despedem.
— Obrigado por jantar comigo — ele agradece.
— Imagina, o prazer foi meu.
— Vamos repetir isso um dia?
Mel sente uma agitação em seu íntimo devido ao olhar charmoso com que Reinaldo a observa.
— Claro — confirma sorrindo e abre a porta de seu carro. — Até mais, Reinaldo.
Eles se abraçam e Mel se sente acolhida imediatamente pelo aperto de Reinaldo e não deixa de saborear do perfume agradável dele. O empresário dá um beijo na bochecha dela e eles se soltam.
— Até mais! — ele fala sorrindo. Mel entra em seu carro e Reinaldo bate a porta para ela.
Mesmo sabendo que ele não está vendo o interior do carro por causa do vidro escuro, Mel se controla para não sorrir e liga o motor.
Maria Luíza acorda na manhã seguinte tomando consciência do lugar em que está, evitando assim dores e lágrimas.
— Bom dia, aparelhos — fala olhando para as máquinas que monitoram o seu corpo. — Bom dia, bracinho que irá se recuperar logo para eu poder ir para casa — se dirige ao seu braço esquerdo e olha para cima. — Bom dia, teto azul. — Ela bate os pés um no outro e comenta para si: — A essa hora todo mundo deve estar se preparando para ir pro colégio.
Bem longe dali Samuel faz exatamente o que Malu acredita. Tomando cuidado para não molhar o curativo que refez ao acordar, toma um banho quente e em seguida sai com um toalha enrolada no quadril. Maísa também se apronta para ir ao colégio e relembra da noite anterior com um sorriso de satisfação no rosto.
Por volta das sete horas da manhã os adolescentes chegam ao colégio. Laís está conversando com Alexandre, porém interrompe o assunto ao ver Maísa passar pela porta.
— Depois a gente se fala, tá?
— Ok. — Ele se aproxima de Danilo enquanto ela vai até a prima e melhor amiga.
— Como foi? — pergunta.
— Bom dia pra você também — ri Maísa.
— Me conta! — pede Laís com ansiedade.
— Pra quem não queria que eu fosse você está bem interessadinha, né?
— Agora que o erro já foi feito... — Laís dá de ombros.
— Foi do jeito que eu queria — conta a loira.
— Vocês ficaram?
— Não, quer dizer, a gente deu um beijinho sem graça em uma hora e depois disso nada.
— Beijinho sem graça?
— É, nem selinho nem beijão, sabe?
Laís ri.
— Sei, mas ele não tentou nada?
— Por incrível que pareça não. Só na hora que a gente foi se despedir que ele deu um beijo perto demais da minha boca, mas eu desviei.
Laís sorri.
— Seria um sonho se ele se apaixonasse por você e você o esnobasse, mas eu não acho que isso vá acontecer.
— Por que não?
Laís responde sem hesitar:
— Porque a paixão do Jonas por ele mesmo é muito grande, não permite que ele sinta a mesma coisa por alguém.
Isabela e Vinícius são os primeiros do seu grupo a chegar no colégio.
— Ah, vamos, Vini — tenta convencer a garota. — O pai falou que vai ser legal.
— Legal ver ele passando som? — indaga Vinícius. — A gente já viu isso milhões de vezes.
— Mesmo assim, é um tempo que a gente vai passar com ele.
— Tudo bem, talvez eu vá.
Isabela sorri orgulhosa e vê quando Victor e Marina entram. Ela percebe que quando Marina olha para o seu irmão fica tensa, porém não compreende o motivo. Os gêmeos se aproximam e Victor cumprimenta:
— Oi, gente!
— Oi — respondem Isabela e Vinícius.
— Olá — fala Marina e eles respondem novamente. Vinícius dá um selinho nela e Marina retribui, mas não tira a expressão tensa que Isabela continua tentando decifrar.
— Está com inveja? — pergunta Victor no ouvido dela, fazendo a garota desviar o olhar. Isabela vira a cabeça para fitá-lo e afasta o rosto, pois seus narizes quase se encostam.
— Óbvio que não — responde e Victor ri.
— Então por que você está observando o beijo deles? — pergunta o loiro baixinho só para ela ouvir.
— A Marina está estranha — Isabela conta no mesmo tom que ele.
— Estranha? — Victor se faz de desentendido. — É só impressão sua.
— Não, não é.
Ele passa um braço pelos ombros dela.
— Claro que é, grande anã.
Isabela olha novamente para Marina e Vinícius, que conversam baixinho, e continua vendo algo de diferente na garota. Uma risada conhecida faz os quatro olharem para a porta. Yasmin entra gargalhando abraçada em Lorenzo seguida de perto por Felipe, que está impassível.
Isabela sente os músculos de Victor se contraindo e segura no pulso dele do braço que está em seus ombros.
— Não é nada demais — fala erguendo a cabeça para olhar para o rosto dele.
— É, não é nada demais — concorda o garoto olhando para ela, porém os seus músculos continuam tensos.
Yasmin e Lorenzo se separam e ele vai para o seu lugar enquanto ela e Felipe se juntam aos amigos.
— Bom dia! — eles se cumprimentam e Felipe puxa Isabela dos braços de Victor para beijá-la. Yasmin fica ao lado do namorado e dá um selinho nele.
— Eu tenho uma notícia para todos vocês — fala a loirinha olhando para todos.
Felipe, que está sentado em uma mesa ao lado de Isabela, franze a testa com curiosidade enquanto Marina e Vinícius olham para a loirinha.
— Que novidade? — pergunta Isabela.
— O Iago e o Lorenzo confirmaram que vão para o Carnaval fora de época também!
Os músculos da mandíbula de Victor se sobressaem e Felipe ergue as sobrancelhas.
— Que história é essa? — pergunta o moreno.
Yasmin indaga com naturalidade:
— A Isabela não te contou que a gente chamou os dois?
Victor não se altera, porém Felipe fica ainda mais surpreso.
— Ah, vocês chamaram? — ele pergunta olhando para a namorada.
— Chamamos — Isabela responde tentando transparecer calma.
Yasmin olha para o namorado e para o irmão e coloca as mãos na cintura, perguntando:
— Ah, fala sério! Vocês não vão criar caso por causa disso, vão?
kkk sinto cheiro de ciumes no ar.
ResponderExcluirAmei o capítulo renata
ResponderExcluircada dia melhor
ResponderExcluirshiiii será que o Felipe e o Victor vão ficar com ciúmes.
ResponderExcluirAmei,AmeiAmei.
ResponderExcluiradorei o capítulo foi incrível,amei muito.
ResponderExcluirai Deus O Thiago tem parar de fumar.
ResponderExcluirkkkk a Malu é uma piada gente mesmo no hospital ela não perde o jeito engraçado.
ResponderExcluirRenata vc escreve tão bem,magnífico.
ResponderExcluirContinua tá muito bommm
ResponderExcluirJá estou louca pra saber a reação de victor e Felipe
ResponderExcluirmuito curiosa
muito bom
muito perfeito
simplesmente o melhor
Continua
ResponderExcluirPosta mais!
ResponderExcluirPosta tá muito Bom minha amiga tbm amassar seus imagines teve Perfeita
ResponderExcluirSerá que Marina e Vinicius esta perto de acabar?
ResponderExcluirPfvr naooo
ExcluirTa pft, continua
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